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ÉVORA

Um património para o futuro


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Évora
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Percursos
11
O que fazer
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Onde Comer
35
Onde Dormir
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Enoturismo
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Outros Locais de Interesse
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évora

Introdução Histórica 6

Em Évora 8

Locais Únicos 10
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INTRODUÇÃO HISTÓRICA

Plínio, O Velho, escreveu-lhe o nome no ano 77


da nossa era: Ebora Cerealis. Mil anos antes do
nascimento de um país a que se chamaria Por-
tugal, já por estas terras se cultivavam cereais.
Ao longo dos séculos, a cidade construiu-se,
destruiu-se e reconstruiu-se sucessivas vezes.
Mudou de nome. Foi Liberalitas Julia e Jus Latim
Verus. É Évora, guardiã de um passado milenar,
ou não tivesse sido nestas terras que há 8 mil
anos se ergueu aquele que é hoje o monumento
megalítico mais importante de toda a Península
Ibérica: O Cromleque dos Almendres.
Foi cidade de Astoplas, sogro de Viriato. Foi
cidade de Sertório, que a fortificou. E de Tarique,
conquistador muçulmano. Geraldo Sem Pavor
entregou-a a Afonso Henriques. Foi segunda
cidade do reino e corte de vários reis. O cardeal
Dom Henrique deu-lhe a Universidade em 1559.
Mais do que a grandiosidade de igrejas e palácios,
o Nobel da Literatura José Saramago viu-a como
um “estado de espírito” que permite “segurar o fio
da história e com ele bem agarrado avançar para
o futuro”. Percorrer Évora é viajar através de um
labirinto com com milhares de anos, descobrir
os encantos de uma cidade amada e cantada
por poetas, Património da Humanidade. Évora
reiventa-se no virar de cada esquina, revelando-
-se sob o sol esplenderoso que faz brilhar o
marfim com que foi construída.

(...) na branca e azul luz de Évora, no sul,


onde apetece a alegria, uma casa abrigada
da tempestade.
Francisco José Viegas in “Metade da Vida”, 2002

INTRODUÇÃO
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ÉVORA

Sé Catedral de Évora
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EM ÉVORA...

Aeroporto
Lisboa (130 km), Badajoz (102 km) e Beja (85 km) são os aeropor-
tos mais próximos. A cidade localiza-se junto à auto-estrada A6
que une Lisboa à fronteira do Caia e, daí, a Madrid. Cumprindo o
limite máximo de velocidade, o trajecto entre qualquer um destes
aeroportos e a cidade é ligeiramente superior a 1 hora. Há duas
saídas possíveis na auto-estrada: Évora poente (a indicada para
quem circula a partir de Lisboa) e Évora nascente (para quem
chega proveniente de Espanha). Qualquer uma delas fica a cerca
de 10 minutos do centro.

Transportes públicos
Existe uma variada oferta a partir de Lisboa. Por autocarro, a Rede
Nacional de Expressos (www.rede-expressos.pt) tem mais de 20
ligações diárias.
O meio mais cómodo é o comboio (www.cp.pt) com cinco ligações
diárias, que colocam a cidade a hora e meia do centro da cidade
de Lisboa.

Na cidade
A única forma de realmente visitar Évora é percorrê-la a pé.
Os monumentos megalíticos podes ser visitados com recurso a
um rent-a-car ou através de programas organizados pelas unida-
des hoteleiras, sendo possível o aluguer de bicicletas. Existe uma
rede de transportes públicos (www.trevo.com.pt) para desloca-
ções dentro da malha urbana.

Museus e Monumentos
O Museu de Évora está encerrado à segunda-feira e à terça-feira
de manhã. A galeria Two Head Chicken fecha aos domingos.
O Mercado Municipal funciona de terça-feira a sábado.

introdução
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ÉVORA

Rua do Menino Jesus, ao Largo Luís de Camões


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LOCAIS ÚNICOS

Capela dos Ossos


Para uns é um local imensamente belo e sinistro, talvez maca-
bro, para outros um apelo espiritual à reflexão sobre a transito-
riedade da vida. Situada na Igreja de São Francisco (a entrada é
por um portão lateral), a Capela dos Ossos não deixa ninguém
indiferente, sendo toda ela decorada com ossos humanos ligados
por cimento pardo. Logo à entrada, sobre a porta, os três frades
franciscanos que a construíram no século XVII deixaram perpe-
tuado um aviso a visitantes mais distraídos: “Nós ossos que aqui
estamos pelos vossos esperamos”. As abóbadas foram pintadas
com motivos alegóricos à morte. Os ossos – contaram-se cinco
mil crânios – foram recolhidos pelos frades nos cemitérios dos
conventos e mosteiros da cidade, sendo a capela utilizada pri-
mitivamente como local de meditação sobre a morte. No inte-
rior encontra-se o túmulo de D. Jacinto Carlos da Silveira, bispo
de Évora assassinado pelos soldados franceses que saquearam a
cidade em 1808 aquando das invasões napoleónicas.

locais únicos
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ÉVORA

Situada na Igreja de São Francisco


(a entrada é por um portão lateral),
a Capela dos Ossos não deixa
ninguém indiferente, sendo toda
ela decorada com ossos humanos
ligados por cimento pardo.
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Cromeleque dos Almendres


A 20 quilómetros do centro da cidade de Évora, 95 menires (o mais
alto dos quais com 2,30m) alinhados numa forma elíptica compõe
aquele que é considerado “o Stonhenge” português: O Cromeleque
dos Almendres. Trata-se do mais importante monumento mega-
lítico de toda a Península Ibérica e um dos maiores do mundo,
espaço de ritual e de culto das comunidades seminómadas que
habitavam a região há 7 mil anos. O espaço seria utilizado para
cerimónias religiosas e cultos astrais durante o equinócio, admi-
tindo-se que fosse procurado para a realização de rituais de fer-
tilidade pelas populações do Neolíticos, cuja economia já então
assentava na agricultura e na pastorícia. Alguns menires encon-
tram-se decorados com gravuras. O recinto, erguido a 400 metros
de altitude num ligeiro declive na Serra de Monfurado, terá sido
desactivado no III milénio antes de Cristo. Nas proximidades ergue-
-se um menir isolado, com mais de 4 metros de altura. O acesso
faz-se através da aldeia de Nossa Senhora de Guadalupe.

locais únicos
ÉVORA
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PERCURSOS

Praça do Giraldo 16

Templo Romano 22

1º de Maio 28

Garcia de Resende 34

Portas de Moura 38

De automóvel 44
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1. Praça do Giraldo
1. Praça do Giraldo

2. Igreja de Santo Antão

3. Café Arcada

4. Rua 5 de Outubro

5. Loja Évoralforge na Rua da Alcárcova de Baixo

6. Sé de Evora [Catedral de Santa Maria]

percurso 1
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PERCURSOS
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1. Praça do Giraldo
Antigo forum do Império romano, a Praça de
Giraldo é o coração social e económico de
Évora, o melhor ponto de partida para percorrer
o comércio da cidade, onde produtos genuina-
mente regionais convivem lado a lado com mar-
cas de referência internacional. Quando as lojas
encerram, o local enche-se de casais e grupos
de jovens, muitos deles estudantes universitá-
rios, de passagem em direcção aos restauran-
tes, às esplanadas e aos bares da moda, onde a
noite começa.
A praça deve o seu nome a Geraldo Geraldes,
também conhecido como Geraldo Sem Pavor.
Personagem lendária da fundação da naciona-
lidade portuguesa, foi ele que conquistou Évora
aos mouros e a entregou ao primeiro rei poru-
guês, D. Afonso Henriques. Diz a lenda que, dis-
farçado de trovador, Geraldo subiu sozinho a uma
torre, matou os dois guardas que ali se encontra-
vam e apossou-se das chaves da cidade, abrindo
as portas para a entrada do seu exército.

Praça do Giraldo

percurso 1
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PERCURSOS
Café Arcada

Além das arcadas, guardiãs da sombra no escaldante


Verão alentejano, o primeiro olhar prende-se no cha-
fariz inaugurado em 1571 e sobre o qual foi colocada
uma coroa em bronze. Ao lado, a Igreja de Santo
Antão foi mandada construir em meados do século
XVI pelo Cardeal Dom Henrique, primeiro arcebispo
de Évora, tendo na altura sido demolido o Arco do
Triunfo, um dos mais emblemáticos monumentos
romanos.
Antes de deixar a praça, entre no Café Arcada e res-
pire o requinte de há 70 anos. O Arcada foi inaugurado
em 1942 e, quatro anos depois, tornou-se frequen-
tado por um dos maiores vultos da cultura portu-
guesa, o escritor Vergílio Ferreira. Numa das mesas
em pedra, prove uma queijada de Évora e siga em
direcção à Rua 5 de Outubro que, mais à frente, o irá
encaminhará para a Catedral.
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Logo no início da subida, à direita, na esquina


da Rua da Alcárcova , uma loja gourmet cha-
mada Évoralforge tem vinhos, queijos, enchidos
e azeites, além de algumas peças de artesanato.
Mais à frente, deixe-se seduzir por uma imensa
gama de produtos feita exclusivamente a partir
da cortiça, uma matéria-prima 100% natural,
totalmente renovável, proveniente dos milhares
de hectares de montado de sobro que formam a
paisagem natural do Alentejo.

