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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

EXAME FINAL DE 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II 
ENUNCIADO 
Curso: LECT                  1ª Época 
Turma: C21, C22, C23               Data: 9‐Dez‐2020 
Ano Lectivo: 2020 – 2º Semestre                       Duração: 120 min 
Nome do Docente: Eng. José Font / Eng. Mousinho Alfandega     Pontuação: 400 

Importante:
A fraude no exame de uma disciplina tem como consequência a reprovação na disciplina, sem possibilidade do infractor
participar no exame de recorrência nem no exame especial (se existir) da disciplina em causa (alínea b, artigo 1 da
ADENDA AO RPL).

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Parte Teórica (150 pontos) 
1. Na  produção  de  elementos  cerâmicos  a  massa  deve  passar  por  diversos  processos,  a  seguir  se 
relacionam alguns deles, identifique corretamente. (70 ptos) 
O material é posto em secadores onde recebe ar quente com bastante humidade, até que 
  desapareça a água absorvida. Ai recebe só ar quente para perder a água de capilaridade. 
Com isso as deformações são mínimas. 
Serve  para  preparar  a  argila  para  a  moldagem.  Conforme  o  tipo  de  barro  e  o  tipo  de 
 
moldagem, é usada ou não água. Ela é feita por processos manuais ou mecânicos. 
É  muito  cara  e  usual  para  peças  delgadas  e  de  precisão.  Dá  alto  rendimento  e  pouca 
 
deformação.  
É  feita  para  dar  a  argila  a  constituição  que  se  deseja.  Por  exemplo,  para  se  obter  a 
  cerâmica  fina,  deve‐se  lavar,  deixar  sedimentar  e  depois  filtrar,  eliminando‐se  por  este 
processo os grãos graúdos 
É o processo comum nas olarias, mas é demorado e exige grandes superfícies. Ela é feita 
 
em extensos telheiros, ao abrigo do sol e com ventilação controlada 
As peças são colocadas em pequenos vagões, que percorrem lentamente a extensão dum 
 
túnel no sentido de menor para maior temperatura (40 a 150 oC). 
É feita para se obterem grãos finos e com isso maior plasticidade e melhor contacto entre 
  os componentes. A argila é colocada em caixas, onde é revolvida por força humana (com 
pás, picaretas, etc.), ou por animais que fazem girara as pás no interior da massa. 
 
2. Segundo as definições a seguir completar em cada caso: (80 ptos) 
  conjunto de tintas de fundo, massa de nivelamento e tintas de acabamento 
substancia liquida, constituída por resinas, solventes ou agua, pigmentos e aditivos, aplicado 
 
sobre um substrato 
substancia pastosa constituída por resinas e solventes com a finalidade de regularizar a 
 
superfície 
substancia liquida constituída de resinas, solventes e aditivos que depois de seca forma uma 
 
película resistente e transparente 
conjunto de veículo fixo e de veículo volátil ou apenas veículo fixo no caso de o segundo não 
 
existir. 
substância inorgânica, homogénea amorfa, obtida através do resfriamento de uma massa em 
 
fusão pelo calor de óxidos, de seus derivados e misturas. 
obtidos pela dispersão  de pequenas partículas de um betume asfáltico em água ou em uma 
 
solução aquosa com um agente emulsionante 
material altamente impermeável, aderente e coesivo, capaz de resistir altos esforços e fluir sob 
 
a acção de cargas permanentes 
 
 
 
 

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Parte Pratica (250 pontos) 
1.  Um  cabo  de  aço  macio  e  liso,  de  2  mm  de  diâmetro,  que  tem  limite  de  escoamento  de  260  MPa  e 
módulo  de  elasticidade  de  210  GPa,  é  utilizado  para  sustentar  um  bloco  cujo  peso  é  de  750  N.  Nesta 
condição responda as questões a seguir:   (80 ptos) 
a) Ocorrerá deformação plástica no cabo de aço?            … (20 ptos) 
b) Qual o alongamento percentual aproximado do cabo de aço com o bloco suspenso?  … (30 ptos) 
c) Classifique o aço segundo o REBAP.               … (10 ptos) 
d) Represente o diagrama (s vs e) do conjunto aço bloco, (assinale os pontos notável no gráfico). … (20 ptos)  
 
2. Em um ensaio de dureza Brinell, submetido a uma amostra de metal, verificou‐se que a relação entre a 
força aplicada e a área de impressão no metal foi de 230, o ensaio foi realizado com uma esfera de 5 mm 
de diâmetro, em um intervalo de 30 segundos, e a impressão resultante no metal foi de 2 mm.  (70 ptos) 
a) Determine a dureza do material ensaiado.          … (20 ptos) 
b) Como classificaria este material segundo os resultados do ensaio.    … (20 ptos) 
c) Com os dados e resultado obtido faça a representação deste ensaio.  … (30 ptos) 
 
 
 
 
 
 
 
