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ICMS

-CF, art. 155, II


-Emenda Constitucional 87/2015-
Novas Regras para 2016
- Convênio ICMS 93/2015
- Resolução SF 13/2012
- Nota Técnica 2015/003
Lei Nº 8820 DE 27/01/1989 ICMS no RS
Publicado no DOE - RS em 28 jan 1989

Institui o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de


Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação e dá outras
providência
PEDRO SIMON, Governador do Estado do Rio Grande do Sul.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 66, item IV, da
Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono e
promulgo a Lei seguinte:

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Fica instituído o Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação -
ICMS, nos termos desta Lei.
• A CF 1988
ICMS

• “Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal ins2tuir


impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Cons2tucional no 3, de
1993):
• II - operações rela1vas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem
no exterior; (Redação dada pela Emenda Cons2tucional no 3, de 1993)

ICMS
ICMS
• CF 1988
• Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
• II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de
1993)
• § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
• I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal;
• II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
• a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações
seguintes;
• b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
• III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
ICMS
• IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um
terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as
alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;
• V - é facultado ao Senado Federal:
• a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de
iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
• b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico
que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta
e aprovada por dois terços de seus membros;
• VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do
disposto no inciso XII, g, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de
mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para
as operações interestaduais;
• VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:
• (Revogado)
• a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
• (Revogado)
• b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;
• (Revogado)
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• VII - nas operações e prestações que des-nem bens e serviços a
consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro
Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de
localização do des-natário o imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna do Estado des-natário e a alíquota
interestadual; (Redação dada pela Emenda Cons1tucional nº 87, de 2015) (Produção de efeito)
• a) (revogada); (Redação dada pela Emenda Cons6tucional nº 87, de 2015)
• b) (revogada); (Redação dada pela Emenda Cons6tucional nº 87, de 2015)
• VIII - na hipótese da alínea a do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do des6natário o imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual;
• (Revogado)
• VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída:
(Redação dada pela Emenda ConsStucional nº 87, de 2015) (Produção de efeito)
• a) ao desMnatário, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda
ConsStucional nº 87, de 2015)
• b) ao remetente, quando o desSnatário não for contribuinte do imposto; (Incluído
pela Emenda ConsStucional nº 87, de 2015)
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• IX - incidirá também:
• a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou
ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde
estiver situado o estabelecimento destinatário da mercadoria ou do serviço;
• (Revogado)
• a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior
por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte
habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim
como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao
Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do
destinatário da mercadoria, bem ou serviço; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem
fornecidas com serviços não compreendidos na competência
tributária dos Municípios;
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• X - não incidirá:
• a) sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-elaborados definidos em lei complementar;
• (Revogado)

• a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre


serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações
anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
• b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica;
• c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;
• d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
• XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre
produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e
relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure
fato gerador dos dois impostos;
• XII - cabe à lei complementar:
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• a) definir seus contribuintes;
• b) dispor sobre substituição tributária;
• c) disciplinar o regime de compensação do imposto;
• d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações
relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;
• e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos
mencionados no inciso X, a
• f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o
exterior, de serviços e de mercadorias;
• g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
• h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja
a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b ; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior
de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso I, b, do "caput" deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo incidirá sobre operações relativas a energia elétrica,
combustíveis líquidos e gasosos, lubrificantes e minerais do País.
• (Revogado)
• § 3° À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro tributo poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica,
serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
• (Revogado)
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• § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste


arSgo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre
operações relaSvas a energia elétrica, serviços de telecomunicações,
derivados de petróleo, combusXveis e minerais do País. (Redação dada
pela Emenda ConsStucional nº 33, de 2001)
• § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 33, de 2001)
• I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao
Estado onde ocorrer o consumo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e
lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido
entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre
nas operações com as demais mercadorias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e
combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto
caberá ao Estado de origem; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito
Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001)
• a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o
valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em
condições de livre concorrência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b .
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
ICMS
ICMS

• § 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as


relativas à apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas
mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos
do § 2º, XII, g . (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
• A) DAS OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO ICMS
• DE MERCADORIAS

• Operações são atos jurídicos.


• Operação é qualquer ato voluntário que impulsione mercadorias da
fonte de produção até o consumo, tenha ou não natureza de negócio
jurídico.

• Circulação é a passagem das mercadorias de uma pessoa para outra,


sob o manto de um título jurídico, equivale a declarar, à sombra de um
ato nominado ou inominado. Movimentação com mudança de
patrimônio.
(Geraldo Ataliba e Cleber Giardino dizem: ”Circular significa mudar de
titular ).
ICMS

• A incidência do ICMS não deveria ter significação a circulação isica,


mas, exclusivamente, a circulação jurídica
• (movimentações da Stularidade dos bens e das mercadorias).

