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Paulino Muguirrima

Licenciatura em
Engenharia Mecatronica
e Civil
FISICA II
ELECTRICIDADE E MAGNETISMO
2º Semestre do 1º Ano
Aula N.º 01
Paulino Muguirrima

Apresentação da disciplina
 Distribuição da carga de trabalho

Tempo de trabalho (horas)


Ano Semestre(s) ECTS
Total Contato Autónomo

1º 2º 128 TP:68 56 4

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Apresentação da disciplina
 I. OBJECTIVOS GERAIS
 Ao concluir esta disciplina, o aluno deve ser capaz de:
 Identificar as principais leis da electricidade e magnetismo
e suas aplicações;
 Resolver problemas práticos de electricidade e magnetismo;
 Interpretar e explicar os fenómenos naturais relacionados
com a electricidade e magnetismo;
 Verificar experimentalmente as leis de electricidade e
magnetismo e montar circuitos eléctricos de experiências
básicas.
 Aplicar as Leis de Maxwell FISICA II

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Apresentação da disciplina
HORAS

TEMAS Teóricas Práticas Laboratório Total


1 Conceitos de interacção e campo 2 3 --- 5
2 Força electrostática 2 3 2 6
3 Campo eléctrico 6 3 2 11
4 Potencial eléctrico 5 3 2 10
5 Capacitores e dieléctricos 3 3 2 8
6 Corrente contínua e resistência eléctrica 3 3 4 10
7 Força electromotriz e circuitos eléctricos 6 3 4 13
8 Campo magnético 3 3 4 10
9 Fontes do campo magnético 6 3 2 11
Indução electromagnética e o magnetismo 3
10 6 2 11
da matéria
11 Corrente alternada e a impedância eléctrica 9 3 4 16
Equações de Maxwell e ondas 3
12 9 4 16
electromagnéticas
TOTAL 60 36 32 128

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Apresentação da disciplina
 Metodologia de Avaliação
A avaliação será contínua e consiste na realização de diversos trabalhos e 3 testes escritos,
no decorrer do semestre, nos períodos destinados ao desenvolvimento de estudo
autónomo.
 Época de Frequência
Serão realizadas duas provas escritas e trabalhos práticos:
25% - Classificação do 1º Teste
25% - Classificação do 2º Teste
25% - Classificação do 3º Teste
25% - Classificação dos Trabalhos

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Apresentação da disciplina
 Bibliografia:

 1. Alonso e Finn, Física, Volume II,


 2. Sears/Zemansky, Física, Vol. 3
 3. Resnick/Halliday, Física, Vol. 3
 4. Tipler, Vol 2A
 5. Fisica Basica Pauli Farrid

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Fundamentos da Electricidade e Magnetismo.


Aspetos básicos e introdutórios
O que é Electricidade e Magnetismo?
 A ciência da electricidade teve sua origem na observação. Já do conhecimento de Tales de
Mileto no ano 600 a.c, observava-se que um pedaço de ambar quando atritado atraia
pequenos fragmentos de palha, e esta atração se confundia com atracção magnética do
iman natural sobre o ferro.
 Assim conheciam-se duas ciências que se desenvolviam de uma forma bastante
independente uma da outra até que Hans Oeristede observou uma conexão entre elas, ao
observar o facto de que a corrente que pode efectuar uma agulha magnética imantada de
uma búsula.
 Esta nova ciência que se conheceu por electomagnetismo, foi desenvolvida por muitos
pesquisadores dentre os quais se destacou o Michael Faraday e Maxwell que formulou as
leis do electomagnetismo.
 A estenção da aplicação das equações de Maxwell é notavél abragente no princípio de
funcionamento de varios aparelhos opticos e electromagnéticos, como motores ciclotrons,
computadores electrónicos, radios, televisão, radares, microscópio e telescópio.

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Fundamentos da Electricidade e Magnetismo.


Aspetos básicos e introdutórios
A Electricidade e Magnetismo para o seu estudo pode dividir-se em:
 Electricidade
 Magnetismo

A Electricidade subdivide-se em:


 Estática: estuda as condições de equilíbrio das forças elétricas que atuam num corpo
em repouso ou de movimento uniforme.
 Dinâmica: estuda o movimento dos portadores de Carga relacionando as forças que
atuam sobre estes.

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Fundamentos da Electricidade e Magnetismo.
Aspetos básicos e introdutórios
Constituição dos Átomos
 A matéria é formada por átomos, que por sua vez por partículas
elementares, que esta distribuídas nas duas regiões de átomos,
nomeadamente núcleo e electrosfera.
 No núcleo- parte central do átomo, onde praticamente se encontra toda
massa do átomo encontram-se nele os protões e neutrões.
 Na electrosfera- encontramos electrões. Esta camada envolve o núcleo.
A quantidade dos protões (portadores de carga positiva) é igual a quantidade
de electrões (portadores de carga negativas), por isso o átomo é electricamente
neutro.

