Você está na página 1de 6

Doenças do Aparelho Digestivo

As principais doenças do aparelho digestivo, de tratamento cirúrgico, são aqui descritas. As


informações são resumidas, outros detalhes podem ser solicitados através de contato.

ESÔFAGO

· Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)

· Neoplasias benignas

· Câncer do esôfago

ESTÔMAGO

· Neoplasias benignas

· Câncer gástrico

· INTESTINO

· Apendicite aguda

· Câncer colo-retal

· Doença hemorroidária

FÍGADO

As doenças cirúrgicas do fígado têm representado um percentual significativo das cirurgias do


aparelho digestivo. As principais estão aqui representadas:

1. Doenças císticas do fígado

· Cisto simples não parasitário

· Doença policística

· Cisto hidático

· Cistoadenomas

· Cistoadenocarcinomas

2. Neoplasias
· Tumores benignos

· Hemangioma

· Hiperplasia nodular focal

· Adenoma hepatocelular

· Tumores malignos

· Primários

· Carcinoma hepatocelular

· Carcinoma fibrolamelar

· Colangiocarcinoma periférico

· Metástases

3. Abscesso hepático

Hemangioma hepático

Sua etiologia não é completamente esclarecida, embora a anomalia congênita tenha sido
suspeitada. Eles geralmente se originam da proliferação de células endoteliais vascular,
aumentando de tamanho por ectasia ao invés de hiperplasia. Não existem relatos de
transformação maligna do hemangiomas em acompanhamento em longo prazo.

Hemangioma hepático

A Hiperplasia Nodular Focal (HNF) é considerada como um tumor hepatocitário benigno, sendo
o segundo mais comum entre os tumores benignos do fígado, logo após o hemangioma. Seu
achado é frequentemente incidental durante um exame de ultrassonografia, portanto
assintomático em 80 a 90% dos casos. Tem prevalência estimada na população geral entre 0,9 a
3%, e sua incidência é preferencialmente no sexo feminino (8:1), na faixa etária entre 30 e 50
anos.

Malformações arteriais pré-existentes são responsáveis por uma resposta hiperplásica que
originam a lesão. Esta desordem vascular pode explicar o aparecimento de leões em certas
circunstâncias como síndrome de Budd-Chiari, Síndrome de Abernethy, doença de Rendu-Osler-
Weber ou trombose portal com subsequente arterialização hepática.

Embora a maioria das pessoas acometidas pela HNF faça uso de contraceptivos orais, seu papel
na formação destas lesões ainda não está muito bem esclarecido. A forma típica da HNF é
usualmente encontrada como uma massa única solitária, bem circunscrita, não encapsulada e
com presença de cicatriz central estrelada, de coloração branca acinzentada. Esta cicatriz central
é encontrada em 50% dos nódulos da HNF, sendo sua presença, associada às outras
características, um sinal patognomônico.

Adenoma hepatocelular

O adenoma hepatocelular é um tumor de origem epitelial mais comum em mulheres na idade


fértil, tem associação com o uso de estrogênios, principalmente do uso de contraceptivos orais e
que pode complicar com sangramento por ruptura tumoral ou transformação maligna. Pode
estar associado à gravidez, uso de esteroides anabolizantes, doença do depósito de glicogênio e
anomalias vasculares. Quando existe dez ou mais adenomas, denominamos adenomatose
hepática. A suspensão do contraceptivo oral pode reduzir o tamanho da lesão. São mais
comumente observados no lobo direito.

Podem ser classificados em Grupo 1, adenomas do gene HNF1α (Fator nuclear hepatocitário 1
alfa), observado em 35-40% dos adenomas e menos de 5% de transformação maligna. O
sangramento é a maior complicação. Grupo 2, adenomas com mutação do gene β-Catenina,
observado em 10-15% dos adenomas, apresentando maior predisposição para transformação
maligna. Grupo 3, adenomas inflamatórios, representa 25-35% dos adenomas. Observado em
obesos, sinais de síndrome metabólica e consumo de bebidas alcoólicas. Apresenta menor risco
para transformação maligna, sendo o sangramento a principal complicação. Grupo 4, adenomas
não classificados, representando 5-10% dos adenomas.

