Você está na página 1de 18

20

Resenha
Désirée Morta- Roth

-....,--' '"'')/
,/
RESENHAR OU
'\ NAO RESENHAR,
/
EIS A QUESTÃO!
\

r
\

ORA. . , ORA. . .
\

/
O QUE SERIA UMA
RESENHA? ,/''' '''"''h

,,..=-«...-

}'l.p:

E
V

2.1 Para que serve uma resenha afinal?

C
.iPiiial\. omo o pensador, na ilustração acima, todos nós, em algum momento durante nos-
sa trajetória na universidade, nos questionamos sobre o que é uma resenha. Esse
gênero textual é usado na academia para avaliar- elogiar ou criticar- o resultado
da produção intelectualem uma área do saber. Esse produtointelectualpode ter a forma, por
exemplo, de um livro, um filme, uma exposição de pinturas ou um CD de música, e é avaliado sob
o ponto de vista da ciência naquela disciplina.
(68Z:Ç66L
fiou-el+oH) OAje-oollqDdnas ap sapeplssaoau se lied e+uale a aul+ap lo+ne o as :soiAll ielleAe lied oligllio uun iopequasai
oe aoala+o 'o+ueuod 'a io+]a]op oç5uate e]ad oç511aduuoo
uuae]]nsai soiA]]i]znpoid uuase]s106u]]sop e]ougpua+essa Z
lvot:9e6t 'plal+Je9) .oue opep uun uua ope+lo g oolpç)liad uun uua .ogiped ooluugpeoe o61+ie, o anb uuoo falou?obai+
ep eplpauu, euun g iole+ asse sealç seAlloadsai sons uua .o+oeduul iole+, nas olad (q 'e696L 'plallieg) spodaU uo11el/C)
felino/' xapu/ uo/JeJ/C)saoua/OS/p/ooS o a xapu/ uo/lpJ/Oagua/OSolad sopeoualaoçs sope+losleuusoolpgliadSO L
oiA11 o it?puauio)all <ie11eAy <iaAai)sa(l< it4uasaidy
ap saque se souiezlleai anb uua
sedela oilenb souliaAloAuasap'oiAlluuniet4uasoi oe 'onb eolpulsou oiauQ6 ossap asllçue y
.lequasai euün ap t?alsgq ealig)ai t?.in)ni)sa e g lt?nÕ Z'Z
soiAllap eoluugpeoeetluosai eu oç5uole estou souiaieiluaouoo
'e5uein6as ioleui uioo solxal ilznpoid E soliç lsiaAlun sounle ielllxne ielual lied leluauiepun+
apeplllqet4euin elos zoAlel soiAll iequasai iaqes 'seilal op sounle lied 'oplluas assaN z(ÇL
-t, 1.1.:966 1.'t41oU-e]]o]/N)
e]uuouoo] uua%0t, a eoluujnOuuasoolpgliad sop %çE) uuaaoaluooe ç)s ouu
-sauu o anb o]uenbua 'set4uasai uieo]]qnd eo]]éJ06u]] uua ,sopello sleuu soolpç)liadsop oluao iod
elualaS'(gz6 1.'uat40 lz86 1.iat4oa8) oluauuloat4uooap OB5e61nAlpa OB5npoid ap eulllo+owoo oo
-luugpeoe o61ue olad opJnlllsqns aluauileolpei lo+ oiAll o apuo 'eolsJJ e 'olduiaxo iod 'ouioo sealç
sei[no anb op io]euu a]uauieA]]eo] ]u61ssoiA]] iet4uasai uia oç51pei] euun uio] eo]]sJ06u]] e 'sei]a]
ap eolç ep opeo]]deoduieo uin ias ap OB5un+ui] ealç epeo op sassaialul se uioo opiooe ap
elou90bai+lououi no ioleuuiuuooopesn las apod et4uasai oiaug6 o anb iellessai alueuodw1 3
'l seollsçld sabe se no eolsOuue ouioo sealç seilno uua
OAONeuiaulO op oloeduulo(o epule no 'olunsse ouusoui o aiqos no iolne ouusauuolad sopeollqnd
oluawiolialue soiAll se (q 'leinllno oluauulAoui asma (e :aiqos aqes as anb o las opod 'olduuoxa
iod 'oAONeuiaulO o aiqos oiAlluune eolIJioeu no o16olaou elougia+aiap oluod o 'uulssy
oluouilpualua nas o lied salueAaloi seulldloslp
seilno ulioono eplznpoid lo+eiqo e anb uia iaqes op gole e uioo ieloouoo os uiaAap soliçluouu
-oo snaS olunsse ouusaui o oiqos aluauiiolialue oplznpoid oluauuloat4uoo olad opeuiio+ul elslA
ap oluod ulinap ilued e eiqo opep euin elleAe o aAaiosap aluauueolseqiopet4uasai o 'iollol oe
iapuole lied oiAllopep uunaiqos eollliooçluldo euunaoaulo+oilno o a eosnq uin :salua6iaAuoo
soAltajqo uliglOAalosa anb elanbe a gl anb eossad e anb uia lenlxal oiaug6 uung et4uasai y uuez
-lue6ioai a uueulquuoo
os ooluuQpeoe
sme/s ap 'iapod op sag5elai se a ezlue6ioai as (sopei6
-esuoo saioleA se 'sepelope sua6epioqe se 'saied se allua opet411ued
iaqes o 'ecoa uia saiolne
se o selioo} se) eulldloslpeu oluaulijoat4uoo
o 'saQ5eollqndsecou ap OB5eljeAeep sgAeilv
LZ t4}oH-eiiolNagilsgG
Reda ção Acadêmica: princípios básicos

Em geral, essas ações tendem a aparecer nessa ordem e podem variar em extensão, de
acordo com o que queremos enfatizarem nossa análise do livro,ou em freqüência, de acordo
com as características da obra ou o estilo do resenhador. Assim, se o autor recebeu um prêmio
Nobel, poderemos dedicar maior espaço no texto para seu currículo (atendendo assim a um
provável interesse do público) do que se esse autor estiver apenas iniciando sua carreira acadê-
mica. Por outro lado, dependendo do estilo do resenhador, a descrição e a avaliação de partes
específicas do livrojá vem sintetizadas no mesmo trecho da resenha e, às vezes, na mesma
sentença. E importantefrisar que o uso desses quatro estágios textuais, indicados acima, foi
uma tendência verificada em nossa pesquisa junto a editores e autores de resenhas em periódi-
cos internacionais. Portanto, essa descrição do gênero deve ser tomada como uma constataçãoa
de como as pessoas escrevem resenhas e não uma norma a ser seguida cegamente.
Vejamos um exemplo de resenha, retirado da Internet do site httD:/7www.ceveh.com.br/biblio-
!eça1lliese111lasZ,
no qual a resenhadora apresenta um livroda área de Educação:

Exemplo 2.1
Ed#l
Resenha

Autor: ,fa{3ic'e
.}ailice '!'beíjd
I'het) r d&
iilailf o: qü 20ja l icc @.: })ttlgr ct .comi.l)r
São Paulo, 30 de março de 1997.

Anuário de Educação 1995/1996. A educação formal: entre o comunitarismo e o


universalismo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/INIGRANRIO, 1997.

o lançamento do Anuário de Educação 95/96 organizado por Bárbara Freitag cotocal Apresenta
em discussão os temas mais cadentes da atualidade: relações interculturaise interétnlcas,l
relações de género (situação e papel da mulher na educação) e análise das minorias
("estrangeiros" ,"migrantes", refugados", "perseguidos"). A presença de autores nado:
naif e internacionais permitiuque olhares forjados em diferentes países ou regiões do
globo viessem resultar em uma reflexão conjunta dos problemas contemporâneos.na área
de educação.

A novidade que carrega esta coletânea é o enfoque dado à área educacional como ex-
pressão da própria sociedade e não como uma parte, lateraldos grandes problemas que
afligema sociedade contemporânea.

Comunitarismo e universalismo é o grande tema aglutinadordos textos selecionados.


