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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ALESSANDRA PINTO CRUVINEL


GIOVANNA GOMIDES MEIRA
LUCIANA DOS SANTOS MENDES

ENSINO DE MATRIZES NA MODALIDADE EJA DO ENSINO MÉDIO,


COM AUXÍLIO DA MODELAGEM MATEMÁTICA.

IGARAPAVA – SP

2020
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ENSINO DE MATRIZES NA MODALIDADE EJA DO ENSINO MÉDIO,
COM AUXÍLIO DA MODELAGEM MATEMÁTICA.
.

Relatório Técnico - Científico apresentado na


disciplina de Projeto Integrador V para o curso
de Licenciatura em Ciências Naturais e
Matemática da Fundação Universidade Virtual
do Estado de São Paulo (UNIVESP).

Tutor (a): Profa. Dra. Denise Aparecida Peralta

IGARAPAVA - SP
2020
CRUVINEL, Alessandra Pinto; MEIRA, Giovanna Gomides; MENEZES, MENDES,
Luciana dos Santos; ENSINO DE MATRIZES NA MODALIDADE EJA DO ENSINO
MÉDIO, COM AUXÍLIO DA MODELAGEM MATEMÁTICA. Relatório Técnico-
Científico (Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática) – Universidade Virtual do
Estado de São Paulo. Tutor: (Profa. Dra. Denise Aparecida Peralta). Pólo (Igarapava/SP),
2020.

RESUMO
O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Professor Martinho Bizutti, na cidade
de Igarapava - SP, com alunos do 2º ano do ensino médio da modalidade EJA,, e
exalta a importância da utilização da modelagem matemática no ensino de matrizes
como ferramenta de auxilio na aprendizagem. No caso a utilização da modelagem,
demonstrou que ao organizar os dados em planilhas o que era a principio distante
da realidade dos alunos começou a fazer parte da sociedade que eles estão
inseridos. Através de conversas por telefone, em função da pandemia, os com
docentes substitutos do titular, que na ocasião está afastado, pois é candidato na
eleição 2020, foi constatada a dificuldade de ministrar o tema Matrizes, pois os
alunos não tinham nenhum contato e noção do que iriam aprender e como poderiam
usar em seu cotidiano.

PALAVRAS-CHAVE: Matemática; EJA; Matrizes; Modelagem Matemática;


Planilhas.

ABSTRACT
The project was developed at the State School Professor Martinho Bizutti, in the city
of Igarapava - SP, with students from the 2nd year of high school in the EJA
modality, and highlights the importance of using mathematical modeling in the
teaching of matrices as a tool to assist in learning . In this case, the use of modeling,
demonstrated that when organizing the data in spreadsheets, which was at first
distant from the reality of the students, began to be part of the society in which they
are inserted. Through telephone conversations, due to the pandemic, those with
substitute professors of the holder, who at the time is on leave, since he is a
candidate in the 2020 election, the difficulty of teaching the Matrix theme was found,
as the students had no contact and notion what they would learn and how they could
use it in their daily lives.

KEYWORDS: Mathematics; EJA; Matrices; Mathematical Modeling; Spreadsheets.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 5
1.1 Problema e objetivos............................................................................................. .6
1.2 Justificativa.............................................................................................................6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................7
2.1 Conceito.................................................................... .8
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS.............................................................8
4.PROTOTIPO.............................................................................................................9
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 10
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
APÊNDICES...............................................................................................................13
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INTRODUÇÃO

A modalidade de ensino EJA é destinada para jovens e adultos que por


algum motivo não tiveram acesso as modalidades regulares de educação.

Essas pessoas carregam consigo conhecimento próprio que é sua


cultura própria. Nesta modalidade de ensino o docente e os alunos
trabalharam juntos de forma interligada no processo de educação com a
finalidade de inserir os alunos na sociedade que é a cada dia mais
excludente.

O professor da EJA atua tentando transformar a realidade de cada


aluno, identificando suas habilidades, transformando suas realidades através
de ensino aprendizagem e os inserindo aos poucos na sociedade.

