Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resenha
Désirée Morta- Roth
-....,--' '"'')/
,/
RESENHAR OU
'\ NAO RESENHAR,
/
EIS A QUESTÃO!
\
r
\
ORA. . , ORA. . .
\
/
O QUE SERIA UMA
RESENHA? ,/''' '''"''h
,,..=-«...-
}'l.p:
E
V
C
.iPiiial\. omo o pensador, na ilustração acima, todos nós, em algum momento durante nos-
sa trajetória na universidade, nos questionamos sobre o que é uma resenha. Esse
gênero textual é usado na academia para avaliar- elogiar ou criticar- o resultado
da produção intelectualem uma área do saber. Esse produtointelectualpode ter a forma, por
exemplo, de um livro, um filme, uma exposição de pinturas ou um CD de música, e é avaliado sob
o ponto de vista da ciência naquela disciplina.
(68Z:Ç66L
fiou-el+oH) OAje-oollqDdnas ap sapeplssaoau se lied e+uale a aul+ap lo+ne o as :soiAll ielleAe lied oligllio uun iopequasai
oe aoala+o 'o+ueuod 'a io+]a]op oç5uate e]ad oç511aduuoo
uuae]]nsai soiA]]i]znpoid uuase]s106u]]sop e]ougpua+essa Z
lvot:9e6t 'plal+Je9) .oue opep uun uua ope+lo g oolpç)liad uun uua .ogiped ooluugpeoe o61+ie, o anb uuoo falou?obai+
ep eplpauu, euun g iole+ asse sealç seAlloadsai sons uua .o+oeduul iole+, nas olad (q 'e696L 'plallieg) spodaU uo11el/C)
felino/' xapu/ uo/JeJ/C)saoua/OS/p/ooS o a xapu/ uo/lpJ/Oagua/OSolad sopeoualaoçs sope+losleuusoolpgliadSO L
oiA11 o it?puauio)all <ie11eAy <iaAai)sa(l< it4uasaidy
ap saque se souiezlleai anb uua
sedela oilenb souliaAloAuasap'oiAlluuniet4uasoi oe 'onb eolpulsou oiauQ6 ossap asllçue y
.lequasai euün ap t?alsgq ealig)ai t?.in)ni)sa e g lt?nÕ Z'Z
soiAllap eoluugpeoeetluosai eu oç5uole estou souiaieiluaouoo
'e5uein6as ioleui uioo solxal ilznpoid E soliç lsiaAlun sounle ielllxne ielual lied leluauiepun+
apeplllqet4euin elos zoAlel soiAll iequasai iaqes 'seilal op sounle lied 'oplluas assaN z(ÇL
-t, 1.1.:966 1.'t41oU-e]]o]/N)
e]uuouoo] uua%0t, a eoluujnOuuasoolpgliad sop %çE) uuaaoaluooe ç)s ouu
-sauu o anb o]uenbua 'set4uasai uieo]]qnd eo]]éJ06u]] uua ,sopello sleuu soolpç)liadsop oluao iod
elualaS'(gz6 1.'uat40 lz86 1.iat4oa8) oluauuloat4uooap OB5e61nAlpa OB5npoid ap eulllo+owoo oo
-luugpeoe o61ue olad opJnlllsqns aluauileolpei lo+ oiAll o apuo 'eolsJJ e 'olduiaxo iod 'ouioo sealç
sei[no anb op io]euu a]uauieA]]eo] ]u61ssoiA]] iet4uasai uia oç51pei] euun uio] eo]]sJ06u]] e 'sei]a]
ap eolç ep opeo]]deoduieo uin ias ap OB5un+ui] ealç epeo op sassaialul se uioo opiooe ap
elou90bai+lououi no ioleuuiuuooopesn las apod et4uasai oiaug6 o anb iellessai alueuodw1 3
'l seollsçld sabe se no eolsOuue ouioo sealç seilno uua
OAONeuiaulO op oloeduulo(o epule no 'olunsse ouusoui o aiqos no iolne ouusauuolad sopeollqnd
oluawiolialue soiAll se (q 'leinllno oluauulAoui asma (e :aiqos aqes as anb o las opod 'olduuoxa
iod 'oAONeuiaulO o aiqos oiAlluune eolIJioeu no o16olaou elougia+aiap oluod o 'uulssy
oluouilpualua nas o lied salueAaloi seulldloslp
