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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE LETRAS
Docente: Denise Brasil Alvarenga
Discentes: Beatriz Silva e Lídia Teixeira
Pesquisa e Prática de Ensino I / Semestre 2020.2

Entrevista

Entrevista feita com a professora Daiana Keli Romão Soares, que leciona no
Colégio Estadual Dr. Adino Xavier.

1) Qual sua área de formação na licenciatura?


R: Letras Português/Literatura.

2) Há quanto tempo atua como docente?


R: São 21 anos de magistério.

3) Por que escolheu a profissão?


R: Não escolhi a profissão, na verdade tentei fugir, mas a profissão sempre me
escolheu. Minha brincadeira de criança sempre foi brincar de ser professora, acho
que a escolha se deve ao fato de ter uma mãe professora. Sempre admirei a
relação dela com os alunos.

4) Você usa livros didáticos (ou materiais prontos, como apostilas) em sala de
aula? Qual a sua avaliação acerca do impacto do uso de tais materiais para o
ensino e para a autonomia do professor?
R: Sempre uso material de apoio: livros didáticos, apostilas, textos avulsos etc. Acho
importante o contato do aluno com este tipo de material. Estimular o aluno a
explorar material é importante, na hora em que o aluno vai estudar sozinho, ele terá
o apoio desse material.

5) Você tenta inserir temas que são poucos falados como literatura de autoria
negra ou feminina? Como é a aceitação dos alunos em relação a abordar
esses temas que não estão nos livros didáticos?
R: Sempre uso temas pouco falados, os alunos estão sempre abertos ao
conhecimento. Gosto de inserir a literatura feminina brasileira e alguma coisa de
literatura africana também.

6) Quais são os maiores desafios para o trabalho do professor hoje? São


semelhantes aos que você encontrou quando começou a lecionar? Por quê?
R: Os desafios são sempre os mesmos: fazer com que o aluno se prenda ao
assunto e tenha interesse na matéria. Acho que hoje disputamos com o
imediatismos das mídias, a informação já vem pronta e fazer com que o aluno pare
para refletir nesse momento de imediatismo é mais complicado.

7) Como você enfrenta, em sala de aula, o tema/problema dos diversos


preconceitos?
R: Eu sou o próprio exemplo em se tratando de preconceitos: mulher, negra e
obesa. Muitas das vezes utilizo os meus próprios exemplos trazendo à tona temas
relevantes e problemáticos.

8) Quais foram os impactos em relação ao funcionamento da escola,


desenvolvimento dos alunos e atuação dos professores após a mudança da
escolha dos diretores ser feita por meio de uma eleição onde existe uma
participação direta do discente?
R: Acho que exercer a democracia é sempre um bom passo. Quando a comunidade
escolar tem oportunidade de escolher seus representantes, a comunicação fica mais
fácil. O principal impacto é o aumento do diálogo e as escolhas feitas de forma
conjunta, através de votação.

9) Que conselho você daria a quem está, neste momento, se preparando para
entrar no magistério?
R: Sempre dou o mesmo conselho para todos que me perguntam, não só para
quem está entrando no magistério, mas para qualquer profissão: faça tudo com
muito amor. Exerça a profissão dando o melhor de si, o retorno sempre vem. No
caso específico do magistério, não há recompensa maior do que ver o seu aluno
tendo êxito. É a sensação de dever cumprido.

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