E, a "formação educacional" é o eixo que permite ao leitor manter um olhar crítico frente
às tendências sectárias, nacionalistas e restritivascom relação a natureza dos contatos
interétnicos. Os modelos que, de alguma forma, são referenciais na elaboração do Anuá-
rio dizem respeito a políticas de etnicidade, políticas que pressupõem diálogo entre cultu-
ras e políticastransculturais.il»esse
sentido,o artigode Sergio Paulo Rouanet,
'Transculturalismo ou retorno à etnlcidade" é aglutinador de toda a primeira parte da
3 Tendência verificada em um corpus de 180 textos publicados em inglês nos periódicos acadêmicos mais citados nas
áreas de Economia, Ling(místicae Química entre .1993 e 1994 (Motta-Roth, 1995)
loat4uooop opelsa leme o 'g olsl '.adie ep opelso, o lied OQ51nqliluoo
eAou euin ze+ aisa eilaueuu
anb ap i]u]+apa oiA]] o iez]]en]xa]uoo e apua] eiopet4uasoi e 'oiA]] o ie]uasaidy oe 'o]o]u]a(]
sepe[ieA seo]ig]ai se16g]ei]sa opuez]]]]n 'ossed e ossed 'e5ueAe eiopet4uasai e ' ]. a o]duuax]
ou sopeolpul so16çlsa sgil sop uunepeo 'oAlsensiad opoui ap 'ilnilsuoo lied oollqDdoe opepuouu
.ooa] 'ouu]]]Diod 'o ]o]]iosap 'ep]n6as uua ]ope]uasaide g oiA]]o 'ie6n] oi]auu]iduu] oluauiiolialue
sopeuo[ouauus]en]xa] so16ç]sa oi]enb sop sgi] ]gi]suoo eiopet4uasai e '( ].#p3) 1.a o]duiax] ON
(seiAeled jluli08 anb op sjeuli uuaqilnloul apod onb) opeiolnop ap asar
e no (seiAeled lluui çl. 'elpgui uua) ooluugpeoe o61ue o oulloo soioug6 soilno uioo sopeieduuoo
as(seiAeled ooo 1.'elpguuuuo)sopno solxal oçs 'leiam uua 'set4uasai 'olduiaxa assou ouioO
[set4uosaU lied ie]]o/\]
olugllH oilaoio.L oe 'aluauuepeol+llenb 'çilznpuoo
sou onb eios]ndoid e]ow e oç5eonpa eu 'e]]ayod opienp] zlp sou owoo 'opuaoaquoooi
gloL4ap oo1696epadO]eqapo 'euun61eep]AOpuuas'e61iqe96/ç6 oç5eonp] ap oliçnuy O
epu auuooaU l:: ; ;$1li$$$$gi;@lêg$: «}ilii$X ' fiiê#líe:Êliálg®!«,i
1:1, êll#lltgêg#@g:i;::
ri 'oluauueAl} nodlollied
auçloloo e)sap eiopezlue6io '6eilaiJ eieqie8 apuo ia6eld ueaF op aliçuaiuoo o aiqos
opet41e[ap auuio+u] uun onb op iot41auu epeu oç5eonpo oiqos o]içnuy uun iez]]eu]+ lied ']
apepalieulldloslpja ul
a eslnbsod edldweolllnuuOB5eztue6ioie oçxal+ai ap soluod ouloo opueiap
lsuoo ooqonC) ap apeplsiaAluO ep oç5eonp3 uuaopeiolnop a epniso ein+uoAeo8 opleAlp3
a ooluuguooo oluauulosaio ap opoliad uunu a)ualol+o opolguu (esaiduua eu uuo6ezlpuaide op
opeuuet[o uugquue}) e51nS/]enp euua]s]s o es]]eue ]eiqoS eoasuo] ep 'y epueuioJ :]ygUd
eu[[e[ eo]i?uuy eu eA]]eonp] eulioJaU ep OB5ouuoidap euuei6oid op i])ied e soueo]iauue
-oullelsasled sun61eap seAlleonpaseuulo+olsep epua6e ep salueuoduulsoluod se euolo
.uouuÁauua8 8yy eualaH :Oç5eUUJO+UI/OB5eulio+ dilua oluawlAow op s9Aei+eoilollseiq leuo
loeonpo euualsls op oç5ezluiopouu e eslleue ellayod elieH e1190eollçuuio+ulo oç5eonpa
aiqos sogxa]+oi sç e]ou90bas opus(] OB5euuioiulep og5ezlleioouuop ap ossaooid o6uol
uunuieilnsai çiapod a leuoloeonpa oduieo o çiessediod 'iolny o zlp 'opunu o opuepnuu
Piso }auiaiul y 'laAJn+llsqnsuluuo6euosiaduunopuas enul+uooaia llpad oilno ilnssod eAop
iossa+oid o eioqw3 uieiezllaiouoo as OBUanb seloa+oiduuelo+'elplw ç ossaoe oe oplAap
soiossaloid se onb op sleui .opuoqes. 'seloosa sç uelie6aqo se5uelio se onb op elgpl
e uugquuel ouuoo ueqn-loH iod epezl+o+oid leqo16 elaple ep osalç)dlt4 e o+uel olot4 ap selp
se aiqos opessed ou uueiazl}os anb solluu-sagslAaid seuun61eeuuolai eAllS ep sulyeH sina
leualssl)oid OB5euuio}a e16olouoa+'o5edsoiaqlo op elei+ eauçlaloo ep alied eilaoial v
sagssl+old sepeuluulalep ap Jolla+ul oç5elou
nuuol ç ope611(eulie-l eoliguuy eu oullnosew o anb ioleuu) oululuua}ouuslloqe+leue o ouuoo
woq oçssl+oid essap ag5ezluluiaJ e o oliçuilid laAJUwo olig+s16euu op oç5ezlioleAsap e
eueoliaue-ouliel ioqlnuu ep og51puooe uueslleueialla/\AuelAIM 'selnouueÀ eullsliO elAlls
pueuuwy eiiozo8 eil+eS 'eululwa} oç+sonb ç epeolpap g eauçlaloo ep ayed epun6as y
aAaiosaQ 8\jiP$1glg? leinllno oul.isllesiaAlun snsloA leinllno ouislAlielai op eollçuia+ ç 'aiuauueAou
3Aa] sou anb oçuua]e ouus]uoioeue uunouuoola qo]U u]]i] iod epeslleue g soila6ueiisa
ap eollllod aiqos oçssnoslp epeqin+uoo e o :eauçioduualuoo apepoloas ep o oqleqei+ op
eio+so eu seoliçioouuap seoliçid e epeloosse eloeioouuapeuunap saseq se oiqos iliallai
ioilol oe opullluuiad ia>luOS zulaH iod ope+ei} euua} g 'zllnt4osny op slodap oç5eonpo
o eloeioouuop lsoliçpunoas solnoliino uua o+uooal opessed o elnoslp as apuo eolepnr
e16oloo}op soslno ap o ..oç5eioqela..essap le el lied eslnbsad ap soi+uaoap og5elio
ep sgAei e o]uauu]puaiuaap eo]+J]odewn ap zn] ç ]p]uut4osp]og yo]i]a]C]iod sopeslleue
oçs olsneooloH o a ..eotepnloçlsonb.. e :zaiialing sli)I'g uaieloN ia+ad ap oixa} op sgA
elie }lai a oonlloauusí6oleiDo 'ooiluo ouusllelnifnoi1lnuu
o alhos oessnosip y eouElaloo
fiou- eBON a?i]s?(]
Redação Acadêmica: princípiosbásicos

mento na área. Esse estágio estabelece o cenário contra o qual a resenhadora buscara Des-
crever (as partes do livro) e Avaliar (os melhores ou piores aspectos do Apresentação
da autora e
mesmo). Ela 'abre o texto', apresentando o livro pelo seu título, O lança- colaboradores
do livro
mento do Anuário de Educação 95/96...', pelo nome de sua autora, 'organi-
zado por Bárbara Freitag', e pelo valor de seus colaboradores, 'A presença
de autores nacionais e internacionais permitiuque olhares forjados em diferentes países ou
regiões do globo'
Na apresentação da obra, também são definidos os temas abordados (relações
interculturaise interétnicas, relações de gênero e análise das minorias) e o modo como a obra
vem se inserir na disciplina como uma contribuição inovadora -- 'A novidade que carrega esta
coletânea é o enfoque dado à área educacional como expressão da própria sociedade e não
como uma parte, lateral. . .' do

Depois de estabelecida a apresentação, por meio das credenciais dos autores e do valor pn

de contribuição do livro para a área, o próximo estágio serve para dar uma visão geral (enume- de

rando as partes do livro) ou bem detalhada(definindo o conteúdo de cada capítulo) do livro. ist

No Exemplo2.1, a resenhadora descreve:


Organização (tema
a) a organização geral do livro - aglutinador, eixo e modelos de d(
Exemplo 2.2 referência)
pl
Ed#l cc
Comunitarismo e universalismo é o grande tema aglutinador dos texto:
in
selecionados. E, a "formação educaci ie permite ao leitormanter um
oihàf crítiéi) :f:rehtéàs tendências secti :as e restritivascom relação a
natureza dos contatos interi ecos.Os modelos que, de alguma forma, são referenciais
elaboração do Anuário dizem respeito a políticas de etnicidade, políticas que pres d(
supõem diálogo entre culturas e pol éticastransculturais
d(
b) o tópico de cada capítulo at
Exemplo 2.3
P(
Ed#l
Nesse sentido.lo aRiqo de Serqio Paulo Rouane ransculturalismo ou retorno Tópico
à etnicidade"é aglutinador
de toda a primeira parte da coletânea.A discussê9 dos (a
.qç2b.llg.o-mldlçylurajjqrRç!.crítico,
o dialogismo crítico é capítulos
a "questão judaica" e o H- e)
de uma oolítica de entendimento .); democracia e a
in
educação depois de Auschwitz,jé tema tratado por Heinz Sünker pera.].tira.dg..qg.Jgllgl
turbada discussão sobre política de estrangeiros é analisada po s€
um anacronismo alemão que nos leva, novamente, à temática do
relativismo cultural versus universalismo cultural m

