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HISTÓRIA II
PRIMEIRO REINADO
b) No Primeiro Reinado, a entrada de imigrantes associava-se ao b) A Constituição de 1824 instaurava a laicidade no território
incremento da produção agrícola e tinha em conta o cenário nacional, extinguindo a religião católica como religião oficial
internacional, no qual as metrópoles europeias disputavam do império e expressando textualmente que “todas as outras
territórios e riquezas. religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou
c) Em meio à corrida imperialista do século XIX, Portugal particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma
empenhou-se pelo fim da escravidão em Lisboa e do tráfico exterior do Templo”.
negreiro em suas colônias africanas. c) A organização política instaurada pela Constituição de 1824
d) A imigração no Brasil surgiu como questão a partir da dividia-se em 4 poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e
implantação da Lei Áurea, que alterou os modos de pagamento Moderador, sendo que este último determinava a pessoa do
do trabalho livre. imperador como inviolável e sagrada.
d) A Constituição de 1824 determinou a cidadania amplificada
05. (FUVEST) A Constituição Brasileira de 1824 colocou o e o direito ao voto para todos os nascidos em solo brasileiro,
Imperador à testa de dois Poderes. Um deles lhe era “delegado independentemente de gênero, raça ou renda.
privativamente” e o designava “Chefe Supremo da Nação” para e) A Constituição de 1824 promoveu, em diversos artigos,
velar sobre “o equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos”, ideais de cunho abolicionista. Tais ideais foram respaldo para
o outro Poder o designava simplesmente “Chefe” e era delegado movimentos políticos posteriores, tais como a Revolta dos
aos Ministros de Estado. Estes Poderes eram respectivamente: Farrapos e a Revolta dos Malês.
a) Executivo e Judiciário.
b) Executivo e Moderador. 08. (ENEM (LIBRAS))
c) Moderador e Executivo. Constituição Política do Império do Brasil
d) Moderador e Judiciário. (de 25 de março de 1824)
e) Executivo e Legislativo. Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização
política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe
06. (FEEVALE) “[...] no 07 de setembro de 1822, nas margens do Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que
Ipiranga, nos arredores de São Paulo, quando Dom Pedro, herdeiro incessantemente vele sobre a manutenção da independência,
do trono português, gritou ‘Independência ou morte’, estava equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos.
exagerando. [...] O que estava em jogo no início da década de 1820 Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado).
era mais uma questão de monarquia, estabilidade, continuidade e
integridade territorial do que de revolução colonial.” A apropriação das ideias de Montesquieu no âmbito da norma
MAXWELL, Kenneth. Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência. In: constitucional citada tinha o objetivo de
MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Viagem incompleta: A experiência brasileira (1500-2000). a) expandir os limites das fronteiras nacionais.
Formação: histórias. São Paulo: Senac, 2000, p. 186.
b) assegurar o monopólio do comércio externo.
O processo de independência do Brasil foi marcado por diversas c) legitimar o autoritarismo do aparelho estatal.
características. Sobre esse tema, fazem-se as seguintes
d) evitar a reconquista pelas forças portuguesas.
afirmações.
e) atender os interesses das oligarquias regionais.
I. A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro em 1808
representou uma alternativa para o contexto de crise política
da Metrópole e a possibilidade de estruturar um império luso- 09. (UECE) Observe o seguinte enunciado:
brasileiro na América. “Com a dissolução da Assembleia Constituinte, em 12 de
II. Da mesma forma que nos demais países da América Latina, novembro de 1823, aumentou a insatisfação com o governo de
o Brasil independente tornou-se monárquico, liberal e, D. Pedro I, sobretudo no Nordeste. Em 2 de julho de 1824, em
rapidamente, urbano. Pernambuco, Manuel Carvalho Paes de Andrade lança o manifesto
que dá origem ao movimento. Contudo, antes da manifestação
III. O projeto de D. Pedro, ao proclamar a independência, era ocorrida no Recife, apoiada por Cipriano Barata e por Joaquim
ampliar o controle das Cortes portuguesas sobre o Brasil, além da Silva Rabelo (o Frei Caneca), ambos experientes revoltosos,
de acabar com a escravidão. a província do Ceará já tinha sua manifestação contrária ao
Com base nas afirmações, assinale a alternativa correta. Imperador, ocorrida no município de Nova Vila do Campo Maior
a) Apenas a afirmação I está correta. (hoje Quixeramobim), em 9 de janeiro de 1824 e liderada por
Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Melo (o Padre Mororó)”.