Finalmente, a Catedral de Santa Maria, conhe-


cida simplesmente pela Sé de Évora. É a maior
de todas as catedrais portuguesas, consagrada
no ano 1283. A escadaria que dá acesso ao inte-
Rua 5 de Outubro
rior do templo é ladeada pelas estátuas dos 12
apóstolos, esculpidas entre 1322 e 1340 – junto
a porta estão São Pedro e São Paulo.
No interior, os 19 metros de altura da nave prin-
cipal recordam a complexidade da obra. O altar
e a capela-mor, forrada com mármore de várias
cores, foram concebidos no século XVIII por
Ludovice, o arquitecto igualmente responsável
pela obra do Convento de Mafra. No coro alto,
destacam-se as cadeiras de madeira esculpi-
das em 1562.
Instalado no antigo Colégio dos Moços do Coro
da Sé, o tesouro e o museu de arte sacra inte-
gram colecções raríssimas de ourivesaria, para-
mentaria, pintura e escultura. Entre as peças ali
guardadas destaca-se uma cruz-relicário do
Santo Leno revestida por 1426 pedras precio-
sas e o báculo [bordão, uma das insígnias dos
bispos] do Cardeal Dom Henrique. Diz-se que
Pormenor da porta foram aqui benzidas as bandeiras da frota de
principal da Sé Vasco da Gama que em 1497 zarpou à procura
da Índia.

Percurso 1
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PERCURSOS

Sé Catedral de Évora
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2. Templo Romano
1. Templo Romano

2. Museu de Évora

3. Biblioteca Pública

4. Pousada dos Lóios

5. Museu das Carruagens

6. Forúm Eugénio de Almeida

7. Praça do Sertório

percurso 2
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PERCURSOS
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2. Templo Romano

Museu de Évora

O Templo romano é a imagem de marca priado à Igreja Católica com a chegada


de Évora, local de peregrinação obriga- da República. Tutelado pelo Ministério
tória de turistas e viajantes. Construído da Cultura, as suas colecções integram
na acrópole da cidade antiga, é o maior mais de 20 mil peças, com particular
exemplo de arte religiosa romana em relevância para a pintura.
Portugal. Data do século I depois de Vá com tempo para apreciar o Políptico
Cristo e seria parcialmente destruído da Vida da Virgem, o maior retábulo de
400 anos depois, com o fim do Impé- pintura flamenga em Portugal enco-
rio e a invasão dos Visigodos. Sobre o mendado em 1500 para a capela-mor
pódio (base), com 3,5 metros de altura, da Catedral de Évora.
estão ainda assentes 14 colunas de gra- Ao lado do Museu fica a Biblioteca
nito, cujos capitéis e bases foram feitos Pública de Évora que, em 2005, come-
com recurso a mármore de Estremoz. morou 200 anos de existência. Suba as
À sua volta havia um complexo sistema escadas que dão acesso ao primeiro
de tanques.Toda esta zona, o antigo andar e deixe-se deslumbrar com a
fórum, é um repertório apaixonante sala de leitura. Aqui estão guardados
de várias épocas históricas da cidade. documentos únicos da História portu-
Aproveite e entre no renovado Museu guesa e universal, incluindo milhares de
de Évora, criado em 1915 e instalado em manuscritos, 664 obras impressas no
salas do antigo Paço Episcopal, expro- século XV e 6445 livros do século XVI.

percurso 2
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Templo romano

PERCURSOS
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É junto ao Templo Romano que se localiza a Pousada dos Lóios,


aberta ao público em 1965 no antigo Mosteiro de S. João Evan-
gelista (ou dos Lóios), fundado em 1485 por D. Rodrigo de Melo,
1º Conde de Olivença. Os quartos são as antigas celas dos Cóne-
gos, por isso são quase todos diferentes entre si.
Pare para tomar um café ou uma refeição no Jardim do Paço, ins-
talado no paço dos Duques de Cadaval, local onde se alojaram
diversos reis portugueses, como D. João II.
De regresso à cidade, percorra a rua que separa os edifícios do
museu e da biblioteca. Chegado ao Largo de São Miguel irá des-
cobrir o Museu das Carruagens, composto por um conjunto de
carros antigos (coches, liteiras e berlindas), do século XVII ao
século XX.
Ainda no Largo, é possível entrar nos jardins do Palácio dos Con-
des de Basto (onde esteve encarcerado o mestre de Avis e por
onde passaram monarcas como D. Sebastião, que aqui viveu
entre 1573 e 1575).
Volte atrás, passe de novo em frente ao Templo romano e siga em
direcção ao Fórum Eugénio de Almeida, palco habitual de confe-
rências e exposições. Antes de lá chegar, irá passar pelo Palácio
da Inquisição, edifício onde funcionou o Tribunal do Santo Ofício,
o primeiro existente em Portugal, que ao longo de 277 anos con-
denou 22 mil pessoas.

Escultura de João Pedro Croft


no Jardim do Palácio da Inquisição

percurso 2
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Daqui partiam os autos-de-fé, procis-


sões que acabavam na execução de
pessoas acusadas de heresia (eram
queimadas vivas).
Ao entrar no fórum, peça para visi-
tar o jardim das Casas Pintadas, um
dos segredos mais bem guardados da

PERCURSOS
cidade e que poucos habitantes conhe-
cem. É um espaço único, cujas pare-
des foram decoradas com pinturas que
remetem para os ideários de nobreza
renascentista. A loja é um bom local
para comprar os vinhos da Fundação
Eugénio de Almeida, entre os mais pres-
tigiados do país.
Loja do Forúm Eugénio de Almeida
Termine este percurso na Praça do
Sertório: no Paços do Concelho, pode
apreciar vestígios das antigas termas
romanas. Ao final do dia, as esplana-
das são local de eleição para centenas
de pessoas.

Praça do Sertório [Câmara Municipal]


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3. 1º de Maio
1. Mercado 1º de Maio

2. Loja Divinus Gourmet

3. Jardim Público

4. Capela dos Ossos

5. Igreja de S. Francisco

6. Rua da República

7. Igreja e o Convento de Nossa Senhora da Graça

8. Rossio de S. Brás

9. Ermida de S. Brás

Percurso 3
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PERCURSOS
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3. 1º de Maio
Aos sábados de manhã, o mercado da Praça 1º de Maio é perfu-
mado com ervas que dão cheio e sabor à gastronomia alentejana:
Hortelã, coentros, poejos … é aqui que pequenos agricultores e
hortelões se deslocam para vender o que a terra produz. Há ban-
cadas de frutas, legumes, carne, peixe e produtos regionais. A
loja Divinus Gourmet está direccionada para clientes ainda mais
exigentes, com centenas de referências, incluindo vinhos, licores,
compotas e chocolates.
Feitas as compras, siga em direcção ao Jardim Público, constru-
ído em 1863 segundo projecto do arquitecto italiano José Cinatti.
São mais de 3 hectares arborizados especialmente com espé-
cies exóticas. No interior, o Palácio de D. Manuel – onde Vasco da
Gama foi investido como comandante da esquadra que haveria
de descobrir o caminho marítimo para a Índia – é o que resta da
denominada Galeria das Damas do Paço Real de Évora. Nos seus
salões, o primeiro grande dramaturgo português, Gil Vicente,
representou sete autos, dedicados às rainhas D. Maria de Cas-
tela e D. Catarina de Áustria.
Hoje em dia, o edifício está adaptado
para acolher eventos e exposições tem-
porárias. Em frente localizam-se as Ruí-
nas Fingidas, assim chamadas porque
José Cinatti aproveitou a existência de
uma torre quinhentista para acrescen-
tar elementos cenográficos de inspira-
ção romântica.
Junto ao jardim encontra-se o Real
Celeiro Comum, armazém com capa-
cidade para 5 mil toneladas de trigo
criado por iniciativa de D. Sebastião
em 1576. Perdida a sua função inicial,
passou a albergar até há bem pouco
tempo o Museu do Artesanato e foi o
local escolhido para a instalação do
Museu do Artesanato e Design de Évora
(MADE), onde ficará uma das mais
completas colecções portuguesas de
Coreto no Jardim Público
design industrial.