A segunda parte da coletânea é dedicada à questão feminina. safira Bezerra hê


:ina Yannoulas, Wivian Weller analisam a condição da mulher

liz
A terceira parte da coletânea trata do ciberespaço, tecnologia e formação profis-
sional. Luis Martins da Silva retoma algumas previsões-mitos que se fizeram no d(
iopet4uasai o 'eiqo e iepuauuooaU oe ' ]. Z o]duuax] ou ouuoO . ajoL{ ap oo16g6epad aleqap
o 'euun61e eplADP uuas 'e61iqe 96/ç6 oç5eonp3 ap oliçnuy O, :oAlsensiad uliol ap leul+ oç5ell
-eAe euin uuooetloo+olxal o 'solnIJdeo sop leloluloç51iosapç aluaoejqns oç5elleAe ep uigly
oluel lied selougplAa opuaoauio+ 'saiualaoo a slaAJsneld soluauue61njiaze+ uia apeplllqet4
ens leulldloslp eu elAgid einleialll e opun+ ap oued oullooopuol 'oB5eollqnd eAou euun oluouu
-eolllioielleAe ap zedeo oiquuaui oluenbua eulldloslpep oiluap apepliolne ieilsuouiap op o las
aoaied 'olueliod 'et4uasai ep eiolne ep OAtlajqo O oiAll o(ial oçu no) ial e elouglpne e ielouanl+ul
lied OAjsensiad g uuolo o leuuio+g olxal op olllsa O eoluugpeoeapeplunuliooeuin ap (padxa
no alueildse 'iopeuue) oiquiaui ouuoolnlllsuoo as 'zaA ens iod 'anb iollal oe aluai+ (opepliolne)
elslleloadsa ap laded o is lied euieL4oeiopet4uasai e 'ezainleu essap soliçluauuoo lazer oy
(o+ei6çied .8) .oolIJio iet41ouunialueuli iollal oe, uialluuiod
filou sopepioqe solunsse se o(o+ei6çied .z) .apeplAou, euin e6aiieo '(o+ei6çied . l.) .apepllenle
ep saluopeo sleui seuial se oçssnoslp uua eooloo, alfa slod 'oiAll op sapepllenb uueoelsap
anb soliçluauuoo ap euiioJ eu 'olxal op o6uol oe et41edsaas oç5elleAe e 'sopelleAe uuelosop
-equasai oiA]]op s]en]uod so]oadse anb uuao]xa] op eo]+Joodsaoç5as euuneleL4oçu eioqui]
leul+ OB5epuauiooai euun ap sozoA se opuoze+ 'olxal o ellaoua onb '.opet41elap auuio+ul
uunonb op ioL41aui
epeu, 'oiAll op lenlxal-eilxa lelialeuuou eiluaouoo as OAjleljeAeoliçluauuoo
o 'oiAllop seol+Joodsosaued ap epet41elopoç5elleAeeuin e opeolpopo5edsa çt4OBU' 1.z old
-uuax] ou 'ouuoO oiAll op laAçioAe+ OB5eljeAe euun uua sepeiquiol las uiapod OAjssluuai aolpuJ op
OBsua[xa o OBs]oaid e no sua6euu] sep oçssaiduu] ep apep]]enb e 'seolç sepeu]uiia]ap uu]
eulldloslp ep oç5eollqnd ap seollçid se lied no oiAll op oç5elleA e lied alueAalai io+ olsl
anb aiduias sopeuolouauu orlas a 'oiAll ou opeleil olunsse op opuapuadap 'ealç epeo op oiluap
o ealç lied ealç ap welieA sleuololpe slelialeuu sassap elou90bai+ e o odll O oiAll op ledloulid
olxal op oued uuoze+oçu 'soAlssluuoi soolPUJ 'selougia+ai ap selsll 'soliçsso16 'solojoiaxa 'sop
-ep 'sein61+ 'sool+?i6 'selaqel 'soxoue 'soolpugde ouuoo uilsse 'sauliio+ul 'euiloe ot4oail ON
aluauueAlle nodlolued 'eouçloloo elsap
6ellaiJ eieqie8 apua )a6eld ueoF op oliçualuao o oiqos opet41elap
b op ioL41auuepeu og5eonpa aiqos o]içnuy uin iez]]eu]+ lied ']
L#P3
t,Z o]duuax]
lellaleH
lenlxal-eilxa lelialeui ap ezainleu e a (o
o oaqanO ap apeplsiaAluR ep oç5eonp3 ulo opeio+
nop o einluaAeo8 opleAlp3 a ooluuguooo oluauulosaio ap opoliad uunu agua
lol a opõlgü'Íêsãidúã"ê"üUã6é2Ípuaide ap opeuueu4ouugquuel)e5JnS/lenp euualsls
0 eSjjeUe EelqOS 0Qi l(' ' ') ep soluepodwl soluod se
Áauo8 '8 'VVeuolaF a oluauulAouu op sgAeile oilallseiq
leuoloeonpo euuolsl! eilapod epeyU 1193eollçuuio+ul a
g2m g 9m91jpsxp ligogp1 2peQb9tPPlna ) ajoL4ap selp se aiqos opessed
9Z t4ioU-euopyagi]sg(]
Rede ção Acadêmica: princípios básicos

poderá aconselhar o leitora ler(ou talvez, não ler) o livro,justificando-se e explicitando em que
medida a obra é significativa para a disciplina como um todo(Motta-Roth, 1995:45)
Vejamos um outro exemplo de resenha retirado do site htto://www.relnet.com.br/oan/
review.lasso?
Exemplo 2.5

AC'EKVC Autor: RAPOPORT. N4ario e colaboradores

NA IN'l'EftNA(:lC)NÂL Editora:: Ediciones IMacchi

AC:At)EX'lIA Número de páginas: 1]48

!PESE'NUAS Resenhista: Cardos Federico Domín gucz Avisa


;(1)llt.JMDE: DEBATES
H

Como é sabido, a Arge]]tina é un] dos pt'incipaispa!-ceifasestratégicosdo Brasil


Acadêlnicos dc am]x)s países ]amclltam, contudo, proflJndamcnte, o }inlitado conhccinlcnto
de que ainda se dispõe desse vizinho. Afortunadamente, essa tendência está se{)do substituída
por unia sistemática aproximação e intercârnbiü de pesquisas, experiências e prayelos. Nesse
sentido. conagrande satisfação. lemos rwebido um dos últimos tratlalhossobre a evo!ração
histói'ica contemporânea da Argentina
O texto, dirigido pelo recontlecido })iolêssor e })esquisador argeílfi no Mai'io Rapolport, contou
com êtcolaboração de três distintos pesquisadores. Eduaido hgadrid, Andrés Musacchio e
Ricardo Vigente, todos ligados ao instituto de de Tnvestigaciónde Historia Econónlíca ,
Social da Universidadede Buenclsvires
O trabalho inspir:t-se nas idéias dc totalidade c loi)ga duração cla inocente escola francesa de
história, particulalnlct tc das exc111piares monografias de hein and Braucle}
i<squí'maeÍcaãllenee,Q íiw'o d \:iãe-se cn ! {l\;eca }ítuÍas, estuda1ldoum período de 120 anos
como se pode observar ílo título. (:a(} mpÍÍ! analisa um:} série compacta de temas
económicos (malaios clecrescinlcnto, macloecoi30mla,relações comerciais). pojííicos
(govcrnabilidade, fbn6menos espccificalnente algcntinos como peronísmo, evolução cli)
sistema político), socials (movimento operário, relações Estado-sociedade, problemas sócio-
ecoilân)idos), assu11tosiní:ernacionais e nltlitos outros que têm in lluenciado a evolução
histórica de un] país subdesen\;o]xicio,depcnc]clltce periférico colho é ]a nación dc] Placa
'l'rês aspectos d: obiit 111ei'ec'em pailictllar destaclue, à vista do !Citar.
PESQt.LISA
llriineiro, a habilidade e o prollssion:]lísmo para i]rticula] en] ]m] clisculso variáveis
econâinicas. políticas. sociais e ínterllacionais, scjll perdemo clcxido rigor, a Êtcilidade de
[eitula e a capacidade ex])]icativa
$egtlndo, o liwo logra sintetizar equi librada e objetivamenteos desafios, condições e
possibilid:Ides que i! nação argentina deveu supct'ar duiallte o século XX. Obviamente, esse
1lãoé uln tetlla menor, posto que se trata dc um país que duraiatea primeira metadedo século
cx})cri montou importantíssimas transít)rmaç(5es estnitu[ais, alcançando un] inédito grau de
crescimento econânlico e prosperidade social. Os temas do pós-guelra também são tratados
com nlilito pro:nlssionalisirlo: especialmentello que diz despeitoao peronismo, aos gox:ermos
n)ilitarcs, à cc)}nplexa !-eclemwratizaçãodos anos oitcllla, cujininando com a pojênlíca
revo] ução (nco)liberal ciurailte o govei-no dc Cardos Saúl Njencm.
E, terceiro, o leitor b!-asilcírocertamente dispõe apoia cteum trabalho particularmente
\ a]ioso. Rapoport expõe, (desdea perspectiva argentina, de maileiia sisten)atiça, unia visão c
uma avaliação geral do peso que as relações bijatelais ti\;eram sobre a formação n aciorla]
argentina. O capítulo :lona é particularmente importante ao estudam'
o longo: dinâmico e
anitnador piacesso de integração regional que amh)s os países têm protllovido durante o
século XX, cul111inandocona a citação clo MERCOSUL
}'iãtlêismc'ilíe.mbe }'ec } $ «ür íec icüme:itÍe {} e tuba hü de Rapoport e colaboradores é
lúcido, objetivo, clidático e extcils&nlel e ciocun el Lado. {.?i!!a peq$Âe n i twieação rc í }na«
$e {'eifÊ} as citações e tehrências à taibiiogralla, por vezes conhisas. ! {lréxíi, éã : f {g;Êg, {}