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Carga Eléctrica
 Todos os corpos da natureza podem se electrizar-se, quer dizer adquirir carga eléctrica.
 A existência da carga eléctrica se manifesta quando um corpo carregado se interage com
outros corpos também carregados.
 Há dois tipos de cargas eléctricas, chamadas convencionalmente de positivas e
negativas. Temos carga positiva quando temos defeito de cargas negativas, já que no
átomo o número de protões é igual ao número de electrões.
 Já que os átomos são compostos por cargas positivas e cargas negativas, como torna-los
electrizados?
 Para tal existem vários métodos de electrização a saber:
 a) Electrização por Fricção
 Experiências mais antigas foram a fricção de certos materiais com o âmbar, este tornava-
se electrizado.
 Na verdade o que acontece se formos a olhar a constituição dos átomos, por fricção nos
retiramos alguns electrões livres dos subníveis mais externos, criando assim defeitos de
electrões em excesso de protões, em suma, no fim o corpo friccionado torna-se
electrizado positivamente e outro negativamente. FISICA II

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Carga Eléctrica. Cont.


b) Electrização por Contacto
 Trata-se de corpos um electrizado e outro neutro, quando este se
aproximam, há transferência de electrões do corpo carregado para o corpo
neutro, ficando assim os dois electrizados, aqui o poder de pontas
desempenha um grande papel.
b) Electrização por Contacto
 Trata-se de corpos um electrizado e outro neutro, quando este se
aproximam, há transferência de electrões do corpo carregado para o corpo
neutro, ficando assim os dois electrizados, aqui o poder de pontas
desempenha um grande papel.

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Carga Eléctrica. Cont.


Electrização por indução
 Com dois corpos, um carregado e outro neutro, ao aproximarmos o corpo
carregado do corpo neutro, este provocará uma redistribuição das cargas no
corpo neutro de tal modo que teremos uma zona de concentração de cargas
positivas e outra de cargas negativas.
 Torna-se claro que para tornar os corpos electrizados é necessário criar um
desequilíbrio no sistema de cargas retirando ou aumentando electrões. Mas
estes fenómenos são frequentes em elementos que apresentam as bandas ou
níveis energéticos com electrões livres, sendo assim podemos destacar os
metais- aquele que tem maior número de electrões na banda de valência, os
tais são denominados condutores. Quando apresentam a banda de valência
completamente preenchida ou não apresenta electrões livres temos os
Isoladores.
 A carga eléctrica é uma propriedade inseparável de algumas partículas
elementares, que designamos de C.
 Chama-se carga elementar, quando repararmos no contexto das interacções e FISICA II
tamanhos relativamente desprezíveis em função da distância que as separa.
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Carga Eléctrica. Cont.

Caso a carga total de um sistema for q esta será formada por um conjunto de cargas
elementares ou simplesmente um múltiplo inteiro da carga e:
q  N e
 Já que a carga elementar é tão pequena, que a magnitude das cargas macroscópicas,
pode-se considerar que esta varia em modo discreto, dai conjugando com a relação (1)
temos que a carga é quantizada.
 A medida da carga em diferentes sistemas inerciais de referência, resulta ser igual. Por
conseguinte ela é invariante relativista, por conseguinte temos que a magnitude da carga
não depende do seu estado de movimento ou de repouso.
 As cargas eléctricas podem aparecer ou desaparecer, pelo que sempre que uma partícula
encontra sua antipartícula elas aniquilam-se criando o tal chamado fotão gama.
Aniquilação de pares.
 A carga total de um sistema electricamente isolado não pode trocar suas partículas, isto
é, o número de cargas em um sistema isolado se mantem constante. Lei de conservação
de cargas.
 A lei de conservação de cargas está intimamente ligada a invariante relativista de carga,
no facto de que a magnitude de carga dependerá da sua velocidade. Pondo em FISICA II
movimento as cargas de qualquer sinal, variando assim a carga total do sistema isolado.
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Carga Elétrica
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Carga Eléctrica. Cont.

