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No Brasil, a escravidão perdurou fortemente, por cerca de 300 anos, como a

principal fonte de mão de obra para todos os tipos de serviço. Todavia, na atualidade,
ainda existem no território brasileiro trabalhos análogos à escravidão, caracterizando-se
pela retenção do trabalhador no ambiente de trabalho e pela servidão por dívida. Dessa
maneira, a existência desses trabalhos constitui-se um grave problema que é
consequência da desigualdade social e da falta de fiscalização.
Em primeira análise, cabe-se destacar que a desigualdade social contribui para
existência desse problema. O capitalismo, em todas as suas variações existentes, sempre
fomenta em um grave problema, a concentração de renda, que gera, por consequência, a
desigualdade social. Dessa forma, os escravagistas usam de ofertas de trabalho muito
lucrativas para atrair pessoas de classes menos abastadas da sociedade e introduzi-las na
servidão por dívida, uma das formas de escravidão contemporânea.
Outrossim, a falta de fiscalização contribui para a proliferação desse problema no
território brasileiro. Durante o Governo de Getúlio Vargas, ocorreu a criação das Condições
de Leis de Trabalho, CLT, um importante avanço para garantia de condições apropriadas
de trabalho para os brasileiros. Contudo, graças à baixa fiscalização quanto ao
cumprimento da
CLT, as formas de trabalho análogas a escravidão tem conseguido persistir na sociedade.
Destarte, tendo em vista os fatores que contribuem para a existência dessa
situação, torna-se necessária a tomada de diversas medidas. Dentre elas, é imprescindível
que a mídia, como difusor de informações em massa, conscientize a população, por meio
de campanhas publicitárias financiadas pela União, objetivando a diminuição dos casos de
trabalho análogos à escravidão. Além disso, o Governo deve melhorar a fiscalização, a
partir do aumento do número de policiais e da promoção de treinamentos, visando uma
melhor eficiência do trabalho policial e, consequentemente, a diminuição dos escravagistas
em atuação.

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