Você está na página 1de 9

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO:

PENDULO SIMPLES.

(Experimento 4)

Aline Alves Valim, Caroliny Trancozo De Souza, Débora Pagung Souza, Mariana de
Andrade Pereira, Wallerson Carlos de Brito,

Faculdade Multivix Serra

Resumo. O pêndulo simples é um dispositivo que consiste numa massa presa à um fio
inextensível e de dimensões desprezíveis. Esse conjunto oscila em torno de um ponto fixo e no
plano bidimensional (direções “x” e “y”). Através desse dispositivo e de seu movimento,
ocorre o estudo das grandezas que se encontram atuantes e notáveis. Dessa forma, este
experimento busca analisar essas grandezas, bem como defini-las e estabelecer relações entre
si. Temos como objetivo no presente estudo, de forma experimental constatar o valor da
aceleração da gravidade local, verificar experimentalmente como o período de oscilação de um
sistema é influenciado pela massa em oscilação e verificar também de forma experimental,
como o período de oscilação do mesmo, é influenciado pelo comprimento de um fio
suspostamente inextensível. O experimento foi dividido em duas partes sendo: Na primeira
parte, realizamos cinco coletas de dados, mantendo o fio na mesma medida até o centro de
massa, e alteramos a massa, induzimos de forma manual a oscilação do mesmo e
cronometramos a cada 10 oscilações. Repetindo 4 vezes e cada repetição alteramos a massa.
Na segunda parte fizemos o oposto, mantivemos a massa e alteramos o comprimento do fio.
INTRODUÇÃO

Um pêndulo simples consiste de um fio leve e inextensível de comprimento L, tendo na


extremidade inferior, por exemplo, uma esfera de massa m; a extremidade superior é fixada em
um ponto, tal que ele possa oscilar livremente (resistência do ar desprezível), com amplitudes
pequenas (máximo = 5o). Quando o pêndulo é deslocado de sua posição de equilíbrio, ele oscila
sob a ação da força peso, apresentando um movimento periódico. As forças atuantes sobre a
esfera de massa m são: a força peso p e a força de tração T. A força centrípeta, Fc, que mantém
o pêndulo na trajetória de um arco circular, é a resultante da força de tração T que o fio exerce e
da componente da força peso py na direção do raio, que imprime a aceleração centrípeta.
Podemos determinar a aceleração da gravidade local, medindo a aceleração tangencial e o
ângulo de um pêndulo simples (não foi determinado o ângulo, então desprezamos essa
informação).
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O experimento foi preparado de acordo com as normas previstas na apostila de experimentos da


Multivix. Nos quais, foi observado o nivelamento do aparelho para experimento garantindo que
o fio fique paralelo a haste fixa e foi verificado o tamanho do fio com régua graduada
milimetrada (+/- 0,5mm) nas diferentes mensurações do desenvolvimento do experimento.
Não foi determinado uma angulação, mas para que fosse feito de forma harmônica as oscilações
utilizamos a bancada e a própria régua para determinar um limite horizontal de lançamento para
induzido do pêndulo.
No primeiro ensaio, o pêndulo foi preparado com dois comprimentos de fio, devido a falta de
roteiro para todos os grupos presentes no dia, houve uma alteração neste procedimento, pois
deveria ter apenas um comprimento de fio, porém, como essa informação chegou depois de
iniciarmos, o professor orientador, nos autorizou a continuar com as duas medidas de fio. Com
um objeto de massa determinada, induzimos as oscilações, e sempre que chegava a 10
oscilações o cronometro era parado. Para cada valor de massa, repetimos o processo 4 vezes, e
alteramos a massa 4 vezes também.
No Segundo experimento fixamos a massa, e fomos diminuindo o comprimento do fio, e
realizamos 4 ciclos e a cada ciclo diminuímos aproximadamente, 10 a 30 cm no comprimento
do fio.
PRIMERA PARTE DO EXPERIMENTO
Começamos o experimento determinando a medida L (comprimento do fio) em 563mm ±0,5,
medindo da extremidade do fio até ± o centro de massa inicial, que é 56,85g ±0,05. Induzimos a
oscilação do pêndulo e cronometramos a cada 10 oscilações. E assim repetimos 4 vezes com
essa massa, para poder determinar a média entre os tempos. Após isso alteramos a massa para
106,78g ±0,05 e ajustamos o fio para 557mm ±0,5 (extremidade do fio até o centro de massa),
procurando sempre manter o ponto de indução constante, cronometramos 4 vezes. Logo após
alteramos a massa para 156,78g ±0,05 e mantivemos o comprimento do fio em 557mm ±0,5.
Na quarta e alteração da massa, determinamos 206,77g ±0,05 de massa e mantivemos o
comprimento do fio em 557mm ±0,5. Então podemos coletar todos os dados conforme tabela
abaixo.