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
O movimento ocorrido no Brasil durante o Império a que o enunciado
c) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
acima se refere é denominado
d) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
a) Revolução Pernambucana.
e) Todas as afirmações estão corretas.
b) Revolução Praieira.
acaba; a qual deverá trabalhar sobre o Projecto de Constituição, a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam
que Eu Hei-de em breve Apresentar; que será duplicadamente mais as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo
liberal, do que a extincta Assemblea acabou de fazer. respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.
D. PEDRO I. Decreto de dissolução da Assembleia Nacional Constituinte, em 12 nov. 1823 VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado)
apud PEREIRA, V. “A longa ‘noite da agonia’”. Revista de História da Biblioteca Nacional.
Rio de Janeiro: SABIN, ano 7, n. 76, jan. 2012, p. 42.
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo
aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios
Com base na justificativa do ato político explicitado no texto do
descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela
decreto, e analisando as suas consequências, identifica-se um
antagonismo entre: a) estímulos ao racismo.
a) Monarquia e República. b) apoio ao xenofobismo.
b) Capitalismo e Socialismo. c) críticas ao federalismo.
c) Imperialismo e Independência. d) repúdio ao republicanismo.
d) Absolutismo e Liberalismo. e) questionamentos ao autoritarismo.
e) Nacionalismo e antilusitanismo.
14. Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:
11. Sobre a situação econômica e financeira do Brasil durante o I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se
Primeiro Reinado, é INCORRETO afirmar que compreendam os casados, e Oficiais militares que forem
maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos
a) o Brasil passava por uma forte crise no comércio de exportação,
de Ordens Sacras.
devido à queda das suas vendas externas de açúcar no
mercado Europeu. II. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.
b) a situação brasileira se agravou na medida em que, depois do III. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens
declínio da produção aurífera colonial, a Inglaterra perdeu o de raiz, indústria, comércio ou empregos.
interesse de ser parceira comercial do Brasil. Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: https://legislação.
planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).
c) o imperador D. Pedro I fazia gastos excessivos e não voltados ao
desenvolvimento econômico, como o financiamento da Guerra A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto
da Cisplatina, além de existirem problemas na arrecadação de histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o
impostos. direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir
d) o café, que seria o grande produto brasileiro de exportação no a) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira.
século XIX, ainda não ocupava espaço significativo no comércio
b) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros
exterior do país.
nascidos livres.
e) havia grande carência em transportes que, aliada às dimensões
c) a concentração de poderes na região produtora de café, o
continentais do território brasileiro, dificultava a integração
Sudeste brasileiro.
econômica do novo país e o adequado aproveitamento de suas
riquezas naturais. d) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários
e comerciantes.
12. (Enem PPL) É simplesmente espantoso que esses núcleos tão e) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões
desiguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados numa político-administrativas.
só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação
direta com a metrópole. Ocorreu o o extraordinário, fizemos um 15. A Confederação do Equador contou com a participação de diversos
povo-nação, englobando todas aquelas províncias ecológicas segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande
numa só entidade cívica e política. parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988. de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central
fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares,
Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do
residia em como garantir sua unidade político-territorial diante das poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes
características e práticas herdadas da colonização. Relacionando mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais
o projeto de independência à construção do Estado nacional igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de
brasileiro, a sua particularidade decorreu da terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do
a) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não
aos homens, independentemente de cor, sexo ou religião. conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).
b) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de
nascimento como critério de hierarquização social.
Com base no texto, é possível concluir que a composição da
c) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou Confederação do Equador envolveu, a princípio,
confrontos armados contrários ao projeto luso-brasileiro.
a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder
d) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos centralizado.
interesses socioeconômicos dos grandes proprietários.
b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta
e) Afirmação de um regime constitucional monárquico que contra a centralização política.
garantiu a ordem associada à permanência da escravidão.
c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela
aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro.
13. Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I
fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos,
série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro.
armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural,
de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao trono.
16. (UFRGS) Observe a tabela abaixo, que apresenta o número IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em comunidade claustral.
de africanos escravizados que desembarcaram no Brasil, após a V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens
independência, e considere o texto do historiador Sidney Chalhoub. de raiz, indústria, comércio, ou emprego.
