Você está na página 1de 4

BACHAREIS EM DIREITO

KAROLAYNE MENDES
KELLY DA ROCHA SANTANA

MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS – ECA

MARABÁ
2021
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

As medidas socioeducativas são medidas aplicáveis ao adolescente que


pratica um ato infracional, ou seja, uma conduta descrita como crime ou
contravenção penal.

De acordo com o Wilson Donizeti Liberati, a medida socioeducativa pode


ser assim conceituada:

“A medida socioeducativa é a manifestação do Estado, em resposta ao


ato infracional, praticado por menores de 18 anos, de natureza jurídica
impositiva, sancionatória e retributiva, cuja aplicação objetiva inibir a
reincidência, desenvolvidacuja com finalidade pedagógica-educativa.
Tem caráter impositivo, porque a medida é aplicada independente da
vontade do infrator - com exceção daquelas aplicadas em sede de
remissão, que tem finalidade transacional. Além de impositiva, as
medidas socioeducativas têm cunho sancionatório, porque, com sua
ação ou missão, o infrator quebrou a regra de convivência dirigida a
todos. E, por fim, ela pode ser considerada uma medida de natureza
retributiva, na medida em que é uma resposta do Estado à prática do
ato infracional praticado”.

As medidas socioeducativas estão previstas no art. 112 do Estatuto da


Criança e do Adolescente.

Vejamos in verbis:

Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade


competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semi-liberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.

Vale ressaltar que o objetivo não é punir, mas reeducar e reintegrar o


menor na sociedade. Além disso, as medidas socioeducativas são recursos
protetivos que se lança em mão em prol do menor, além de serem conteúdo
pedagógico que buscam fortalecer os vínculos familiares e a integração do
menor na sociedade.

A primeira Medida Socioeducativa prevista é a Advertência que é apenas


uma repreensão verbal lavrada em termo próprio, devendo ser aplicada em atos
infracionais de menor gravidade.
Posteriormente, é prevista a obrigação de reparar o dano causado,
devendo ser imposta em atos infracionais que tenham causado prejuízos
materiais.

Outra medida de proteção prevista é a de serviços à comunidade, que


deve ser exercida juntamente de entidades existenciais, não ultrapassando o
prazo de 06 meses de duração.

Na sequência, tem-se a liberdade assistida, essa medida possui um


prazo mínimo de seis meses e tem a finalidade de impedir que o adolescente
reincida na prática de novos atos infracionais, a partir da orientação exercida por
uma pessoa capacidade para tal.

Quanto à inserção em regime de semiliberdade, é necessário que o


diferencial socioeducativo das medidas se manifeste, inclusive, na estrutura
física das instituições para adolescentes, na expectativa de se possibilitar a
ressocialização, entendida como integração familiar, participação no sistema de
ensino, ocupação de um lugar na comunidade e, se for o caso, exercício de uma
atividade labora.

Já a última medida prevista é a internação, por ser a mais grave, é


considerada excepcional. Consiste em manter o adolescente sob custódia em
estabelecimento apropriado, podendo durar no máximo três anos, sendo que
assim que forem concluídos, o adolescente deve ser colocado em liberdade
imediatamente.

Dessa maneira, conclui-se que as medidas socioeducativas, tem por


finalidade a desaprovação das condutas infracionais praticadas pelos menores,
o art. 112 do ECA prevê as medias socioeducativas a serem instauradas contra
aqueles menores que praticam atos infracionais, quanto a estes adolescentes,
devem ser advertidos e, em alguns casos, possuem a obrigação de reparar o
dano. No entanto, em casos mais graves, como foi falado, as medidas são um
pouco mais severas, possuindo sempre o objetivo de educar e não de punir.
REFERENCIAS
BARROS, Guilherme Freire de Melo. Direito da Criança e do Adolescente. Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA)/coordenador Leonardo de Medeiros Garcia-rev. atual e ampl. Salvador:
Juspodivm, 2016.

Você também pode gostar