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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


ENGENHARIA CIVIL-P.LABORAL
REDES E INFRAESTRUTURA URBANO
4O ANO

DISCENTES:
DOMINGOS GIMO ARMANDO
EDNA TEODORA OCTÁVIO RÊGO
EDSON ANSUAL EMILIO PASCOAL
EDVALDO ARMANDO VASCO
FRANCISCO JEREMIAS BALAZA

TEMA:
Sistema de Abastecimento de Água de Rio Pungué (3 Grupo)

‘‘Estacão de Tratamento de Água’’

BEIRA
2023
DISCENTES:
DOMINGOS GIMO ARMANDO
EDNA TEODORA OCTÁVIO RÊGO
EDSON ANSUAL EMILIO PASCOAL
EDVALDO ARMANDO VASCO
FRANCISCO JEREMIAS BALAZA

TEMA:
Sistema de Abastecimento de Água de Rio Pungué (3 Grupo)

‘‘Estacão de Tratamento de Água’’

Trabalho de investigação para ser


apresentado à cadeira de Redes e
Infraestrutura Urbano para fins
avaliativos.
Docente: Msc. EngO Bento Chunga

BEIRA
2023
RESUMO

O Rio Pungué é uma importante fonte de água na região em que se encontra. O sistema de
abastecimento de água do Rio Pungué é responsável por coletar, tratar e distribuir água para as
comunidades locais. O sistema é composto por várias etapas, que incluem a captação da água, o
tratamento da água e a distribuição da água para as comunidades.

A ETA do Rio Pungué é responsável por tratar a água captada do rio e distribuí-la para a cidade de
Beira, em Moçambique. A ETA foi construída em 1956 e atualmente tem uma capacidade de
produção de 80.000 m³/dia de água tratada.

O processo de tratamento utilizado pela ETA Pungué é convencional, composto por várias etapas,
como coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfeção. Na coagulação, é adicionado um
coagulante químico para aglomerar as partículas presentes na água. Em seguida, a floculação permite
que os flocos de partículas formados na etapa anterior se juntem e formem flocos maiores. Após a
floculação, a água passa por um processo de decantação, onde os flocos são separados da água.

A manutenção adequada da infraestrutura da ETA e a capacitação constante dos funcionários são


fundamentais para garantir que o processo de tratamento seja realizado corretamente e a qualidade da
água tratada seja mantida. Além disso, a poluição do Rio Pungué representa um desafio para a ETA,
e medidas de proteção e conservação do rio são necessárias para garantir a disponibilidade de água
de qualidade para a cidade.

A ETA do Rio Pungué tem enfrentado desafios para atender a crescente demanda por água na cidade
de Beira. A expansão da infraestrutura da ETA é necessária para aumentar a capacidade de produção
de água tratada e atender a demanda da população. Além disso, é importante garantir a proteção e
conservação do Rio Pungué para assegurar a disponibilidade de água de qualidade para as gerações
futuras.

Em conclusão, a ETA do Rio Pungué é uma peça fundamental do sistema de abastecimento de água
da cidade de Beira, garantindo o fornecimento de água potável para a população. A manutenção
adequada da infraestrutura da ETA, a capacitação constante dos funcionários, a proteção e
conservação do rio Pungue, e a expansão da infraestrutura da ETA são importantes para garantir a
qualidade e a disponibilidade da água potável para a população da região.

Palavras-Chave: Rio Pungué. ETA. Beira. Reservatório Primário. Incendio.

1
INDICE

CAPITULO I ......................................................................................................................................................4

CONTEXTUALIZAÇÃO ..............................................................................................................................4

CAPITULO II.....................................................................................................................................................5

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................5

OBJECTIVOS ....................................................................................................................................................5

Objectivo Geral.............................................................................................................................................5

Objectivo Específicos....................................................................................................................................5

CAPITULO III ...................................................................................................................................................6

LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DO RIO PUNGUÉ .................................................................................6

ÁREA OPERACIONAL DA BEIRA DO SISTEMA .......................................................................................6

Descrição do Sistema de abastecimento de água de Rio Pungué..............................................................6

CÁLCULO DOS FATORES CARACTERÍSTICOS DO RIO PUNGUÉ ........................................................7

AS CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS DO RIO PUNGUE .......................................................................8

PARÂMETRO FÍSICO E BIOLÓGICO ...........................................................................................................9

RESERVATÓRIO PRIMÁRIO .......................................................................................................................11

BOMBAS VOLUMÉTRICAS OU DE DESLOCAMENTO POSITIVO .......................................................12

CAPITULO IV .................................................................................................................................................13

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................13

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................................................14

Apêndice.........................................................................................................................................................15

INFRAESTRUTURAS, ACTIVIDADE ECONÓMICA E INDUSTRIAL ....................................................16

DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PARA FINS DOMÉSTICOS .............................................20

DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PARA COMBATE A INCÊNDIOS ..................................22

2
Lista de figuras

Figura 1- Descrição do Rio Pungué;

Figura 2- Diagrama dos consumos domésticos para fator de ponta horária 3. (Sousa, 2011).