aüílç{ê Mç ÊeslÍ:$vü,Nã€1resüsc
ã {tgÊür
}vaíe$üecri e! e'ap{ e e s$$
caiegas e hemlanos del sui.
(epL:s66L 'qlou-e+ioN) eLluasal oiaug6 ou sepesn seolig+ai se16gleilsa sep eoliguuanbsa oç51iosaG L Z ein611
sepeolpulset41e+
sep iesade oiAllo iepuauuoooU80 1.ossed
no oiA]]o iepuauuooaU/ieo]+]]enbsoC]
yo L ossed
ouAii o uvaN3m093u (ovN) v (
sool+Joadsa soluod ie51eaU 6 ossed
ouAii oa s31uvd uviivAV c
lenlxal-eilxolelialeuiiell0 8 ossed
no/a o[n[[deo
epeoap oo]dç)]
o iooa]oqe]s]z ossed
no/a oiA[[ op oç5ez]ue6io ep ]eio6 OBstA euun le(] g ossed
otan o u3A3u9saaz
eulldloslp
eu oiAllo iliosuls ossed
no/a saQ5ezlleiaua6 ioze=J p ossed
no/a io[neo aiqos se]ougia+aile(] c ossed
no/a OAje-e]oug]pne e i]u]+aC] Z ossed
no/a oiAll op leiam ooldgl o ieuiio+ul L ossed
OUAll O UVIN3S]UdV L
l a ein61=1
ep olopouuo auulo+uoo
'oiaug6o lied eollçuianbsaoç51iosap
euin ilnilsuoosouuapod
- so16ola no seollli ieilsnll lied oiAll op souooxa no solduuaxa
lnloul 'sazaA sellnuu 'a eAllelleAe oluauuesuap g uua6en6ull y oiAll o lied saQ5eollde sloAJssod
ieolpul o leul+oç5elleAe e ieolpul lied Olnln+ou a lol-çlleAe o oiAll op saued se ioAaiosap lied
salduu.ilsoluosaid ou loiAll op oluauu16inso gle eulldloslp e iaAaiosap lied olla+iad aluasaid ou
soqiaA lnloulaluauialuaObai+ set4uasai ul.loepesn uia6en6ull e 'olduuaxaolod opeilsnll ouuoO
(t,) oç5epuauuoooEI
o (8) oç5e]]eAy '(a) oç51iosaC] ' (1.) oç5eluasaidy ap so16çlsa sop saiopeoieuu ouioo uueuo a
-loun+ anb 'olxal ou saloo saluaia+lp uua sepeoelsap sagssaidxa selad gelou laAJssod g auulo+uoo
C
's]en]xa] so16ç]sa oi]enb se ]n]ou]3 o]duiox] op o]xa] o 'o]duuoxa oi]aui]id op a]uauua]uaia+](]
ZZ qioEJ-e})ory agi]s?(]
Reda ção Académica: princípios básicos

Conforme vimos nos exemplos, em cada um dos quatro estágios textuais - Apresentar, Des-
crever, Avaliar e Recomendar -- o resenhador pode empregar essas estratégias retóricas, esco-
lhendo usar uma dessas alternativas ou todas juntas.
Vimos também que, embora a avaliação seja a função definidora do gênero resenha, não é
seu único componente. Uma pesquisa anteriorjunto a editores de resenhas(Motta-Roth, 1998) rez
revelou que há uma expectativa quanto à descrição detalhada do conteúdo e da organização do pee
livro

Logo, o gênero é, ao mesmo tempo, avaliativo e informativo, mas esse teor avaliativo, entre- go
tanto, varia entre as disciplinas. Em Química, a avaliação é suave - 'no mínimo, porque uma se
resenha avaliativa dá muito trabalho'(Motta-Roth, 1995) e resenhas fortemente avaliativas são ex;
indesejáveis e podem muitas vezes causar constrangimentos. Enquanto que o editor de Química do
acredita que críticas criam inimigos, se não forem expressas com moderação, o editor de 'ml

Linguística acha que o tipo de avaliação(mais ou menos velada) depende da personalidade do nhí
resenhador, enquanto que o de Economia acha que isso depende da experiência professlonal de
do resenhador na área. exf
A avaliação em resenhas segue certos critérios internosa cada disciplina. Em Química, por m€

exemplo, a recência e o objetivo do livro devem ser explicitados. ex(

IEditor de Químicas
Um livroque traga novas informações ou jogue luz sobre velhas questões
Elementos como índices são importantes em um livro científico.'(Motta
Roth, 1998:137)

A data das referências e o material visual (como índice, tabelas, gráficos), que geralmente
ajudam os leitores a pegar a informação mais rápida e eficazmente, são importantes em Quími-
ca. Além disso, químicos desejam saber a amplitude do tratamento do assunto(superficialmente
ou em detalhes).
Em Lingüística, é importante que o resenhador estabeleça o valor do livro para a audiência-
alvo e sua capacidade de inovara área e responder às expectativasdos leitores:
ex
ex
IEditor de Lingüística]
Novo e interessantepara os leitoresda revista, apresentando um novo 19
modo de olhar o assunto, com uma visão clara dos argumentos presentes
no livro.'(Idem:Ibidem) av
ac
do
Na Economia, há um crescente interesse pela matemática nas últimas décadas, em função
na
de que talvez, para um economista, 'argumentos verbais não sejam tão contundentes hoje em dia
como argumentos matemáticos'(Motta-Roth, 1995:103-06). ni(
(t,8 1.:OZ61.[Z961.])uqn>1iod 'opessed ou 'ope]uode ç] auilo+uoo) oç5en]e ap ealç ens uuaapep]u
-nuioo ap oplluas ulln ap oç5euliio+ e lied lnqliluoo 'euilo+ essap 'o saioleA sassa e as-ala+al 'eu
-lldloslp euun ap oiquiaui ouioo ieuoduuoo as oe 'iopetluasai O aluapuodsaiioo eulldloslp eu sop
-Jnlllsuoo soioleA soe oç5elai uio sepeolllio oçs soQ5eollqnd seAON leuolssl+oid oç5eolunuuooe
lied oiaug6 ouusouuo lesn ap saielnollied seilaueui uualeulldloslpepeo anb uuelouaplAaielleAe
a iaAaiosap op saluaia+lp se16gleilsa sess3 (2861. 'iauiely) sooliç)+elauli soslnoal uuoo (l.g6L
'ÁalsolOOH) .oliçiolll, sleui osinoslp uun uuoo '(ç9-c9z:966 1. 't41oU-elloH) epeioqela a esualxa
sleui OB5eluauin6ieeuin ilznpoid e uiapua} selslo6ull o selslwouooo anb oluenbua 'seAllsnexa
saQ5elleAe ulias oiAll op elduue sleui OBstA eulin ielope e uuapual eolwjnO uia soiopequosau
lns lap
soueuuiaq a se6aloo sossou ap acode aluauluad a oso11eAo le16ola
oçuos elsai OBN 'oA111sod
Ollnulg o5ueleqo 'leul+oe 'uugiod sesn+
-uoo sozoA iod 'el+ei6ollqlqç selougiolai a sag5eilo se uuooos-euoloelaireo.'e-'
oç5elluill euonbad euuR ( ) osolleA aluauuielnolued ot.lleqei} un apl ": oe5e11eAV
eio6e ogdslp aluauuepao bilallseiq iollal o'oJlaoial 'á"T TX otnt5êso óí
ueinp Jêiadns naAap eullua6ie oç5eu e ahb sapeplllqlssod a saQ51puoo
ePe6111uu
eAlle6au sol+esap se aluauueÀliolqoe epeiqlllnba iezl+aluls ei6ol oiAll o 'opun6aS
OB5elleAV L#]
9'õ o]duuax]
apeplun elsau solduuaxa
sou uuemasqo os anb salanbe ouuoo '(.aluauueuao,) ose+ug op souuial e OB51sodo uia .aluauu
-laAlssod, '.aooied, '.zoAlel, ouuoo oç5e6jljuli ap souiial souaui ulloo soAllelleAe aluauiellolldxa
sleuu solxal uua iellnsai uuapod 'open oilno iod 'elilauils ap saQ5elaU .eolllio ewn61e loze+ ap
iol ap oç51sod eu leal woianb oçu sala olduiaxa iod 'laqoN oluugid uun apio+ ola as oiAll uuniet4u
-anal uuaionb OBU olunsse opep uin uia oiAll uin uieliequasoi oluauileuuiou onb seossad sellnuu,
'eoluujntl)ap iollpa o lied ellasOB5eljeAeep uiol o ela+eanb iole+ oilno g iopet4uasai o a oiAllop
iolne o ailua ejijoulijsse op oç5elai y sopelolul-ogu op OAje-ejouglpneeuin lied opueuldoJ/adia
uunouuooeoolooas iopet4uasoi o anb uuaoluapuaosap oç5eloi eullnuuono 'saied snas e os
-opu161ilp
iopet4uasai ailua elilouils ap OB5elaieuinu elas 'saiopeslnbsad Dilua ooluugpeoeo6
-olçlp o ieluauuoioul lied amas apeplun elsau opllnoslp oiaug6 o anb ieiaplsuoo souiapod
eulldloslp epeo ulla ulie5ueAe eslnbsad
ap seuuei6oidse anb uioo apeploolaAe 'sndioo op oluauielei} o 'sopeleil solunsse sop ezal
-meu e ouuooslel saQlsanb saluaia+lp iod epela+e g 'olueuod 'saiopet4uasai ap OB5eljeAev
(28 L:866 L 'y]oU-e]]oH)[e]uuouoo] ap io]lpa] .]ens]A
lelialeuu sleuu uuoo 'sool+çi6 a selaqel sleuu opuazeil oglsa soiAll se 'eo
llçuualeui slew opeuiol os ial eolç ep ole+ op esneo iod o61}uelelialew
ap einllaloi euun g oçu anb o61y sooldgl iod opezlue6io 'opeluauin6ie
uuaq 'oluauieielo olliosa oiAll uun g eluuouooo wa oiAll uuoq wn ap elgpl y
6Z t4]oU-eiioH a9J]s9(]
30 Redação Académica: princípios básicos