 Distribuição de cargas
 Temos 3 tipos de distribuição de cargas:
 Distribuição Linear: ao longo de um condutor homogéneo. dQ   dx

 Distribuição Superficial: quando apenas temos a carga distribuída na


superfície do condutor e não no seu interior. dQ   dx
 Distribuição Volumétrica: quando temos a carga distribuída no seu
interior do condutor. dQ  dx 

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Interacções Eléctricas
 Lei de Coulombo
 A lei de Coulombo subordina a força de interacção das cargas pontuais e foi estabelecida
experimentalmente em 1785 por Charles Austin de Coulombo.
 Chama-se carga pontual um corpo carregado cuja as dimensões são dispresiveis em comparação com
a distância entre esses corpos também carregados.
 Para a sua determinação experimental usou-se a balança de Torção proposta por Cavendich.
Coulombo mediu a força de interação de duas bolas carregadas em dependência de magnetude de
suas cargas e a distância entre elas.

Coulombo partiu de princípio de que ao trocar uma


bola metálica carregada por uma outra bola não
q1 q2 
  k 2 e1, 2
carregada, a carga se distribui entre ambas bolas.
F1, 2 Como resultado de suas experiências, logo concluiu
r que “a força com que interactuam duas cargas
pontuais em repouso é proporcional a magnetude de
cada uma das cargas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre elas.” FISICA II

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.
Interacções Eléctricas
Onde: K é coeficiente de
proporcionalidade.

1
k   9  109 Nm 2 c  2
4 0
 0  0.885  1011 F m

e1, 2 vector unitário alinhado na direcção de
-
q1 , q2

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Interacções Eléctricas
Princípio de Sobreposição de Forças
 “A força resultante que actua sobre um sistema de cargas é igual ao
somatório das de cada carga em separado.

FR   Fi

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Interacções Eléctricas Princípio de Sobreposição de Forças

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Exemplos

 A todo ponto do espaço na vizinhança da terra associamos um vector de intensidade do campo gravitacional g
 Esse vector representa a aceleração gravitacional à qual fica sujeito um corpo de prova abandonado nesse
ponto. Sendo m a massa do corpo e F a força gravitacional que sobre ela actua, assim temos:

 F
g
m0
Este é um exemplo de um campo vectorial. Nos pontos perto da superficie da terra este campo
é frequentemente considerado como uniforme, isto é  é o mesmo em todos pontos da região
g
considerada.
Assim defimos o campo gravitacional devido a um conjunto de massas como a força
gravitacional exercida por estas massas sobre uma massa de prova . mo
 O campo elétrico é provocado por um conjunto de cargas electricas defini-se
da maneira analoga. Havendo um conjunto de cargas electricas puntiformes , q i
distribuidas em varios pontos do espaço, coloca-se uma carga de prova num
certo ponto P, a força exercida sobre esta carga de prova será a soma
vectorial das forças exercidas pelas cargas individuais. De vez que a cada uma
dessas forças é proporcional a carga q. O campo electrico E no ponto P defini-
o

se como igual a esta força dividida por . q


 o
 F
E  F 1 q
E   2
q o
q0 40 r

Para calcular o valor de produzido por varias cargas pontiformes num dado ponto,
procedemos do seguinte modo:
Calculamos o campo electrico produzido por uma carga nesse ponto, como se apenas
essa existisse.
Somamos vectorialmente os campos produzidos por cada carga, que foram calculados

separadamente, E e entretanto o campo resultante nesse ponto. Escrevemo-la sob a
forma n
E  E1  E2  E3  ...  En   Ei n  1,2,3,...
i 1
Calculos do Campo Electrico
Metodo Colombiano
 Se a distribuição de cargas for continua, o campo produzido num ponto P é
dado sob a forma
CAMPO ELECTRICO DE UM DIPOLO
ELECTRICO
CAMPO ELECTRICO DE UM DIPOLO
ELECTRICO
Cont.
CAMPO ELECTRICO DE
UM ANEL DE CARGA
UM ANEL DE CARGA
Cont.
CAMPO CRIADO POR UMA LINHA
INFINITA DE CARGAS
CAMPO CRIADO POR UMA LINHA
INFINITA DE CARGAS . cont
CÁLCULO DO CAMPO ELECTRICO APARTIR DAS LEIS DE
GAUS  O cálculo do campo Eléctrico a partir da lei de Coulomb quando se conhece o
suficiente sobre o tipo de distribuição das cargas responsáveis pelo campo é
em geral um método trabalhoso, mas sempre conduz a um resultado certo.
 O cálculo do campo eléctrico a partir da Lei de Gauss é um método menos
trabalhoso, no entanto o número de problemas que pode ser resolvido por
este é limitado. Este aplica-se para a resolução de problemas com simetria.
CÁLCULO DO CAMPO ELECTRICO
APARTIR DAS LEIS DE GAUS
CAMPO ELECTRICO APARTIR DAS LEIS
DE GAUS
Calculo do campo electrico de uma
carga pontiforme esferica
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Obrigado

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