Carcinoma hepatocelular

O carcinoma hepatocelular é a neoplasia maligna primária mais comum do fígado. Tem sido
observado um aumento de sua incidência no mundo, não apresentando sinais clínicos
específicos em sua fase inicial. É mais comum no sexo masculino e geralmente acontece em
pacientes com doença hepática crônica (cirrose hepática por hepatite vírus B, C e alcoólica),
porém pode ser observado em fígado previamente sadio. A sequência hepatite aguda, hepatite
crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular é bem conhecida. Por não apresentarem sintomas
específicos, o diagnóstico pode ser feito apenas em pacientes cirróticos ou com alguma
complicação.

Metástases

O fígado é o segundo principal local de metástases (doença longe do local de origem) de câncer,
precedido apenas pelos linfonodos. Por muito tempo, os pacientes com neoplasias malignas e
doença metastática para o fígado foram considerados não tratáveis. Com a melhora das
condições de tratamento intensivo, padrão de anestesia, refinamento da técnica cirúrgica,
instituição do cirurgião com treinamento em cirurgia de fígado, isto tem mudado e os benefícios
tem sido satisfatórios.

As metástases hepáticas podem ter sua origem em diferentes locais do organismo, entretanto
alguns merecem destaque pelos melhores resultados cirúrgico. As mais comuns são as
metástase de tumores colo-retais, tumores neuroendócrinos, câncer de mama, tumores renais,
tumores supra-renais, leiomiossarcoma, melanoma e outros.

VIAS BILIARES

· Litíase biliar (cálculos na vesícula)

· Colecistite

· Lesões polipóides da vesícula (pólipos)

· Câncer da vesícula biliar

· Litíase da via biliar (cálculos no colédoco)

· Colangite

· Estenoses da via biliar

· Colangiocarcinoma

· Tumor de papila de Vater

PÂNCREAS

As principais doenças cirúrgicas do pâncreas são:

1. Pancreatite

· Aguda

· Crônica

2. Neoplasias

· Císticas

· Sólidas:

I. Câncer do pâncreas

PAREDE ABDOMINAL
· Hérnia:

I. Inguinal

II. Crural (Femoral)

III. Umbilical

IV. Incisional (Pós-operatória)

AGENTES ANTIEMÉTICOS

Os antieméticos correspondem a uma classe farmacológica destinada a promover o alívio dos


sintomas relacionados às náuseas (enjoos) e êmese (vômito). De preferência, devem ser
administrados cerca de trinta minutos antes da refeição, para se evitar os sintomas associados a
ingestão do alimento.

Alguns deles são:

· Bromoprida.

· Domperidona.

· Fenotiazinas (proclorperazina, clorpromazina, tietilperazina).

· Dimenidrinato.

· Escopolamina.

· Dronabinol (D9–THC).

Bloqueadores Da Secreção Gastrica

A secreção gástrica é formada por grande quantidade de ácido clorídrico e da enzima pepsina,
ambos muito importantes para o início da digestão de proteínas.

Uma secreção ácida insuficiente pode resultar em má absorção e aumento na susceptibilidade a


infecções gastrintestinais, enquanto excesso de secreção ácida pode causar desde a doença do
refluxo gastroesofágico e úlcera péptica até danos mais severos à mucosa.

Alguns bloqueadores são:

· Ranitidina

I. A ranitidina é uma substância que ajuda a reduzir os impactos do ácido produzido


no estômago e a secreção gástrica, diminuindo os sintomas de doenças como
refluxo, gastrite e úlcera

· Omeprazol
I. Omeprazol é um medicamento indicado para o tratamento de pacientes onde o
estômago produza uma quantidade excessiva de ácido. Essa alta produção ácida
pode gerar problemas como úlceras gástricas e duodenais e refluxo gastroesofágico.

Você também pode gostar