Um dos graves problemas da educação brasileira é a falta de políticas


públicas que incentivem a melhoria no ensino, promovendo uma educação de
qualidade para todos. A educação vem passando por um processo de nas
últimas décadas em que os mais pobres estão conquistando lugares antes
alcançados por pessoas com melhores condições financeiras, sendo assim a
educação deixou de ser elitizada e passou a ser direito de todos desde o

ensino primário até o universitário. (IOSCHPE, 2005).

A educação é um direito do ser humano sendo essencial e


insubstituível na vida, ela responsável por mudanças em diversas áreas de da
vida. A sociedade necessita das práticas culturais associadas a educação,
pois a educação é a base das prática dos seres humanos que vivem em
sociedade, seria difícil uma sociedade sobreviver se seus membros não
tivessem acesso a educação. (BRANDÃO, 2002).

Talvez nos dias atuais a maior dificuldade que os educadores encontram seja
monstra aos seus alunos a aplicabilidade de alguns conteúdos matemáticos.
Conquistar o aluno para um conteúdo novo ou que seja um pouco além do
seu cotidiano, que não utilize apenas o básico das aulas teóricas, formulas prontas,
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exercícios repetitivos, sem significado para muitos deles, demostrando resistência a


novos métodos de ensino aprendizagem que os levem a resolver situações
problemas através da interpretação.
Este sem duvida nenhuma é um pensamento de um docente do ensino
fundamental e médio da modalidade regular, o docente da modalidade EJA está
inserido em uma realidade complexa e adversa.

Dessa forma, os sujeitos da EJA hoje são diversos: trabalhadores,


aposentados, jovens empregados e em busca do primeiro emprego;
pessoas com necessidades educativas especiais, para citar alguns.
Daí decorre também a preocupação com o conceito de diversidade
cultural no contexto da EJA. Os sujeitos da EJA atualmente são o
trabalhador experiente e o jovem com outro tipo de experiência no
mundo (SOUZA, 2011, p. 20).

,
Os alunos da EJA apresentam características diferentes do ensino
regular, pois vivem uma rotina de problemas que os tornam frágeis tais
como: vergonha, discriminação, falta de oportunidade, desemprego entre
outros. São questões estão relacionados com a baixa ou nenhuma
escolaridade que os mesmos apresentam fazendo com que aja um
distanciamento entre esses indivíduos na sociedade.

Educar é uma tarefa difícil, árdua, doadora, mas que trazem resultados
para quem transmite e quem recebe as informações, deixando de ser apenas
uma sala de aula com diferentes pessoas para um entrelaçar de
conhecimento. Esse é papel do professor que atua na EJA, identificar a
realidade dos alunos, motiva-los a seguir em frente com seus estudos, e a
consequência será seu crescimento pessoal e profissional.
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1.1 Problema e objetivos

Foi relato pelos docentes substitutos que o conteúdo de Matrizes no


ensino da modalidade EJA é de extrema dificuldade de inserção por não fazer
parte do cotidiano dos alunos frequentadores desta modalidade.
O conteúdo é extenso, a sala é mista quanto ao conhecimento cultural
de cada aluno e sempre que se inicia um conteúdo programático ao qual os
alunos não demanda interesse é contatado naquele período faltas e
desinteresse pela aula.
Propomos então uma aula que os alunos pudessem trazem dados
sobre assuntos de seus interesses e cotidiano, para que os docentes
juntamente com seus alunos montassem planilhas com os variados assuntos,
receitas de bolo, preços de supermercados, tabela de jogos de futebol e a
partir desta modelagem matemática introduzir o conceito de matrizes.

1.2. Justificativa
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No Brasil Colônia os Jesuítas foram os primeiros educadores, eram


missionários católicos recém-chegados da Europa e ensinava jovens e
adultos sua religião, seus preceitos de comportamento e da economia.

Em 1759 os Jesuítas foram expulsos do Brasil, e em 1824 com a


Constituição Brasileira intui-se a educação primaria e gratuita aos cidadãos
livres.

