Você está na página 1de 2

Antes mesmo da primeira guerra mundial os Estados Unidos já eram

considerados a maior potência econômica do mundo, no final da Grande


Guerra esse posto estava ainda mais consolidado. O período pós guerra foi um
momento de grande desenvolvimento econômico para os Estados Unidos, que
diferente da Europa, quase não sofreu baixas e nem teve seu território
danificado por estar isolado do centro da guerra.
O período pós guerra para a Europa foi um momento de crise e
reconstrução, por ter sido muito destruída. Nesse momento toda a Europa, que
já havia perdido seu posto de grande potência para os EUA, foi muito ajudada
pelos mesmos. E em meio desse senário de um continente muito destruído,
pensamentos autoritários como o nazismo e o fascismo começaram a surgir,
junto com um grande sentimento de revanche, que posteriormente virá a se
tornar um dos grandes motivos para uma segunda grande guerra.
Já nos Estados Unidos, a década de 1920 foi um momento de uma
gigantesca onda de otimismo, pois passava por um período de grande
desenvolvimento tecnológico e econômico, um aumento enorme no nível de
consumo e prosperidade. Essa década ficou muito conhecida como Roaring
Twenties, ou no português, Loucos Anos Vinte.
Porém, no final da década de 20, somando a falta de regulamentação na
economia de um pais liberal como os EUA, a oferta de juros barata, uma
produção em alta escala que não acompanhava o consumo e os países
europeus já haviam se reconstruído e se reestabelecido, não precisando mais
da ajuda dos Estados Unidos com créditos ou com produtos. Tudo isso
culminou para que no dia 24 de outubro de 1929 ocorresse o Crack da bolsa de
valores dos Estados Unidos, fazendo assim, a considerada maior crise
econômica do sistema capitalista, a Crise de 29 ou como também é conhecida
a Grande Depressão.
A Crise de 29 deixou milhões de americanos desempregados, sendo
eles quase um quarto da população ativa dos Estados Unidos, muitas
empresas decretaram falência, tanto no setor industrial tanto no agrícola, e
também a pobreza que atormentou a maior parte da população americana. A
Grande Depressão não afetou unicamente os EUA, mas como todos os países
que tinham sua economia baseada neles, causando pobreza e desemprego em
muitos outros países. A soluções para a crise foram aplicadas, principalmente,
por F. Delano Roosevelt, com a política do New Deal, que replanejou a
economia americana, visando a população.
No início do século XXI, o merca imobiliário dos Estados Unidos entrou
em uma grande expansão, por que o banco central americano, Federal
Reserve, começou a diminuir os juros e fazer empréstimos afim de movimentar
o mercado. Com isso, bancos começaram a fazer empréstimos, mesmo para
aqueles com renda baixa ou com algum histórico de inadimplência, os
chamados “subprimes”. Os bancos vendiam esses empréstimos, mesmo de
subprimes, para outras instituições financeiras, tanto dentro quanto fora do
EUA.
Quando algumas pessoas não podiam mais pagar os créditos, ou seus
imóveis não valiam o suficiente, os bancos tinham títulos de dividas que não
eram pagos e imóveis que não valiam os débitos, então os bancos ficaram
descapitalizados, passando a contrair empréstimos uns dos outros em um ciclo
de especulação buscando valorizar os títulos de dividas. Após alguns anos
nesse senário a bolha imobiliária estourou, muitos bancos faliram e outra
grande crise apareceu, a Crise de 2008.
A Crise de 2008 deixou muitas pessoas desempregadas dentro e fora do
país, muitas empresas e bancos faliram, inclusive o banco Lehman Brothers,
que era um dos maiores bancos dos EUA, e o numero de sem teto nos Estados
Unidos aumentou gigantescamente. Como tentativa de impedir que a crise
tomasse maiores proporções, o governo americano interviu fortemente,
investindo bilhões de dólares em empresas privadas e assumiu o controle de
agencias de créditos. Essas ações foram criticadas pro visar ajudar mais
bancos e empresas do que a população e por não terem punidos os bancos
envolvidos.
Ambas as crises foram grandes marcos na historia do sistema financeiro
dos Estados Unidos, e apesar delas terem ocorrido por meios diferentes, a
crise de 29 foi por superprodução e a crise de 2008 foi uma bolha econômica
imobiliária, ambas tem suas semelhanças, elas deixaram milhares de pessoas
desabrigadas, pobres e vivendo na miséria e também atingiram outros países
além dos Estados Unidos.
No Brasil, a Crise de 29 afetou a economia com a produção de café, que
era o principal produto de exportação do país na época, o mercado de café do
Brasil se estagnou e o preço do produto caiu, a Crise de 29, no Brasil, também
enfraqueceu as oligarquias rurais, que dominavam o cenário político da época,
abrindo espaço para o Getúlio Vargas, em 1930. Já a Crise de 2008 não afetou
tanto o Brasil, pois estava passando por um período de ascensão econômica
durante o governo Lula, porem ainda sim sofreu com a alta do dólar e alguns
prejuízos envolvendo a queda do Ibovespa.

Você também pode gostar