Percurso 3
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PERCURSOS

Ruínas Fingidas
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É na Praça 1º de Maio que se situa a Eis a Igreja e o Convento de Nossa


Capela dos Ossos, um dos locais úni- Senhora da Graça, que acolheu a
cos de Évora, bem como a Igreja de São Ordem dos Eremitas de Santo Agos-
Francisco, cuja abóbada se eleva a 24 tinho, fundada em 1512. Na fachada
metros. O Convento de São Francisco destacam-se quatro enormes escul-
foi fundado no início do século XIII mas turas, conhecidas em Évora como os
desse primitivo templo gótico restam “Meninos da Graça” – a tradição local
apenas alguns vestígios uma vez que refere que representam os primeiros
o edifício foi remodelado no século XV, mártires da Inquisição, queimados no
mediante licença papal obtida por D. ano de 1543.Siga em direcção ao Rossio
Afonso V para aqui instalar o Paço Real. de São Brás, espaço que já foi ocupado
O retábulo barroco em talha dourada com vinhas e hortas, que serviu de local
(empreitada do pintor Garcia Fernan- de treino a cavaleiros e que hoje aco-
des em 1535), representando os padro- lhe em Junho a Feira de São João (cujas
eiros do reino, santos franciscanos e origens remontam a 1563). É ali que irá
eremitas, merece um olhar atento: em encontrar a Ermida de São Brás, edifi-
1620 o quadro foi “censurado” quando cada por vontade expressa do rei D.
uma nuvem foi pintada com o propósito João II no local onde existia um hospital
de ocultar a uma figura que personifi- de madeira utilizado durante o período
cava o diabo em forma de anjo. em que a cidade foi atingida por uma
Daqui, procure o caminho para a Rua da terrível epidemia de peste. Aberta ao
República. Suba um pouco em direcção culto em 1490, foi o primeiro templo de
à Praça do Giraldo e vire à direita rumo estilo gótico-mudejar no Alentejo.
ao Largo da Graça.

Ermida de S. Brás

percurso 3
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Igreja de S. Francisco

PERCURSOS
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4. Garcia de Resende
1. Teatro Garcia de Resende

2. Bar do Teatro

3. Praça Joaquim António de Aguiar

4. Bar Al-Andaluz

5. Restaurante Fialho

6. Rua Cândido dos Reis [Ex Rua da Lagoa]

7. Restaurante Tasquinha do Oliveira

8. Hotel Mar d’Ar Aqueduto

9. Aqueduto da Água da Prata

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PERCURSOS
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4. Garcia de Resende

Filho de uma família nobre, Garcia de Resende foi acolhido ainda


jovem na corte de D. João II, cuja “vida e feitos” deixaria regis-
tados numa crónica que constitui obra de referência sobre o
monarca que impulsionou de forma decisiva a expansão marítima
portuguesa. Trovador, cronista e músico, Garcia de Resende dei-
xaria para a posterioridade um cancioneiro com quase mil poe-
mas de 286 autores, escritos em português e castelhano, que
constitui o principal repositório da poesia portuguesa dos sécu-
los XV e XVI.
É esta personagem ilustre do Renascimento português que dá
nome à principal sala de espectáculos da cidade de Évora: Inau-
gurado dia 1 de Junho de 1892, o Teatro Garcia de Resende resul-
tou da iniciativa de cidadãos beneméritos, destinada a conter o

SECTION
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desemprego e a criminalidade que dele Mesmo em frente situa-se o antigo


resultava. A inspiração foi o lisboeta Convento do Monte Calvário, fundado
Teatro de São Carlos, tendo sido con- em 1570 pela infanta D. Maria e que
tratados alguns dos mais importantes durante séculos acolheu as freiras
pintores e estucadores do país para as clarissas, a quem se deve uma parte

PERCURSOS
decorações do interior. importante – e saborosa – da doçaria
Além da sala de espectáculos, suba ao tradicional alentejana, como o pão-de-
salão nobre, cuja varanda proporciona -rala, condutos de azeitona, bolo rolão
um esplendoroso olhar sobre a cidade. ou os recentemente recuperados pas-
Toda esta praça – chamada Joaquim téis de Santa Clara de Évora.
António de Aguiar – foi intervencio- Ultrapassada a muralha, siga em direc-
nada em finais do século passado. Nas ção ao troço do Aqueduto da Água da
proximidades localizam-se alguns dos Prata (estrada para Arraiolos), obra do
mais afamados restaurantes da cidade, século XVI que assegurava o abasteci-
como “O Fialho” e a “Tasquinha do Oli- mento à cidade. Tem mais de 18 quiló-
veira”, bem como dois espaços noctur- metros de extensão. Um pouco antes
nos de eleição: Os bares “Al-Andaluz” de lá chegar, encontrará à direita o
– decorado com as cores quentes Convento de Nossa Senhora de Scala
do Norte de África – e do Teatro, cuja Coeli (expressão latina que quer dizer
esplanada é ponto de encontro nas Estrada do Céu), conhecido pelo Con-
noites quentes do Alentejo. vento da Cartuxa e que alberga os
Do outro lado da praça, uma placa monges da Ordem de São Bruno. É um
assinala a passagem pela cidade de local de clausura, raramente visitável
Eça de Queiroz, um dos mais presti- e no qual a entrada de mulheres está
giados escritores portugueses que em proibida.
Dezembro de 1866, no início da sua car- A ordem foi fundada em 1084 em
reira, se instalou em Évora e fundou um França, por São Bruno, e ainda hoje
jornal oposicionista ao Governo, redi- os monges seguem uma vida austera
gindo-o na sua quase totalidade. despojada de bens materiais, pautada
A proposta é que siga pela Rua Cân- por longos jejuns e cujo silêncio, mui-
dido dos Reis (antiga Rua da Lagoa) em tas vezes, apenas é interrompido pelos
direcção à periferia. Alguns metros à cânticos religiosos. O ideal será não
frente, do lado direito, irá encontrar o perturbar a rotina dos monges mas se,
Hotel M’ar de Ar Aqueduto, cujo restau- por sorte, conseguir entrar, aproveite
rante dirigido pelo chef António Nobre esse momento raro para viver a espiri-
é merecedor de uma atenção especial. tualidade de um local único. O claustro,
com 98 metros, é o maior do país.
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5. Portas de Moura
1. Largo de Portas de Moura

2. Rua Diogo Cão

3. Rua de S. Manços

4. Sé Catedral

5. Casa do Garcia de Resende [Janela Manuelina]

6. Igreja da Misericórdia

7. Tribunal Judicial

8. Chafariz de Portas de Moura

9. Casa Cordovil

10. Rua D. Augusto Eduardo Nunes

11. Igreja Senhor Jesus da Pobreza

12. Hospital Espírito Santo

13. Rua Conde Serra da Tourega

14. Universidade de Évora

percurso 5
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PERCURSOS
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5. Portas de Moura
Vale a pena começar por procurar o ponto de encontro entre as ruas
Diogo Cão e de São Manços, a dois passos do Largo das Portas de
Moura. A zona é de bastante trânsito, mas vale a pena levantar o
olhar. Lá em cima, a Sé Catedral. Mais abaixo, uma admirável janela
manuelina em mármore e granito, classificada como Monumento
Nacional. Foi nesta casa que viveu o cronista Garcia de Resende.
A janela data do século XVI e foi obra do arquitecto Diogo de Arruda,
um dos mestres do Convento de Cristo, em Tomar.
O Largo é um dos locais de maior movimento da cidade. Nas proxi-
midades, encontramos a Igreja da Misericórdia, uma das primeiras
instituições do género criadas no país, cuja fundação em 1499 se
fica a dever ao rei D. Manuel I. No interior do templo, destaca-se o
retábulo da capela-mor, um testemunho notável da arte barroca.

É no Largo das Portas de Moura que se


encontra o Tribunal Judicial da cidade,
Casa do Garcia de Resende tal como o Chafariz que foi um ele-
mento central no abastecimento de
água à cidade, em conjunto com as fon-
tes da Praça do Giraldo e do Largo Luís
de Camões (esta, entretanto, desacti-
vada). Foi solenemente inaugurado no
dia 4 de Dezembro de 1556 tendo resul-
tado da contribuição da Coroa mas
também “dos moradores, e visinhos do
dito sítio: e a Câmara deo 8$000 reis”.
Suba a escadaria e passe a mão pelos
bancos de pedra, construídos em már-
more branco, onde são bem visíveis os
socalcos deixados ao longo dos sécu-
los pelas vasilhas ali colocadas para a
recolha e posterior transporte de água.
No topo da Casa Cordovil, um edifício
do século XVI, um majestoso mirante
mudéjar remete-nos para a influência
árabe em toda esta região.

percurso 5
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PERCURSOS

Chafariz e Casa Cordovil


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e saberes antigos para oferecer produ- Marquês de Pombal, e reaberta em


tos alimentares artesanais portugueses 1973. Por aqui passaram grandes vultos
da mais alta qualidade, desenvolvendo da Cultura portuguesa, como Luís de
embalagens atractivas e cuidadas que Molina ou o padre António Vieira.
surpreendem pelo estilo e design ousa- O claustro renascentista de galerias
dos. Feitas as compras, desça a rua duplas, a Sala dos Actos, com pórtico
D. Augusto Eduardo Nunes. Ao fundo, barroco e revestimento de azulejos, a
encontrará a Igreja do Senhor Jesus da antiga livraria ou o refeitório do século
Pobreza, construída por volta de 1730. XVI são locais de visita obrigatória. Tal
Foi nesta zona que morou o escritor como a Igreja do Espírito Santo, tem-
Vergílio Ferreira (professor do Liceu na plo original do Colégio da Companhia
década de 50) que inscreveu Évora nas de Jesus, cuja primeira pedra foi lan-
páginas do romance Aparição, uma das çada em 1556. Retábulos barrocos,
suas obras de referência. talha dourada, azulejos, frescos … no
Contorne o largo, deixando à direita o interior da igreja encontra-se um ver-
edifício do Hospital, e um pouco mais dadeiro tesouro artístico, destacando-
à frente volte a subir rumo às Portas -se pinturas sobre a vida e morte de
de Moura. Daqui, siga pela Rua Conde Santo Inácio de Loyola, datadas de
da Serra da Tourega. Ao fundo, encon- 1599. Junto ao altar do Santo Cristo
tra a Universidade de Évora. Fundada encontrará um monumental sarcófago
em 1559 pelo cardeal D. Henrique, é a que se encontra vazio: destinava-se a
segunda universidade mais antiga de receber as ossadas de D. Henrique, rei
Portugal (logo atrás da de Coimbra) que sucedeu a D. Sebastião e que aca-
e uma das mais antigas de Europa. bou por ser sepultado no Mosteiro dos
Foi encerrada em 1759 aquando da Jerónimos, em Lisboa.
expulsão dos jesuítas decretada pelo