MASSA (g) ℓ (mm) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) M EDIA t(s)

56,85 ±0,005 563 ±0,5 14.90 14.90 14.75 14.94 14.87


106,78 ±0,005 557 ±0,5 14.59 14.59 14.85 14.56 14.65
156,78 ±0,005 557 ±0,5 14.66 14.69 14.90 14.91 14.79
206,77 ±0,005 557 ±0,5 14.91 14.56 14.82 14.56 14.71

MASSA= Massa do objeto em gramas na ponta do fio, em movimento periódico. ±0,05

ℓ= Comprimento do fio em milímetros (utilizamos uma régua milimetrada para medição) ±0,5

T= Tempo em segundos ±0,05

Media t= soma de T1+T2+T3+T4/4

SEGUNDA PARTE DO EXPERIMENTO


Na segunda parte mantivemos a massa em 56,85g ±0,05, e fomos diminuindo o comprimento do
fio, iniciamos em 586mm ±0,5, induzimos e cronometramos 4 vezes para tirar a média, depois
diminuímos o comprimento do fio para 558mm, repetimos a indução por mais 4 vezes, e então
diminuímos para 420mm ±0,5, e por último diminuímos para 327mm ±0,5.
Organizamos os dados obtidos conforme tabela a baixo.

ℓ (mm) MASSA (g) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) M EDIAt(s)

586 ±0,5 56,85 ±0,005 15.00 15.06 14.97 15.06 15.02


558 ±0,5 56,85 ±0,005 14.65 14.54 14.56 14.56 14.58
420 ±0,5 56,85 ±0,005 12.54 12.53 12.66 12.97 12.68
327 ±0,5 56,85 ±0,005 11.28 11.18 11.37 11.16 11.25

MASSA= Massa do objeto em gramas na ponta do fio, em movimento periódico. ±0,05

ℓ= Comprimento do fio em milímetros (utilizamos uma régua milimetrada para medição) ±0,5

T= Tempo em segundos ±0,05


Media t= soma de T1+T2+T3+T4/4

RESULTADO E DISCUSSÃO

L 4π2L
Os resultados foram obtidos através de duas formulas, T =2 π


g
e g=
T2
.

Temos como objetivo constatar experimentalmente a aceleração da gravidade, verificar


experimentalmente como o período de oscilação de um sistema é influenciado pela massa, e
também, verificar experimentalmente como o período de oscilação de um sistema é influenciado
pelo comprimento do fio.

PRIMERO EXPERIMENTO

MASSA (g) ℓ (mm) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s ) MEDIA t(s)

56,85 ±0,005 563 ±0,5 14.90 14.90 14.75 14.94 14.87


106,78 ±0,005 557 ±0,5 14.59 14.59 14.85 14.56 14.65
156,78 ±0,005 557 ±0,5 14.66 14.69 14.90 14.91 14.79
206,77 ±0,005 557 ±0,5 14.91 14.56 14.82 14.56 14.71

CONSTATAR ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

Sendo f = nº de oscilações = 10
T1=t1/f ou T2=t2f ou T3=t3/f ou T4=t4/f ou T= t/f

Media T1= 14,87s/10 = 1,487s


Media T2= 14,65s/10 = 1,465s
Media T3= 14,79s/10 = 1,479s
Media T4= 14,71/10 = 1,471s

L 4π2L
T =2 π


g
e g=
T2

g1 = 4π²·563mm/ 1,487s² = 10,05·10³m/s²


g2 = 4π²·557mm/ 1,465s² = 10,25·10³m/s²
g3 = 4π²·557mm/ 1,479s² = 10,05·10³m/s²
g4 = 4π²·557mm/ 1,471s² = 10,16·10³m/s²

Tirando uma média entre os valores encontrados da aceleração da gravidade temos 10,18m/s².
Considerando a aceleração real da gravidade em g= 9,80m/s², podemos dizer que o experimento

foi correto, devidos as situações reais de incertezas, a aceleração da gravidade se manteve

constante independendo da massa do objeto em oscilação.

Calculando período considerando a aceleração real da gravidade (9,80 m/s²) temos:

L
T =2 π ❑
√ g
T1= 2π²√0,563m/9,80m/s² = 1,506s
T234 = 2π²√0,557m/9,80m/s² = 1,498s
Com base nesses cálculos podemos afirmar que o período de oscilação sofre alteração de acordo
com o comprimento do fio. A massa torna-se desprezível neste caso.

