Desenvolvida a pertinência do projeto, vale ressaltar o modo de operação desse curso de
capacitação destinado a professores da educação especial. Desdobrando suas principais lacunas e problemáticas afim de trazer uma solução tangível e sustentável. “E seria também uma formação, teria que ser para todos, da rede toda...” (E1) Como destacado pelo entrevistado E1, o desafio principal seria o alcance para todos os docentes presentes na rede de educação brasileira para tal, a solução proposta, após estruturação e autorização do Ministério da Educação, seria a disponibilização do curso à distância na plataforma AVAMEC (Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação), totalmente gratuita e com uma interface intuitiva capaz de ser utilizada em celulares, notebooks e tablets, o que democratiza mais ainda o acesso a esse curso. Ademais, os professores também teriam a liberdade de escolher o horário e dia para cumprir as 60 horas obrigatórias para conclusão do curso, por se tratar de um curso à distância com aulas já gravadas e disponibilizadas com antecedência, sendo mais um fator favorável à facilidade de acesso e democratização do curso. “Isso foi um ponto, que, bem, não houve aula online, eles apenas enviaram algumas tarefas. Mesmo quando o ensino era totalmente presencial, os professores não tinham capacidade e eram despreparados para ensinar portadores de deficiência, aí com a pandemia o que já era ruim piorou demais...” (E4) O principal objetivo dessa capacitação é formar docentes capazes de atender alunos com necessidades especiais em ensino remoto e emergencial, ou seja, situações como a descrita acima pelo entrevistado E4 deixem de existir na educação brasileira. Por isso, o conteúdo e ementa do curso seria respaldado sob questões psicológicas e pedagógicas, ao final, os professores teriam o conhecimento necessário para trabalhar com alunos que possuem as deficiências mais comuns, como autismo, surdez, entre outros, dando o mesmo nível de ensino que outro aluno receberia, outras pautas seriam: como manter a interação aluno-professor virtualmente, como trazer um conhecimento dinâmico e acessível, entender as necessidades e limitações desses alunos, como lidar com esses alunos, entre outras questões. Após essa estruturação, torna-se mais fácil o entendimento dos custos que essa capacitação teria, tanto ao professor quanto ao órgão responsável, nesse caso o MEC. A proposta seria a contratação de um psicólogo e um pedagogo que atuem e tenham experiencia na educação especial, para estruturar o curso com embasamento teórico e empírico, de preferência com estudos acadêmicos e que possuam uma perspectiva inovadora e boas soluções para tal problemática, ambos seriam um custo fixo, mantidos por no máximo um semestre para desenvolvimento do curso. Já a plataforma que o curso seria hospedado e toda sua manutenção, seriam um gasto variável do governo, já que o próprio programa e site é mantido pelo MEC, do qual também ficaria responsável por consolidar o tempo que o curso ficaria disponível e o prazo que os docentes teriam para realizar. Por fim, para os professores não haveria, inicialmente, um custo, já que tecnicamente é financiado pelo governo, somente esse curso seria implantado na plataforma.