Igreja do Senhor Jesus da Pobreza

percurso 5
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PERCURSOS

Universidade de Évora
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6. De automovel
1. Évora [Centro Histórico]

2. Valverde

3. Anta Grande do Zambujeiro

4. Herdade da Mitra [Universidade de Évora]

5. Guadalupe

6. Cromeleque dos Almendres

7. Alto de S. Bento 5

3
2

SECTION 6
percurso
PERCURSOS
45

1
7
46

6. De automóvel
Viver Évora é percorrer paisagens deslumbrantes que envolvem
o centro histórico, conhecer hábitos e costumes locais, desven-
dar o significado das marcas deixadas pelo Homem ao longo de
milhares de anos. Se o tempo disponível não for uma condicio-
nante, um dos percursos ambientais pela Serra de Monfurado –
que podem ser feitos a pé ou de bicicleta – leva-o por trilhos de
um habitat natural único, protegido a nível europeu.
É uma área dominada por importantes montados se sobro de
de azinho, cujo nome tem origem nas inúmeras covas – “monte
furado” – resultantes da exploração mineira que remonta à época
romana. São quase 4 quilómetros de galerias e grutas naturais
escavadas na rocha, que hoje são consideradas de grande impor-
tância para a conservação de diversas espécies de morcegos,
não só em termos de reprodução mas também de hibernação.
A pequena povoação de Valverde pode ser um bom ponto de
partida para um dos percursos ambientais, devidamente assi-
nalados. Para lá chegar, parta de Évora em direcção a Alcáçovas.
Cerca de 10 quilómetros depois, surge indicação para Valverde.
Dois quilómetros à frente, o Convento do Bom Jesus convida a
uma paragem.
Todo este complexo monástico da ordem franciscana, hoje inte-
grado no património da Universidade de Évora, foi construído
em meados do século XVI para retiro espiritual e descanso dos
clérigos da diocese. A quinta merece uma visita atenta, com o
aqueduto construído para abastecer a casa principal e o denomi-
nado Jardim de Jericó onde foi construído um grande lago circu-
lar conhecido como Lago dos Cardeais – ao centro, uma estátua
de Moisés.
Uma estrada em terra conduz às proximidades da Anta Grande
do Zambujeiro, sendo que para a alcançar é necessário per-
correr a pé algumas dezenas de metros. O esforço vale a pena:
À sua frente encontra-se o maior sepulcro megalítico da Penín-
sula Ibérica. Trata-se de uma imponente construção, cujas pedras
atingem 6 metros de altura. O acesso ao interior da câmara, onde
há 5 mil anos eram depositados os corpos, faz-se através de um
corredor de 11 metros, do qual ainda existem vestígios.

percurso 6
47

PERCURSOS
Cromeleque dos Almendres

Ainda na zona de Valverde, procure pela nascer do Sol constitui um momento


“Pedra da Pinha”, encostada à antiga único e irrepetível.
estrada romana que ligava Évora a Alcá- Aproveite a visita a Évora para subir ao
cer do Sal. Uma rápida observação ao Alto de São Bento, onde antigos moi-
monumento permite encontrar uma nhos foram recuperados e adaptados
explicação para o nome. Sabe-se, tam- a núcleos museológicos, um dedicado
bém, que foi construído em 1792, ano ao granito e outro à florística. Mas é
em que D. João VI assumiu a regência. à noite que a paisagem se torna mais
Mas tudo o resto permanece envolto deslumbrante, como o escritor Vergílio
em mistério, sendo até desconhecido Ferreira deixou registado em Aparição,
o nome de quem o mandou construir. uma das suas principais obras: “Subi a
De Valverde a Guadalupe – duas aldeias São Bento, ali fiquei algum tempo, cor-
tipicamente alentejanas – são pouco tado de frio, olhando ao longe a cidade
mais de 5 quilómetros, caminho que é contra o azul-escuro do céu, toda bri-
obrigatório percorrer para chegar a um lhante de luzes como uma cascata ou
dos sítios únicos de Évora: O Crome- uma pinha de diamantes”.
leque dos Almendres, onde assistir ao
O QUE FAZER

Actividades 50

Eventos 54

Vida Nocturna 58

Gourmet 62
50

Actividades a não perder

baptismo de kart
Inaugurado em 1987, foi uma das primeiras pistas de karting em
Portugal. É possível alugar um kart e testar os limites da perícia
numa pista com 908 metros de extensão que conjuga o traçado
técnico com a velocidade. Os preços começam nos 17,50 para
15 minutos de prova. Ao longo do ano são organizados diversos
eventos e competições destinadas a grupos.

T 266 737 000 www.kartevora.pt

Provar bons vinhos

Na Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo (CVRA) pode des-


cobrir aromas e sabores dos melhores vinhos alentejanos, numa
viagem surpreendente e didáctica pelas diferentes castas e ter-
roirs de uma região que se impôs a nível nacional e que vende
para todo o mundo. Poderá também conhecer os melhores per-
cursos para descobrir adegas e produtores.
Horários: Segunda das 14:00h às 19:00h, nos restantes dias úteis,
das 11:00h às 19:00h e aos sábados entre as 10:00h e as 13:00h.

Praça Joaquim António de Aguiar, nº 20-21 T 266 746 498


www.vinhosdoalentejo.pt

SECTION
O QUE FAZER
51
52

descobrir o artesanato
A Oficina da Terra dos artesãos Tiago Cabeça e Magda Ventura é
local de paragem obrigatória. Fica próximo da Praça do Sertório e
permitir-lhe-á descobrir peças únicas feitas em terracota. Peças
únicas e originais num trabalho de 12 anos que já foi diversas
vezes premiado. Como muitas peças são feitas por encomenda,
cada visita é um momento único.
Horários: Segunda à Sexta das 10h às 18h; sábado das 10h às 13h.

Travessa do Sertório, n.º 61 T 266 746 049


www.oficinadaterra.com

Saltar de pára-quedas

Bastam 5 minutos de preparação para tornar possível a aventura:


saltar a 13.500 pés de altitude (4.200 metros). Depois de uma
queda livre que dura aproximadamente 50 segundos, a uma velo-
cidade de 200 km/h, abre-se o pára-quedas para um voo de 5 a
7 minutos até ao solo, sempre sob a supervisão de um instrutor.
O preço para o “salto tandem” começam nos 115 euros.

T 256 878 086 www.skydiveportugal.net

percorrer a copista

Évora possui uma ecopista com cerca de 20 quilómetros de


extensão através da antiga linha de caminho-de-ferro, entre a
cidade e as proximidades da vila de Arraiolos. O percurso tanto
pode ser feito de bicicleta como a pé, sendo garantido um con-
tacto próximo com a natureza. Uma boa maneira de descobrir
aspectos da fauna e da flora da região. As bicicletas podem ser
alugadas em diversas unidades hoteleiras.

actividades
53

passear de moto4
As yamaha de 250 cc impõem respeito. A partir do kartódromo
de Évora são organizados passeios de moto 4 através de montes
e vales, na companhia de um guia. Aprendidas as regras de segu-
rança, é partir à aventura com a certeza de que no percurso irá
encontrar paisagens deslumbrantes e monumentos megalíticos
com milhares de anos.O kartódromo de Évora tem uma oferta
completa de serviços de entretenimento para Grupos, entre os
quais jogos medievais, nomeadamente: -tiro com arco, tiro com
pistola besta, tiro com zarabatana.