Sugestão de atividades
l Analise algumas resenhas e tente identificar as estratégias retóricas usadas por esses
resenhadores. Leia abaixo exemplares de resenhas extraídos dos s/fes !!!!p;ZZ
as/ e o htto://www.relnet.com.br/oan/review.lasso?
Visite esses s/fes e colete textos de seu interesse para fazer o exercício ou então entre no
}8ísBcsãi:gQQgle:çQID
e peça para pesquisar a palavra-chave 'resenhas'. O Google Ihe dará
opções de outros s/fes que trazem exemplares do gênerol
2 Depois de escolher a resenha de seu interesse, leia-a e tente definiros estágios do textos
3 Verifique como o resenhador analisa o livroem termos de 'certeza/incerteza no comentá-

rio', 'boa/má qualidade', 'maior/menor importância' da obra(Hunston, 1994)l


4 Verificando os recursos da linguagem empregados pelo resenhador para sinalizar estági-
os textuais diferentes: quando ele descreve.e quando avalb;
5 Compare esses textos ao modelo de resenha acadêmica reproduzido anteriormente e

tente identificar pontos comuns entre elesl


6. Escolha um livropara analisar. Defina as partes de que você gosta mais e menos, selecione

alguns termos de elogio e crítica para comentar essas partes, tente encontrar uma vanta-
gem e uma desvantagem do livro,pense em qual seria sua recomendação final sobre a
obra. Tente pensar nas razões que o levaram a escolher o livros
7. Escreva uma resenha de um livro de, no máximo, l página. Imprima, leia, revise e, no
computador, edite seu texto.
8. Crie corageml Imprima cópias de sua resenha para distribuirpara os colegas, alunos e
professores. Peça uma leitura crítica de seu textos
9. Procure criar, com outro colega, uma dinâmica de leiturarecíproca de textos. Isso Ihe aju-
dará a desenvolver habilidades de revisão que serão preciosas quando você estiver pro-
duzindo o seu próprio texto.
nl.fdeosalino sou aluauipp1ladat çieJ o ouioo- elelsuoo aluauisalduils 'eoq eras apnlçle essa anb euuye oçu
laAplnbebâÚ
'iolne op aloyauaq anb oluaullpuai uunulBznpoid anb soft?i 11pida apep! [1lnB SEW 'soisnfsolp
leo11p.ldno apepuoq B ? OEUt?ssalaluçanb O oluau.[oul a]sap iluud B opeoolsap eolJ oo11?oli?]uo O
snnul ops anb soltlol dilua atltnaiu
as anb loinTou ? apnpuoq ap opssdoadaazn.fiaslnb anb uiatuo q tun a :ioAaasaid as ap opoui
o anb op'otadgid oulna D saluu apuaido 'zn.fas anb op'zaA ula aa'zn.FmaacLap
as anb o troa aodnaoaid
as utanb anb 'iaAlct ülaactapas anb aod opotu o a bala as ouloa o aaltta o3tlaiahp nluol }uA..
ias-iaAap.. o a
.las.. o allua OE5t?.iradas
B aluauit?leio sleui aoalaqulsa [aAelnbely anb o]nl]duo alsau a saque st?papep111lnu!
no apep111ln ep enlouoo as apt?piam e apuo '..sopBllnsai ap ! ?« euin ieinBneu! ap 'otupuod 'as-e)Bi.L
',,JOZ/
-18utulossod as solap anb olad anb op 'susloa sop o)laia olad apor.lacao auin30ad alualuaAuoa sinal
aut-naaaaod'utaiossa.talu} as anb se oiod l11nosloa aaAaa3saolualul nata ? otu03'olctnpo.L..
euia[ assap open a] uia] çfanb
satolnt?soilno soluel ouloo iazuJ apua]aid oçu anb aoaielosa a soilpqDS smassoe OB5t?laiuloo ia] uuaAap
sadloupd se anb Oluauueuoduoo o aiqos ieluJ ap Ollnju! nas BIsoU!ut?ui[aAeçnbel/N' ..sopoiadn/! t no sop
p'tno/ OPS sadzltyld se 'alma /p! adia 'a st/at /oz/ se nó Jod Á'agzoJ soP.. Jelell oe 'AX 'dB) ON
çl\.\X dn3h ..opuotuoa utanb ap uiadsa as anb a)io oatuB o
? essa anbaod 'uulldlaslp uns D a oluaulotn8ai nas o 'oaaanB o aas opu o n3llgad ouioa ost03 üaino
aanblonb aal ulau 'oluatuusuad oilno ulau oc\leal.
qo oilno ial OQUadlaulad tun 'slod 'aAa(l..
iln8as euaAap aluapnid a uioq adloupd o anb plnpuoo
ap sopoul aiqos st?usou a saQ5eolpu!iep ula as-ednooaid BoÇl?eiagsa ap ieunuouap sowepapod alba anb
ou ieilua e essa?d iolnt? o -..spdoii Sons t /oi oiod adzizyid o/p água'tap ço(7., - AIX dp) OP JçlJBd V
(lllX a IIX) solloa?xa sop Ojuauiel il a OB5ed
-nooatd euyssaoau ep a (IX a XI deD) soo1lsçlsaloa se a slAlo sopedTouud se aiqos uu?quiul t?lui.L (IRIA
de)) aul1lo olad no (lIA de=)) st?uu.ieselad uut?islnbuoo as ouioo 'uiaq no :(lll a ll dB)) solslua a se
uçllpaiaq sopé?dçoulidsop :(l de=)) uiailnbpe as uuuoJ anb ap a sopedlouud ap saio?dsa se iaAaiosap uia
as-t?dnooaidlaAplnbel,N edoinH ep eo11Jlodeuglslq ep-..opels:l op t?uoal« ap muieqo souiBpapod zaAle}
aGoq- eA1luosap OB5ualu! euln t?unuopaid lllX de) o ?lu 'euuioJ t?uao ap 'a -aolpu?dy ouuoo [aAt?!nbebN
ap t?].moeuln a 'souanbad auud loleuu ens eu 'solnllduo gZ- euanbad aluauiuA11t?lai? eiqo y
o1lJlod uloo aaA e uigl t?pt?uno oonod anb salanbt? iod ?le soploaquoo
sluui soA1labe sop uin 'zaAlel 'g ..oo11?At?!nbt?l/q.. oçlllod ap odçl opeutuualap uln it?oy11t?nbe nossa?dauiou
nas anb souiapoui sopelsEI sop uo1111od
eu epunload oçl poli?ul euln noxlap [aAt?!nbt?b'qap eaqo y
886 L 'o]nvd ovs ']vununo iiu8v :vuoiia]
u31Avx oiAii :ov:)naves.L
]dic)Niudo :olniu
nviooiN 'llAvinovm :uoinv
zlnU lae+eUlo
H]/\aO
L8 L4ioU-euoHagi]sgC]
Redação Acadêmica: princípiosbásicos

]os- que é a única atitude possível para sobreviver neste mundo.