Lista de abreviaturas

ETA: Estação de Tratamento de Água;

SAA: Sistema de Abastecimento de Água;

FIPAG: Fundo de Investimento e Patrimonio do Abastecimento Água;

DN: Diametro Nominal;

STD: Sólidos Totais Dissolvidos;

DBO: Demanda Bioquímica de Oxigênio.

Índice de Tabelas

Tabela-1. Consumos diários;


Tabela-2. Censos da cidade da Beira- Informações colhidas na página do INE;
Tabela-3. Perspectiva de população para os anos de horizonte;
Tabela-4. Consumos populacionais diários;
Tabela-5. Consumos de População e Hotéis.

3
CAPITULO I

CONTEXTUALIZAÇÃO
O Rio Pungué é uma importante fonte de água para a cidade de Beira, em Moçambique. A Estação
de Tratamento de Água do Rio Pungué (ETA Pungue) é responsável pelo tratamento da água captada
do rio e sua distribuição para a cidade. A ETA Pungué foi construída em 1956 e atualmente tem uma
capacidade de produção de 80.000 m³/dia de água tratada.

A ETA Pungué utiliza um processo de tratamento convencional que inclui várias etapas. A primeira
etapa consiste na coagulação, onde é adicionado um coagulante químico para aglomerar as partículas
presentes na água. Em seguida, ocorre a floculação, onde a água é agitada lentamente para permitir
que os flocos de partículas formados na etapa anterior se juntem e formem flocos maiores.

Após a floculação, a água passa por um processo de decantação, onde os flocos formados
anteriormente são separados da água. Na próxima etapa, ocorre a filtração, onde a água é passada por
um leito de areia para remover as partículas finas que não foram removidas nas etapas anteriores.
Finalmente, a água é desinfetada com cloro antes de ser distribuída para a cidade.

Apesar do processo de tratamento convencional utilizado pela ETA Pungué ser eficaz na remoção de
partículas e bactérias da água, ainda existem desafios a serem enfrentados para garantir a qualidade
da água distribuída. A manutenção adequada da infraestrutura da ETA e a capacitação constante dos
funcionários são fundamentais para garantir que o processo de tratamento seja realizado corretamente.

Além disso, a crescente demanda por água na cidade de Beira e a poluição do Rio Pungué representam
desafios adicionais para a ETA Pungué. A expansão da infraestrutura da ETA e a implementação de
medidas de conservação e proteção do rio Pungue são importantes para garantir o fornecimento de
água potável para a população de Beira.

Em todo caso, o sistema de abastecimento de água do Rio Pungué e sua ETA desempenham um papel
crucial na garantia do acesso à água potável para a população da cidade de Beira. Apesar dos desafios
enfrentados, a infraestrutura existente é capaz de produzir água de qualidade e aprimoramentos
contínuos são necessários para garantir a qualidade e a disponibilidade da água potável para a
população da região.

4
CAPITULO II

INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS
O presente projecto é referente a concepção de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA) potável
e o saneamento básico ambiental, vital para a proteção do meio ambiente e melhoria da saúde humana
no interior do distrito de Pungué, localizado na província da Sofala em Moçambique, com a finalidade
de se evitar a mortalidade, principalmente a infantil, por doenças relacionadas à falta de recursos
hídricos.

A água é um recurso fundamental para a vida humana e para o desenvolvimento das comunidades
locais. Na região em que se encontra, o Rio Pungué é uma importante fonte de água, responsável por
abastecer várias comunidades locais. O sistema de abastecimento de água do Pungué é composto por
várias etapas, incluindo a captação, tratamento e distribuição da água. No entanto, o sistema enfrenta
desafios, como a qualidade da água, o acesso à água e o impacto ambiental. Para enfrentar esses
desafios, é necessário implementar práticas sustentáveis, monitorar a qualidade da água e garantir que
as comunidades locais tenham acesso adequado à água. Neste contexto, este trabalho tem como
objetivo apresentar uma análise mais detalhada do Sistema de Abastecimento de Águas do Rio
Pungué, discutindo suas principais características, desafios e possíveis soluções.