O QUE FAZER
T 266 737 000 www.kartevora.pt

andar de charrete

Um dois cavalos … à moda antiga. Junto à Sé Catedral, pode subir


para uma charrete (capacidade para 4 pessoas) e deixar-se con-
duzir através de um passeio por algumas das principais artérias da
cidade. Uma forma diferente, e encantadora, de percorrer Évora.
54

Eventos sociais e culturais

feira de s.joão
As festas populares da cidade realizam-se todos os anos na
segunda quinzena de Junho e têm o seu ponto alto no Dia de São
Pedro (29). Realizada pela primeira vez no Rossio de S. Brás a 24
de Junho de 1569, a Feira de São João é uma das maiores e mais
importante feira do Sul do país. Tasquinhas, diversões e concer-
tos fazem parte do programa.

festival évora clássica


Desde 1994 que o Palácio dos Duques de Cadaval acolhe no início
de Julho um festival de música do mundo aberto a um vasto leque
de estilos, tradicionais e contemporâneos. Poetas, músicos, dan-
çarinos, mágicos e acrobatas chegam do Oriente para celebrar a
música e a chegada do Verão.

bienal de marionetas
Grupos de marionetistas de todo o mundo invadem a cidade a
cada dois anos, com dezenas de espectáculos de rua, ou em sala,
direccionados para públicos de todas as idades. Os anfitriões
são os tradicionais Bonecos de Santo Aleixo que todos os anos,
pelo Natal, mostram a sua natureza irreverente numa série de
espectáculos.

eventos
55

O QUE FAZER

Festival Évora Clássica


56

arena d’évora
A histórica praça de toiros da cidade (inaugurada em 1889 pelo
rei D. Luís) é agora um recinto aberto à realização dos mais varia-
dos espectáculos. Mas os toiros continuam a levar à cidade uma
multidão de aficcionados: todos os anos são realizadas diversas
corridas, com destaque para a de São Pedro (29 de Junho) e para
a Tourada Real (em Julho).

escrita na paisagem
No Verão chegam a Évora artistas contemporâneos de todo o
mundo para o Festival Escrita na Paisagem, com um calendário
de eventos que se prolonga pelos meses de Junho a Setembro e
inclui as mais variadas manifestações artísticas, do teatro à per-
formance, passando pela música ou pelas exposição.

rota dos sabores tradicionais


Entre Janeiro e Abril, os restaurantes de Évora preparam emen-
tas especiais a contar com um festival gastronómico denominado
Rota dos Sabores Tradicionais. Janeiro é o mês da caça, Fevereiro
é dedicado ao porco, Março às sopas e Abril aos pratos de bor-
rego. Mas atenção: os doces conventuais estão sempre presentes.

eventos
57

O QUE FAZER

Escrita na Paisagem [Largo s. Vicente]


Chapéus há muitos: uma instalação espacial. Colecção b
58

Vida
Nocturna
bares e discotecas

Praxis Club
Discoteca de referência da cidade, com ambiente animado
ao ritmo do house.
Rua de Valdevinos, 21

Bar do Teatro
Música pop/rock, jazz, alternativa, chill-out. Esplanada para as
noites de Verão.
Praça Joaquim António de Aguiar

No Fio da Navalha
O grupo académico 6 Tetos diz que, provavelmente, será a pior
tasca do mundo. Será?
Páteo do Salema

Bar da Arena
Situado na Praça de Toiros com várias ambiência musicais
e festas temáticas.
Arena d’Évora

Alkimia Café
Espaço descontraído para iniciar a noite, quem sabe se com uma
refeição ligeira.
Avenida Dr.º Barahona

vida nocturna
59

O QUE FAZER

Bar do Teatro
60

Time Out
Restaurante, e bar num espaço onde não falta animação.
Prove o sushi.
Rua de Burgos, 6

Al - Andaluz
Cores quentes e ambiente típico do Norte de África.
Já experimentou um narguilé (cachimbo de água)?
Praça Joaquim António de Aguiar, 23, 1.º

Molhóbico
Local de referência da noite na cidade, com refeições tardias
e música ao vivo.
Rua de Aviz, 91

Bar da Moeda
Boa música, ambiente inspirador, petiscos e refeições ligeiras.
Rua da Moeda

O Trovador
Um “clássico”, para quem gosta de beber um copo e conversar.
Rua da Mostardeira, 4

A Oficina
Espaço frequentado por artistas e universitários, ao som do jazz.
Rua da Moeda, 27

As 2 Marias
Espaço acolhedor, propício a dois dedos de conversa.
Rua do Calvário, 12

Sociedade Harmonia Eborense [S.H.E.]


Aqui funciona uma associação cultural.
No bar, o ambiente é descontraído e a música alternativa.
Praça do Giraldo, 72

vida nocturna
61

O QUE FAZER

Bar da Moeda
62

Gourmet Shopping

boa boca

A ideia é utilizar receitas e saberes anti-


gos para oferecer produtos alimenta-
res artesanais portugueses da mais alta
qualidade. Tudo começou como uma
loja gourmet, em 2004.
Hoje, é uma loja/showroom de divulga-
ção dos seus próprios produtos: choco-
late, café, bolachas, biscoitos, licores,
vinho, compotas e muitos outros.

Largo da Porta de Moura, 25


T 266 704 632
www.boaboca-gourmet.com

gourmet
63

Divinus gourmet
Junto ao mercado tradicional situa-se a Divinus,
uma loja gourmet com mais de 500 sabores dife-
rentes, dos enchidos e aos chocolates, passando
por compotas, licores, biscoitos, especiarias,
ervas secas e patês. A oferta de vinhos é requin-
tada, com destaque para as principais referên-
cias da região.

Praça 1º de Maio

O QUE FAZER
T 266 752 565
www.divinus.pt

Pastelaria Pão-de-Rala
É com açúcar, ovos, gila e amendôa que se con- Rua do Cicioso, 47
fecciona este doce, cujas raízes remontam ao T 266 707 778
século XVI. Diz-se que foi oferecido pelas feiras
do Convento de Santa Helena do Calvário ao rei
D. Sebastião. Hoje, o doce dá nome a uma das
pastelarias mais afamadas da cidade, onde há
também encharcada, toucinho de noz, barri-
gas de freira, morgados, entre outros “mimos”
conventuais.

ZOKA

Os gelados artesanais são a companhia ideal Largo de São Vicente 14


para um final de tarde mais refrescante. Mas há T 266 703 133
outras alternativas, como as populares amên-
doas de Évora, chocolates artesanais ou os pas-
téis de nata conventuais.
A esplanada desta gelataria é um dos espaços
mais concorridos da cidade.
ONDE COMER

Desgust’ar 66 Luar de Janeiro 70

Café Alentejo 66 4ª Feira – Taberna Tipica 70

Botequim da Mouraria 67 Divinus 71

Fialho 67 Dom Joaquim 71

Tasquinha do Oliveira 68 Di casa 72

BL Lounge 68 Em Falta 72

Moinho do Cu Torto 69 Em Falta 73

!/4 para as 9 69 Em Falta 73


66

DESGUST’AR 60
A assinatura do chefe António Nobre confere
distinção a uma carta que tem como ponto de
partida a cozinha alentejana e desenvolve a sua
inspiração criativa pelos sabores mediterrâ-
nicos. Um restaurante requintado e intimista,
com uma garrafeira onde não faltam as princi-
pais referências nacionais. Na ementa há uma
secção dedicada aos pratos com História, tipi-
camente regionais, com propostas como Sopa
de Cação à Alentejana, Rins de Porco Bêbados e
Fraca à Figueira.

M´AR De AR Aqueduto, Rua Cândido dos Reis, 72


T 266 740 700 € De 30 a 40 euros
Cozinha Contempôranea
Não encerra

Café Alentejo 00
Das Bochechas de Porco Preto com Migas Espar-
gos aos doces conventuais, a proposta é ampla.
Tal como os petiscos, onde não faltam os queijos
e os enchidos alentejanos. O restaurante encon-
tra-se instalado numa antiga taberna que, às ter-
ças-feiras, era procurada pelos comerciantes de
gado que vinham à cidade fazer negócio.
A aposta é na promoção da genuína gastronomia
regional. As noites de quinta-feira são animadas
com espectáculo de fado.

Rua do Raimundo, 5 T 266 706 296


€ De 0 a 0 euros
Cozinha Tradicional

restaurantes
67

Botequim da Mouraria 12
Aqui não há mesas, apenas um balcão cor-
rido com capacidade para servir uma dúzia de
clientes. A alegria contagiante do proprietário,
Domingos Canelas, faz da refeição um momento
único. À variedade petisqueira (Farinheira,
Cogumelos Assados, Lombinhos de Porco Preto
e Marmelo Cozido para a sobremesa, são ape-
nas algumas propostas), soma-se uma carta de
bons vinhos alentejanos. Foi na zona da Moura-
ria que permaneceram os mouros após a recon-
quista cristã da cidade.

Rua da Mouraria, 16-A T 266 746 775


€ De 20 a 30 euros

onde comer
Cozinha Tradicional
Encerra ao sábado (jantar) e ao domingo

fialho 80
É um dos “templos” da gastronomia portuguesa:
O Fialho começou por ser uma tasca, fundada
por Manuel Fialho em 1948, com a colaboração
dos seus filhos Amor, Gabriel e Manuel que, nas
décadas seguintes, apostaram na qualidade
da oferta transformando o espaço em local de
paragem obrigatória para quem visita a cidade.
Aqui foram recolhidas receitas tradicionais da
região, como a Favada Real de Caça, Sopa de
Beldroegas, Migas Gata, Poejada de Bacalhau
e outros manjares alentejanos, sem esquecer a
lista de doces conventuais e uma das melhoras
garrafeiras da região.
Travessa das Mascarenhas, 16 T 266 703 079
€ De 30 a 40 euros
Cozinha Tradicional. Encerra à segunda-feira
68

Tasquinha do Oliveira 16
O espaço é pequeno, apenas 15 lugares sen-
tados, pelo que a reserva antecipada é obri-
gatória. É incontornável falar da Tasquinha do
Oliveira quando se fala da mais genuina tra-
dição gastronómica do Alentejo, dos Cogu-
melos Assados aos pratos de borrego, Migas
com Carne de Porco, Cozido de Grão, Arroz de
Pombo ou Cação de Coentrada. A lista de petis-
cos é imensa, não faltando os melhores queijos
e enchidos da região. Para nosso prazer, não fal-
tam doces conventuais nem uma garrafeira com
as melhores referências alentejanas.