SEGUNDO EXPERIMENTO
Neste segundo experimento mantivemos a massa e variamos o comprimento do fio então temos
os seguintes dados:

ℓ (mm) MASSA (g) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s ) MEDIAt(s)

586 ±0,5 56,85 ±0,005 15.00 15.06 14.97 15.06 15.02


558 ±0,5 56,85 ±0,005 14.65 14.54 14.56 14.56 14.58
420 ±0,5 56,85 ±0,005 12.54 12.53 12.66 12.97 12.68
327 ±0,5 56,85 ±0,005 11.28 11.18 11.37 11.16 11.25

CONSTATAR ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

Sendo f = nº de oscilações = 10
T1=t1/f ou T2=t2f ou T3=t3/f ou T4=t4/f ou T= t/f

Media T1= 15,02/10 = 1,502s


Media T2= 14,58s/10 = 1,458s
Media T3= 12,68s/10 = 1,268s
Media T4= 11,25/10 = 1,125s

L 4π2L
T =2 π ❑
√ g
e g=
T2
g1 = 4π²·586mm/ 1,502s² = 10,25·10³m/s²
g2 = 4π²·558mm/ 1,458s² = 10,36·10³m/s²
g3 = 4π²·420mm/ 1,268s² = 10,31·10³m/s²
g4 = 4π²·327mm/ 1,125s² = 10,20·10³m/s²
Tirando uma média entre os valores encontrados sobre a aceleração da gravidade temos:
g= 10,28·10³m/s², se considerarmos as incertezas, podemos dizer que a gravidade se manteve
constante independente do comprimento do fio.

Calculando período considerando a aceleração real da gravidade (9,80 m/s²) temos:

L

T =2 π ❑
g
T1= 2π√0,586m/9,80m/s² = 1,536s
T2= 2π√0,558m/9,80m/s² = 1,499s
T3= 2π√0,420m/9,80m/s² = 1,301s
T4= 2π√0,327m/9,80m/s² = 1,148s

O período não sofre alteração em relação a massa, o que a torna desprezível neste caso, mas
sofre alteração de acordo com o comprimento do fio. Quanto maior o fio, maior será o período
de oscilação. O cálculo do período em um pêndulo simples esta diretamente relacionado a dois
fatores, que é o comprimento do fio L e aceleração da gravidade que é uma constante, isso
considerando que o ângulo não seja maior que 5°.

Com base em nosso estudo didático, a aceleração da gravidade tem valor definido em 9,80m/s².
Porém não conseguimos encontrar ou nos aproximar deste valor, devido as dificuldades
encontradas em laboratório, não tivemos uma base correta para lançamento do pêndulo, para
que todos os lançamentos fossem próximos para poder haver uma harmonia. Improvisamos uma
régua, porém no segundo experimento ela não foi mais útil devido o fio ia diminuindo seu
tamanha, ia ficando mais alto em relação ao solo. Tivemos também o fator humano, que nos traz
uma imprecisão, seja no lançamento do pêndulo, ou no controle do cronometro, deixando passar
alguma diferença. Tivemos também imprecisão na medição do comprimento do fio, pois na
haste onde ele fica preso vai sempre enrolando de forma irregular. Então, devido a esses fatores
não conseguimos chegar ao resultado esperado em relação a aceleração gravitacional.
CONCLUSÃO

No estudo da ondulatória, parte da física que se interessa pelo estudo das ondas, conhecemos o
movimento harmônico simples, ou MHS, que trata de oscilações. Definimos o MHS como
sendo um movimento oscilatório comum e de grande relevância na Física. É um movimento
periódico em que ocorrem deslocamentos simétricos em torno de um ponto. E nesses
movimentos oscilatórios simples temos o pêndulo simples. O pêndulo simples é um
sistema mecânico que consiste em uma massa puntiforme, ou seja, um corpo com dimensões
insignificantes, presa a um fio de massa desprezível e inextensível capaz de oscilar em torno de
uma posição fixa.
A partir do experimento realizado com o pêndulo simples, em condições ideais, (sem a
interferência de forças externas) podemos verificar que a aceleração da gravidade atua em toda
parte e preserva suas características básicas onde quer que aplicadas. Com o estudo do pêndulo
simples foi possível observar que não importa a massa do pêndulo e tamanho de fio, a gravidade
se mantém a mesma de acordo com os resultados obtidos teórico (cálculos matemáticos) e
praticamente (tempo parecido mesmo com pesos diferentes). Considerando que o experimento
seja executado de acordo com as normas.
Referências

[1] http://www.fisica.net/mecanicaclassica/mhs_movimento_harmonico_simples.pdf

[2] http://www.fisica.ufs.br/CorpoDocente/egsantana/dinamica/trabajo/pendulo/pendulo.
Htm

[3] http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2001/pendulo/PenduloSimples_HTML.htm
[4] Os Fundamentos da Física – Moderna Plus. Ramalho, Nicolau e Toledo. Vol. 01. Moderna.
11ª Ed. SP. 2016

Você também pode gostar