UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE DE PERNAMBUCO – UFAPE

LICENCIATURA EM LETRAS – PORTUGUÊS/INGLÊS/LITERATURAS

DISCIPLINA: ESTUDOS LINGUÍSTICOS II

DOCENTE: PROFA. DRA. JULIENE DA SILVA BARROS GOMES

DISCENTES: AMANDA MAYARA SANTOS SILVA

DOUGLAS GOMES SOARES
ELVIS JONAS GOUVEIA DE ARAÚJO
ERIC LOURENZO PEIXOTO DE MELO
MARY MAYRA DA CONCEIÇÃO SIMÃO
VINÍCIUS JOSÉ MONTEIRO BARBOSA

COESÃO E
COERÊNCIA
PERCURSO: O QUE É A COESÃO? QUE FUNÇÕES TEM A COESÃO NO
TEXTO? COMO SE FAZ A COESÃO? RELAÇÕES, PROCEDIMENTOS E
RECURSOS DA COESÃO. COERÊNCIA E SUAS META-REGRAS.
COESÃO: ENCADEAMENTO, ENLACE, CONEXÃO, CONTINUIDADE,
ARTICULAÇÃO DAS IDEIAS. É QUANDO O TEXTO FAZ RELAÇÕES,
NÃO ESTÁ FRAGMENTADO, TEM CONTINUIDADE, LIGAÇÃO,
COSTURA, TECIDO NUMA UNIDADE LÓGICA.
Se é verdade que a coesão não constitui condição necessária nem suficiente
para que um texto seja texto, não é menos verdade, também, que o uso de
elementos coesivos dá ao texto mais legibilidade, explicitando os tipos de
relações estabelecidas entre os elementos linguísticos que o compõem. Assim,
em muitos tipos de textos científicos – didáticos, expositivos e opinativos, por
exemplo – a coesão é altamente desejável, como mecanismo de manifestação
superficial de coerência. (VILELA; KOCH, 2001, p. 467).

CONTO “CIRCUITO FECHADO” DE RICARDO RAMOS: (SEM

ELEMENTOS COESIVOS, PORÉM COMPREENSÍVEL)
“Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água,
espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete,
água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente...”
MECANISMOS DE COESÃO:
A) REFERÊNCIA

B) SUBSTITUIÇÃO
Acontece quando substituímos um termo por outro de “mesmo” valor
semântico dentro de uma frase. Ex.: Ele chegou feliz. / Ele chegou contente.

C) ELISÃO (anáfora zero)

Acontece quando a referência ao “referente” é implícita.
Ex.: eu narrei e nós narramos / narrei e narramos

D) CONJUNÇÃO
Acontece quando utilizamos conjunções ou preposições para estabelecer uma
sequenciação textual.
Ex.: “então aconteceu algo inédito.”

E) COESÃO LEXICAL
Se relaciona com a referenciação endofórica e a substiuição.
Seleção dos termos lexicais e retomadas através da substituição e se referindo
a uma palavra já mencionada.
RELAÇÕES SEMÂNTICAS RESPONSÁVEIS PELA COESÃO:
 Coesão e Coerência

1. A coesão e a Coerência
(F) propriedade estritamente linguística

(V) contextual; extralíguística; pragmática

❖ Divisão artificial e infrutífera

❖ tratar do título

● possibilidades
● atuações verbais
● aparato linguístico
● nós que comandamos
● continuidade; unidade e coerência
● organização cognitiva
● Halliday&Hasan X Charolles
META-REGRAS DA COERÊNCIA
(ditadas por Charolles):

I. META-REGRA DA REPETIÇÃO:

“Para que um texto seja coerente, é preciso que ele comporte em seu
desenvolvimento linear elementos de estrita recorrência.” (ANTUNES, 2005,
p. 182).

II. META-REGRA DA PROGRESSÃO:

“Para que um texto seja coerente, é preciso que seu desenvolvimento

contenha elementos semânticos constantemente renovados.” (ANTUNES,
2005, p. 183).
META-REGRAS DA COERÊNCIA
(ditadas por Charolles):

III. META-REGRA DA NÃO-CONTRADIÇÃO:

“Para que um texto seja coerente, é preciso que em seu desenvolvimento não
se introduza nenhum elemento semântico que contradiga um conteúdo posto
ou pressuposto anteriormente.” (ANTUNES, 2005, p. 184).

IV. META-REGRA DA RELAÇÃO:

“Para que um texto seja coerente, é preciso que os fatos que ele expressa
estejam relacionados entre si no mundo representado.” (ANTUNES, 2005, p.
185).
REFERÊNCIAS

ANTUNES. Irandé Costa. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005.

BARROS, Juliene da Silva. Intercalação, (Meta)enunciação e autoria: uma analise

textual-discursiva da interposição. 2004. 311p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual
de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP. Disponível em:
<http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/268907>. Acesso em: 1 out. 2020.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. 22. ed. São Paulo: Contexto, 2010.

MARTELOTTA, M. E. (org.). Manual de linguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2011.

RAMOS, Ricardo. Circuito Fechado. Disponível em:

<https://revistamacondo.wordpress.com/2012/02/29/conto-circuito-fechado-ricardo-ramos/>.
Acesso em: 1 out. 2020.

VILELA, Mário. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Gramática da língua portuguesa.

Coimbra: Almedina, 2001.