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CIVILIZAÇÃO PRÉ-COLOMBIANA – Profª.

: Karen Barros
 No século XV, os incas ergueram o mais extenso império da América pré-colombiana, um território alongado que tinha como eixo a cordilheira dos Andes.
 Provavelmente no século XIII, a tribo dos incas chegou à região do vale de Cuzco. Originários provavelmente da floresta amazônica, estabeleceram aliança
com outras tribos que já ocupavam a região, de quem assimilaram elementos culturais e o idioma (a língua quíchua).
I  Logo, porém, os incas passaram a lutar contra os vizinhos, assumindo a supremacia militar e política.
N  A fase imperial da civilização inca: iniciou-se aproximadamente em 1450, terminando apenas em 1532, com a chegada dos espanhóis à região.
 O imperador inca (considerado filho do Sol): concentrava em suas mãos o poder militar e a máquina administrativa.
C
 A monarquia inca: não era hereditária, e as crises sucessórias frequentemente provocavam conflitos entre as famílias aristocráticas. Muitos historiadores
A apontam as lutas internas na nobreza como um dos fatores que tornaram o império mais vulnerável ao domínio espanhol.
 Desenvolveram técnicas sofisticadas de terraceamento, platôs irrigados (pela água coletada do derretimento das geleiras dos Andes) e fertilizados com
guano (excremento de aves marinhas).
 As obras eram planejadas e executadas pelo Estado, proprietário das terras.
 Uma parcela do território ficava sob o controle direto do imperador; outra era distribuída entre camponeses e sacerdotes.
 Mesmo incipiente, o comércio fazia parte das atividades econômicas dos incas, embora não houvesse uma unidade monetária.
 As camadas mais pobres da população: eram obrigadas a pagar a mita, que consistia na prestação de serviços para o Estado, na agricultura ou na extração
de metais em minas de prata.
 Os excedentes da produção agrícola eram armazenados pelo Estado e usados para o sustento da aristocracia ou distribuídos para a população em épocas de
emergência.
 A elite inca incluía nobres, militares e sacerdotes. Por meio da figura do imperador, os nobres controlavam o Estado e o exército.
 Os sacerdotes exerciam forte influência sobre a população, controlando a prática religiosa e a vida cultural e espiritual.
 Artesãos e pequenos comerciantes tinham posição intermediária na pirâmide social, em cuja base estava a camada mais pobre, formada por camponeses,
que podiam ser convocados pelo imperador para trabalhar em obras públicas.
 Os incas desenvolveram a matemática, a astronomia, a fundição de metais (bronze, estanho, cobre, ouro e prata).
 Sua técnica de produção de tecidos ainda hoje é aplicada por indígenas da região andina.
 No campo da engenharia, merecem destaque as construções urbanas. Praças, pontes, templos, prédios públicos e residências edificadas em pedra em Cuzco
ou em Machu Picchu, tendo resistido por séculos aos terremotos, às intempéries e às ações climáticas.
 Os incas eram politeístas, e os seus deuses eram associados aos elementos da natureza.
 Como não desenvolveram a escrita, sua grande herança cultural foi transmitida pela tradição oral.
 Destacaram-se na arquitetura, pela organização urbanística das cidades, construídas em torno de praças matematicamente calculadas, onde se erguiam pirâmides e
edifícios religiosos. Como exemplo, podemos citar a capital Tenochtitlán (atual cidade do México).
 No Império Asteca - que se estendia do golfo do México às costas do oceano Pacífico - viviam uma civilização que atingiu o apogeu político, econômico e militar na época
em que os espanhóis chegaram ao continente e encontraram ricas cidades, grandes construções, templos, palácios e muito metal precioso; aliás, ouro e prata moveram a
mão armada do conquistador, pilhando tesouros e arrasando cidades.
A  Em seus relatos, Hernán Cortez - que liderava a expedição militar espanhola revelou o impacto causado pela chegada a Tenochtitlán, a capital dos astecas, sobre a qual foi
S edificada a atual Cidade do México.
T  A cidade foi descrita como uma concentração urbana planejada, com ruas largas, praças, mercados e uma população de 300 mil pessoas: “Quando lá chegamos, ficamos
atônitos com a multidão de pessoas e a ordem que prevalecia, assim como com a vasta quantidade de mercadoria.” (Castilho, Bernal Diz Del. História verdadera de la
E conquista de la Nueva España. México. Porrúa. 1960.) Esse trecho refere-se a uma narrativa de um colonizador espanhol a respeito da cidade de Tenochtitlán, localizada
C no império asteca. Os Astecas formaram um império de grande força militar, organizado a partir da aliança entre três grandes cidades, Texcoco, Tlacipán e a capital
A Tenochtitlán.
 Os astecas fabricavam joias sofisticadas e tecidos, conheciam avançadas técnicas de agricultura (chinampas) e eram exímios engenheiros e arquitetos.
 Até o século XIV: quando foi fundada Tenochtitlán, as terras eram cultivadas coletivamente pelas comunidades aldeãs. Nessa época, já eram um povo guerreiro, e a
sociedade era controlada por chefes militares.
 No fim do século XIV: teve início a monarquia, comandada por um chefe supremo dos líderes militares, chamado tlatoani.
 Em meados do século XV: uma aliança entre três cidades-Estado - Tenochtitlán, Texcoco e Tlaconpán - originou a confederação asteca.