• Mercadoria é o bem econômico que alguém, com o propósito


deliberado de lucro, produz para vender ou compra para revender.
• É bem corpóreo da a-vidade do produtor, do industrial e
comerciante, tendo por objeto a sua distribuição para o consumo,
compreendendo-se no estoque da empresa.
ICMS

Critério Material:
A incidência do ICMS TEM COMO FATO GERADOR:
i) operações relativas à circulação de mercadorias;
ii) prestação de serviços de comunicação;
iii) prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal;
iv) operação de importação de mercadoria do exterior;
v) serviços de transporte e comunicação cuja prestação se iniciou no
exterior.
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Critério Espacial:
=> imposto nacional - incidência em todo território da União
para os que transacionam mercadorias ou efetivam prestação
de serviços, cabendo a individualização das
operações/prestações conforme a competência territorial de
cada estado federado, bem como ao regime de operações de
intercâmbio entre os estados para o efeito da não-
cumulatividade.
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Critério Temporal:

èo momento em que se realiza, totalmente, o fato social de


mercancia ou prestação de serviços desenhados na hipótese
normativa de incidência tributária.
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Critério Pessoal:
Sujeito A;vo: Estados federados e o Distrito Federal

Sujeito Passivo: qualquer pessoa, Zsica ou jurídica, que


pra[que atos de circulação de mercadorias com habitualidade
e des[nação de mercancia; que preste serviços de transporte
ou de comunicação; simples importador de bens ou serviços.
ICMS
CONTRIBUINTE
• É também contribuinte a pessoa isica ou jurídica que, mesmo sem
habitualidade ou intuito comercial:
• I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua
finalidade;
• II – seja desSnatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior;
• III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou
abandonados;
• IV – adquira lubrificantes e combusXveis líquidos e gasosos derivados de
petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não
desSnados à comercialização ou à industrialização
ICMS
• Critério QuanNtaNvo:
Base de Cálculo: o valor da operação de circulação de
mercadorias, o valor da prestação de serviços, o valor do bem ou
serviço importado com os acréscimos legais, observado o
princípio da não-cumula[vidade e o regime desta operação entre
os estados.

Não integram a base de cálculo do ICMS o valor dos descontos


concedidos no ato da emissão do documento fiscal, desde que
constem deste (descontos incondicionais);
ICMS

• BASE DE CÁLCULO
• Base de cálculo do ICMS, Lei 8.820 de 27 de janeiro de 1989, do Estado
do Rio Grande do Sul, é:
a) na saída de mercadoria, o valor da respecSva operação;
b) no fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias, o
valor total da operação, compreendendo o fornecimento da mercadoria
e a prestação do serviço;
c) na prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, o preço do serviço;
ICMS

•Alíquota: variável, de acordo com a base de cálculo, com a operação ou


prestação. O regime de alíquotas entre os estados é fixado pelo Senado, não
sendo permiWdo percentuais abaixo do mínimo, tampouco acima do máximo.
• ALÍQUOTAS
• Resolução do Senado Federal n. 22 de 19 de maio de 1989 fixou a alíquota do
Imposto sobre Operações RelaWvas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação, nas operações e prestações interestaduais fixou alíquota em doze
por cento.
• Nas operações e prestações realizadas nas Regiões Sul e Sudeste, desWnadas às
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo, fixou a
alíquota em sete por cento. Nas operações de exportação para o exterior, fixou a
alíquota em treze por cento.
• Nas operações internas, in casu, dentro do Estado do Rio Grande do Sul, a Lei
8.820/1989, em seu arWgo 24, fixa as alíquotas das mercadorias e serviços
abrangidos pelo ICMS, observando a seleWvidade, em 25% (vinte e cinco por
cento) para perfumes e cosméWcos e 12% (doze por cento) para o arroz e o feijão.
ICMS
ICMS
Se o destinatário da mercadoria for contribuinte -
um comerciante, o imposto caberá aos Estados de origem e de
destino, incidindo duas vezes, da seguinte forma:
1º Cobra-se o imposto no Estado de origem pela alíquota
interestadual.
2º Cobra-se o imposto no Estado de destino pela diferença entre a
alíquota interna do Estado de destino e a alíquota interestadual.
• Exemplo Um estabelecimento atacadista na cidade de Porto Alegre-
RS vende um lote de aparelhos domésticos por R$100.000,00 a um
estabelecimento varejista da cidade de Campinas-SP.
• O ICMS nessa operação será da seguinte forma: RS recolherá 12%
que é a alíquota interestadual porque vai para a região Sudeste e SP
recolherá 6% (18%-12%), diferença entre alíquota interna de SP e a
alíquota que já foi recolhida.
ICMS
A sistemática de recolhimento do ICMS pode ser
assim resumida:

