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Tecnologia do Processamento de Sistemas

Particulados Sólidos

CONCENTRAÇÃO
ELECTROSTÁTICA

Operações Unitárias de PM
FEUP – Dep. Minas – 2014
Textos Apoio
MR Machado Leite
Alguns conceitos sobre CAMPO ELECTROSTÁTICO
Campo Electrostático – gerado pela presença de cargas eléctricas (estáticas,
ou de muito baixo fluxo de cargas) num Eléctrodo.
Partículas, de acordo com a sua Condutibilidade Eléctrica terão tendência a
carregar-se electricamente com uma determinada polaridade e, a seguir,
separadas pelo efeito electrostático criado pelo Eléctodo que gera o Campo.

Para que ocorra separação é então necessário que as Partículas adquiram carga
eléctrica de acordo com a sua condutibilidade – Electrização – antes de serem
introduzidas na região onde actua o Campo Magnético:
• Indução – redistribuição de cargas superficiais, induzida pela presença de
cargas eléctricas na vizinhança (Campo Electrostático) – quando mais
condutora a partícula, mais intensa a redistribuição
• Condução – fornecimento (partícula carrega negativamente) ou retirada de
cargas (partícula carrega positivamente) por contacto
• Bombardeamento Iónico – partículas são bombardeadas por um feixe de iões
(gasosos) negativos resultantes de uma descarga iónica de muito alta
voltagem que ioniza o ar entre o eléctrodo e a placa de terra – Efeito Corona

Sobre uma partícula actua uma força: F = Q . E , função da Intensidade do Campo


Electrostático e da Carga adquirida pela partícula.
SEPARADORES ELECTROSTÁTICOS
Electroestáticos Puros (sem ou com baixo fluxo de corrente)
- Rolo ou Tambor
… em função da forma de transporte interno

Em contacto com o Rolo ou Tambor (+)


e sob acção do Campo Electroestático: ELÉCTRODO
++
ELECTROESTÁTICO (-)
• Partículas CONDUTORAS electrizam- ++
++
se por INDUÇÃO e por CONTACTO +

vão descarregando cargas negativas -+


+
para a Placa de Terra - ficam tão +
++
++
carregadas positivamente quanto ++
+

mais condutoras, sendo depois PLACA TERRA (+) -+


+
atraídas pelo Campo Electrostático +

• Outras partículas sofrem tão menor


INDUÇÃO e menor transferência por
CONTACTO quanto maior o seu
carácter ISOLADOR - não adquirem ISOLADORES CONDUTORES
carga positiva significativa e seguem
uma trajectória tão próxima da Desvio de Trajectória (apenas)
gravítica quanto maior esse carácter
SEPARADORES ELECTROSTÁTICOS
Electroestáticos Puros (sem ou com baixo fluxo de corrente)
- Placa
… em função da forma de transporte interno

Em contacto com o Rolo ou Tambor (+)


e sob acção do Campo Electroestático:
• Partículas CONDUTORAS electrizam-
se por INDUÇÃO e por CONTACTO
vão descarregando cargas negativas
para a Placa de Terra - ficam tão
carregadas positivamente quanto
mais condutoras, sendo depois
atraídas pelo Campo Electrostático
• Outras partículas sofrem tão menor
INDUÇÃO e menor transferência por
CONTACTO quanto maior o seu
carácter ISOLADOR - não adquirem
carga positiva significativa e seguem
uma trajectória tão próxima da
gravítica quanto maior esse carácter Desvio de Trajectória (apenas)
SEPARADOR ELECTROSTÁTICO
De Alta Tensão (promovem descarga eléctrica de ionização do ar)
- Rolo ou Tambor com EFEITO CORONA - Electrodinâmico

Em contacto com o Rolo (placa terra –


positiva):
• Partículas CONDUTORAS não recebem
carga do campo Corona (porque as
deixam escapar para o rolo). Ao
passarem debaixo do Eléctrodo
Electrostático, por INDUÇÃO e
CONTACTO perdem cargas negativas e
serão tanto mais atraídas pelo
Eléctrodo Electrostático, quanto mais
condutoras
• Partículas ISOLADORAS recebem carga
negativa do campo Corona e
conservam-na (tanto maior e tanto Efeito de Atracção (ao Rolo) e Desvio de Trajectória
mais, quanto mais isoladoras),
permanecendo atraídas ao Rolo por
um tempo maior
SEPARADOR ELECTROSTÁTICO
Comportamento dos Minerais no Separador Corona
Minerais Atraídos pelo Rolo Minerais Desviados pelo Elétrodo
Apatite Cassiterite

Barite Cromite
Calcite Diamante
Corindo Fluorite
Granada Galena
Gesso Ouro
Cianite (Distena) Hematite
Monazite Ilmenite
Quartzo Limonite
Scheelite Magnetite
Silimanite Pirite
Espinela Rutilo
Tourmalina Esfalerite (Blenda)
Zircão Antimonite (Estibina)
Tantalite
Volframite
PRÁTICA DA SEPARAÇÃO ELECTROSTÁTICA

Grau de Humidade – a separação é altamente sensível à humidade ambiente, sendo


necessário, frequentemente, promover a secagem da alimentação recorrendo a
fornecimento de calor

Calibre – 500 µm a 60 µm. Como se trabalha com distribuições de carga na superfície das
partículas, a relação carga/massa é menor nos calibres graúdos do que nos finos: no
separador de Corona (em que as partículas isoladoras se carregam negativamente) uma
partícula graúda menos condutora pode soltar-se do Rolo; enquanto que uma partícula fina
um pouco condutora pode manter-se aderente ao Rolo – conclusão: a alimentação ao
Separador Electroestático dever ser previamente classificada por Crivagem apertada

Eficiência de Separação – é normalmente baixa, o que exige passagens sucessivas; é


frequente usar Separadores Electrostáticos Puros em estágio seguinte ao Separador de Alta
Tensão (Corona)

Agentes Modificadores – alguns tratamentos químicos prévios são referidos como


benéficos para aumentar a selectividade (ex: na separação de Feldspato e Quartzo)

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