seilno ulioono eplznpoid lo+eiqo e anb uia iaqes op gole e uioo ieloouoo os uiaAap soliçluouu
-oo snaS olunsse ouusaui o oiqos aluauiiolialue oplznpoid oluauuloat4uoo olad opeuiio+ul elslA
ap oluod ulinap ilued e eiqo opep euin elleAe o aAaiosap aluauueolseqiopet4uasai o 'iollol oe
iapuole lied oiAllopep uunaiqos eollliooçluldo euunaoaulo+oilno o a eosnq uin :salua6iaAuoo
soAltajqo uliglOAalosa anb elanbe a gl anb eossad e anb uia lenlxal oiaug6 uung et4uasai y uuez
-lue6ioai a uueulquuoo
os ooluuQpeoe
sme/s ap 'iapod op sag5elai se a ezlue6ioai as (sopei6
-esuoo saioleA se 'sepelope sua6epioqe se 'saied se allua opet411ued
iaqes o 'ecoa uia saiolne
se o selioo} se) eulldloslpeu oluaulijoat4uoo
o 'saQ5eollqndsecou ap OB5eljeAeep sgAeilv
LZ t4}oH-eiiolNagilsgG
Reda ção Acadêmica: princípios básicos
Em geral, essas ações tendem a aparecer nessa ordem e podem variar em extensão, de
acordo com o que queremos enfatizarem nossa análise do livro,ou em freqüência, de acordo
com as características da obra ou o estilo do resenhador. Assim, se o autor recebeu um prêmio
Nobel, poderemos dedicar maior espaço no texto para seu currículo (atendendo assim a um
provável interesse do público) do que se esse autor estiver apenas iniciando sua carreira acadê-
mica. Por outro lado, dependendo do estilo do resenhador, a descrição e a avaliação de partes
específicas do livrojá vem sintetizadas no mesmo trecho da resenha e, às vezes, na mesma
sentença. E importantefrisar que o uso desses quatro estágios textuais, indicados acima, foi
uma tendência verificada em nossa pesquisa junto a editores e autores de resenhas em periódi-
cos internacionais. Portanto, essa descrição do gênero deve ser tomada como uma constataçãoa
de como as pessoas escrevem resenhas e não uma norma a ser seguida cegamente.
Vejamos um exemplo de resenha, retirado da Internet do site httD:/7www.ceveh.com.br/biblio-
!eça1lliese111lasZ,
no qual a resenhadora apresenta um livroda área de Educação:
Exemplo 2.1
Ed#l
Resenha
Autor: ,fa{3ic'e
.}ailice '!'beíjd
I'het) r d&
iilailf o: qü 20ja l icc @.: })ttlgr ct .comi.l)r
São Paulo, 30 de março de 1997.
o lançamento do Anuário de Educação 95/96 organizado por Bárbara Freitag cotocal Apresenta
em discussão os temas mais cadentes da atualidade: relações interculturaise interétnlcas,l
relações de género (situação e papel da mulher na educação) e análise das minorias
("estrangeiros" ,"migrantes", refugados", "perseguidos"). A presença de autores nado:
naif e internacionais permitiuque olhares forjados em diferentes países ou regiões do
globo viessem resultar em uma reflexão conjunta dos problemas contemporâneos.na área
de educação.
A novidade que carrega esta coletânea é o enfoque dado à área educacional como ex-
pressão da própria sociedade e não como uma parte, lateraldos grandes problemas que
afligema sociedade contemporânea.