• a) Operações intraestaduais: o ICMS compete ao Estado em


que se realizou a operação;
• b) Operações de importação: o ICMS cabe ao Estado do
estabelecimento destinatário da mercadoria ou do serviço,
mesmo que o bem haja ingressado no território nacional por
Estado diverso do destinatário;
ICMS
• c) Operações interestaduais:
o ICMS tem aqui uma sistemáUca peculiar, dependendo da
aUvidade exercida pelo desUnatário (consumidor final) da
mercadoria – se contribuinte ou não:
- Se o desUnatário da mercadoria não for contribuinte, por
exemplo, pessoa Ysica o imposto caberá integralmente ao Estado
de origem da operação, devendo ser calculado pela alíquota
interna do Estado de origem.
• Exemplo Uma loja na cidade de Campinas-SP vende por R$
1000,00 um aparelho domésUco a um consumidor (pessoa Ysica)
da cidade de Canela-RS, devendo ser entregue o bem em
domicílio.
• O ICMS dessa operação deve ser de 18% que é alíquota interna do
Estado de São Paulo.
ICMS

• - Se o des;natário da mercadoria, em uma


operação interestadual for contribuinte do ICMS e não for o
consumidor final o imposto caberá ao Estado de origem sendo
calculado pela alíquota interestadual.
• Exemplo Um estabelecimento atacadista na cidade de
Campinas-SP vende um lote de aparelhos domés[cos por
R$100.000,00 a um estabelecimento varejista da cidade de
Gramado-RS, para revenda.
• O ICMS nessa operação será de 12% recolhido por São Paulo,
que é a alíquota interestadual pois está indo para região
Sudeste e ao Estado de des[no será devido o ICMS rela[vo à
revenda da mercadoria.
ICMS

• PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA SELETIVIDADE - facultativo

A CF 88 passou a ter um tratamento seletivo quanto a


incidência do ICMS, no qual busca-se privilegiar com menor
carga tributária os produtos essenciais ou aqueles de maior
consumo nas classes sociais menos favorecidas.
ICMS

Imunidade
• Impede o poder de tributar. Cabendo a CF conceder a imunidade
tributária.
• Estão previstos na CF ( art. 150, IV, b) os seguintes produtos imunes a
impostos.
Exemplos:
- Saídas de jornais, livros e periódicos, excluídos os livros em branco ou
para escrituração;
- Saídas de papel destinado exclusivamente à impressão de jornais,
periódicos e livros;
ICMS

• IPI NA BASE DE CÁLCULO DO ICMS


O IPI não integrará a base de cálculo do ICMS quando a operação
apresentar os seguintes requisitos cumulaSvos:
a) for realizada entre contribuintes;
b) for relaSva a produto desSnado à industrialização ou à
comercialização;
c) configurar fato gerador dos dois impostos.
• Exemplo de operação entre contribuintes:
Empresa industrial vende para Empresa Industrial
• Exemplo de operação entre contribuinte e não contribuinte:
Empresa Industrial vende para Consumidor Final
ICMS

O IPI deve compor a base de cálculo do ICMS quando a


mercadoria for des[nada ao consumo ou a[vo pelo
des[nário.
PRINCIPAIS TEMAS ACERCA DO ICMS - OPERAÇÕES