OBJECTIVOS

Objectivo Geral

 O objectivo geral deste trabalho é desenvolver a informação do Sistema de


Abastecimento de Água do Rio Pungué especificamente a Estacão de Tratamento de Água
(ETA).

Objectivo Específicos

 Localizar a localização geográfica do Rio Pungué e suas características físicas;


 Mencionar os parâmetros físicos e biológicos de Sistema de Abastecimento de Água do Rio
Pungué;
 Identificar as bombas volumétricas d Sistema de Abastecimento de Água do Rio Pungué;

5
CAPITULO III

LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DO RIO PUNGUÉ


O Rio Pungué é rio internacional, situado entre Moçambique e Zimbabwe, com área de 31.151 km2
e com extensão de 400 km. Nasce no Zimbabué, tem uma vazão média de 120 m3/s e em território
inteiramente moçambicano, desagua a norte da baía de Sofala, formando um estuário baixo e
pantanoso em cuja margem esquerda se situa a Beira, segue o sentido de norte para leste.

Figura 1- Descrição do Rio Pungue.

ÁREA OPERACIONAL DA BEIRA DO SISTEMA

A Área Operacional da Beira, situada na província de Sofala, é a maior área operacional da


Região Centro, possuindo o maior número de clientes e o maior sistema de abastecimento de água
que alimenta as populações dos municípios da Beira e de Dondo, incluindo a sede do Posto
Administrativo de Mafambisse. O sistema de abastecimento de água tem como capacidades

nominais de captação, produção e armazenamento de 60.000 m3/d, 50.000 m3/d e 36.590 m3,
respectivamente.

Descrição do Sistema de abastecimento de água de Rio Pungué


 Captação

A captação de água para a Estação de Tratamento da Mutua é feita num canal que serve de
reservatório de água bruta. A água bruta é proveniente do Rio Pungué e pode ser transferida para
esse canal vinda de duas captações distintas, uma antiga que pertence à Empresa Açucareira de
Mafambisse e outra situada no Dingue-Dingue recentemente construída pelo FIPAG. A Captação

6
no Dingue-Dingue é constituída por 3+1 grupos de bombagem submersíveis com uma capacidade

nominal de 1.350 m 3/h e uma altura manométrica de 17,2 m. A Captação no Canal é constituída por

3+1 grupo de bombagem com a capacidade nominal de 1013 m3/h e uma altura manométrica de 28
m.

 Sistema de tratamento existente actualmente

A ETA localiza-se na localidade de Mutua, posto administrativo de Mafambisse, distrito de Dondo

e tem uma capacidade instalada de tratamento de 50.000 m3/d. Esta dispõe de 3 linhas de
tratamento encontrando-se duas em funcionamento, ou seja, a ETA1 e a ETA3 e uma fora de serviço
(ETA2).

A ETA1 tem uma capacidade nominal de tratamento de 22.800 m 3/dia e a ETA3 27.600 m3/dia.
De referir que a ETA2 se encontra fora de serviço devido a problemas estruturais, no entanto esta

fora dimensionada para uma capacidade nominal de tratamento de 10.000 m3/dia.

A cisterna é constituída por duas células, tendo cada uma destas 3 entradas de água tratada,
correspondentes a cada uma das linhas de tratamento.

A jusante do reservatório da ETA da Mutua, encontra-se uma estação elevatória, constituída por 5

electrobombas (Q=800 m 3/h, H =65m) que debitam para um único colector de compressão. Deste
colector partem 2 condutas adutoras em paralelo, uma em betão DN700, com mais de 50 anos e
outra em poliéster reforçado a fibra de vidro (GRP) DN1000, mais recente.

Entre a ETA da Mutua e o reservatório de Mezimbite, existe uma derivação na conduta antiga que
abastece a Açucareira e o Bairro de Mafambisse. Entre o reservatório de Mezimbite e o Dondo, as
duas condutas seguem em paralelo junto à linha de caminho- de-ferro numa extensão de cerca de
7,2 km, sendo a conduta antiga de betão DN600mm e a conduta nova em Aço DN900.