Assim, é ttecessário a unt pl'íitcipe, para se ntattter, que apreltda a poder ser mau e que se
palita ou deixe de valer-se disso seguttdo a ltecessidade''.
Na raiz dessa postura encontra-se uma visão moderna do conceito de ]ei, embora Maquiavel não fale
expressamente. A lei é vista como um instrumento do poder para imperar coativamente uma conduta
detemunada. Para Maquiave], a ]ei é a própria vontade do Príncipe. Dessa forma, haveria dois mundos
separados: o mundo da ética/moral, onde se aÊlrma uma lei interna e privada e, até certo ponto, abstrata ( o
espaço do dever-ser e da bondade); e o mundo do direito4ustiça, onde se aHlrma uma lei externa, pública e
concreta(o espaço do ser e dojurídico).
Partindo dessa dicotomia, Maquiave] justificará qualquer tipo de ação, desde que "formal e publica-
mente" aceita, ou, como diria o autor, desde que o Príncipe convencesse, por quaisquer meios, os seus
súbditos. Nesse sentido, inaugura uma nova visão sobre a ação humana e, especinlcamente, sobre a ação
política. Hobbes e Rousseau serão apenas variantes "maquiavélicas". O "Contrato Social" difere apenas em
quantidade: a vontade da maioria é maior do que a vontade do Príncipe, mas as suas bases são as mesmas,
ou sqa, a separação entre o público e o privado e a redução da lei a uma manifestação da vontade (do
Príncipe ou da maioria) e à sua força coativa.
Para o autor, como para seus seguidores, ou não cabe falar emjustiça, ou então, ajustiça passa a ser
a consequência do fato de que o autor da ]ei se tenha expressado de maneira livre e de forma legalmente
corneta.Porém, discutir sobre se uma determinada lei é ou não contra a razão ou querer saber se é ou não
c0/7zodeve ser é, precisamente, sair do ]-nundojurídico e adentrar-se no mundo moral.
Partindo desses princípios, Maquiavel aconselhará o Príncipe como ser liberal e generoso e como
exigir tributos dos seus súbditos(Cap. XVI) ou como será melhor para ele ser temido do que amado,
sempre que não seja odiado porque, aülna] de contas, ninguém consegue provocar amor e, sim, medo,
porém na medida cena de maneira que não se desperte o ódio (Cap. XVTI).
O Cap. XVlll - "Z)e g dor/vza os prüc@es deve/7zgz/arda/" a/Z"- é, talvez, junto com o XV, um
dos mais "maquiavé]icos". Maquiave] começa lembrando que há duas formas de se combater: ''u/}m,pelas
leis; outra, pela força. A pdnteira é própt'ia do Itoment; a segunda, dos altintais'' . E. Brisa que, puxa
que tudo saia bem para o Príncipe, é necessário que saiba ''saída e/zzp/"egar co/ZPe/zíe/zfe/zzeiz/eo a/zi/?za/
e o }tontem(...) Por isso, unt príncipe pludeltte não pode Hein deve guardar a palavra dada quaitdo
isso se lhe torre prejudicial e quattdoas causas que o deterntiltarantcessentde existir''.
Da mesma forma que se deslocara o conceito de bondade como critério ético das ações, Maquiavel
altera aqui o sentido do conceito de prudência. O termo clássico cunhado pelos gregos significava "a arte de
agir bem'', ou sqa, a prudência era uma forma de conhecimento que pemlitía o homem saber como praticar
seusatoude acordo como bem ético. Para Maquiavel, como vimos, a "bondade" passa a ser substituída
pela "utilidade" e, portanto,carece de sentido uma conceituação de prudência relacionada com o bem. E,
por isso, que "prudência" para Maquiave] passa a ser sinónimo de "esperteza" ou "astúcia": uma fomla de
conhecimento que pemnte, de acordo com as circunstâncias, agir em benefício próprio.
Maquiavel, de novo, percebe que essa conduta não é, precisamente, a desejável, mas é a "melhor
possível" no mundo em que nos encontramos: ''Se os /l0/7ze/zs
/odes/asse/zzóo/zs,eí/epreceíro seria
ntau. Mas, dado que são pér$dos e que ttão a observariant a teu respeito, também não és obrigado
a cuntpri-ta \a paÀaxa dadaspai'a conaeles. Jamais faltalant aos príncipes lazões para dissimular
o anbaod'sopo} aod sopucLnola siso.tuott sopo81nl.aidutas ol?aasio8aaduta anb solatlt SO ' opols:l
o aoalasuoa a ia uaA adl3uladuin 'slod 'ainaoid ' nota no tuoq oltx2 o ? oTioduttanb o 'aaai03a.lanb
üiod lona qtil gtl opu apito 'sadlaulid sop atul3cgtu'suautotl se sopol ap saQ3o soN.. -nug\s\A Ep o'8uo\
oe aiqal?o çieulol o anb oldlouud o aluauleA1lluiyapaoalaqelsa [aAuçnbeL'q'o]nl]deo alsap ]euy ON
..opu)s:l op apotsafntu D }s iod ul21 anb sop
opluldo o aolao.lluoaap ntagpno D ut2} opu s03nod salsa a 'aluatulna.t s? anb o s03nod situ 'saaalod
nl anb o tua2Asoro.L 'illuas tuaqus anb se OQSsoanod soul 'aaA utapod copo) slod'soptti solad anb op
soz//ose/ad s?ozazlzo8/n/'7Pia8zaa 'szla11/0z/
se'".. :euulJuoo 'sollaJ souielsa anb ap eueuinq eisud t?ulaq
aoaquoo uianb ap 'seAoid opus?p 'a .. opor?iqo ia JJsa oss? D as '7ozí/ o oiodioi;t/a iaqPS '0/21/apad
'soou 'uaq op ipiod OQU 'utu D slotu asslp guio) 'a 'mailladutl o alhos up saQ5uuoA se a soluça se
anb D OQ3ailpo oaod as-iDlloclo olsodslp ouilup nnssod anb 'osso iod'otagssaaau X 'op}811aio 'ap
-opltintuntl D '?.Fo 'apoplioa o ul)uoa algo D 'ouiaaoB o aaluntu oaud 'opu5aolaluauialuanbaa.fopuas
'suo q sapo.taplsum suatuott se sopo8uqo ops anb D snsloa se sopo} aocLtasqoapod opu :aluln8as
o iaplía/!/a ap pq.. adloulid o anb eu.tios lel ap 'oE3e t?pou?lho o las B uuessed st?!ouçlsunollo sy
..olagalum o as-lnu.lo} 'aas o OQUo snl3u?lsun)ata sulad opu81iqo opuas 'ap
otulup o lal 'oalno ap a 'osolBUai 'oaBalu} 'ououmtl 'laÜ' 'osopald aluatuocL})aFa las aaaaaud 'opor uin
ap 'oldtuaxa iod :snad?uaq ops 'sol-lnssod opuuTuaaodu 'anb ossod ou 'slolalpnfaad uimias sapos
-llonb fossa 'supor se-opuosn a su-opulnssod'anb auuiilln ap otagpnn D na l a} 'satuy'sol-lnssod
aluaiodo anb optlolsuq'sopolla ntul)o sapupltnnbse sopol ilnssod oslaa.tdopu adlaulad O..
[aAelnbeb't iod opt?inãnuu! ou.íapouu opunui ou op1luas ap laoaauo B t?ssed
ulaoait?desou st?laouloo ap OEUa OESsesloo se anb op einooid ç elJosollJ ens E Bpoi ap OjuaualAloAuasap
o noolldua! 'soBaiã se eit?d 'anb 'susloo SPP elougssa ç ogu a aoaaede anb ot? st?uade ossaoe ial uiauioq
o ap OjeJ o ' eras no '(souauiguaB no) ..saluaploe.. se a ..las.. o ailua eolssçlo eUosoly ep oç5ednooaid
y '..eçougjt?de..e a ..las.. o ailua oç5uçlslpe aluauieAFlluyap znpoilu! laAelnbeby 'olxaluoo alsap oilua(l
iapod o ialueui lied alualuaAuoo
eras anb o 'laAelnbuLN ianb ouuoo 'oBU a [ [ ]apepaloos p lied o]snfg anb o ? !at t?'olueuod 'anb a ulnuloo
uuaq oe euapio as !al Bpol anb UJeAeuuye so8ai8 se anb oss! iod EI 'gs uln ap uuaq o lt?llaoe no a1lueieg
OEUa ulnu-loouiaq op it?qlluuduioo g einooid apepaloos t?a t?fasapu-iawoq opor anb o anbiod 'uaauloq
op ezainleu B piluoo g 'u5ioJ ulad ol-gdui! t?ssodadloulid o Pioquua'oisl adloulid op sapeplssaoau sup
pplpaua ç iapod uln 'laAulnbel,N euçp ouioo 'no 'Bplpauí u-las .íapod wn las g falou?tola ep ooyloadsa O
apep11euoloei ens B 'eut?uinq ezaanleu t?udgid B eia oueuunq iapod op ..t?plpaui« e 'so8aag
se eit?danb Ojuenbua 'adloupd op selougluaAuoo st?udgid st?piapod op ..t?plpaui«t?pougiuo o iapuadap
zuJ laAplnbel,Nanb g oçtsanb y e5ioJ e a iapod op t?plpauiB ouaooas-iluçJap euapod !aTy eioplnilsap
seus 't?iopelio ? olu eplpaui upas e5iol t?uiQ t?nioJ euln ap oaluap ielsa esloaid 'zuotya ias eit?d 'e5ioJ y
OE5eep ..eA1lailpei8ai.. ap ialçieo oliao uunuial eplpaui t?ssaanb as-iapualua euapod 'op1luas assaN o/
-uam! toz / op op/paüí D ? la/ o anb uíeAesuad so8aiB SO !al t?aiqos st?olssBlo saQ51sod sep opt?iquaal t?!ial
[el ouioo assenta?anb aq]-ilpad OAlssaoxa assoJ 'zaA]el 'a OJosg]y uln aiuauaeudoid ela OEU[aAelnbeb\[
louuBtia anap as tuanb panlntoaua aidtuas ouoBua anb alanbn
anb 'saluasaid sapnplssaaau SQ oluol tua3apaqo a 'suautotl se OQSsaldtuls opl H 'iopulnutlsslp
a topo/nzzíls zl/oqias a apor//pnó Pisa !zfaqollnzl/ipin)#s?p,, g 'otueuod 'alueuodui! sleul O
npoanf?Jnp ni qanb
fiou- eBOHa 9Jls9(]
3sln
c€
olJ9+lsloltlun. ooo+o lq18
â 'rr'o'.8.8€' 0
34 Redação Acadêmica: princípios básicos

vulgo é levado pelas aparêltcias e pelos resultados dos fatos conswnados''. n


Maquiave] vai contra a corrente de pensamento clássico inaugurado polos gregos, que estimulavam o ê
S
homem a "tornar-se aquece que pode chegar a ser" ou "a ser si próprio". Maquiave] não acredita na capaci-
d
dade de desenvolvimento perfectivo do ser humano. Olha e aceita o homem "como é". E por isso que e
carece de sentido falar de moral ou de Ética em Maquiavel. Porque a Ética diz respeito a esse desenvolvi- 11

b
mento. SÓ cabe falar em Etica quando se considera o homem como um ser em fomlação e, portanto, com
C
um "dever-ser" que o dirija. E sobre esse "dever-ser" que a Ética tem algo a falar. Não na forma de leis e
C
normas que recortem ou impeçam a liberdade humana, mas explicitando as leis que encaminha a ação r
humana a sua auto-perfeição. Porém, Maquiavel não está preocupado com a tratar sobre a perfeição C

humana -já avisou no começo do livro- mas sobre a maneira de conservar o poder. O problema surge C

