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APERFEIÇOAMENTO
FORTALECIMENTO
DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO
NOS TERRITÓRIOS
MUNICIPAIS
MÓDULO II
Aula
07
// BASES IMUNOLÓGICAS
//
Todos os direitos reservados. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada a fonte e que não seja para venda
Créditos
Ficha
Catalográfica
Web Desenvolvedor
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Cristina Perrone
Paloma Eveir
Olá!
Este é o seu Material de
Referência da Aula 7 do
Módulo II que apresenta de
forma mais aprofundada o
conteúdo referente ao tema
bases imunológicas. A proposta
é agregar mais conhecimento à
sua aprendizagem, por isso leia-
o com atenção e consulte-o
sempre que necessário!
Objetivos de
aprendizagem
Conhecer os principais acontecimentos históricos para
01 a construção do conhecimento da imunologia.
Boa leitura!
// História da
Imunologia
O conceito de Imunidade data
do 5º século depois de Cristo,
na Grécia com Thucydides. No
século 10, na China, ocorreu a
primeira tentativa de induzir
imunidade para Varíola. Lady
Montagu trouxe do Império
Otomano a noção de
“Variolização” para a Europa.
// História da Imunologia
Edward Jenner, em 1796, desenvolveu a
imunização segura para a Varíola chamada de Vacina
(originada da palavra vaccina - Vaca). Esta imunização
foi desenvolvida a partir de Varíola bovina (cowpox) na
qual pessoas eram expostas à varíola bovina
(variolização), menos agressiva que a Varíola humana
(smallpox). Ao observar que pessoas que ordenhavam
vacas não contraíam a varíola, desde que tivessem
adquirido a forma animal da doença, Jenner extraiu o
pus da mão de uma ordenhadora que havia contraído
a varíola bovina e o inoculou em um menino saudável,
James Phipps, de oito anos, em 04 de maio de 1796.
O menino contraiu a doença de forma branda e logo
ficou curado. Em 1º de julho, Jenner inoculou no
mesmo menino, líquido extraído de uma pústula de
varíola humana. James não contraiu a doença, o que
significava que estava imune à varíola. Assim, ficou
evidenciado que a infecção através da pele ao invés da
inalatória, proporcionou tempo suficiente ao sistema
imunológico para desenvolver defesas antes da
multiplicação do vírus. A vacina jenneriana foi,
inicialmente, recebida com descrédito e receio que
acabaram sendo relativamente superados. A vacina
difundiu-se por todo o mundo, ao mesmo tempo em
que novos estudos vinham somar-se aos originais.
// História da Imunologia
Em agosto de 1881, Robert Koch iniciou suas
pesquisas: infectou duas cobaias com material
tuberculoso e esperou que estas adoecessem.
Paralelamente, preparava amostras, coloria e
examinava-as no microscópio. Sempre trabalhando
com técnicas novas de coloração, Robert Koch
procurava tornar visível o que ninguém conseguira ver
até então. No 271º preparado, o pesquisador
encontrou o que tanto procurara: bacilos finos em
forma de bastão com sinuosidades e espiralações. Ele
conseguiu desenvolver uma cultura desses
microrganismos sobre nutrientes. Em função disso, foi
possível descrever o agente etiológico da Tuberculose
do bacilo de Koch como o agente biológico causal.
// História da Imunologia
Figura 1 - Louis Pasteur
// História da Imunologia
Figura 2 - Esquema ilustrativo de fagocitose por uma Ameba ou Fagócito.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=fagocitose&title=Special:
MediaSearch&go=Go&type=image&haslicense=unrestricted . Acesso em 12 abr 21
// História da Imunologia
Nos anos de 1966 e 1967, Claman, Davis e
Mitchison demonstraram que os linfócitos T e
B dependem da interação entre si para a
produção da resposta imune adaptativa. Vários
fenômenos, tais como: a alteração de classes de
imunoglobulinas para outra (por exemplo, IgM
para IgG) produzidas pelos linfócitos B, são
dependentes de sinalização dos linfócitos T.
// História da Imunologia
Em 1988, Greg Winter e sua equipe foram
pioneiros nas técnicas para humanizar os
anticorpos monoclonais, eliminando as reações
que muitos anticorpos monoclonais causaram
em alguns pacientes.
// História da Imunologia
// Resposta
Imune
O sistema imunológico é uma
organização complexa de tecidos,
células, produtos de células e
mediadores químicos biologicamente
ativos que interagem para produzir a
resposta imune. Sua principal função é
reconhecer substâncias estranhas ao
organismo e protegê-lo contra
invasores patogênicos.