BRASIL. Constituição de 1824. Disponível em: www.planalto.gov.br.
Número de africanos escravizados que Acesso em: 4 abr. 2015 (adaptado).
Período
desembarcaram no Brasil
De acordo com os artigos do dispositivo legal apresentado, o
1826-1830 329.670 sistema eleitoral instituído no início do Império é marcado pelo(a)
1831-1835 101.924 a) representação popular e sigilo individual.
1836-1840 313.784 b) voto indireto e perfil censitário.
1841-1845 162.170 c) liberdade pública e abertura política.
d) ética partidária e supervisão estatal.
1846-1850 324.991
e) caráter liberal e sistema parlamentar.
1851-1855 8.292
1856-1860 520 18. (ENEM) Entre os combatentes estava a mais famosa heroína
Disponível em: <http://www.slavevoyages.org/assessment/estimates>. da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores
Acesso em: 10 set. 2018. pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia
começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da
Não obstante a proibição legal, e após decrescimento temporário proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se
nas entradas de africanos durante a primeira metade da década de 1830, alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-
o comércio negreiro, então clandestino, assumiu proporções aterradoras se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de
nos anos seguintes, impulsionado pela demanda por trabalhadores para Soldado Medeiros.
as fazendas de café, useiro e vezeiro no logro aos cruzeiros britânicos, GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
auxiliado pela conivência e corrupção de autoridades públicas e com
o apoio de setores diversos da população. [...] Não custa meditar por No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é
um momento no que se acaba de anunciar: a riqueza e o poder dos emblemático porque evidencia a
cafeicultores, que se tornaria símbolo maior da prosperidade imperial
a) rigidez hierárquica da estrutura social.
ao longo do Segundo Reinado, viabilizaram-se ao arrepio da lei, pela
aquisição de cativos provenientes de contrabando. b) inserção feminina nos ofícios militares.
CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. c) adesão pública dos imigrantes portugueses.
Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2012. p. 36-37.
d) flexibilidade administrativa do governo imperial.
Considere as seguintes afirmações sobre os dados e o texto acima. e) receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.
I. O tráfico transatlântico, durante a maior parte do Império
Brasileiro, foi uma prática ilegal, sustentada, entre outras 19. (ESPM) Assim, as províncias do nordeste, há muito insatisfeitas
coisas, pelo conluio de elites econômicas com setores da com a política da corte, e agitadas com essa guerra de palavras,
administração monárquica. manifestaram-se em uma nova explosão revolucionária.
II. A flutuação do número de africanos escravizados que
Contra decisões de D. Pedro I, conclamava o Typhis
desembarcaram no Brasil explica-se apenas pela dinâmica de
Pernambucano: ‘Eia, pernambucanos! A nau da pátria está em
oferta e procura, sem o impacto de leis e tratados nacionais e
perigo, cada um a seu posto, unamo-nos com as províncias
internacionais.
limítrofes. Escolhamos um piloto, que mareie a nau ameaçada
III. O número de africanos escravizados teve um imediato
de iminente e desfechada tempestade; elejamos um governo
decréscimo nos cinco anos seguintes à aprovação da
supremo, que nos conduza à salvação e à glória.’.
Bill Aberdeen pelo parlamento britânico, que autorizava o
(Lúcia Bastos Pereira das Neves. "A Vida Política" in: Crise Colonial e Independência /
aprisionamento de navios negreiros pela Marinha inglesa. coordenação Alberto da Costa e Silva)
conhecido como Noite das Garrafadas. Essa manifestação 03. (UFU) Você sabe o quanto eu, sinceramente, detesto o tráfico
assemelhava-se às lutas liberais travadas na Europa, após as de escravos, o quanto acredito ser ele prejudicial ao país, o
decisões tomadas pelo Congresso de Viena. quanto desejo sua total cessão, embora isso não possa ser feito
A respeito dessa insatisfação popular, presente tanto na Europa, imediatamente. As pessoas não estão preparadas para isso, e
após 1815, quanto nos conflitos nacionais, durante o I Reinado, é até que seja feito, colocaria em risco a existência do governo, se
correto afirmar que tentarmos fazê-lo repentinamente.