 A partir de então, teve início o período de maior expansionismo asteca, submetendo povos vizinhos, sujeitos ao pagamento de tributos, que sustentavam o Estado
militarista. As frequentes guerras tornaram-se fundamentais no projeto asteca, até mesmo para os sacrifícios humanos em honra ao deus Sol.
 Com a aliança entre as cidades-Estado, o tlatoani concentrou poderes, dispondo de um gigantesco corpo de funcionários.
 O imperador: era a figura mais destacada e respeitada na sociedade asteca; tinha origem aristocrática e governava com o apoio da nobreza guerreira. Essa monarquia
impunha a autoridade sobre os demais grupos sociais: sacerdotes, comerciantes, camponeses, artesãos e escravos (geralmente prisioneiros de guerra).
 O serviço militar: era obrigatório para as populações aldeãs, mas o comando das forças militares sempre estava nas mãos da nobreza guerreira. O exército tinha no
imperador sua autoridade suprema.
 A manutenção de guerra e a construção de grandes obras públicas: exigiam elevados impostos, que desencadeavam revoltas ocasionais das populações dominadas.
 Os tributos: variavam de acordo com as províncias e a forma da conquista. Os arrecadadores - chamados calpixques - percorriam as regiões da confederação, controlando e
arrecadando os tributos fixados pela capital. A riqueza da aristocracia asteca também resultava de atividades econômicas, como o comércio e a agricultura.
 O sistema de troca era simples e não contava com uma unidade monetária
 No campo, onde se desenvolviam técnicas avançadas de irrigação e cultivo, eram plantados produtos que abasteciam as cidades: milho, tomate, algodão, abacate, pimenta,
abóbora, feijão e tabaco.
 Tinham uma sofisticada ourivesaria e faziam ainda artesanato com pedras semipreciosas.
 Eram conhecedores de astronomia e usaram a análise do movimento dos astros para elaborar seu calendário, definindo as melhores épocas para plantar e colher.
 A religião asteca modificava-se por influência dos povos dominados. Eram politeístas, e seus deuses relacionavam-se a elementos e fenômenos da natureza.
 Dois deuses, em particular, eram reverenciados com sacrifícios humanos: Heritzilopen (deus tribal asteca, associado ao Sol) e Tlaloc (deus da fertilidade e da chuva).
 1519, Hernan Cortez liderou uma expedição militar para submeter os astecas. AIiou-se a outros povos da Meso-América e avançou sobre Tenochtitlán, onde encontrou
pequena resistência. Acreditando que os invasores fossem deuses, o imperador asteca Montezuma (ou Motecuhzoma) e a população os receberam com honrarias.
 Os espanhóis trouxeram o fogo das armas, a fome, a varíola e outras doenças trazidas pelos invasores arrasaram os astecas.
 “A terra queimará e haverá grandes círculos brancos no céu. A amargura surgirá e a abundância desaparecerá. A época mergulhará em graves
trabalhos. De qualquer modo, isso será visto. Será o tempo da dor, das lágrimas e da miséria. É o que está para vir”. (Livro de Chilam Balam, da literatura
maia, século XIII – AQUINO, Jesus, Oscar e. Fazendo a História, as sociedades americanas e a Europa na Época Moderna, p 63, Rio de Janeiro, Ed. Ao Livro
Técnico. 1990).
M  O texto foi escrito bem antes da chegada dos espanhóis a América, entretanto, ele já prenuncia o futuro dos povos americanos com a chegada dos
A europeus. A introdução, na América, de doenças desconhecidas, que causaram verdadeiras epidemias, dizimando parte da população nativa.
I  Viviam na península de Yucatán, na América Central.
 Desenvolveram a escrita hieroglífica, deixando uma grande quantidade de documentos.
A
 Tinham conhecimento dos eclipses solares e do movimento dos planetas.
 Religião: eram politeístas, e seus deuses eram associados a elementos da natureza, como astros, plantas e animais.
 Principal atividade econômica era a agricultura (cultivo do milho) em terras do Estado, usando técnicas de irrigação, mas com práticas de cultivo
rudimentares
 Comércio: de joias, tintas e algodão entre as cidades maias era intenso.
 Camponeses: sustentavam a aristocracia, pagavam impostos, eram exploradas na construção de obras públicas e contribuíam com a defesa do Estado por
meio do serviço militar.
 Escravos, quase sempre prisioneiros de guerra, ocupavam posições subalternas ou eram sacrificados aos deuses.
 Conhecidos guerreiros, os maias subjugaram vários povos do istmo americano e, das áreas dominadas, drenavam riquezas, que eram acumuladas pelo
Estado e pela nobreza.
 Com os recursos originados da cobrança de impostos e da exploração das populações vencidas, os maias construíram ricas cidades, com planejamento
urbano, arquitetura e engenharia complexos
 Em passado remoto, os maias haviam sido governados por teocracias, monarquias despóticas com imperadores divinizados, assim como o que se verificava
em Estados da Antiguidade oriental.
 Por volta do século X, as principais cidades maias adquiriram autonomia em relação ao poder central, convertendo-se em cidades-Estado (como Palenque e
Tikal).
 Entre os séculos XIII e XVI, furacões e epidemias, a crise da agricultura e a fragmentação politica teriam provocado o declínio econômico e militar,
facilitando a posterior conquista espanhola.
 Entre as civilizações pré-colombianas dos maias e dos astecas, havia semelhanças culturais significativas. Contudo, no momento em que foram conquistadas
os astecas dominavam um território que se estendia do oceano Atlântico ao Pacífico, mas os maias já não contavam com as magníficas cidades,
desaparecidas sob as florestas

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