1) ENERGIA ELÉTRICA
Ampliou-se este conceito ao submeter o fornecimento de
energia elétrica (coisa incorpórea) ao âmbito da incidência do
ICMS, nos termos do ar[go 155, § 3o da CRFB/1988.
• RE 748543. - S T F
• Repercussão Geral – Mérito
• Órgão julgador: Tribunal Pleno
• Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO
• Redator(a) do acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES
• Julgamento: 05/08/2020
• Publicação: 10/09/2020
• Ementa
• EMENTA. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ICMS. OPERAÇÃO INTERESTADUAL DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA A CONSUMIDOR FINAL, PARA
EMPREGO EM PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO. IMPOSTO DEVIDO AO ESTADO DE DESTINO. PROVIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. De acordo com
o artigo 20, §1º, da Constituição Federal, é assegurada à União (EC 102/2019), aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da
exploração, no respectivo território, de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais. 2.
Somente os Estados de destino (Estado em que situado o adquirente) podem instituir ICMS sobre as operações interestaduais de energia elétrica, nos termos
do artigo 155, §2º, X, ‘b’ da Constituição Federal. Precedentes: RE 198088, Relator: Min. ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, DJ 5-9-2003. 3. Recurso Extraordinário
do Estado do Rio Grande do Sul a que se dá provimento, para julgar improcedente o pedido inicial. Tema 689, fixada a seguinte tese de repercussão geral:
“Segundo o artigo 155, § 2º, X, b, da CF/1988, cabe ao Estado de destino, em sua totalidade, o ICMS sobre a operação interestadual de fornecimento de
energia elétrica a consumidor final, para emprego em processo de industrialização, não podendo o Estado de origem cobrar o referido imposto".
• Decisão
• Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Roberto Barroso e Celso de Mello. O Ministro Marco Aurélio (Relator) ficou vencido negando
provimento ao recurso. O Ministro Alexandre de Moraes propôs um segundo tópico na tese de repercussão geral, para o qual não foi alcançado o quórum
previsto no art. 97 da Constituição, porquanto os Ministros Gilmar Mendes e Roberto Barroso não o acompanharam nesse tópico. Os Ministros Edson Fachin,
Luiz Fux e Dias Toffoli (Presidente) davam provimento ao recurso, mas fixavam tese diversa. Falaram: pelo recorrente, o Dr. Thiago Holanda González,
Procurador do Estado;
• Tese
• Segundo o artigo 155, § 2º, X, b, da CF/1988, cabe ao Estado de destino, em sua totalidade, o ICMS sobre a operação interestadual de fornecimento de energia
elétrica a consumidor final, para emprego em processo de industrialização, não podendo o Estado de origem cobrar o referido imposto.
• Outras ocorrências
• Decisão (1) , Legislação (3)
ICMS
2) ÁGUA
A água mineral quando engarrafada e vendida por empresa comercial a consumidor
final é mercadoria, e, destarte, a operação é tributada por ICMS.
A importação de água mineral, bem como a água que passou por processo de
industrialização é tributada. (água oxigenada).
Não se tributa a água em estado bruto, nem a água tratada e encanada.

• “TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ICMS. FORNECIMENTO DE ÁGUA TRATADA POR CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇO
PÚBLICO. NÃO-INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE FATO GERADOR. 1. É intributável, por meio do ICMS, o fornecimento de água
potável por empresas concessionárias desse serviço público. 2. As águas em estado natural são bens públicos e só
podem ser explorados por parXculares, mediante concessão, permissão ou autorização. 3. A água, portanto, fornecida à
população, após ser tratada pelas empresas concessionárias, permissionárias ou autorizadas, não caracteriza
mercadoria. 4. Esse entendimento não se aplica à água mineral engarrafada e vendida por comerciante. No caso,
tributa-se a operação mercanAl. 5. Na Adin no 567, o tema foi analisado. O Min. Ilmar Galvão votou pela suspensão
liminar de ICMS sobre o fornecimento de água no Estado de Minas Gerais, "por ter se pretendido modificar a natureza
jurídica do fornecimento de água potável, encanada, às populações urbanas, transformando-a de serviço público
essencial em circulação de mercadoria (REsp 794984 / RJ DJ:05/09/2006)".
3 SAÍDA DA MERCADORIA COMO ASPECTO TEMPORAL DO IMPOSTO
• Art. 12, LC 87/96 Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no ICMS
momento: I - da saída de mercadoria de estabelecimento de
contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo 2tular;
• Não se considera saída quando o comerciante for furtado,
• quando os bens forem reFrados para a rua em razão de incêndio,
• quando levadas mercadorias por intempéries decorrentes de força
maior.
• Mercadoria em demonstração (test drive) também não incide ICMS, em
que pese a saída do estabelecimento.
• SÚMULA 166 DO STJ
• “Não cons1tui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de
mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo
contribuinte.”
ICMS
4 VENDA DO ATIVO IMOBILIZADO5
• ASvo Imobilizado ou aSvo fixo são expressões sinônimas que idenSficam o
grupo de contas onde se registram os recursos invesSdos em direitos que
tenham por objeto bens necessários à exploração do objeto social.

• A alienação do estabelecimento, com a permanência do patrimônio no


mesmo endereço, ou mesmo transferido para local de terceiro, não é
tributável, uma vez que os bens não têm modificada sua natureza.
• A venda de bens do aSvo fixo nunca poderia acarretar o ICMS.

• “ICMS. VENDA DE BENS NO ATIVO FIXO DA EMPRESA. NÃO INCIDÊNCIA DO TRIBUTO. A


venda de bens do a,vo fixo da empresa não se enquadra na hipótese de incidência
determinada pelo art. 155, I, b, da Carta Federal, tendo em vista que, em tal situação,
inexiste circulação no senDdo jurídico-tributário: os bens não se ajustam ao conceito de
mercadorias e as operações não são efetuadas com habitualidade. Recurso
extraordinário não conhecido. Decisão A Turma não conheceu do recurso extraordinário.
Unânime. 1a Turma, 29.04.97“RE 194300 / SP - SÃO PAULO Publicação DJ 12-09-1997.”
5) MÚTUO, COMODATO, DEMONSTRAÇÃO
ICMS
O empréstimo gratuito de coisas fungíveis (mútuo) e de coisas não
fungíveis (comodato) não incide ICMS, a teor da Súmula 573 do STF.