C
quando se aceitar deülnitivamente que essa maneira de agir é a única maneira razoável em política ou, por
outras palavras, que a ética política consiste em aceitai'o ser "de como as coisas são" e considerar o "como C

deveriam ser" as coisas como algo hipotético e moralizante. (

Dos outros capítulos, os mais interessantes,talvez, sejam o Cap. XXll, onde Maquiavel dá algumas
indicações "úteis" sobre como os Príncipes devem tratarseus ministros se querem assegurar-sedeles: üatá-
]os bem, dando-lhes honras, fazendo-os ricos de maneira que ntquem obrigados aos Príncipes e o Cap.
XXV. quando fala da "Fortuna". A metáfora de Maquiavel com o rio encolerizado é adequada. A Fortuna
ataca como um rio impetuoso, e nada ou muito pouco se pode fazer, mas depois ''gua/zdo vo//a a ca//na,
pode//z/fizer reparos e ba/'ragezzs '' evitando danos futuros numa outra cheia. Assim acontece com a
fortuna. É preciso saber fazer-lhe resistência. E fazê-la l-nudandode atitude de acordo com as circunstânci-
as. ''-julgo feliz. aquele que contbilta o seu ntodo de proceder cona as particularidades dos tentpos,
e ülfeliz o que faz discordar dos tempos a sua inalteira de proceder''.
Maquiavel introduz na esfera política do renascimento uma cosmovisão de ética muito diferente da
introduzida por um More, com a sua "Utopia", ou um Cervantes, com seu "D. Quíxote". TI'ata-sede uma
ética de resultados que terá consequências, a curto prazo, no âmbito da Conquista e colonização do Novo
Mundo e, a gongoprazo, no âmbito do que hoje conhecem-nos
como "mundo da política
11AR]STOTELES. "Éríca a Nícó/7zaco", ] 129b 17.

httD://www.
relnet.co m.br/oqn/review.lasso?

Título: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP): Solidariedade e Ação


Política
Autor: SARAIVA, José FlávioSombra(Org).
Editora: IBRI
Número de páginas: 203
Resenhista: Leonardo Abrantes de Sousa
Palavras-chave associadas a este documento:
. Integração Regional CPLP
. Temas Globais Desenvolvimento Económico e Social
. Política Exterior Brasileira
Desde sua criação em 17 de julho de 1996, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) promove a cooperação e o desenvolvimento das sociedades lusófonas. A intenção
de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugale São Tomé e Príncipe,
quando se uniram em torno deste grande prometo,não foi apenas festejar o idioma col!.ll.im
oilauulidnas op OB51nlllsuoo
ap soQ51alase sêde ouald oiquiaw ouioo opllluupelas opuaA
-op 'oç51nlllsul eu iopemasqo aluauulenle g alsal iouliIJ. 'sçlly otiçlotpnjo oollllod seuialsls
snas ap oç5nilsuoo eu olIJxne nas o uieuiil+ a seplun soQ5eN selad ouusaullop oluauiloat4uoo
-ol o ouuoouioq 'iouil.Lop elougpuadapulep oç5ezlleuuio+
e uielode apeplunuuoOep sasled
se 'oç16ai ep oç5ni]suooai a oç5e ] ]oed e lied ieiadooo ap uuig]y a]sa] iouul.L ou soluauu
-looluooesaluaoai sou aluasaid as-zo+'sepelloeidns sag5elluillse uuooanb epule 'dado v
soliçlliolid sotajoid snas se ieluauualduuil
lied soilaoueul+soslnoal ap zasseosa
e a lav]C)Nn e a OOS]Nn e ouuoosleuoloeuialul souislue6io soilno woo solugAuoo a sol
-oooloid iaoolaqelso e eio6e e5auuoo anb 'apeplunulioO ep oluauuloat4uoo oonod o :sol+esap
sopuei6 stopeluoi+uaepuled'ldO y doled sop le6nuoda llsei8 eiedas 'eilooueul+apeplioli
-adns ep elougiiooap uio - 9+a oíueiie ou ooo+ nas o eiluooua anb 'apeplunuioO ç wo61io nap
anb eollllod eliet4ua6ua elidgid ç opeuoloelai Pisa oluolslxo OAjle6au oloadse oilnO OB5no
-axa uuaObesa- esan6nuod ]e]o]+Oen6uJ] ap soueoli+y sasjed - doled se ulloosun61e seuade
a 'oluouieluol uiet4uluueo oç5eiadooo ap sotajoid SO soiquioui sasjed sop OB5eap OAjtajqo
ledloulid o las aAap OB5eiodns ens e a sopeloolop uueio+çl oluauueuoloun+ouald nas o lied
solnoçlsqo soluça 'epliasul Pisa dldC) E onb uia oolIJlodo5noqeoie alueuoduulop iesady
llsei8 op sleuoloeuialul sapepliolid seu iednoo apod eoli+y e anb ie6nl o aiqos ilianbul
as lied apeplunuodo g esan6npod en6ujl op sasled sop apeplunuuoO ep aliod op Dali
-çulioldlpDALI loluleuunap oluauie5uel o 'elslA ap oluod essa qoS eluallo soue sou ioleuusaz
-oAooulosouaui olod eia OB5edloluedessa oluenbua 'llsei8 op oç5euodxa ap soluaiioo sep
lelo} op %z anb op sleuu oçu iod apuodsai oueoli+e aluaulluoo o aluaulijenle - sleloiouioo sao
-[PUJ so]ad epeo]+]]duuaxa las apod oç5euii]+e e]s] ]]sei8 op io]ia]xa eo]]]]od ep oo16g]ei]sa o]
-nolço o iezlioloeieo e nossed anb sapepliolid ap uiapio eAou elad opnlaiqos seus 'aluaulluoo
o aiqos naleqe as anb aluaueuiiad eolIJlod asilo ap opelsa olad a ooluuguooa opel oilno op
soilaoied sleuololpeil solad epluunsseeoluuQuooaelouçAalaiil oluaosoio elad opesneo ossao
-oid 'eluaAou ap epeogp eu za+sap as 'sled op oloiguuoo ap soxnl+ sou oueoli+e aluaulluoo o
lied aluauluad ie6nl uunnlnilsuoo anb 'eilallseiq eloeuuoldlpelad eluollo a elualas soue sop
o6uol oe opezlleai oç5iasul ap ot41eqeilo 'olla+a uuoO llsei8 op sleuoloeuialul saQ5elai sep
oiunjuoo ou leloadsa elougia+ai euun las ap noxlap ollnui çt4 eoli+y e 'oplqes sopol op g ouuoO
uuiaQduuiooe onb seinllno se a soAod se 'Dias no 'euule ens iooonbsa uuas 'euopiooo
e onb oiqaigo o 'euo+osnloç5eiodooo ep odiou o eluosaide sou oçlsanb uuooiAllo 'seiAeled
sei[no uu] uunuioo en6u]] e]ad epet4uoduuasap eiopeu]]n16e oç5un+ e 'las ap iex]ap e]iapod
oçu ouioo 'a soilaoied se uiaun anb so5el sop oluauuesuape ou eluuouooa e iet4uoduuasap
apod onb loded o 'oç51nlllsulç wa61io nap anb eolIJlod eliet4ua6uo e seAllelai soQlsanb se
selsodxa oçlsa apuo 'euo+gsnloç5eiodooo ep esneo ç oç5npoilul alualaoxo euung 'sels106ull
a seleuuoldlp'sooluugpeoeap solxal lnloulanb 'eAleieS iod opezlue6io sopnlso op oiunjuoo O
llsei8 op leuoloeuialul oç5iasul e lied uueuod anb sol+esap se
a eauçioduioluoo epuo6e ep apeplxalduuooe iooat4uooe iep ap OAtjojqoo uuoo'sleuoloeuial
-ul saQlsanb sopuei6 se aiqos sopnlsa ilunai alauuoid anb '(IE181)sleuoloeuialul soQ5elaU ap
oilollsei8 olnlllsul olod epe5uel - lpunH euiluy - sleuoloeuialul saQ5elai ap ealç eu sopnlsa
ap og5aloo eAou euin ein6neul uugquielanb uuaoduial oe 'euo+gsnl OB5eiadoooe aiqos sop
-nlsa se aluouieilouold eoleuu OBjsanb uia oiAll O oç51nlllsul ep ouiol uuo opemasqo oluauu
-oullo gle olouglls o aduuoi '(8uO) elIJsei8 ap opeplsiaAlun ep sleuoloeuiolul saQ5elou sep
eliglsIH ap iossa+oid 'BAlDioS eiquioS olAçl=Jgsoí' iod opezlue6io oiAll '..eollllodoç5e a ap
-epaliepllos :esan6nuod en6ull op sasled sop apeplunuuog,, ap oluauue5uel o 'olxaluoo olsoN
soiquuaui sop oollçuioldlp-oollllodomaoe ou apeplleluauuinilsul
ens elad asseuollsanb wgquuel anb seus 'seplAloAua sleinllno saQlsanb saluaplAa
se asselnollie anb 'opun+oidsleuuiopnlso ullnap otajqo OBjua gle opôselAet4oçu dado e 'sop
-[A[oAuasope]s] se lied a]ue]ioduli] eA]]e]o]u]euun ouioo oo]]uç]]y op sope] stop sou epepnes
anb epuly laAJUolle sleuu nas uuaeolIJlod oç5euaouoo e lied o5edsa uunilnilsuoo a selou9
-liodxa ap oluauueqllueduuooa oç5esiaAuoo ap OAjjo+aleueo uuniaoalaqelsa opnlaiqos seuu
98 qioH-eiioNagi]sg(]
Reda ção Académica: princípios básicos

governo, que devem se realizar em agosto de 2001.