Na primeira Republica 1889-1930 houve o avanço na oferta da


educação publica com a

A União assumiu uma presença maior no ensino secundário e superior


e garantiu a formação das elites e o ensino elementar ficou com as províncias
e municípios que eram frágeis financeiramente. (HADDAD; DI PIERRO, 2000,
p. 109)[7]

Nesta nova constituição os analfabeto eram excluídos de algumas


participações políticas, como o voto, ressaltando que nesse momento a
maioria da população adulta era iletrada,

Em 1937 -1945, era Vargas, ao final da década de 1940, a Educação


de Jovens e Adultos se estabelece como uma questão de política nacional;
em 1942 institui-se o Fundo Nacional do Ensino Primário tendo por seu
objetivo um programa que amplie a educação primária e realize o Ensino
Supletivo para os jovens e adultos.

Vários programas de educação foram propostos, tais como:

- Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA, 1947

- Campanha Nacional de Educação Rural (1952);

- Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (1958).


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No período de 1940 a EJA, fez cair os índices de analfabetismo das


pessoas acima de cinco anos de idade para 46,7% no ano de 1960, porém na
comparação com outros países o Brasil continuava com níveis reduzidos de
alfabetização. (HADDAD; DI PIERRO, 2000, p. 111).[7]

Com o Golpe Militar em 1964 até 1985, a ruptura politica com a


educação e acultura popular, a repressão se estabelecia e cada vez mais
tinham sua ideias sociais censuradas.

Enquanto as ações repressivas ocorriam, surgiram a consentidos ou


mesmo incentivados, como a Cruzada de Ação Básica Cristã (ABC), mas por
várias critica avassaladora se extingue entre os anos de

[...] a necessidade de dar respostas a um direito de cidadania cada


vez mais identificado como legítimo, mediante estratégias que atendessem
também aos interesses hegemônicos do modelo socioeconômico
implementado pelo regime militar. (HADDAD; DI PIERRO, 2000, p. 114).[7]

Criado pela Lei 5.379, de 15 de dezembro de 1967, o MOBRAL seu


objetivo alcançar uma política educacional que compreendesse não somente
os interesses das camadas marginalizadas do sistema escolar, mas também
os objetivos políticos dos governos militares.

O MOBRAL foi implantado com três características básicas.

- paralelismo: seus recursos independiam de verbas orçamentárias

- organização operacional descentralizada: o recrutamento, as salas de


aulas, professores ficavam a responsabilidade das associações voluntárias e
não mas pelo governo autoritário.

- centralização de direção do processo educativo: através da Gerência


Pedagógica do MOBRAL Central

Com toda sua flexibilidade, o ensino supletivo seria a nova


oportunidade dos que perderam a possibilidade de escolarização em outras
épocas.
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A partir do ano de 2003, foi criado o programa o Programa Brasil


Alfabetizado, lançado nesse mesmo ano por meio da Secretaria
Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo (CORTE, 2016).[9]

Em julho de 2004, no Ministério da Educação, a Secretaria de


Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD, secretaria
específica à EJA, na qual são elaboradas estruturas específicas para essa
modalidade.

Em 2005, surgiu o Programa Nacional de Inclusão de Jovens


(PROJOVEM) e o Programa Nacional de Integração da Educação
Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e
Adultos (PROEJA) (CORTE, 2016).

Em 2007 a aprovação do Fundo de Financiamento da Educação


Básica – FUNDEB, caracteriza um marco na institucionalização da EJA,
contribuindo para a inclusão da modalidade na política de financiamento da
educação,
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2.1. Conceito de Matrizes

Cauchy, chamou a matriz de tableaou, (O primeiro nome dado às


matrizes), em português, "tabela" a denominação matriz veio com James
Joseph Sylvester (1814-1897), em 1850.

O significado coloquial: local onde algo se gera ou cria. Sylvester era


um matemático respeitado na álgebra britânica, e foi na Universidade de
Cambridge que ele conheceu o matemático inglês Arthur Cayley (1821
-1895). Sylvester via as matrizes como mero ingrediente dos determinantes,
mas com Cayley elas passam a gradativamente mostrar sua importância.

O primeiro uso implícito da noção de matriz ocorreu com Lagrange


que reduziu a caracterização dos máximos e mínimos, de uma função real de
várias variáveis, ao estudo do sinal da forma quadrática associada à matriz
das segundas derivadas dessa função.

Concluímos que a Teoria das Matrizes teve como base a Teoria das
Formas Quadráticas, porque seus métodos e resultados básicos foram lá
gerados, mas atualmente o estudo das formas quadráticas é um mero
capítulo da Teoria das Matrizes.