Rua Cândido dos Reis, 45 A T 266 744 841


€ De 30 a 40 euros
Cozinha Tradicional
Encerra ao Domingo

BL Lounge
As iniciais provêm do nome dos proprietários:
Bravo e Lúcia, com experiência há muito fir-
mada da gastronomia da cidade. Num espaço
moderno e reconfortante, a ementa integra pra-
tos e produtos do melhor que a região tem para
oferecer: Queijo Assado no Forno com Orégãos
e Geleia de Framboesas, Migas de Tomate com
Espetada de Lombinhos e Bacon e Massinha de
Peixe com Hortelã da Ribeira são algumas das
sugestões, todas elas apetecíveis. Antes da par-
tida, não deixe de provar um dos doces conven-

Rua das Alcaçarias, 1 T 266 771 323


€ De 0 a 0 euros
Cozinha
Encerra

restaurantes
69

Moinho do Cu Torto 50
O restaurante, propriamente dito, foi instalado
na antiga casa do moleiro. Mas o velho moi-
nho também lá está, de porta aberta a quem
o quiser visitar. O espaço, rústico, é um dos
locais de referência da gastronomia alentejana,
tanto pelos muitos e bons petiscos que ali são
servidos como também por ser o local onde
periodicamente a Confraria da Moenga realiza
iniciativas associadas à arte de bem comer. As
sopas fazem-se em panelas de barro. À mesa
não pode faltar a Salada de Grão com Bacalhau,
Migas Alentejanas ou Sopa de Cação.

Rua de Santo André, 2 T 266 771 060


€ De 20 a 30 euros

onde comer
Cozinha Tradicional
Não encerra

1/4 para as 9 60
O arroz, seja de marisco, tamboril ou lebre
é uma das especialidades deste restaurante
apostado numa cozinha familiar, que se afirmou
de modo discreto como um dos refúgios gastro-
nómicos da cidade e que já conquistou diversos
prémios. Aos tradicionais pratos de borrego e
carne de porco, juntam-se petiscos como Cara-
paus de Escabeche ou Torresmos. A Sopa da
Panela, aromatizada com hortelã, é outro dos
pratos de referência de uma casa onde a lista de
vinhos se encontra bem preenchida. Na hora da
sobremesa, vá pelo Doce Maravilha.

Rua Pedro Dimões, 9-A T 266 706 774


€ De 20 a 30 euros
Cozinha TradicionalEncerra à quarta-feira
70

Luar de Janeiro 30
De início foram os petiscos que o tornaram
conhecido: passarinhos fritos, caracóis e pata-
niscas. Depois chegaram os peixes e os maris-
cos, a carne de borrego e de porco, os doces
conventuais. A antiga tasquinha deu lugar a um
espaço nobre da gastronomia alentejana, onde
não falta a sopa de peixe, o ensopado de bor-
rego ou os pezinhos de coentrada. Para outros
caminhos: cherne ou linguado grelhado, cabrito
assado e doces conventuais, como o fidalgo ou
o morgado.

Travessa do Janeiro, 13 T 266 749 114


€ De 0 a 0 euros
Cozinha?
Encerra?

Quarta-feira – Taberna Típica 32

Há uns bons 50 anos, funcionava aqui a Taberna Rua do Inverno, 16-18


do Pincel. Os anos passaram, os proprietários T 266 707 530
também, mas a agora denominada Quarta-feira € De 20 a 30 euros
– Taberna Típica continua a fazer honras à boa Cozinha Tradicional
gastronomia alentejana. De avental ao peito, Encerra ao Domingo
José Dias trata da clientela de forma cativante e à segunda-feira (almoço)
e assegura que aqui só entram produtos regio-
nais de qualidade comprovada. O Lacão à 4ª
Feira, Migas de Couve Flor ou Bacalhau à Braz
são alguns pratos da ementa. O Esparregado
é imperdível. Para sobremesa peça uma Mari-
quice, à confiança.

restaurantes
71

Divinus
No restaurante do Convento do Espinheiro, os
sabores da gastronomia alentejana fundem-se
com a cozinha mediterrânica num ambiente ele-
gante e requintado. A aposta recai numa oferta
sofisticada e actual, a partir dos pratos tradicio-
nais. O restaurante foi instalado no espaço da
antiga adega utilizada pelos monges. As tapas
alentejanas são um bom começo, a que se
seguem ofertas variadas como centro de baca-
lhau assado em fritada de azeite e alho doce,
acompanhado de espargos verdes, ou carré de
borrego alentejano assado.

Quinta Convento Espinheiro T 266 788 200


€ De 0 a 0 euros

onde comer
Cozinha
Encerra???

Dom Joaquim 80

Bastaram três anos para tornar o Dom Joaquim Rua dos Penedos, 6
num dos restaurantes de referência da cidade. T 266 731 105
Aos pratos típicos, Joaquim de Almeida acres- € De 20 a 30 euros
centa sofisticação, transformando-os num Cozinha Tradicional
duplo prazer para os sentidos. Entre as propos- Encerrado ao Domingo (jantar)
tas incluem-se Almofadas Recheadas (de porco e à segunda-feira
preto e caça), Coelho à São Cristóvão ou Ovos
com Espargos Verdes.
A Sargalheta de Perdiz Tostada é um dos pratos
menos conhecidos da gastronomia. Deixe-se
ainda tentar pelo Doce Rico Cigano, pontuado
com amêndoas e pedaços de gila.
72

di casa
Nem só de comida tradicional se constrói a res- Rua do Muro, 4
tauração de Évora. Uma sugestão: no Di Casa T 266 098 181
a massa é estendida à mão pelos “pizzeiros” e € De 0 a 0 euros
cozida em forno a lenha. A aposta nos sabo- Cozinha ?
res de Itália inclui os habituais pratos à base Encerrado ?
de massas, mas a ementa é igualmente com-
posta por saladas e diversos pratos de carne
(prove o “saltinboca am romana”, por exemplo)
e de peixe, em que se destaca a posta de atum
fresco grelhada.

Nome?
As iniciais provêm do nome dos proprietários: Rua do Muro, 4
Bravo e Lúcia, com experiência há muito fir- T 266 098 181
mada da gastronomia da cidade. Num espaço € De 0 a 0 euros
moderno e reconfortante, a ementa integra pra- Cozinha ?
tos e produtos do melhor que a região tem para Encerrado ?
oferecer: Queijo Assado no Forno com Orégãos
e Geleia de Framboesas, Migas de Tomate com
Espetada de Lombinhos e Bacon e Massinha de
Peixe com Hortelã da Ribeira são algumas das
sugestões, todas elas apetecíveis. Antes da par-
tida, não deixe de provar um dos doces conven-
tuais, como a Encharcada de Ovos.

SECTION
73

Nome?
O restaurante, propriamente dito, foi instalado Rua do Muro, 4
na antiga casa do moleiro. Mas o velho moi- T 266 098 181
nho também lá está, de porta aberta a quem € De 0 a 0 euros
o quiser visitar. O espaço, rústico, é um dos Cozinha ?
locais de referência da gastronomia alentejana, Encerrado ?
tanto pelos muitos e bons petiscos que ali são
servidos como também por ser o local onde
periodicamente a Confraria da Moenga realiza
iniciativas associadas à arte de bem comer. As
sopas fazem-se em panelas de barro. À mesa
não pode faltar a Salada de Grão com Bacalhau,

onde comer
Nome?
O arroz, seja de marisco, tamboril ou lebre Rua do Muro, 4
é uma das especialidades deste restaurante T 266 098 181
apostado numa cozinha familiar, que se afirmou € De 0 a 0 euros
de modo discreto como um dos refúgios gastro- Cozinha ?
nómicos da cidade e que já conquistou diversos Encerrado ?
prémios. Aos tradicionais pratos de borrego e
carne de porco, juntam-se petiscos como Cara-
paus de Escabeche ou Torresmos. A Sopa da
Panela, aromatizada com hortelã, é outro dos
pratos de referência de uma casa onde a lista de
vinhos se encontra bem preenchida. Na hora da
sobremesa, vá pelo Doce Maravilha.

