Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO: ........................................................................... 3
3. PREGÃO: ................................................................................... 5
4. CONCORRÊNCIA: ....................................................................... 6
5. CONCURSO: .............................................................................. 7
6. LEILÃO:..................................................................................... 7
2
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
Este caderno foi elaborado com base nas aulas do curso lançado
gratuitamente pela PGM Rio sob a direção do professor RAFAEL
OLIVEIRA.
Agradecimentos ao grande mestre RAFAEL e a todos os
palestrantes.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO:
1. INTRODUÇÃO:
Inicialmente, sob o ponto de vista mais geral sobre a nova lei, o professor aponta que o
texto da nova lei não traz, em si, grandes novidades se tomarmos como parâmetro todo o
ordenamento jurídico atual (não apenas a Lei 8.666/93). Na verdade, o texto traz várias
tendências que eram tratadas nas leis que tínhamos no nosso ordenamento. Como exemplo,
nas hipóteses de dispensa e inexigibilidade, várias das hipóteses já estavam previstas na lei
anterior.
Além disso, a nova lei também sofre uma grande influência da Lei do Pregão
(especialmente a inversão de fases do procedimento da licitação, especialmente o
julgamento antes da habilitação).
A lei do RDC também influencia a nova legislação a exemplo da contratação integrada.
Enfim, como o professor Rafael já se referiu em artigo sobre a nova lei, a novel lei de
licitações e contratos é um “museu de grandes novidades”1.
No que tange às novidades reais, a nova lei acaba perdendo algumas oportunidades,
mas ainda assim traz novos institutos a exemplo do DIÁLOGO COMPETITIVO que estudaremos
aqui.
1
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-dez-23/rafael-oliveira-lei-licitacoes-
museu-novidades.
3
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
2) A nova lei acaba com duas modalidades que estavam previstas na Lei
8.666/93 (Tomada de preços e Convite).
A nova lei, ao ampliar o valor das hipóteses de dispensa, teremos um leque maior para
a dispensa e faria com que o Convite perdesse a sua razão de ser. Assim, foi abolido.
O professor aponta ainda que a Tomada de Preços nunca foi uma modalidade muito
utilizada e que a própria lei anterior não foi muito bem construída quando tratava dessa
modalidade, que restou abolida pela nova lei.
Um ponto importante do texto é que a nova lei não vai mais utilizar o valor
estimado no contrato para a definição de modalidade de licitação.
Realmente, não faria mais sentido, pois na Lei 8.666/93 a escolha entre concorrência,
tomada de preços e convite geralmente era pautada pelo valor estimado (há exceções – caso
em que o próprio objeto já dita a modalidade). Todavia, com a nova lei a tomada de preços e
o convite foram extintos e por isso a questão de valor deixa de ser relevante para fins de
modalidade de licitação. Mesmo assim, é importante que, na fase interna, se estabeleça um
valor estimado para a contratação, pois este é importante para vários outros aspectos.
4
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
3. PREGÃO:
A nova lei mantém o regime já previsto na Lei do Pregão. Assim, define a Lei que o
pregão é modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns,
cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto.
Assim, a aplicabilidade do pregão é preservada.
O professor Rafael aponta que o ideal seria que a lei permitisse também o pregão para
pequenas obras, perdendo uma boa oportunidade.
5
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
O critério do maior desconte depende de uma premissa: O poder público vai estabelecer
no edital um valor base e os interessados irão apresentar descontos a partir desse valor
parâmetro.
O professor aponta que a nova lei perde uma grande uma oportunidade de positivar
aquilo que hoje já é uma realidade: em alguns pregões, na prática, o critério de julgamento
adotado é o maior valor. Isso pelo fato de que o poder público verificou, em alguns casos, que
ao invés de pagar ao contratado para fornecer serviços ao poder público, o contratado tem
interesse em pagar ao poder público para fornecer serviços ou bens comuns. Essa é uma
realidade que a prática revelou ao poder público.
4. CONCORRÊNCIA:
Trata-se de uma modalidade utilizada de forma subsidiária ao pregão.
Lembre-se que não teremos mais o critério de valor.
Um ponto importante é que a nova lei consagra aqui a tendência de inversão de fases.
Assim, é feito primeiro o julgamento e depois habilitação.
b) Critério de julgamento: Pode ser menor preço, melhor técnica, técnica e preço,
maior retorno econômico, maior desconto. Ou seja, a lei elencar vários critérios de
julgamento e o poder público levará em consideração o objeto a ser contrata e a
modelagem melhor para cada licitação, justificando o critério.
6
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
5. CONCURSO:
Basicamente, a lei repete o que já aparecia na Lei 8.666/93.
Conforme a Lei, concurso é a modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico, cujo critério de julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo
artístico, e para concessão de prêmio ou remuneração ao vencedor.
Conforme o Art. 30 da Lei:
Art. 30. O concurso observará as regras e condições previstas em edital,
que indicará:
I - a qualificação exigida dos participantes;
II - as diretrizes e formas de apresentação do trabalho;
III - as condições de realização e o prêmio ou remuneração a ser
concedida ao vencedor.