Ainda, as saídas para demonstração são estranhas ao tipo de operação mercantil:


EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO. TRANSPORTE
DE MERCADORIA PARA DEMONSTRAÇÃO. NÃO INCIDÊNCIA DE ICMS. NULIDADE DO AUTO
DE LANÇAMENTO. Conforme revela a documentação carreada aos autos, os bens transportados
tinham a finalidade de demonstração, devendo retornar para o estabelecimento remetente. Não
configurada hipótese de incidência de ICMS porque não há circulação jurídica de mercadoria. O
Estado, por sua vez, não demonstrou que as mercadorias remetidas tinham intenção de venda.
Nulidade do lançamento. Apelação desprovida. (Apelação Cível No 70029862174, Vigésima
Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Aurélio Heinz, Julgado em
02/09/2009)

SÚMULA No 573:
NÃO CONSTITUI FATO GERADOR DO IMPOSTO DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS A SAÍDA FÍSICA DE MÁQUINAS,
UTENSÍLIOS E IMPLEMENTOS A TÍTULO DE COMODATO.
ICMS

• 6) VENDA FINANCIADA E VENDA A PRAZO

“TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA


CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. ICMS. ENCARGOS DECORRENTES
DE FINANCIAMENTO. SÚMULA 237 DO STJ. ENCARGOS DECORRENTES
DE "VENDA A PRAZO" PROPRIAMENTE DITA. INCIDÊNCIA. BASE DE
CÁLCULO. VALOR TOTAL DA VENDA. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO C. STF.
ICMS

* A "venda financiada" e a "venda a prazo" são figuras


dis[ntas para o fim de encerrar a base de cálculo de incidência
do ICMS, sendo certo que, sobre a venda a prazo, que ocorre
sem a intermediação de ins[tuição financeira, incide ICMS.
ICMS
• 2. A "venda a prazo" revela modalidade de negócio jurídico único,
cognominado compra e venda, no qual o vendedor oferece ao
comprador o pagamento parcelado do produto, acrescendo-lhe um plus
ao preço final, razão pela qual o valor desta operação integra a base de
cálculo do ICMS, na qual se incorpora, assim, o preço "normal" da
mercadoria (preço de venda à vista) e o acréscimo decorrente do
parcelamento. (Precedentes desta Corte e do Eg. STF: AgR no RE n.o
228.242/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 22/10/2004; REsp
1087230/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 16/06/2009, DJe 20/08/2009; AgRg no REsp 480.275/SP, Rel.
Ministro Herman Benjamin, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/04/2008,
DJe 04/03/2009; AgRg no REsp 743.717/SP, Rel. Ministro HUMBERTO
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/03/2008, DJe 18/03/2008;
EREsp 215.849/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
11/06/2008, DJe 12/08/2008; AgRg no REsp 848.723/RS, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/10/2008, DJe
10/11/2008; REsp n.o 677.870/PR, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino
Zavascki, DJ de 28/02/05).
ICMS
• 3. A venda financiada, ao revés, depende de duas operações dis1ntas
para a efe1va "saída da mercadoria" do estabelecimento (art. 2o do DL
406/68), quais sejam, uma compra e venda e outra de financiamento,
em que há a intermediação de ins1tuição financeira, aplicando- se-lhe o
enunciado da Súmula 237 do STJ: "Nas operações com cartão de crédito,
os encargos rela1vos ao financiamento não são considerados no cálculo
do ICMS."”

• “EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. ANULATÓRIA. ICMS. BASE DE CÁLCULO. CRÉDITO


DIRETO AO CONSUMIDOR. CARTÃO. VENDA A PRAZO. ENCARGOS. Nas vendas a
prazo de mercadorias, a base de cálculo do ICMS corresponde ao valor total da
venda. Precedentes do Superior Tribunal de JusOça. Hipótese em que o valor
total pago pelos consumidores, nas vendas a prazo por meio de cartão emiOdo
pelo próprio contribuinte, compõe a base de cálculo por não se tratar de
contrato de compra e venda e contrato de mútuo firmado pelo consumidor com
insOtuição financeira. Recurso desprovido. (Apelação Cível No 70023017833,
Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de JusOça do RS, Relator: Maria Isabel
de Azevedo Souza, Julgado em 27/03/2008”
ICMS
• 7) TRANSFORMAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO

• “TRIBUTÁRIO - ICMS - COMERCIAL - SOCIEDADE COMERCIAL -


TRANSFORMAÇÃO- INCORPORAÇÃO - FUSÃO - CISÃO - FATO GERADOR -
INEXISTÊNCIA.
I - Transformação, incorporação, fusão e cisão consGtuem várias facetas de
um só insGtuto: a transformação das sociedades. Todos eles são fenômenos
de natureza civil, envolvendo apenas as sociedades objeto da metamorfose e
os respecGvos donos de cotas ou ações. Em todo o encadeamento da
transformação não ocorre qualquer operação comercial.
II - A sociedade comercial - pessoa jurídica corporaOva pode ser considerada
um condomínio de patrimônios ao qual a ordem jurídica confere direitos e
obrigações diferentes daqueles relaOvos aos condôminos (Kelsen).
III - Os coOstas de sociedade comercial não são, necessariamente,
comerciantes. Por igual, o relacionamento entre a sociedade e seus coOstas é
de natureza civil.
IV - A transformação em qualquer de suas facetas das sociedades não é fato
gerador de ICMS.”
ICMS
• 8) IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS, BENS E SERVIÇOS
• X - incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa nsica ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o
serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde
es1ver situado o domicílio ou o estabelecimento do des1natário da
mercadoria, bem ou serviço; (Redação dada pela Emenda
Cons2tucional no 33, de 2001)

• “Súmula n. 661 do STF: NA ENTRADA DE MERCADORIA IMPORTADA


DO EXTERIOR, É LEGÍTIMA A COBRANÇA DO ICMS POR OCASIÃO DO
DESEMBARAÇO ADUANEIRO.”
ICMS

9) FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES

• Súmula do STJ: 163



O FORNECIMENTO DE MERCADORIAS COM A SIMULTÂNEA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM BARES, RESTAURANTES E
ESTABELECIMENTOS SIMILARES CONSTITUI FATO GERADOR DO ICMS
A INCIDIR SOBRE O VALOR TOTAL DA OPERAÇÃO.
ICMS
• 10) LEASING
• “RE 460814 AgR / SP - SÃO PAULO AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. EROS GRAU Julgamento: 24/06/2008 Publicação 15-08-2008
• EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ICMS. NÃO-
INCIDÊNCIA. ENTRADA DE MERCADORIA IMPORTADA DO EXTERIOR. ARTIGO
155, II, DA CB. LEASING DE AERONAVES E/OU PEÇAS OU EQUIPAMENTOS DE
AERONAVES. OPERAÇÃO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL. 1. A importação de
aeronaves e/ou peças ou equipamentos que as componham em regime de
leasing não admite posterior transferência ao domínio do arrendatário. 2. A
circulação de mercadoria é pressuposto de incidência do ICMS. O imposto - diz o
arOgo 155, II da ConsOtuição do Brasil - é sobre "operações relaOvas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior".
• 3. Não há operação relaGva à circulação de mercadoria sujeita à incidência do
ICMS em operação de arrendamento mercanGl contratado pela indústria
aeronáuGca de grande porte para viabilizar o uso, pelas companhias de
navegação aérea, de aeronaves por ela construídas. Agravo regimental a que
se nega provimento.”
ICMS

•B) SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E


INTERESTADUAL
Lei Complementar 87/96:
“Art. 2° O imposto incide sobre:
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por
qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;”
ICMS
• B.1) DA CLÁUSULA FOB
• A cláusula FOB é a “Free on Board”, ou seja, o vendedor se obriga a
entregar a mercadoria a bordo do navio indicado pelo comprador.
Encontram-se dois contratos disSntos: a) compra e venda de mercadorias
(vendedor e comprador); b) serviço de transporte de mercadorias
(abrangendo prestador de serviço e tomador).