mento na área. Esse estágio estabelece o cenário contra o qual a resenhadora buscara Des-
crever (as partes do livro) e Avaliar (os melhores ou piores aspectos do Apresentação
da autora e
mesmo). Ela 'abre o texto', apresentando o livro pelo seu título, O lança- colaboradores
do livro
mento do Anuário de Educação 95/96...', pelo nome de sua autora, 'organi-
zado por Bárbara Freitag', e pelo valor de seus colaboradores, 'A presença
de autores nacionais e internacionais permitiuque olhares forjados em diferentes países ou
regiões do globo'
Na apresentação da obra, também são definidos os temas abordados (relações
interculturaise interétnicas, relações de gênero e análise das minorias) e o modo como a obra
vem se inserir na disciplina como uma contribuição inovadora -- 'A novidade que carrega esta
coletânea é o enfoque dado à área educacional como expressão da própria sociedade e não
como uma parte, lateral. . .' do
Depois de estabelecida a apresentação, por meio das credenciais dos autores e do valor pn
de contribuição do livro para a área, o próximo estágio serve para dar uma visão geral (enume- de
rando as partes do livro) ou bem detalhada(definindo o conteúdo de cada capítulo) do livro. ist
liz
A terceira parte da coletânea trata do ciberespaço, tecnologia e formação profis-
sional. Luis Martins da Silva retoma algumas previsões-mitos que se fizeram no d(
iopet4uasai o 'eiqo e iepuauuooaU oe ' ]. Z o]duuax] ou ouuoO . ajoL{ ap oo16g6epad aleqap
o 'euun61e eplADP uuas 'e61iqe 96/ç6 oç5eonp3 ap oliçnuy O, :oAlsensiad uliol ap leul+ oç5ell
-eAe euin uuooetloo+olxal o 'solnIJdeo sop leloluloç51iosapç aluaoejqns oç5elleAe ep uigly
oluel lied selougplAa opuaoauio+ 'saiualaoo a slaAJsneld soluauue61njiaze+ uia apeplllqet4
ens leulldloslp eu elAgid einleialll e opun+ ap oued oullooopuol 'oB5eollqnd eAou euun oluouu
-eolllioielleAe ap zedeo oiquuaui oluenbua eulldloslpep oiluap apepliolne ieilsuouiap op o las
aoaied 'olueliod 'et4uasai ep eiolne ep OAtlajqo O oiAll o(ial oçu no) ial e elouglpne e ielouanl+ul
lied OAjsensiad g uuolo o leuuio+g olxal op olllsa O eoluugpeoeapeplunuliooeuin ap (padxa
no alueildse 'iopeuue) oiquiaui ouuoolnlllsuoo as 'zaA ens iod 'anb iollal oe aluai+ (opepliolne)
elslleloadsa ap laded o is lied euieL4oeiopet4uasai e 'ezainleu essap soliçluauuoo lazer oy
(o+ei6çied .8) .oolIJio iet41ouunialueuli iollal oe, uialluuiod
filou sopepioqe solunsse se o(o+ei6çied .z) .apeplAou, euin e6aiieo '(o+ei6çied . l.) .apepllenle
ep saluopeo sleui seuial se oçssnoslp uua eooloo, alfa slod 'oiAll op sapepllenb uueoelsap
anb soliçluauuoo ap euiioJ eu 'olxal op o6uol oe et41edsaas oç5elleAe e 'sopelleAe uuelosop
-equasai oiA]]op s]en]uod so]oadse anb uuao]xa] op eo]+Joodsaoç5as euuneleL4oçu eioqui]
leul+ OB5epuauiooai euun ap sozoA se opuoze+ 'olxal o ellaoua onb '.opet41elap auuio+ul
uunonb op ioL41aui
epeu, 'oiAll op lenlxal-eilxa lelialeuuou eiluaouoo as OAjleljeAeoliçluauuoo
o 'oiAllop seol+Joodsosaued ap epet41elopoç5elleAeeuin e opeolpopo5edsa çt4OBU' 1.z old
-uuax] ou 'ouuoO oiAll op laAçioAe+ OB5eljeAe euun uua sepeiquiol las uiapod OAjssluuai aolpuJ op
OBsua[xa o OBs]oaid e no sua6euu] sep oçssaiduu] ep apep]]enb e 'seolç sepeu]uiia]ap uu]
eulldloslp ep oç5eollqnd ap seollçid se lied no oiAll op oç5elleA e lied alueAalai io+ olsl