Parágrafo único. Nos concursos destinados à elaboração de projeto, o
vencedor deverá ceder à Administração Pública, nos termos do art. 93
desta Lei, todos os direitos patrimoniais relativos ao projeto e autorizar
sua execução conforme juízo de conveniência e oportunidade das
autoridades competentes.
6. LEILÃO:
Aparece aqui com uma mudança importante:
7
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
7. DIÁLOGO COMPETITIVO:
Aqui, vou colacionar o que já estava no nosso primeiro caderno do curso:
É inspirado nas diretivas europeias que desde 2004 já tem essa modalidade.
8
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
Esse diálogo não serve para obras pequenos, mas sim para as obras e serviços altamente
complexos em que a solução tecnológica tem que ser customizada, pois são várias as
possibilidades.
A Administração, de posse de
um conjunto de informações,
passa a DEFINIR O
OBJETO que entende como
sendo necessário para o
atendimento da finalidade
pública.
Com isso, passamos para a
terceira etapa.
capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após
o encerramento dos diálogos.
Assim, a ideia é que o poder público ainda não tem ideia exata do que se precisa. O
poder público sabe das necessidades, mas ainda não sabe o que precisa contratar para atender
suas necessidades. Diante disso, o poder público dialogará com o mercado e, quando
amadurecido o seu entendimento sobre o objeto efetivo, contratará o melhor contratante.
A nova lei dispõe que ele só pode ser aplicado em algumas situações específicas:
Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é RESTRITA A
CONTRATAÇÕES EM QUE A ADMINISTRAÇÃO:
I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:
a) inovação tecnológica ou técnica;
b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade
satisfeita sem a adaptação de soluções disponíveis no mercado;
e
c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas
com precisão suficiente pela Administração;
II - verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as
alternativas que possam satisfazer suas necessidades, com
destaque para os seguintes aspectos:
a) a solução técnica mais adequada;
b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida;
c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato;
III - (VETADO).
§ 1º Na modalidade diálogo competitivo, serão observadas as seguintes
disposições:
I - a Administração apresentará, por ocasião da divulgação do edital em
sítio eletrônico oficial, suas necessidades e as exigências já definidas e
estabelecerá prazo mínimo de 25 (vinte e cinco) dias úteis para
manifestação de interesse na participação da licitação;
II - os critérios empregados para PRÉ-SELEÇÃO dos licitantes deverão
ser previstos em edital, e serão admitidos todos os interessados que
preencherem os requisitos objetivos estabelecidos;
III - a divulgação de informações de modo discriminatório que possa
implicar vantagem para algum licitante será VEDADA;
10
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
11
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
Perceba que a modalidade não é sempre utilizada pela Administração. Na verdade, será
utilizada quando de licitações mais complexas tecnicamente.
SDG
12
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
LEGISLAÇÃO CORRELATA
I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
§ 1º Além das modalidades referidas no caput deste artigo, a Administração pode servir-
se dos procedimentos auxiliares previstos no art. 78 desta Lei.
Art. 29. A concorrência e o pregão seguem o rito procedimental comum a que se refere o
art. 17 desta Lei, adotando-se o pregão sempre que o objeto possuir padrões de desempenho
e qualidade que possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações
usuais de mercado.
Art. 30. O concurso observará as regras e condições previstas em edital, que indicará:
Art. 31. O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela
autoridade competente da Administração, e regulamento deverá dispor sobre seus
procedimentos operacionais.
13
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
parâmetro máximo os percentuais definidos na lei que regula a referida profissão e observados
os valores dos bens a serem leiloados.
§ 2º O leilão será precedido da divulgação do edital em sítio eletrônico oficial, que conterá:
II - o valor pelo qual o bem foi avaliado, o preço mínimo pelo qual poderá ser alienado, as
condições de pagamento e, se for o caso, a comissão do leiloeiro designado;
§ 3º Além da divulgação no sítio eletrônico oficial, o edital do leilão será afixado em local
de ampla circulação de pessoas na sede da Administração e poderá, ainda, ser divulgado por
outros meios necessários para ampliar a publicidade e a competitividade da licitação.
§ 4º O leilão não exigirá registro cadastral prévio, não terá fase de habilitação e deverá
ser homologado assim que concluída a fase de lances, superada a fase recursal e efetivado o
pagamento pelo licitante vencedor, na forma definida no edital.
III - (VETADO).
14
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
@materiasdedireito.doc
II - os critérios empregados para pré-seleção dos licitantes deverão ser previstos em edital,
e serão admitidos todos os interessados que preencherem os requisitos objetivos
estabelecidos;
VII - o edital poderá prever a realização de fases sucessivas, caso em que cada fase
poderá restringir as soluções ou as propostas a serem discutidas;
VIII - a Administração deverá, ao declarar que o diálogo foi concluído, juntar aos autos do
processo licitatório os registros e as gravações da fase de diálogo, iniciar a fase competitiva
com a divulgação de edital contendo a especificação da solução que atenda às suas
necessidades e os critérios objetivos a serem utilizados para seleção da proposta mais
vantajosa e abrir prazo, não inferior a 60 (sessenta) dias úteis, para todos os licitantes pré-
selecionados na forma do inciso II deste parágrafo apresentarem suas propostas, que deverão
conter os elementos necessários para a realização do projeto;
XII - (VETADO).
15