• “TRIBUTÁRIO – ICMS – CLÁUSULA FOB (FREE ON BOARD) – INCLUSÃO DO FRETE NA BASE DE


CÁLCULO – LEGALIDADE – ART. 8o DA LC N. 87/96 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – VALORES
EXCESSIVOS – NÃO-OCORRÊNCIA – RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO.
• 1. Nos termos do art. 123 do CTN, a cláusula FOB não pode ser oposta perante a Fazenda
Pública para exonerar a responsabilidade tributária do vendedor. (Precedente REsp 37.033/SP.)
2. O valor do frete integra a base de cálculo do ICMS. (Precedente REsp 777.730/RS.)
3. A jurisprudência desta Corte adotou o entendimento de que os honorários advocaccios são
passíveis de modificação no STJ somente quando se mostrarem irrisórios ou exorbitantes.
(Precedente AgRg no AgRg no Ag 863.435/SP.)
• 4. Não sendo desarrazoada a verba honorária, sua redução importa, necessariamente, no
revolvimento dos aspectos fámcos do caso, o que é defeso no âmbito do apelo nobre, a teor da
Súmula 7/STJ. Recurso especial improvido. REsp 886695 / MG DJ 06/12/2007”
ICMS
• B.2) AS PRESTAÇÕES DE SERVIÇO DE TRANSPORTE MUNICIPAL E INTERNACIONAL NÃO ESTÃO ABRANGIDAS
PELO ICMS.
• Conforme o ar1go 155, II da CRFB/1988, não estão abrangidas as prestações de serviço de transporte
municipal e internacional.

• “TRIBUTÁRIO – ICMS – TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MERCADORIA DESTINADA AO EXTERIOR – ISENÇÃO –


ART. 3o, II DA LC 87/96.
1. O art. 3o, II da LC 87/96 dispôs que não incide ICMS sobre operações e prestações que desKnem ao
exterior mercadorias, de modo que está acobertado pela isenção tributária o transporte interestadual
dessas mercadorias.
• 2. Sob o aspecto teleológico, a finalidade da exoneração tributária é tornar o produto brasileiro mais
compeKKvo no mercado internacional.
3. Se o transporte pago pelo exportador integra o preço do bem exportado, tributar o transporte no território
nacional equivale a tributar a própria operação de exportação, o que contraria o espírito da LC 87/96 e da
própria ConsWtuição Federal.
• 4. Interpretação em senWdo diverso implicaria em ofensa aos princípios da isonomia e do pacto federaWvo, na
medida em que se privilegiaria empresas que se situam em cidades portuárias e trataria de forma desigual os
diversos Estados que integram a Federação.
5. Embargos de divergência providos.(EREsp 710260 / RO, DJ 27/02/2008)”
• Se o próprio adquirente vai buscar a mercadoria não há sequer serviço, não incidindo ICMS, tampouco ISS.
ICMS
• C) SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO
• Lei Complementar 87/96, Art. 2° O imposto incide sobre: III - prestações onerosas de
serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção,
a transmissão, a retransmissão, a repeSção e a ampliação de comunicação de qualquer
natureza;

• C.1) RADIODIFUSÃO E TELEVISÃO


• A radiodifusão e televisão gratuitas estão imunes ao tributo. O Serviço Especial de Assinatura
• “MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. PRODUTORA DE PROGRAMAS PARA TV A CABO.
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA. ICMS. INEXISTENTE.
• 1. As produtoras de programas para TV a cabo ou comerciais que efeevamente não distribuem
tais programas por nenhum meio fsico ao público em geral, mas apenas contratam com a
operadora/distribuidora de sinais de TV, não estão sujeitas ao recolhimento de ICMS, uma vez
que os serviços que prestam não estão previstos na Lei Complementar n. 87/96.
• 2. Os serviços de comunicação a que se referem os arts. 2o, III, e 12, VII, da Lei Complementar n.
87/96 são os relaevos às aevidades de transmissão/recepção de sinais de TV.
• 3. Recurso especial provido.(REsp. n. 726.103-MG)”
ICMS
• D) NÃO-CUMULATIVIDADE
• Nos termos do arSgo 155, § 2o, I, o ICMS será não-cumulaFvo,
compensando-se o que for devido em cada operação relaSva à circulação
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas
anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
• É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto
anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada
de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a
desSnada ao seu uso ou consumo ou ao aSvo permanente, ou o
recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou
de comunicação.
ICMS
• D.1) CRÉDITO AQUISICÃO DE ATIVO PERMANENTE
• RelaSvamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento
desSnadas ao aSvo permanente, o arSgo 20, § 5o, da Lei Complementar 87/96, assim
dispõe:
• “I – a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a
primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;
• II – em cada período de apuração do imposto, não será admiSdo o creditamento de que
trata o inciso I, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou
não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo
período;
• III – para aplicação do disposto nos incisos I e II deste parágrafo, o montante do crédito a
ser apropriado será obSdo mulSplicando- se o valor total do respecSvo crédito pelo fator
igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das operações de saídas e
prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período,
equiparando-se às tributadas, para fins deste inciso, as saídas e prestações com desSno
ao exterior ou as saídas de papel desSnado à impressão de livros, jornais e periódicos;
ICMS
• D.1) CRÉDITO AQUISICÃO DE ATIVO PERMANENTE
• RelaSvamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no
estabelecimento desSnadas ao aSvo permanente, o arSgo 20, § 5o, da Lei
Complementar 87/96, assim dispõe:
• IV – o quociente de um quarenta e oito avos será proporcionalmente aumentado ou
diminuído, pro rata die, caso o período de apuração seja superior ou inferior a um
mês;
• V – na hipótese de alienação dos bens do aSvo permanente, antes de decorrido o
prazo de quatro anos contado da data de sua aquisição, não será admiSdo, a parSr
da data da alienação, o creditamento de que trata este parágrafo em relação à fração
que corresponderia ao restante do quadriênio;
• VI – serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto com os
demais créditos, para efeito da compensação prevista neste arSgo e no art. 19, em
livro próprio ou de outra forma que a legislação determinar, para aplicação do
disposto nos incisos I a V deste parágrafo;
• e VII – ao final do quadragésimo oitavo mês contado da data da entrada do bem no
estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado”.
ICMS