anb aiduias sopeuolouauu orlas a 'oiAll ou opeleil olunsse op opuapuadap 'ealç epeo op oiluap
o ealç lied ealç ap welieA sleuololpe slelialeuu sassap elou90bai+ e o odll O oiAll op ledloulid
olxal op oued uuoze+oçu 'soAlssluuoi soolPUJ 'selougia+ai ap selsll 'soliçsso16 'solojoiaxa 'sop
-ep 'sein61+ 'sool+?i6 'selaqel 'soxoue 'soolpugde ouuoo uilsse 'sauliio+ul 'euiloe ot4oail ON
aluauueAlle nodlolued 'eouçloloo elsap
6ellaiJ eieqie8 apua )a6eld ueoF op oliçualuao o oiqos opet41elap
b op ioL41auuepeu og5eonpa aiqos o]içnuy uin iez]]eu]+ lied ']
L#P3
t,Z o]duuax]
lellaleH
lenlxal-eilxa lelialeui ap ezainleu e a (o
o oaqanO ap apeplsiaAluR ep oç5eonp3 ulo opeio+
nop o einluaAeo8 opleAlp3 a ooluuguooo oluauulosaio ap opoliad uunu agua
lol a opõlgü'Íêsãidúã"ê"üUã6é2Ípuaide ap opeuueu4ouugquuel)e5JnS/lenp euualsls
0 eSjjeUe EelqOS 0Qi l(' ' ') ep soluepodwl soluod se
Áauo8 '8 'VVeuolaF a oluauulAouu op sgAeile oilallseiq
leuoloeonpo euuolsl! eilapod epeyU 1193eollçuuio+ul a
g2m g 9m91jpsxp ligogp1 2peQb9tPPlna ) ajoL4ap selp se aiqos opessed
9Z t4ioU-euopyagi]sg(]
Rede ção Acadêmica: princípios básicos
poderá aconselhar o leitora ler(ou talvez, não ler) o livro,justificando-se e explicitando em que
medida a obra é significativa para a disciplina como um todo(Motta-Roth, 1995:45)
Vejamos um outro exemplo de resenha retirado do site htto://www.relnet.com.br/oan/
review.lasso?
Exemplo 2.5
aüílç{ê Mç ÊeslÍ:$vü,Nã€1resüsc
ã {tgÊür
}vaíe$üecri e! e'ap{ e e s$$
caiegas e hemlanos del sui.
(epL:s66L 'qlou-e+ioN) eLluasal oiaug6 ou sepesn seolig+ai se16gleilsa sep eoliguuanbsa oç51iosaG L Z ein611
sepeolpulset41e+
sep iesade oiAllo iepuauuoooU80 1.ossed
no oiA]]o iepuauuooaU/ieo]+]]enbsoC]
yo L ossed
ouAii o uvaN3m093u (ovN) v (
sool+Joadsa soluod ie51eaU 6 ossed
ouAii oa s31uvd uviivAV c
lenlxal-eilxolelialeuiiell0 8 ossed
no/a o[n[[deo
epeoap oo]dç)]
o iooa]oqe]s]z ossed
no/a oiA[[ op oç5ez]ue6io ep ]eio6 OBstA euun le(] g ossed
otan o u3A3u9saaz
eulldloslp
eu oiAllo iliosuls ossed
no/a saQ5ezlleiaua6 ioze=J p ossed
no/a io[neo aiqos se]ougia+aile(] c ossed
no/a OAje-e]oug]pne e i]u]+aC] Z ossed
no/a oiAll op leiam ooldgl o ieuiio+ul L ossed
OUAll O UVIN3S]UdV L
l a ein61=1
ep olopouuo auulo+uoo
'oiaug6o lied eollçuianbsaoç51iosap
euin ilnilsuoosouuapod
- so16ola no seollli ieilsnll lied oiAll op souooxa no solduuaxa
lnloul 'sazaA sellnuu 'a eAllelleAe oluauuesuap g uua6en6ull y oiAll o lied saQ5eollde sloAJssod
ieolpul o leul+oç5elleAe e ieolpul lied Olnln+ou a lol-çlleAe o oiAll op saued se ioAaiosap lied
salduu.ilsoluosaid ou loiAll op oluauu16inso gle eulldloslp e iaAaiosap lied olla+iad aluasaid ou
soqiaA lnloulaluauialuaObai+ set4uasai ul.loepesn uia6en6ull e 'olduuaxaolod opeilsnll ouuoO
(t,) oç5epuauuoooEI
o (8) oç5e]]eAy '(a) oç51iosaC] ' (1.) oç5eluasaidy ap so16çlsa sop saiopeoieuu ouioo uueuo a
-loun+ anb 'olxal ou saloo saluaia+lp uua sepeoelsap sagssaidxa selad gelou laAJssod g auulo+uoo
C
's]en]xa] so16ç]sa oi]enb se ]n]ou]3 o]duiox] op o]xa] o 'o]duuoxa oi]aui]id op a]uauua]uaia+](]
ZZ qioEJ-e})ory agi]s?(]
Reda ção Académica: princípios básicos
Conforme vimos nos exemplos, em cada um dos quatro estágios textuais - Apresentar, Des-
crever, Avaliar e Recomendar -- o resenhador pode empregar essas estratégias retóricas, esco-
lhendo usar uma dessas alternativas ou todas juntas.