// Resposta Imune
Células e
Tecidos da
Imunidade
Inata
// Resposta Imune
Os componentes da imunidade inata reconhecem
estruturas que são características de patógenos
microbianos e não estão presentes nas células dos
mamíferos. Essas estruturas são chamadas de
Padrões Moleculares Associados a Patógenos (PAMP)
e os receptores que se ligam a essas estruturas são
chamados de Receptores de Reconhecimento de
Padrões (PRR), sendo os receptores conhecidos como
receptores do tipo toll (Toll like receptors – TLR), os
mais importantes.
// Resposta Imune
Os leucócitos, também chamados de glóbulos
brancos, são células incolores que atuam
principalmente na defesa do corpo, protegendo-o
contra organismos invasores e desencadeando
respostas imunológicas. Os leucócitos são
produzidos na medula óssea, local onde a maioria
também amadurece. A partir desse local, eles são
levados através dos vasos sanguíneos para todo o
corpo junto a outras células do sangue. Podemos
dividir os leucócitos em dois grandes grupos: os
granulócitos e os agranulócitos. O primeiro grupo
apresenta grânulos no citoplasma e núcleo com
formato irregular. Em razão da forma de seus
núcleos, esses tipos de leucócitos também
recebem o nome de polimorfonucleares. Já os
agranulócitos não possuem grânulos e apresentam
núcleo com formato relativamente regular.
// Resposta Imune
Os leucócitos englobam todas as células brancas do
sistema imune. Eles são capazes de sair dos vasos
sanguíneos por diapedese, passando entre as células
endoteliais para penetrar no tecido conjuntivo. Essas
células migram para os locais de agressão atraídos
por quimiotaxia (atraídos por citocinas
quimioatraentes).
O número de
leucócitos
médio por
mililitro
cúbico de
sangue:
Nascimento – 20.000 mm3
Adulto – 4.000 a 10.000 mm3
Atenção!
O aumento (leucocitose) ou a
diminuição (leucopenia) do
número de leucócitos no
sangue pode indicar infecções
ou outras alterações.
// Resposta Imune
Os granulócitos são classificados
em três tipos diferentes:
neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Já
os agranulócitos podem ser de dois
tipos: linfócitos e monócitos.
01 neutrófilos
Os neutrófilos também chamados de
leucócitos polimorfo-nucleares, são a
população mais abundante de células
sanguíneas brancas circulantes
(aproximadamente 60% das células
brancas) e medeiam as fases iniciais das
respostas inflamatórias. O núcleo
contém de 3 a 5 lóbulos, daí o termo
polimorfonuclear. Possuem a capacidade
de fagocitose (identificar, ingerir e
destruir os microrganismos). Duram em
média 6 horas na corrente sanguínea.
Possuem em sua superfície receptores
de proteínas do complemento,
receptores de fragmento Fc de
imunoglobulinas e moléculas de adesão.
// Resposta Imune
02 eosinófilos
São responsáveis pela ação contra parasitas e
juntamente com os mastócitos controlam os
mecanismos associados à alergia e asma.
Desenvolvem-se na medula óssea e migram
para o sangue periférico e persistem de 8 a
12 horas, podendo sobreviver nos tecidos
por até 12 dias. Correspondem de 1 a 5% dos
leucócitos.
03 basófilos
Estas células participam de processos
alérgicos e produzem histamina e heparina.
São ativados pela presença de estímulos
como algumas proteínas do sistema
complemento (C3a, C4a, C5a) e o complexo
IgE-antígeno e compreendem 1% dos
leucócitos.
// Resposta Imune
Monócitos/
Macrófagos
// Resposta Imune
Linfócitos
// Resposta Imune
Mastócitos
// Resposta Imune
Células
dendríticas
// Resposta Imune
Recrutamento
de leucócitos
para os locais
de infecção
// Resposta Imune
Fagocitose de
microrganismos
// Resposta Imune
Células
Natural Killer
(NK)
// Resposta Imune
Os interferons (IFN) foram identificados pela
primeira vez com base em sua profunda capacidade
de tornar as células resistentes à infecção por vírus.
Quase todas as células expressam receptores para
interferon, que, ao sinalizar, induzem rapidamente
vários genes de resposta antiviral para inibir a
replicação do vírus em células infectadas e enviam
um alerta para prevenir a infecção de células
próximas. A prova do papel fundamental do IFN-I
no controle do vírus são as observações em
camundongos de que, na ausência da sinalização
do IFN-I, os vírus que normalmente são controlados
rapidamente tornam-se letais ou persistem.