• D.2) CRÉDITO
• Na outra ponta, no momento em que ocorre a saída da mercadoria do
estabelecimento, o contribuinte tem em seu desfavor débitos de ICMS,
que, em confronto com o crédito, resultarão no pagamento do tributo
(débito>crédito) ou saldo credor (crédito>débito).
• Nos termos do arSgo 155, § 2o, II da CRFB/1988, quando há isenção ou
não-incidência, não haverá crédito na aquisição para compensação
posterior. De igual forma, se na venda houver isenção ou não-
incidência, se anulará/estornará os créditos relaSvos às operações
anteriores.
ICMS

• E) NÃO-INCIDÊNCIA
• O arWgo 155, § 2o da CRFB/1988 dispõe que não incidirá o ICMS sobre:
• a) sobre operações que desWnem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a desWnatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações
anteriores;
• b) sobre operações que desWnem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combusdveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica;
• c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5o;
• d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão
sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;
ICMS
• A Lei Completar n. 87/96 dispõe que não incidirá ICMS sobre:
• a) operações com livros, jornais, periódicos e o papel desMnado a sua impressão;
b) operações e prestações que desMnem ao exterior mercadorias, inclusive produtos
primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;
c) operações interestaduais relaMvas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e
combuslveis líquidos e gasosos dele derivados, quando desSnados à industrialização ou à
comercialização;
d) operações com ouro, quando definido em lei como aMvo financeiro ou instrumento
cambial; e) operações relaSvas a mercadorias que tenham sido ou que se desSnem a ser
uSlizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza
definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos
Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar;
f) operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de
estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie;
g) operações decorrentes de alienação fiduciária em garanMa, inclusive a operação
efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor;
• h) operações de arrendamento mercanMl, não compreendida a venda do bem arrendado
ao arrendatário;
i) operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados
de sinistro para companhias seguradoras.
ICMS

• F) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
• Nos termos do arSgo 155, II da CRFB/1988, competem aos Estados e
ao Distrito Federal insStuir o Imposto sobre operações relaSvas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior, sendo,
portanto, os Estados e o Distrito Federal os sujeitos aSvos da relação
obrigacional tributária.
ICMS
ICMS
Com as Alterações Promovidas pela

Emenda Constitucional 87/2015


Emenda Constitucional nº 87/2015

Altera o § 2º do art. 155 da Constituição Federal e inclui o art. 99 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para
tratar da sistemática de cobrança do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação incidente sobre as operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado.

Art. 1º Os incisos VII e VIII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal passam a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 155....................................................................................

§ 2º............................................................................................

VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final,
contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota
interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente
à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual;
a) (revogada);

b) (revogada);
Emenda Constitucional nº 87/2015

VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto


correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual
de que trata o inciso VII será atribuída:

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;

b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do


imposto;
Emenda Constitucional nº 87/2015

Art. 2º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 99:

"Art. 99. Para efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de operações e prestações que destinem
bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado em outro Estado, o imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os Estados de origem e de destino, na
seguinte proporção:

I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por cento) para o
Estado de origem;

II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por cento) para o
Estado de origem;

III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por cento) para
o Estado de origem;

IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de
origem;

V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino."

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos no ano
subsequente e após 90 (noventa) dias desta.
COMPARATIVO – ARTIGO 155, § 2º, VII
Redação anterior
VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final
localizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

Redação atual

VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não
do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de
localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado
destinatário e a alíquota interestadual;

a) (revogada);

b) (revogada);
COMPARATIVO – ARTIGO 155, § 2º, VII
Redação anterior
VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário
o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

Redação atual

VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não
do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de
localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do
Estado destinatário e a alíquota interestadual;

a) (revogada);

b) (revogada);
COMPARATIVO – ARTIGO 155, § 2º, VII

Redação anterior
VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário
o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

Redação atual
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída:

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;

b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto;

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