Vimos também que, embora a avaliação seja a função definidora do gênero resenha, não é
seu único componente. Uma pesquisa anteriorjunto a editores de resenhas(Motta-Roth, 1998) rez
revelou que há uma expectativa quanto à descrição detalhada do conteúdo e da organização do pee
livro
Logo, o gênero é, ao mesmo tempo, avaliativo e informativo, mas esse teor avaliativo, entre- go
tanto, varia entre as disciplinas. Em Química, a avaliação é suave - 'no mínimo, porque uma se
resenha avaliativa dá muito trabalho'(Motta-Roth, 1995) e resenhas fortemente avaliativas são ex;
indesejáveis e podem muitas vezes causar constrangimentos. Enquanto que o editor de Química do
acredita que críticas criam inimigos, se não forem expressas com moderação, o editor de 'ml
Linguística acha que o tipo de avaliação(mais ou menos velada) depende da personalidade do nhí
resenhador, enquanto que o de Economia acha que isso depende da experiência professlonal de
do resenhador na área. exf
A avaliação em resenhas segue certos critérios internosa cada disciplina. Em Química, por m€
IEditor de Químicas
Um livroque traga novas informações ou jogue luz sobre velhas questões
Elementos como índices são importantes em um livro científico.'(Motta
Roth, 1998:137)
A data das referências e o material visual (como índice, tabelas, gráficos), que geralmente
ajudam os leitores a pegar a informação mais rápida e eficazmente, são importantes em Quími-
ca. Além disso, químicos desejam saber a amplitude do tratamento do assunto(superficialmente
ou em detalhes).
Em Lingüística, é importante que o resenhador estabeleça o valor do livro para a audiência-
alvo e sua capacidade de inovara área e responder às expectativasdos leitores:
ex
ex
IEditor de Lingüística]
Novo e interessantepara os leitoresda revista, apresentando um novo 19
modo de olhar o assunto, com uma visão clara dos argumentos presentes
no livro.'(Idem:Ibidem) av
ac
do
Na Economia, há um crescente interesse pela matemática nas últimas décadas, em função
na
de que talvez, para um economista, 'argumentos verbais não sejam tão contundentes hoje em dia
como argumentos matemáticos'(Motta-Roth, 1995:103-06). ni(
(t,8 1.:OZ61.[Z961.])uqn>1iod 'opessed ou 'ope]uode ç] auilo+uoo) oç5en]e ap ealç ens uuaapep]u
-nuioo ap oplluas ulln ap oç5euliio+ e lied lnqliluoo 'euilo+ essap 'o saioleA sassa e as-ala+al 'eu
-lldloslp euun ap oiquiaui ouioo ieuoduuoo as oe 'iopetluasai O aluapuodsaiioo eulldloslp eu sop
-Jnlllsuoo soioleA soe oç5elai uio sepeolllio oçs soQ5eollqnd seAON leuolssl+oid oç5eolunuuooe
lied oiaug6 ouusouuo lesn ap saielnollied seilaueui uualeulldloslpepeo anb uuelouaplAaielleAe
a iaAaiosap op saluaia+lp se16gleilsa sess3 (2861. 'iauiely) sooliç)+elauli soslnoal uuoo (l.g6L