Correspondência de José Bonifácio ao enviado britânico Henry Chamberlain, 1823. Citada
a) D. Pedro II adota a mesma política praticada por monarcas em: MAXWELL, Kenneth. Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência. In:
europeus; quando, ao outorgar uma carta constitucional, MOTA, Carlos Guilherme (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000).
contrariou os interesses, tanto da classe oligárquica, fiel ao Formação: histórias. São Paulo: Editora Senac, 2000, p.192 (adaptado)
GABARITO
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. C 05. C 09. D 13. E 17. B
02. D 06. A 10. D 14. D 18. A
03. C 07. C 11. B 15. B 19. A
04. B 08. C 12. E 16. A 20. E
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) DUAS DIFERENÇAS: o caso brasileiro foi relativamente pacífico e não contou com
a participação popular.
b) Os luso-brasileiros – ou, simplesmente, os integrantes do Partido Português – deram
sustentação política a D. Pedro, apoiando a sua autoridade, e, por isso, por diversas vezes,
entraram em conflito com o Partido Brasileiro, formado pela aristocracia rural brasileira.
02. a) A Constituição de 1824 instituiu o voto censitário indireto: com base na renda,
eleitores primários (eleitores de paróquia) elegiam eleitores secundários (eleitores de
província) e estes votavam para os cargos do Legislativo.
b) Podemos citar a perda de prestígio do Imperador devido ao autoritarismo demonstrado
no fechamento da Assembleia Nacional Constituinte (1823) e na imposição da
Constituição de 1824 e o aumento dos problemas econômicos brasileiros a partir da
Guerra Cisplatina (1826), que terminou com a independência da província Cisplatina do
Brasil.
03. a) Para Bonifácio, o fim imediato do tráfico de escravos era uma ameaça porque (1)
a diminuição da mão de obra escrava geraria uma crise econômica no país e (2) a elite
brasileira, extremamente dependente dos escravos, poderia colocar-se contra o governo.
b) A Inglaterra desenvolvia uma política de defesa da abolição da escravatura desde o
século XIX, basicamente por três motivos, a saber: (1) interesse na exploração da África
e, devido a isso, interesse em que a mão de obra africana não saísse do Continente, (2)
interesse em diminuir a produção de açúcar do Brasil, para abrir concorrência para o
açúcar inglês produzido nas Antilhas no mercado mundial e (3) interesse em transformar
a mão de obra escrava em mão de obra paga para ampliar o número de consumidores
para seus produtos manufaturados.
04. a) As elites brasileiras temiam a recolonização do Brasil. Este temor estava baseado
na política desenvolvida pelas cortes portuguesas que adotaram medidas liberais em
Portugal, como a elaboração de uma Constituição e a limitação do poder real, mas,
frente ao Brasil, desenvolveram uma política conservadora que pretendia o fechamento
dos portos, restaurando o monopólio comercial perdido em 1808 e a situação colonial.
Essa política restauradora dos portugueses contrariava os interesses da elite, formada
por grandes proprietários rurais, que lucravam mais com os portos abertos e o comércio
realizado diretamente.
b) Após a Independência do Brasil, iniciou-se o processo de organização do Estado,
caracterizado pelos choques de interesses, principalmente de “brasileiros” e “portugueses”
(defensores de Portugal, mas residentes no Brasil e ligados ao comércio). Nesse
contexto, D. Pedro I outorgou a Constituição, autoritária e centralizadora. A luta contra o
autoritarismo imperial manifestou-se no mesmo ano quando da eclosão de uma grande
rebelião em Pernambuco, que se alastrou pelo nordeste, com caráter separatista e
republicano, denominada Confederação do Equador.
05. Um dos setores e uma das respectivas razões:
• traficantes de escravos / discordância em relação ao acordo assinado com a Inglaterra
pelo fim do tráfico de escravos
• comerciantes nativos / insatisfação com as vantagens e privilégios dispensados pelo
imperador aos comerciantes portugueses e ingleses
• grandes proprietários de escravos e terras / insatisfação com os altos impostos, com
a centralização política imposta por Pedro I e com o acordo relativo ao final do tráfico
• grupos médios urbanos liberais / defesa do federalismo, reivindicação de reformas
à Constituição de 1824, crítica ao endividamento do Estado, aos rumos da Guerra da
Cisplatina e ao envolvimento do Imperador na sucessão portuguesa
Um dos motivos:
• crise da economia açucareira
• gastos com a estruturação do Estado Imperial
• dívidas geradas pelas Guerras de Independência e da Cisplatina
• acordos comerciais desfavoráveis assinados, principalmente, com Portugal e
Inglaterra
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