3. Se construirá uma estrutura temporária que deve suportar uma carga pontual, segundo o esboço 
de dita estrutura e os dados fornecidos da madeira utilizada, determine:  (100 ptos) 

V‐1

6 m 
3 m 

?
  V‐2 
 
V‐2 
 
2 m 
 
 
  P‐1 
 
Dados: 
‐ Tipo de madeira: Eucalipto comum 
‐ Dimensões V‐1:  0,05 x 0,35 x 6 m 
‐ Dimensões V‐2:  0,15 x 0,20 x 3 m 
‐ Dimensões P‐1:  0,15 x  0,15 x 2 m 
‐ Humidade das madeiras = 15 % 
 
a) A carga máxima expressada em kg que pode suportar no ponto assinalado       … (80 ptos) 
b) Classifique a madeira usada segundo sua tensão a flexão estática e compressão axial.  … (20 ptos) 
 
 
 

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Classificação de Madeiras Folhosas em função de σc compressão axial Classificação de Madeiras em função de σ f “flexão estática”
Tensão de rotura (kg/cm2) Classificação Tensão de rotura (kg/cm2) Classificação
< 450 Pouco Resistente < 1 100 Pouco Resistente
450 – 750 Medianamente Resistente 1 100 ... 1 800 Medianamente Resistente
>= 750 Muito Resistente >1 800 Muito Resistente
Classificação de Madeiras segundo a sua densidade ρ Classificação de Madeiras segundo a sua dureza N
ρ (g/cm3) Classificação Dureza N Classificação
<= 0,50 Muito Leve 0,2 ... 1,5 Muito Branda
0,50 ... 0,64 Leve 1,5 ... 3,0 Branda
0,64 ... 0,79 Medianamente Leve 3,0 ... 6,0 Medianamente Branda
0,80 ... 0,95 Pesada 6,0 ... 9,0 Dura
>= 0,95 Muito Pesada 9,0 ... 20,0 Muito Dura
Classificação de Madeiras segundo o coeficiente de Resiliencia Classificação de Madeiras segundo a Cota Dinâmica
Coef. de Resiliencia (K) Classificação Cota Dinâmica Classificação
< 0,4 Pouco Resistente 0,2 ... 0,8 Muito Frágil
0,4 ... 1,0 Medianamente Resistente 0,8 ... 1,2 Medianamente Frágil
> 1,0 Muito Resistente >= 1,2 Pouco Frágil
 
Formulário Madeira 
Teor de Humidade   Tração Transversal
h/30
  H = (m1 – m0) * 100 / mo    H = (1,4 – t / 100)    σ tH = Ft / (a * b) 
m1 – massa humida   σ t,12 = σ tH * [1 + K3 (H ‐ 12)]          K3 = 0,015  
m0 ‐  massa seca     
h – Humidade relativa do ar  Cota aderência:      Ct = σ t,12 / (100 * ρ12) 
t – temperatura do ambiente 
Densidade da madeira    Fendimento
3 3
ρH = m1 / V1      [g/cm  ;  t/m ]  F´H = F / b      [kgf/cm] 
ρ12 = ρH * [(100 + 12)(100 – H αv)] / [100 + H)(100 – 12 αv)]  F ´12 = F´H  [1 + K4 (H ‐ 12)]          K4 = 0,015  
     
αv  ‐ Coef. de retração volumétrica = 1  Cota de fendimento:  C´f = F´12 / (100 * ρ12) 
Compressão Axial  Flexão Estática 
10/6
  σ cH = F / (b * h)  σ fH = 3 F.I / (2 b * h ) 
  σ c,12 = σ cH * [1 + K1 (H ‐ 12)]          K1 = 0,05   σ f,12 = σ fH * [1 + K2 (H ‐ 12)]          K2 = 0,04  
       
2
1. Cota estática:      Cc = σ c,12 / (100 * ρ12)         [kgf/cm ]  1. Cota flexão:      Cf = σ f,12 / (100 * ρ12) 
2
2. Cota especifica:  Cc´= σ c,12 / (100 * ρ 12)        2. Cota tenacidade:      Cfc = σ f,12 / σ c,12  
3. Cota rigidez:      Cff = l / f 
Flexão Dinâmica   Resistência ao Corte
10/6 2
  K = W/ (b * h )  γ H = F / (a * b)                            [kgf /cm ] 
W – trabalho de rotura a flexão dinâmica pela área da secção transversal do  γ 12 = γ c * [1 + K5 (H ‐ 12)]          K5 = 0,05  
provete       
K – Coef. de resiliencia   Cota de corte:      Cγ = γ 12 / (100 * ρ12) 
b * h – secção transversal do provete com massa volumica a 12% de humidade   Nota: γ = 2,5 σc 
   
2
Cota dinâmica:  C w = K /  ρ 12   
Dureza 
  N = 1 / f 
2
  Cn = N / * ρ 12 
 

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