'ÁalsolOOH) .oliçiolll, sleui osinoslp uun uuoo '(ç9-c9z:966 1. 't41oU-elloH) epeioqela a esualxa
sleui OB5eluauin6ieeuin ilznpoid e uiapua} selslo6ull o selslwouooo anb oluenbua 'seAllsnexa
saQ5elleAe ulias oiAll op elduue sleui OBstA eulin ielope e uuapual eolwjnO uia soiopequosau
lns lap
soueuuiaq a se6aloo sossou ap acode aluauluad a oso11eAo le16ola
oçuos elsai OBN 'oA111sod
Ollnulg o5ueleqo 'leul+oe 'uugiod sesn+
-uoo sozoA iod 'el+ei6ollqlqç selougiolai a sag5eilo se uuooos-euoloelaireo.'e-'
oç5elluill euonbad euuR ( ) osolleA aluauuielnolued ot.lleqei} un apl ": oe5e11eAV
eio6e ogdslp aluauuepao bilallseiq iollal o'oJlaoial 'á"T TX otnt5êso óí
ueinp Jêiadns naAap eullua6ie oç5eu e ahb sapeplllqlssod a saQ51puoo
ePe6111uu
eAlle6au sol+esap se aluauueÀliolqoe epeiqlllnba iezl+aluls ei6ol oiAll o 'opun6aS
OB5elleAV L#]
9'õ o]duuax]
apeplun elsau solduuaxa
sou uuemasqo os anb salanbe ouuoo '(.aluauueuao,) ose+ug op souuial e OB51sodo uia .aluauu
-laAlssod, '.aooied, '.zoAlel, ouuoo oç5e6jljuli ap souiial souaui ulloo soAllelleAe aluauiellolldxa
sleuu solxal uua iellnsai uuapod 'open oilno iod 'elilauils ap saQ5elaU .eolllio ewn61e loze+ ap
iol ap oç51sod eu leal woianb oçu sala olduiaxa iod 'laqoN oluugid uun apio+ ola as oiAll uuniet4u
-anal uuaionb OBU olunsse opep uin uia oiAll uin uieliequasoi oluauileuuiou onb seossad sellnuu,
'eoluujntl)ap iollpa o lied ellasOB5eljeAeep uiol o ela+eanb iole+ oilno g iopet4uasai o a oiAllop
iolne o ailua ejijoulijsse op oç5elai y sopelolul-ogu op OAje-ejouglpneeuin lied opueuldoJ/adia
uunouuooeoolooas iopet4uasoi o anb uuaoluapuaosap oç5eloi eullnuuono 'saied snas e os
-opu161ilp
iopet4uasai ailua elilouils ap OB5elaieuinu elas 'saiopeslnbsad Dilua ooluugpeoeo6
-olçlp o ieluauuoioul lied amas apeplun elsau opllnoslp oiaug6 o anb ieiaplsuoo souiapod
eulldloslp epeo ulla ulie5ueAe eslnbsad
ap seuuei6oidse anb uioo apeploolaAe 'sndioo op oluauielei} o 'sopeleil solunsse sop ezal
-meu e ouuooslel saQlsanb saluaia+lp iod epela+e g 'olueuod 'saiopet4uasai ap OB5eljeAev
(28 L:866 L 'y]oU-e]]oH)[e]uuouoo] ap io]lpa] .]ens]A
lelialeuu sleuu uuoo 'sool+çi6 a selaqel sleuu opuazeil oglsa soiAll se 'eo
llçuualeui slew opeuiol os ial eolç ep ole+ op esneo iod o61}uelelialew
ap einllaloi euun g oçu anb o61y sooldgl iod opezlue6io 'opeluauin6ie
uuaq 'oluauieielo olliosa oiAll uun g eluuouooo wa oiAll uuoq wn ap elgpl y
6Z t4]oU-eiioH a9J]s9(]
30 Redação Académica: princípios básicos
Sugestão de atividades
l Analise algumas resenhas e tente identificar as estratégias retóricas usadas por esses
resenhadores. Leia abaixo exemplares de resenhas extraídos dos s/fes !!!!p;ZZ
as/ e o htto://www.relnet.com.br/oan/review.lasso?