// Resposta Imune
Muitas vacinas vivas atenuadas, também, conferem
efeitos heterólogos benéficos associados com
proteção contra patógenos divergentes. Vacinas
vivas atenuadas ativam as mesmas vias inatas
desencadeadas durante a infecção natural. Esta
etapa de ativação resulta na produção de citocinas
específicas que regulam a geração e a qualidade de
respostas imunes adaptativas subsequentes. O
Interferon tipo I é uma potente citocina induzida
por infecção viral que promove um estado antiviral
e exerce um potencial imunomodulador para
regular o linfócito T helper antiviral tipo 1 (Th1).
Após administração de uma vacina viva atenuada
também ocorre produção de interferon, o que vai
determinar o intervalo mínimo para outra vacina
viva atenuada.
// Resposta Imune
Células e
Tecidos da
Imunidade
Adaptativa
// Resposta Imune
Os linfócitos consistem em populações distintas
que diferem quanto a sua função. Os linfócitos B
são os responsáveis pela produção de anticorpos.
Os linfócitos T são os mediadores da imunidade
celular. Os linfócitos T e B derivam de um precursor
comum na medula óssea. O desenvolvimento das
células B continua na medula óssea, enquanto os
precursores das células T migram para o timo, onde
se desenvolvem. Assim, os órgãos do sistema
imunológico podem ser divididos em órgãos
geradores (medula óssea e timo), onde os linfócitos
se desenvolvem e em órgãos periféricos (linfonodos
e baço), onde os linfócitos virgens são ativados
pelos antígenos os quais são apresentados pelas
células apresentadoras de antígenos.
// Resposta Imune
Os linfonodos são os locais onde as células B e T
respondem aos antígenos que são coletados pela
linfa dos tecidos periféricos. O baço é o órgão no
qual os linfócitos respondem a antígenos
presentes no sangue.
// Resposta Imune
A resposta imunológica T-dependente produz
memória imunológica e proteção de longa
duração, além de estimular resposta de reforço
após reexposição (resposta anamnéstica). Dessa
forma, não reiniciamos esquemas vacinais
atrasados, mas sim, completamos os esquemas
vacinais já iniciados (há memória da produção de
anticorpos, mas não em quantidade suficiente
para dar proteção). E, ao contrário, vacinas
polissacarídicas (como a vacina pneumocócica 23-
valente) são T-independentes, possuem proteção
limitada e só podem ser utilizadas a partir de dois
anos de idade.
Atenção!
Importante manter IgM e IgG, inclusive
para explicar a resposta primária,
secundária e cicatriz sorológica.
Importante, nesse ponto, ressaltar sobre a
resposta imune ao SARS-CoV-2 que até o
momento não funciona ou não se tem
evidências ainda ou ainda ocorre limitação
dos testes que siga esta forma clássica.
// Resposta Imune
As moléculas de anticorpos podem ser divididas em
diferentes classes e sub-classes com base nas
diferenças na estrutura das regiões constantes da
cadeia pesada. Estas classes de anticorpos são
também chamadas de isotipos e são: IgD, IgA, IgE,
IgM e IgG .
Isotipo Características
• Plasma (10% do total das Ig).
• Formas: monomérica e pentamérica.
IgM • Cadeia J (juncional).
• Ativa o sistema complemento.
• Importante na resposta imune primária.
• Mais abundante no soro.
• Menor e mais flexível.
IgG • Forma: monomérica.
• Importante na resposta imune secundária.
• Atravessa a placenta.
• Baixas concentrações séricas.
• Forma: monomérica.
IgD • Importante na resposta imune primária.
• Função de receptor de antígeno em células B
virgens.
• Baixas concentrações séricas.
• Alta afinidade às superfícies de mastócitos,
basófilos e eosinófilos.
IgE
• Reações inflamatórias intensas.
• Reações alérgicas.
• Imunidade contra parasitas.
• Isotipo mais produzido no organismo.
• Formas: monomérica (geralmente no soro).
• Dimérica (geralmente nas secreções).
IgA
• Principal anticorpo na proteção das mucosas.
• Subclasses: IgA1 e IgA2.
• IgA secretora.
// Resposta Imune
IgA secretora
Atenção!