2.1.2 Matrizes

Matriz é uma tabela organizada em linhas e colunas no formato m x n,


onde m representa o número de linhas (horizontal) e n o número de colunas
(vertical).

A função das matrizes é relacionar dados numéricos. Por isso, o


conceito de matriz não é só importante na Matemática, por isso a aplicação
de matrizes em diversas áreas.
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2.1.3 Notação

As matrizes são sempre representadas por letras maiúsculas (A, B, C…),


que são acompanhadas por índices, nos quais o primeiro número indica a
quantidade de linhas, e o segundo, o número de colunas e são normalmente
escritas em colchetes ou parênteses
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2.1.4 Tipos de Matrizes

2.1.4.1 Matriz quadrada

Uma matriz recebe esse nome quando o número de linha é o mesmo do


número de coluna.

2.1.4.2 Matriz triangular

É aquela quando todos os elementos acima ou abaixo da diagonal principal


são nulos (iguais à zero). É importante observar quando se diz acima ou abaixo da
diagonal principal. Pois só se considera triangular quando apenas os valores acima
são nulos ou apenas os valores abaixo.
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2.1.4.3 Matriz diagonal

É a Matriz com todos os elementos acima e abaixo da diagonal principal são


nulos (iguais à zero). Neste caso, os elementos acima E abaixo da diagonal
principal devem ser nulos.

2.1.4.4 Matriz identidade

É aquela onde todos os elementos da diagonal principal é igual a 1 e todos


os outros elementos acima e abaixo da diagonal principal são nulos.

2.1.4.5 Matriz de nula


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A Matriz neste caso tem todos os elementos, inclusive os presentes na


diagonal principal são iguais a zero. Podendo ser representada da seguinte forma:
0m x n ou 0n caso seja uma matriz quadrada.

2.1.4.6 Matriz linha

É a matriz que existe apenas uma linha. Ou seja, “m” será sempre igual a 1.

2.1.4.7 Matriz coluna

É o tipo de matriz onde existe apenas uma coluna. Ou seja, “n” será sempre
igual a 1.

2.1.4.8 Propriedades Matriz coluna

 Comutativa

 Associativa
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 Elemento oposto

 Associativa

 Elemento neutro 

2.1.4.9 Adição e Subtração de Matrizes

As operações de adição e subtração entre matrizes são intuitivas, mas antes


é precisa ser satisfeita uma condição.

Para realizar essas operações é necessário verificar se as ordens das


matrizes são iguais.

Verificado essa condição, a adição e subtração de matriz dão-se somando


ou subtraindo os elementos correspondentes das matrizes. Considere as matrizes
A = [aij]mxn e B = [bij]mxn, então:

A + B = [aij + bij] mxn

A – B = [aij – bij] mxn

Exemplo:

2.1.4.10 Multiplicação de um numero real por matriz

A multiplicação de um número real por uma matriz, conhecida como


multiplicação de matriz, por um escalar é dada multiplicando cada elemento da
matriz pela escalar.

Seja A = [aij]mxn uma matriz e t um número real, então:

t · A = [t · aij]mxn
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Exemplo

2.1.4.11 Multiplicação de Matrizes

A multiplicação de matrizes não é fácil quando a adição e subtração, antes


de realizar a multiplicação tem uma condição a ser satisfeita em relação a ordem
das matrizes.

Para realizar a multiplicação, o número de colunas da primeira matriz deve


ser igual ao número de linhas da segunda e o produto da matriz (que vem da
multiplicação) possui ordem dada pela quantidade de linhas da primeira e
quantidade de colunas da segunda.

Para efetuarmos a multiplicação entre as matrizes A e B, primeiro devemos


multiplicar cada uma das linhas por todas as colunas da seguinte maneira: o
primeiro elemento de A é multiplicado pelo primeiro elemento de B e, em seguida,
somado ao segundo elemento de A e multiplicado pelo segundo elemento de B, e
assim sucessivamente.
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Exemplo:

3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS

4. PROTOTIPO
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20

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

SITES VISITADOS

APÊNDICES

Apêndice A –

Apêndice B –

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