Visite esses s/fes e colete textos de seu interesse para fazer o exercício ou então entre no
}8ísBcsãi:gQQgle:çQID
e peça para pesquisar a palavra-chave 'resenhas'. O Google Ihe dará
opções de outros s/fes que trazem exemplares do gênerol
2 Depois de escolher a resenha de seu interesse, leia-a e tente definiros estágios do textos
3 Verifique como o resenhador analisa o livroem termos de 'certeza/incerteza no comentá-
alguns termos de elogio e crítica para comentar essas partes, tente encontrar uma vanta-
gem e uma desvantagem do livro,pense em qual seria sua recomendação final sobre a
obra. Tente pensar nas razões que o levaram a escolher o livros
7. Escreva uma resenha de um livro de, no máximo, l página. Imprima, leia, revise e, no
computador, edite seu texto.
8. Crie corageml Imprima cópias de sua resenha para distribuirpara os colegas, alunos e
professores. Peça uma leitura crítica de seu textos
9. Procure criar, com outro colega, uma dinâmica de leiturarecíproca de textos. Isso Ihe aju-
dará a desenvolver habilidades de revisão que serão preciosas quando você estiver pro-
duzindo o seu próprio texto.
nl.fdeosalino sou aluauipp1ladat çieJ o ouioo- elelsuoo aluauisalduils 'eoq eras apnlçle essa anb euuye oçu
laAplnbebâÚ
'iolne op aloyauaq anb oluaullpuai uunulBznpoid anb soft?i 11pida apep! [1lnB SEW 'soisnfsolp
leo11p.ldno apepuoq B ? OEUt?ssalaluçanb O oluau.[oul a]sap iluud B opeoolsap eolJ oo11?oli?]uo O
snnul ops anb soltlol dilua atltnaiu
as anb loinTou ? apnpuoq ap opssdoadaazn.fiaslnb anb uiatuo q tun a :ioAaasaid as ap opoui
o anb op'otadgid oulna D saluu apuaido 'zn.fas anb op'zaA ula aa'zn.FmaacLap
as anb o troa aodnaoaid
as utanb anb 'iaAlct ülaactapas anb aod opotu o a bala as ouloa o aaltta o3tlaiahp nluol }uA..
ias-iaAap.. o a
.las.. o allua OE5t?.iradas
B aluauit?leio sleui aoalaqulsa [aAelnbely anb o]nl]duo alsau a saque st?papep111lnu!
no apep111ln ep enlouoo as apt?piam e apuo '..sopBllnsai ap ! ?« euin ieinBneu! ap 'otupuod 'as-e)Bi.L
',,JOZ/
-18utulossod as solap anb olad anb op 'susloa sop o)laia olad apor.lacao auin30ad alualuaAuoa sinal
aut-naaaaod'utaiossa.talu} as anb se oiod l11nosloa aaAaa3saolualul nata ? otu03'olctnpo.L..
euia[ assap open a] uia] çfanb
satolnt?soilno soluel ouloo iazuJ apua]aid oçu anb aoaielosa a soilpqDS smassoe OB5t?laiuloo ia] uuaAap
sadloupd se anb Oluauueuoduoo o aiqos ieluJ ap Ollnju! nas BIsoU!ut?ui[aAeçnbel/N' ..sopoiadn/! t no sop
p'tno/ OPS sadzltyld se 'alma /p! adia 'a st/at /oz/ se nó Jod Á'agzoJ soP.. Jelell oe 'AX 'dB) ON
çl\.\X dn3h ..opuotuoa utanb ap uiadsa as anb a)io oatuB o
? essa anbaod 'uulldlaslp uns D a oluaulotn8ai nas o 'oaaanB o aas opu o n3llgad ouioa ost03 üaino
aanblonb aal ulau 'oluatuusuad oilno ulau oc\leal.
qo oilno ial OQUadlaulad tun 'slod 'aAa(l..