A ligação do anticorpo ao antígeno
pode ser altamente específica,
distinguindo pequenas diferenças
na estrutura química, mas podem
ocorrer reações cruzadas nas quais
pelo menos dois antígenos podem
ser ligados pelo mesmo anticorpo.
// Resposta Imune
A capacidade de anticorpos em qualquer indivíduo
de se ligar especificamente a um grande número
de diferentes antígenos é reflexo da diversidade do
anticorpo, e a coleção total de anticorpos com
especificidades diferentes representa o repertório
de anticorpos. Os mecanismos genéticos que
geram esse grande repertório de anticorpos
ocorrem nos linfócitos. São baseados na
recombinação aleatória de um número limitado de
sequências de DNA, herdadas da linhagem
germinativa em genes funcionais que codificam as
regiões variáveis das cadeias pesadas e leves,
assim como na adição de sequências de
nucleotídeos durante o processo de
recombinação.
// Resposta Imune
Alteração nos isotipos (classes) dos anticorpos
durante a resposta humoral influencia em como e
quando as respostas irão reagir para erradicar o
antígeno. Células B virgens, produzem
simultaneamente IgM e IgD que funcionam como
receptores de superfície para antígenos. Quando
estas células B são ativadas por um antígeno
(resposta primária) estas inicialmente produzem
grande quantidade de IgM que são secretadas e as
células B passam por um processo chamado de
recombinação de troca em que ocorre a mudança
do isotipo do anticorpo produzido pelas células B
sem que a especificidade seja alterada. Como
resultado da recombinação de troca, uma prole
diferente da célula B original que produzia IgM e IgD
produzem isotipos que estão mais preparados para
eliminar o antígeno como IgG, IgE ou IgA,
dependendo do antígeno. Assim, são formados
clones de células B de memória para este
determinado antígeno e, uma vez que ocorre uma
nova exposição ao antígeno, estas células produzem
isotipos IgG, IgE ou IgA em grande quantidade e
com maior rapidez (resposta secundária).
// Resposta Imune
Para saber mais sobre
sistema imunológico leia o
Saiba
artigo da Revista mais!
Superinteresante:
“Sistema Imunológico: Os
Defensores” de Lúcia Helena de
Oliveira. Disponível em:
https://super.abril.com.br/saude/s
istema-imunologico-os-
defensores/ Acesso em 14 abr. 21
// Resposta Imune
// Imunidade
Passiva X
Imunidade Ativa
A imunidade ativa refere-se ao processo de
exposição do corpo a um antígeno para gerar uma
resposta imune adaptativa. A resposta leva dias /
semanas para se desenvolver, mas pode ser de longa
duração - até por toda a vida. A imunidade ativa é
geralmente classificada como natural ou adquirida. A
infecção natural, por exemplo, com o vírus da
hepatite A (HAV) e a recuperação subsequente
dão origem a uma resposta imune ativa natural
geralmente levando a uma proteção vitalícia. De
maneira semelhante, a administração da vacina
contra hepatite A gera uma resposta imune ativa
adquirida que leva a uma proteção duradoura
(possivelmente vitalícia).
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Hepatite_A#/media/Ficheiro:Ja
undice_eye.jpg. Acesso em 13 abr. 21
Atenção!
Muitas vezes, a indicação de
imunização passiva decorre de falha
no cumprimento do calendário
vacinal de rotina, como após
ferimentos (tétano) ou acidentes
por instrumentos perfurocortantes
em hospitais e clínicas (hepatite B).
Vacina
atenuada
Contém uma versão
enfraquecida do vírus, portanto
não causa a doença em pessoas
com o sistema imunológico
Exemplos:
saudável. Como é feita com um
pólio oral (Sabin),
vírus vivo, é a que consegue
sarampo, caxumba,
causar uma infecção “mais
rubéola e varicela.
natural”, o que produz uma
resposta melhor do nosso
sistema de defesa. Não é
indicada a pessoas com
problemas imunológicos, como
pessoas em tratamento com
quimioterapia.
// Tipos de Vacina
Vacina
inativa
Produzidas com microrganismos
mortos ou com seus
fragmentos. São mais seguras,
mas também desencadeiam
uma resposta imunológica
menor. Frequentemente, são
necessárias mais de uma dose
Exemplos: para uma defesa prolongada.
pólio injetável (Salk),
raiva, influenza,
hepatite A.