Legenda

Lotação Sala de Fumadores Aceita cartão Estacionamento


ONDE DORMIR

Hotel Mar d’Ar Aqueduto 76 Monte do Carmo 79

Hotel Convento do Espinheiro 76 Évora Hotel 80

Hotel Mar d’Ar Muralhas 77 Hotel Riviera 80

Pousada dos Lóios 77 Albergaria do Calvário 81

Imani Country House 78 Solar de Monfalim 81

Évora Inn Chiado Design 78 Quinta da Espada 82

Monte de Serrado de Baixo 79 Monte da Serralheira 82


76

HOTEL MAR D’AR AQUEDUTO


Localizado no antigo Palácio dos Sepúlveda, edi-
fício quinhentista do qual se conserva a capela,
tectos em abóbada e três janelas manuelinas na
fachada principal, trata-se de um hotel 5 estrelas
onde o requinte a a excelência de serviço são notas
dominantes. Fica localizado no centro histórico, a
apenas 5 minutos a pé da Praça de Giraldo. O bar
com amplo terraço sobre a piscina exterior e o SPA
são dois dos serviços prestados. O hotel ganha o
seu nome por se localizar junto ao Aqueduto da
Água da Prata, construído no século XVI para asse-
gurar o abastecimento à cidade.

Rua Cândido dos Reis, 72  T 266 740 700


€ De 133 a 295 euros
www.mardearhotels.com

HOTEL CONVENTO DO ESPINHEIRO


Inaugurado em 2005, o Convento do Espinheiro,
A Luxury Collection Hotel & Spa resulta na adap-
tação de um convento quinhentista classificado
como Monumento Nacional.
O restaurante, o “wine bar” instalado na antiga
cisterna, as piscinas interior e experior, o SPA,
o court de ténis e um magnifíco jardim onde pon-
tifica uma oliveira milenar integram a oferta desta
luxuosa unidade hoteleira a cerca de 3 quilómetros
do centro da cidade. Enquanto os quartos Deluxe
Garden oferecem um terraço privativo sob o céu
estrelado do Alentejo, os Deluxe Pool têm vista
para a fabulosa piscina e jardins circundantes.
Quinta do Convento do Espinheiro, Canaviais
T 266 788 200 € De 150 a 250 euros
www.conventodoespinheiro.com

SECTION
77

MAR D’AR MURALHAS


O anteriormente denominado Hotel
da Cartuxa apresenta uma localiza-
ção excepcional no centro histórico
de Évora. A piscina e a zona de restau-
rante esplanada, junto às muralhas da
cidade, oferecem uma ambiência única
para desfrutar ao longo de todo o ano.
Na cozinha, o chefe António Nobre
ensina alguns segredos sobre o melhor
da gastronomia alentejana em aulas de
culinária exclusivas para os verdadeiros
apreciadores.

Travessa da Palmeira, 4/6


T 266 739 300
€ De132 a 164 euros
www.mardearhotels.com

POUSADA DOS LÓIOS

onde dormir
O edifício onde está hoje inserida a Pousada
dos Lóios é o antigo Mosteiro de S. João
Evangelista ou dos Lóios – da congregação
dos cónegos regrantes, fundado em 1485
em terrenos onde tinha existido parte do
Castelo de Évora. Em 1965, o mosteiro
abriu de novo as suas portas, agora como
Pousada de Portugal, com as antigas celas
dos cónegos regrantes adaptadas a quartos
modernos e acolhedores, bem “encosta-
dos” ao Templo romano na cidade.

Largo Conde de Vila Flor


T 266 730 070  
€ De 90 a 170 euros
www.pousadas.pt
78

Imani Country House


Em swahili, imani significa acreditar.
Mariana Roxo e José Pedro Vasconcelos
acreditaram e apostaram numa unidade
onde o Alentejo entra “pela alma aden-
tro”. A unidade integra um restaurante,
duas piscinas, dois hectares de jardins
centenários, dois burros e ovelhas,
numa propriedade de 13 hectares pró-
ximo de Guadalupe, arredores de Évora.
O Cromeleque dos Almendres está nas
vizinhanças.

Quinta de Montemuro, Guadalupe


T 266 782 021
€ De 120 euros (dom. a 5.ª) ou 140 euros
(6.ª e sáb.)
www.imani.pt

Évora Inn Chiado Design


Situado em plena Praça do Giraldo, no edifício his-
tórico de cinco pisos onde foi proclamada a Repú-
blica no ano de 1910, o Evora Inn dá uma especial
atenção à conjugação entre património, arte e
design. A par do conforto e da serenidade do
alojamento, o espaço conta com obras de autor
(entre as quais Júlio Pomar, Maluda, Carlos Cas-
tanheira, Ron Arad, etc.) e com marcas de design
conhecidas em todo o mundo. Os preços são
imbatíveis. Tem três suites, dois duplos e quatro
quartos de dormitório com capacidade total para
22 pessoas. Há tv e internet.

Rua da República, n.º 11


T 266 744 500  € De 40 a 58 euros
www.evorainn.com

SECTION
79

Monte de Serrado de Baixo


Casa tipicamente alentejana que faz
honras à sabedoria da arquitectura
rural tradicional. Com apenas quatro
quartos, apresenta-se como um “para-
íso campestre” às portas da cidade. Ao
pequeno-almoço não faltam mimos
como doces caseiros, mel e queijo
fresco com canela e nozes.
Ao “dolce fare niente” junto à piscina,
podem sempre juntar-se passeios pelo
património cultral, paisagístico e gas-
tronómico da região.

Quinta do Serrado, Senhor dos Aflitos


T 266 743 134
€ De 80 a 100 Euros
www.montedoserradodebaixo.com

Monte do Carmo

onde dormir
Entre sobreiros e prados, onde o único
ruído é o de rebanhos de ovelhas, vacas,
ou varas de porcos a pastar em liber-
dade, o Monte do Carmo é um pequeno
hotel rural com cerca de 20 quartos
próximo de Azaruja, refúgio ideal para
um fim-de-semana a dois ou um pas-
seio em família. A piscina biológica e
as amplas zonas verdes para passear
ou descansar constituem uma garantia
adicional de um tempo bem passado.

Monte do Carmo
T 266 970 050
€ De 88 a 158 euros
www.hotelruralmontedocarmo.com
80

Évora Hotel
Situado à saída para Lisboa, o Évora Avenida Túlio Espanca (EN 114)
Hotel propõe um ambiente confortá- T 266 748 800
vel e familiar, com piscinas, kids club, € Valor de 65 a 115 euros
ginásio e uma mão cheia de actividades www.evorahotel.pt
que podem incluir circuitos turísticos
ou workshop’s sobre o pão alentejano,
as ervas aromáticas ou tecelagem, por
exemplo. O “driving range” foi constru-
ído para a prática e ensino de golfe, a
partir dos cinco anos. Não deixe de pas-
sar pelo restaurante vegetariano.

Hotel Riviera
Situado entre a Praça do Giraldo e a Sé, Rua 5 de Outubro, 49
o Hotel Riviera beneficia de uma loca- T 266 737 210
lização privilegiada, apostando num www.riviera-evora.com
ambiente familiar e acolhedor.

Albergaria do Calvário
No século XVI, o edifício onde hoje se Travessa dos Lagares, 3
encontra instalada a albergaria era um T 266 745 930
moinho, com a particularidade de se www.albergariadocalvario.com
encontrar no interior da cerca amura-
lhada. O espaço foi reconvertido numa
unidade hoteleira de quatro estrelas. Ao
pequeno almoço, os hóspedes são sur-
preendidos com um buffet de produtos
orgânicos produzidos na região.

SECTION
81

Solar de Monfalim
Antigo palácio renascentista do século XVI, o Solar Largo da Misericórdia, nº1
de Monfalim encontra-se adaptado a hotel desde T 266 750 000
finais do século XIX: o primeiro hóspede foi rece- www.monfalimtur.pt
bido em 1892. Objecto de diversas adaptações, o
edifício, localizado em pleno centro histórico, man-
tém intactas características fundamentais da sua

Quinta da Espada
Monte tipicamente alentejano, com 5 quartos e Quinta da Espada
dois apartamentos T2, às portas da cidade, ofe- T 266 734549
rece aos clientes um conjunto de actividades como www.quintadaespada.com
piscina ou passeios a cavalo. Reza a tradição que
foi neste local que Giraldo Giraldes escondeu a
espada que utilizou para conquistar a cidade de
Évora aos mouros – daí o nome.

onde dormir
Monte da Serralheira
Numa exploração agrícola com 130 hectares de Monte da Serralheira
vinha, oliveiras e trigo, as antigas casas dos traba- T 266 741 286
lhadores foram adaptadas para receber hóspedes, www.monteserralheira.com
e transformadas em modernos apartamentos com
um e dois quartos. As propostas incluem passeios
a pé ou de bibicleta, mas também é possível rela-
xar numa das espreguiçadeiras ao lado da piscina
com vista para uma paisagem única.