iln8as euaAap aluapnid a uioq adloupd o anb plnpuoo
ap sopoul aiqos st?usou a saQ5eolpu!iep ula as-ednooaid BoÇl?eiagsa ap ieunuouap sowepapod alba anb
ou ieilua e essa?d iolnt? o -..spdoii Sons t /oi oiod adzizyid o/p água'tap ço(7., - AIX dp) OP JçlJBd V
(lllX a IIX) solloa?xa sop Ojuauiel il a OB5ed
-nooatd euyssaoau ep a (IX a XI deD) soo1lsçlsaloa se a slAlo sopedTouud se aiqos uu?quiul t?lui.L (IRIA
de)) aul1lo olad no (lIA de=)) st?uu.ieselad uut?islnbuoo as ouioo 'uiaq no :(lll a ll dB)) solslua a se
uçllpaiaq sopé?dçoulidsop :(l de=)) uiailnbpe as uuuoJ anb ap a sopedlouud ap saio?dsa se iaAaiosap uia
as-t?dnooaidlaAplnbel,N edoinH ep eo11Jlodeuglslq ep-..opels:l op t?uoal« ap muieqo souiBpapod zaAle}
aGoq- eA1luosap OB5ualu! euln t?unuopaid lllX de) o ?lu 'euuioJ t?uao ap 'a -aolpu?dy ouuoo [aAt?!nbebN
ap t?].moeuln a 'souanbad auud loleuu ens eu 'solnllduo gZ- euanbad aluauiuA11t?lai? eiqo y
o1lJlod uloo aaA e uigl t?pt?uno oonod anb salanbt? iod ?le soploaquoo
sluui soA1labe sop uin 'zaAlel 'g ..oo11?At?!nbt?l/q.. oçlllod ap odçl opeutuualap uln it?oy11t?nbe nossa?dauiou
nas anb souiapoui sopelsEI sop uo1111od
eu epunload oçl poli?ul euln noxlap [aAt?!nbt?b'qap eaqo y
886 L 'o]nvd ovs ']vununo iiu8v :vuoiia]
u31Avx oiAii :ov:)naves.L
]dic)Niudo :olniu
nviooiN 'llAvinovm :uoinv
zlnU lae+eUlo
H]/\aO
L8 L4ioU-euoHagi]sgC]
Redação Acadêmica: princípiosbásicos
b
mento. SÓ cabe falar em Etica quando se considera o homem como um ser em fomlação e, portanto, com
C
um "dever-ser" que o dirija. E sobre esse "dever-ser" que a Ética tem algo a falar. Não na forma de leis e
C
normas que recortem ou impeçam a liberdade humana, mas explicitando as leis que encaminha a ação r
humana a sua auto-perfeição. Porém, Maquiavel não está preocupado com a tratar sobre a perfeição C
humana -já avisou no começo do livro- mas sobre a maneira de conservar o poder. O problema surge C
C
quando se aceitar deülnitivamente que essa maneira de agir é a única maneira razoável em política ou, por
outras palavras, que a ética política consiste em aceitai'o ser "de como as coisas são" e considerar o "como C
Dos outros capítulos, os mais interessantes,talvez, sejam o Cap. XXll, onde Maquiavel dá algumas
indicações "úteis" sobre como os Príncipes devem tratarseus ministros se querem assegurar-sedeles: üatá-
]os bem, dando-lhes honras, fazendo-os ricos de maneira que ntquem obrigados aos Príncipes e o Cap.
XXV. quando fala da "Fortuna". A metáfora de Maquiavel com o rio encolerizado é adequada. A Fortuna
ataca como um rio impetuoso, e nada ou muito pouco se pode fazer, mas depois ''gua/zdo vo//a a ca//na,
pode//z/fizer reparos e ba/'ragezzs '' evitando danos futuros numa outra cheia. Assim acontece com a
fortuna. É preciso saber fazer-lhe resistência. E fazê-la l-nudandode atitude de acordo com as circunstânci-
as. ''-julgo feliz. aquele que contbilta o seu ntodo de proceder cona as particularidades dos tentpos,
e ülfeliz o que faz discordar dos tempos a sua inalteira de proceder''.
Maquiavel introduz na esfera política do renascimento uma cosmovisão de ética muito diferente da
introduzida por um More, com a sua "Utopia", ou um Cervantes, com seu "D. Quíxote". TI'ata-sede uma
ética de resultados que terá consequências, a curto prazo, no âmbito da Conquista e colonização do Novo
Mundo e, a gongoprazo, no âmbito do que hoje conhecem-nos
como "mundo da política
11AR]STOTELES. "Éríca a Nícó/7zaco", ] 129b 17.
httD://www.
relnet.co m.br/oqn/review.lasso?