// Tipos de Vacina
Toxoides
// Tipos de Vacina
Conjugadas
// Tipos de Vacina
O sistema imune também tem a capacidade de se
lembrar das ameaças já combatidas, por isso, sempre
que os mesmos agentes infecciosos entram em
contato com nosso organismo, o complexo processo
de proteção é reativado. Em alguns casos, a memória
imunológica é tão eficiente que não deixa uma
doença ocorrer mais de uma vez na mesma pessoa.
Isso acontece, por exemplo, quando contraímos
sarampo ou catapora (varicela) ou quando nos
vacinamos contra essas doenças.
// Tipos de Vacina
Vacinas de
unidades
proteicas
Com o aprimoramento das técnicas de produção de
proteínas recombinantes por meio de sistemas de
expressão heteróloga, bactérias, leveduras, células de
mamíferos e insetos (tecnologia de DNA
recombinante) são usados como fonte para os
antígenos a serem incorporados nas formulações
vacinais, tais como a vacina voltada para o controle
da hepatite B, pertussis acelular e, mais
recentemente, a vacina preventiva para infecções
com vírus do papiloma humano (HPV).
Vacina RNA
O RNA é uma molécula que leva instruções para a
síntese de proteínas e para outras funções biológicas
para os ribossomos, que são estruturas do
citoplasma da célula que efetivamente produzem as
proteínas com as instruções trazidas pelo RNA
mensageiro.
// Tipos de Vacina
As vacinas de RNA carregam o código genético do
vírus que contém as instruções para que as células do
corpo produzam determinadas proteínas. Uma vez
que essa proteína seja processada dentro do corpo e
exposta ao nosso sistema imunológico, este pode
identificá-la como algo estranho, um antígeno e criar
imunidade contra ele. Essa imunidade, representada
pelos anticorpos (células de defesa) e linfócitos T, dá
ao organismo a capacidade de se defender quando
em contato com o vírus.
// Tipos de Vacina
01
Desta forma, utilizando uma fita de RNA
mensageiro, a vacina codifica um antígeno
específico daquela doença.
02
Quando o RNAm é inserido no
organismo, as células usam a
informação genética para produzir
esse antígeno.
03
O antígeno se espalha pela superfície das células e é
reconhecido pelo sistema imunológico, que entende
que aquela proteína não faz parte do organismo e
passa a produzir anticorpos para combater aquela
doença.
04
A vacina de RNA mensageiro simula o
processo que ocorre no corpo de uma
pessoa que realmente contraiu aquela
doença, mas de uma maneira que não
possibilita a infecção de quem está
sendo vacinado - apenas apresentando
ao organismo sobre como responder
àquele invasor.
// Tipos de Vacina
O desenvolvimento e a fabricação de vacinas seguem
altos padrões de exigência e qualidade nas diversas
etapas, desde a fases iniciais de pesquisa, passando pelas
fases de testes em animais e humanos, seguindo para os
processos de avaliação pelas agências regulatórias.
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Logotip
o_da_Anvisa.jpg Acesso em 17 abr. 21
// Tipos de Vacina
Assim, as vacinas que recebem registro são
consideradas produtos muito seguros. Após o
registro, que permite o uso do produto na
população, inicia-se a fase de farmacovigilância
pós comercialização, que conta com um sistema
de vigilância de Eventos Adversos Pós-vacinação,
estruturado para quantificar e qualificar os
eventos adversos. Dessa forma, é possível garantir
que os riscos de complicações graves causadas
pelas vacinas são muito menores que os das
doenças contra as quais elas protegem.
// Tipos de Vacina
// Considerações
Finais
Chegamos ao final deste conteúdo.
É importante destacar os seguintes
pontos abordados:
• A imunidade inata é a resposta inicial aos
microrganismos que impedem, controlam ou
eliminam a infecção do hospedeiro. A imunidade inata
aos microrganismos estimula as respostas
imunológicas adquiridas e pode influenciar na
natureza das respostas imunológicas adquiridas para
torná-las otimamente eficazes contra os diferentes
tipos de microrganismos, influenciando no tipo de
resposta imunológica adquirida que se desenvolvera
(humoral ou celular).
// Considerações Finais
• Diferença entre imunidade passiva e imunidade
ativa.
Até a
próxima!
// Considerações Finais
//
Abbas, Abul K.; Lichtman, Andrew H.; Pilai,
Shiv. Imunologia celular e molecular. Rio de
referências
// referências
Créditos de imagens
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Blogue Ismailimail
https://ismailimail.blog
Site Nova Escola
https://novaescola.org.br
Wikipédia – A enciclopédia livre
https://pt.wikipedia.org
// créditos