Legenda

Turismo Rural Hotel 5 Estrelas Hotel 4 Estrelas Estacionamento

Piscina Ginásio SPA Hostel Pousada ou Estalagem


ENOTURISMO
84

Rota dos Vinhos


Na sede da Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo há uma
sala de provas que convida a provar os melhores vinhos do Alen-
tejo, numa viagem surpreendente e didáctica pelas diferentes
castas e “terroirs”. É também o local certo para conhecer as rotas
turísticas do vinho, que percorrem toda a região.
Horários: 2.ª das 14:00h às 19:00h, nos restantes dias úteis, das
11:00h às 19:00h e aos sábados entre as 10:00h e as 13:00h.
Praça Joaquim António de Aguiar, nº 20-21 T 266 746 498
www.vinhosdoalentejo.pt

Adega da Cartuxa
Desde o final do século XIX que a cultura vinícola faz parte da
tradição produtiva da Fundação Eugénio de Almeida. A adega
encontra-se instalada num antigo posto jesuíta onde já em 1776
funcionava um importante lagar de vinho. Há visitas guiadas às
adegas e vinhas. No WineBar, na paz do campo e com vista para
os vinhedos, podem beber-se os vinhos da casa e outros, sendo
que a agenda inclui não só provas etílicas - há degustações de
produtos locais e regionais, entre azeites e azeitonas, pão, enchi-
dos, queijos, etc.
Horários: 3.ª a sábado, 11h00 - 19h00; aos domingos também
poderá estar disponível mas é necessário contacto prévio.

Quinta de Valbom, Estrada da Soeira T 266748380


www.cartuxa.pt

Herdade das Cortiçadas


A marcação prévia é necessária para visitar a adega ou participar
numa prova de vinhos. Feito o contacto, deixe-se deslumbrar por
este antigo palacete senhorial com tradição antiga na produção
de vinho. A herdade fica junto a São Sebastião da Giesteira.
O antigo lagar é um excelente exemplo de arqueologia industrial.

São Sebastião da Giesteira  T 266 907 122

SECTION
85

Herdade da Calada
Aqui são produzidas anualmente 150 mil garrafas de vinho para
clientes exigentes. Ao visitar a Herdade da Calada, tem a opor-
tunidade de percorrer a vinha, o olival e a exploração pecuária,
conhecer o processo de fabrico e provar os vinhos e o azeite que
daqui sai rumo aos mais variados pontos do globo.
Horários: 2.ª a 6.ª, 8h30 - 17h30; aos sábados e domingos tam-
bém poderá estar disponível mas é necessário contacto prévio.

Estrada de Évora/Estremoz km 12 T 266 470 030


www.herdadecalada.com

Quinta de S. José de Peramanca


A quinta fica localizada no local descrito nas Inquirições Fernan-
dinas (século XIV) como “vinhas e terras de Peramanca”.
A tradição vinícola vem de longe. Actualmente, é aqui produzido
o Pêra-Grave, tinto e branco. Na loja, há provas gratuitas.
Horários: 2ª. das 14:00 às 18:30, 3ª a 6ª das 10:00 às 13:00 e das
14:00 às 18:30, sábados: 10:30 às 13:00 e das 14:00 às 18:30

Estrada de Évora/Montemor-o-Novo T 266785045

ENOTURISMO

Loja da Quinta de S. José de Peramanca


OUTROS LOCAIS
DE INTERESSE

Arraiolos 88

Reguengos de Monsaraz 90
88

arraiolos

Vestígios arqueológicos comprovam que há 6 mil anos já exis-


tia uma importante ocupação humana no território onde hoje se
ergue a vila de Arraiolos, topónimo cuja origem poderá remontar
ao nome de um capitão grego, Rayeo, que por aqui andou antes
da chegada dos romanos.
Foi D. Dinis quem mandou construir o castelo (um dos locais de
visita obrigatória), fortificação onde haveria de permanecer por
longos períodos um dos mais recentes santos da Igreja Católica,
D. Nuno Álvares Pereira, antes de recolher ao Convento do Carmo
em Lisboa.
Mas foram os tapetes que tornaram a terra conhecida nos qua-
tro cantos do mundo. Ao chegar a Arraiolos, deixe-se conduzir
por um passeio nas ruas junto à Praça Lima e Brito, onde não fal-
tam lojas que constituem um testemunho do labor de gerações e
gerações de bordadeiras. Este é um dos mais genuinos produtos
artesanais portugueses.
Não se sabe quando começou a tradição do fabrico de tapetes
em Arraiolos. A referência mais antiga data de 1598 quando é des-
crita num inventário a existência de “um tapete da terra novo ava-
liado em dois mil réis”.
Durante o passeio pelo centro da vila não deixe de procurar o
Pelourinho de Arraiolos, erguido em 1534, em cujos ganchos de
ferro eram penitenciados e expostos à vergonha pública os acu-
sados da prática de crimes graves.
Para adoçar o passeio, entre numa das pastelarias da terra e
prove um pastel de toucinho – trata-se de uma especialidade
da terra em cuja confecção é utilizado toucinho de porco, amên-
doas, gemas de ovo e açúcar.

arraiolos
89

onde comer
O Alpendre
Bairro Serpa Pinto, 22 T 266 419 024

A Moagem
Rua da Fábrica, 2 T 266 499 646;

1. Arraiolos

Castelo de Arraiolos

Pousada de Nossa Senhora da Assunção

Centro histórico

Espaço envolvente da vila, onde se encontram


vários monumentos megalíticos.

OUTROS LOCAIS

1
90

monsaraz
A vila medieval de Monsaraz é uma das jóias do património histó-
rico e arquitectónico português, conciliando uma monumentali-
dade ímpar com uma vista fabulosa sobre a planície alentejana
e a albufeira de Alqueva, o maior lago artificial da Europa com
1150 quilómetros de margens. A vila, toda ela classificada Monu-
mento Nacional, é para ser percorrida a pé. Antigo povoado pré-
-histórico, Monsaraz foi sucessivamente ocupado por romanos,
visigodos e mouros, antes de ser “reconquistado” pelos cavalei-
ros Templários e entregue a D. Sancho II, passando depois para a
posse da Ordem de Cristo.
Até chegar ao castelo há todo um labirinto de ruas e ruelas para
desvendar de forma atenta. Procure, por exemplo, a Travessa da
Cisterna e veja como uma antiga mesquita foi adaptada no século
XIV a reservatório de água, passando a matar a sede às popula-
ções que durante séculos habitaram a fortificação.
O Paço dos Governadores, a Igreja de Santa Maria, junto ao
Pelourinho, ou os antigos Paços da Audiência em cujo interior se
encontra um painel mural com a alegoria do Bom e do Mau Juiz,
são outros locais de visita obrigatória.
Em Monsaraz, que ainda continua a ser habitada, não faltam
lojas de genuino artesanato alentejano, de produtos “gourmet”,
de vinhos e restaurantes que prestam vassalagem à boa mesa
da região. A tradição manda que todos os anos em Setembro,
durante as festas populares em honra de Nosso Senhor Jesus dos
Passos, seja morto um touro numa arena improvisada na antiga
praça de armas do castelo.

onde comer
Lumumba
Rua Direita, 12 T 266 557 121

Casa do Forno
Travessa da Sanabrosa T 266 557 190

Sabores de Monsaraz
Largo de São Bartolomeu, 5 T 969 217 800.

monsaraz
91

1. Monsaraz

Cromeleque do Xarez

Menir do Outeiro

Menir da Abelhoa

Conjunto megalítico do Olival da Pêga

Fortificações da Vila de Monsaraz

Ermida de Santa Catarina de Monsaraz

Ermida de São Bento

Pelourinho de Monsaraz

Atalaia de São Gens

Igreja Matriz de Santa Maria da Lagoa

OUTROS LOCAIS

1
contactos
94

contactos úteis
Posto de Turismo Municipal
Praça do Giraldo T 266 777 071

Loja da Mobilidade (SITEE)


R. da República, 137 T 266 732 628

Gare.PT
Estrada de Montemor T 266 785 489

Parque de Campismo (ORBITUR)


Estrada das Alcáçovas T 266 705 190

Hospital do Espírito Santo


Largo Sr. da Pobreza T 266 740 100 | 266 758 424

Hospital da Misericórdia
Av. Sanches de Miranda T 266 760 630

Polícia de Segurança Pública [PSP]


R. francisco S. Lusitano T 266 702 022
Escola Segura 
T 96 989 39 23
Comércio Seguro 
T 96 989 38 16
Apoio ao Idoso 
T 96 693 90 81

Número Nacional de Socorro [SOS]


112

Protecção Civil
T 266 730 690

SECTION
95

Rádio Táxi Évora


T 266 734 734

Centro de Saúde de Évora


Largo do Paraíso, n.º 1
7000-805 ÉVORA
T 266 748 910 F 266 709 214

Bombeiros Voluntários
Av.ª Bombeiros Voluntários
7000-754 ÉVORA
T 266 702 122 F 266 744 398

Linha Azul
T 21 840 10 12
2ª à 6ª feira, das 9h00 às 16h30

EDP - Falhas de abastecimento e de iluminação pública


Piquete de Urgência (Electricidade e Iluminação Pública)
T 800 506 506

Câmara Municipal de Évora


Praça de Sertório
T 266 777 000 F 266 702 950
E cmevora@mail.evora.net
www.cm-evora.pt

Governo Civil de Évora


Rua Francisco Soares Lusitano
T 266 739 830 F 266 739 839
E geral@gov-civil-evora.gov.pt
www.gov-civil-evora.gov.pt
CONTACTOS

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