Neste contexto, o lançamento de uma iniciativa como a da CPLP não deixa de causar interes.
se por parte do público em geral - afinal, o que pretende a diplomacia brasileira com esse
projeto? Quais interesses a CPLP permite realizar no médio e longo prazos? Estaria o Brasil
em condições de investir em projeto que não apresenta uma instrumentalidadeimediata para
a sua ação internacional? Como se posicionam os demais parceiros, especialmente Portu-
gal, nesta empreitada? Essas são perguntas que o livroorganizado por Saraiva procura res-
ponder

htto:/7www.re inet .com . br/Dan/revlew. lasso?

Título: Prós e contras da globalização


Autor: HELD, David,MCGREW, Anthony
Editora: Jorge Zahar
Número de páginas: 107
Resenhista: VirgílioCaixetaArraes
Palavras-chave associadas a este documento

Temas Globais Globalização


Economia Internacional
Política Internacional
Passada cerca de uma década após o fim da Guerra Fria entre Estados Unidos - EUA - e
a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS -, não há, nas relações in-
ternacionais, a consolidação de conceitos com o mesmo vigor e intensidade que havia no
período anterior. Tentativas foram feitas, como a do norte-americano Francis Fukuyama,
ao proclamar o fim da história, no sentido de que a democracia liberal seria a única alter-
nativaviável para os países, na era que nascia, frutoda vitóriado pólo ocidental.
No entanto, tal premissa não se consolidou, à proporção que os regimes democráticos
instituem-se e solidificam-se em velocidade inferior à das práticas económicas liberais, o
que causa, na maioria das vezes, um arrefecimento ideológico da parte política, inspiran-
do aspirações imediatistas e autoritárias. Apenas um conceito obteve presença no mun-
do Inteiro, a despeito do regime político e económico adotado por cada país:
globalização. Em todos os.continentes, o termo designaria processos sociais díspares,
se comparados em conteúdo, no planeta todo. Justamente por não correspondera uma
definição precisa, o conceito serve para debates intermináveissobre o seu real significa-
do, não havendo, até o presente momento, um consenso entre historiadores, politólogos,
economistas e cientistas sociais, de um modo geral. Contudo, determinados aspectos
mais.amplos são aceitos pela maioria dos estudiosos como a compressão do tempo e
do espaço - em função do avanço tecnológico.-, uma interdependência sem precedentes
entre os países - por causa da maior proximidadedas economias nacionais - e a erosão
das barreiras e fronteiras - com o conseqüente desmantelamento gradativo do Estado-
nação como ator principal nas tomadas internas de decisão.
Mesmo com essa abordagem ampla, o tema ainda encontra resistências para ser aceito
como um retrato da realidade contemporânea, como é o caso dos autores britânicos Paul
Hirst e Grahame Thompson, que afirmam que a era atual caracteriza-se por uma
internacionalização e não por uma globalização: o que há, de fato, no mundo, seria uma
maior aproximação entre as economias dos Estados-nações, sem a perda de sua auto-
nomia decisória.
Z,osselnalAai/UDa/Jqulioolaulainnn//:allq//:dllt4
MMn ep l.Oozap OLllnl
op ZZ uio opllqO [saiopeioqelooa uododeU o]ie]/Uap 'pu/J/o6uy
e/ ap /e/oos '{ eo/J//od'eo/wguooa e/uo]s/f/oiA]] op et4uasaU] et/uasaU c] J so]iecyv]]/\v ].#]
/sequ
-osai/eoalollqlq/lquuoot4oAoonnn//:allt4 :MMM ep l.Ooz ap OL41nl op ZZ uuoopllqO [6ellaiJ
eleqlB8 ap 'ouusllesiaAlun o o ouuslieilunuioo o ailuo :lewio+ oç5eonpa y 9661./g661.
og3eonp.3 a]) o/upnuy oiA]]op eL4uasoU] equasoU (266 1.ap o5ieuu ap 08) ep ] Í' 'y/\]]S ].#p]
solduüaxasop e!)ugiajaU.
opunui op oinln+oliçuao o opueaullap oçlsa anb - OQ5ezlleqo16 ep ollaouoooollgu6eui
a ollilsaiil ou sepexlo+ua- soQlsanb aiqos aluessaialul euieioued uunuueuoloiodoid
saiolne se 'elAePOL salueuluuiialsoollsgu6oid elnuullsosap anb o 'olloAuasap eilaueuu
-aiqos g oauçioduialuoo ossaooid op eoluuçulpe anb eplpauuç 'euiloe sopeuolouaui sol
-uod soe oç5eloi uuo'eAlllul+apelsodsoi euin e epe6at4oe g oçu saiolne sop elsodoid y
sopo} E sollailp sopeulwialap ap OB5e+sjjese elillueie6 anb 'leq
-o16eollg euun uua opeol lpoo 'sopol Dilua ouiluluu osuasuoo uunap 'lelpunuu oolIJlod-ologs
oç5nilsuoo euin ap olauuiod 'oB5ualqo e 'iolialue uliojlop OB5einp ep aoe+ wa 'laAJssod
ellas as 'aluowleul+lolduuaxaiod 'e16olouoalop iolualap odni6 oe no SJed oe sezanbli
sleuuelieia6 ela anb olslA'elieluouunesaQ16aino sasled se ailua ossos o 'oluelua ou lez
-oiqod sleuu eliesneo OBU oç5ezlleqo16 E - sleuoloeuioiul sog5elai sep oluoueuuiiad iole+
uin ouioo apeplen61sap ep OBjsanb e lsleuoloeu salua61ilp o saQ5elndod e og5elai uua
elouQpuodopulelsodns ap ioleuuzaA epeo oç5enlls eullnuuaeluuouooaep ot4uadwasap
o lselullslp a saluelslp selougnl+ulap opeauuiad sleuuzaA epeo opunuu uunuua'einllno ep
ie6nl o lsleluaweuiaAo6 OBUsaQ5ezlue6io a sleuoloeuiolul soQ5ezlue6io 'sleuoloeusuei}
sesoiduia ouuoo'saloio soilno op laAçioxaul a OAjjepei6 oluauulosaio o alueiad
OB5eu-opejs3 ouiapouuop laded o :oçs soiolne solad sopepioqe seuial sledloulid SO
oç5ezlleqo16 op ossao
-oid op oçslA epeuluuialap ieln+oi no ieioqoiioo lied alualol+ns lelioleui oçieuoloiodoid
at41anb 'slenloalalul soilno ap saiolialue saQ5 loidialul 'saQ5eieduuoo 'seollsllelsa ap
gielolunuu as iolne epeo anb opep 'oolIJlod elas oluauueuololsod o 'seauçioduuoluoo sleu
-oloeuialul saQ5elai seu 'apeplleai ep sleloos se)uauli6os soilno e oç5eloi uuaeluuouooa
ep elouQpuadopul ç eolpap as anb osad op iesode 'anb 'elailpul euulo+ ap 'eioqioAai
'sosolpnlsa soiauiOul ap salua6ioAlp saQluldo se as-uioielllsop oe 'eiqo ep leiloa ON
ola elouglo e 'einllno e 'eluuouooa e 'eolIJlod
e aiqos 'olailpul no olailp opoui ap 'uualal+aianb 'ououligua+alsap soloeduil se aiqos -
soilno a auet4oa>1 uoqoU 'suapplE) Áuot41uy blueiJ iopung aipuy 'sllalseC) lanuelN 'uluuv
iluueS 'neuasoU sauuer bloa8 t4olilO- sosolpnlsa sopenllaouoo op saQslAsaluaia+lp
se iepioqe oe 'euuolop eoluuQpeoeapeplsiaAlp e 'eiqo ens eu 'ieadeui oluauieolleplp
ulieieinooid 'et4uelai8-gi5) eu soliçllsiaAlun saiossa+oid soquie 'Maio)3H a plaH 'saQslA
ap apep]]ein]d euuneuo]seoo onb ']en]]aouooezauaou] ep e]ou90basuoo oulloo'a]ie]sa(]
ZC y[oU-euoHagi]sg(]

Você também pode gostar