CÁLCULO DOS FATORES CARACTERÍSTICOS DO RIO PUNGUÉ

𝐃𝐚𝐝𝐨𝐬:

A = 31 151 km²

P = 400 Km

L = 250 Km

7
I) ÍNDICE DE COMPACIDADE:
0,282 ∗ 𝑃 0,282 ∗ 400
𝐾𝑐 = = = 0,639
√𝐴 √31151

II) FATOR DE FORMA:

𝐴 31151
𝐾𝑓 = = = 0.498
𝐿2 2502

III) RETÂNGULO EQUIVALENTE:

1o Verificar:

𝑃2 ≥ 16 ∗ 𝐴

400 2 ≥ 16 ∗ 31151

160000 ≤ 498416 ⟶ 𝑘. 𝑜

2o Cálculo de Le e le:

𝑃 𝑃2 400 4002
𝐿𝑒 = +√ −𝐴 = +√ − 31151 = 100,00𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
4 16 4 16

𝑃 𝑃2 400 4002
l𝑒 = −√ −𝐴 = −√ − 31151 = 100,00𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
4 16 4 16

3o Cálculo do índice de Alongamento:

𝐿𝑒 100
𝐾𝐿 = 1 + ∗ 0,1 = 1 + ∗ 0,1 = 1.10
l𝑒 100

AS CARACTERÍSTICAS BIOFÍSICAS DO RIO PUNGUE

 Bacia hidrográfica

O Rio Pungué possui uma bacia hidrográfica com uma área de aproximadamente 31 151 km². A bacia
é formada por uma série de afluentes, sendo que os principais são os rios Munhena, Maringue e Búzi.

8
 Clima

A região da bacia hidrográfica do Rio Pungué é caracterizada por um clima tropical, com duas
estações distintas: uma estação chuvosa, que vai de novembro a março, e uma estação seca, que vai
de abril a outubro.

 Vegetação

A bacia hidrográfica do Rio Pungué é composta por diferentes tipos de vegetação, que incluem
florestas, savanas, pântanos e manguezais.

 Solo

O solo da região da bacia hidrográfica do Rio Pungué é principalmente arenoso, com uma camada
superficial de argila em algumas áreas.

 Fauna

A bacia hidrográfica do Rio Pungué abriga uma grande diversidade de fauna, incluindo espécies de
peixes, répteis, aves e mamíferos.

 Hidrologia

O Rio Pungué possui uma extensão de aproximadamente 400 km e sua vazão média anual é de cerca
de 120 m³/s. O rio é utilizado para abastecimento de água, irrigação e pesca.

PARÂMETRO FÍSICO E BIOLÓGICO


Os parâmetros físicos e biológicos são fundamentais para o controle da qualidade da água tratada na
Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sistema de Abastecimento de Água do Rio Pungue. Os
principais parâmetros monitorados na ETA do Rio Pungué são:

 PH

O pH é uma medida da acidez ou alcalinidade da água e é influenciado pela presença de substâncias


químicas, como ácidos e bases. O pH ideal para a água potável é entre 6,5 e 8,5.

9
 Turbidez

A turbidez é uma medida da quantidade de partículas em suspensão na água e é um indicador da


qualidade da água. A turbidez é medida em unidades nefelométricas de turbidez (UNT) e o valor
máximo permitido para água potável é de 5 UNT.

 Cor

A cor é uma medida da presença de substâncias orgânicas na água e é um indicador da qualidade da


água. A cor é medida em unidades de Hazen (H) e o valor máximo permitido para água potável é de
15 H.

 Cloro Residual Livre

O cloro é adicionado à água como desinfetante para matar bactérias e outros micro-organismos. O
cloro residual livre é a quantidade de cloro que permanece na água após o processo de desinfecção.
O valor mínimo permitido de cloro residual livre na água potável é de 0,2 mg/L.

 Coliformes Totais

Os coliformes totais são um grupo de bactérias que são encontradas no intestino de animais e seres
humanos. A presença de coliformes totais na água é um indicador da contaminação fecal e é um
indicador da qualidade da água. O valor máximo permitido para água potável é de zero.

 Escherichia coli

A Escherichia coli (E. coli) é uma bactéria que é encontrada no intestino de animais e seres humanos.
A presença de E. coli na água é um indicador da contaminação fecal e é um indicador da qualidade
da água. O valor máximo permitido para água potável é de zero.

 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)

A DBO é uma medida da quantidade de oxigênio necessário para decompor a matéria orgânica
presente na água. A DBO é um indicador da qualidade da água e é medida em mg/L. O valor máximo
permitido para água potável é de 5 mg/L.

10
 Sólidos Totais Dissolvidos (STD)

Os sólidos totais dissolvidos são uma medida da quantidade de minerais e outras substâncias
dissolvidas na água. Os STD são um indicador da qualidade da água e são medida em mg/L. O valor
máximo permitido para água potável é de 500 mg/L.

 Alcalinidade

A alcalinidade é uma medida da capacidade da água para neutralizar ácidos. A alcalinidade é um


indicador da qualidade da água e é medida em mg/L. O valor ideal para água potável é entre 20 e 200
mg/L.

RESERVATÓRIO PRIMÁRIO
Os reservatórios primários são estruturas importantes na Estação de Tratamento de Água (ETA) do
sistema de abastecimento de água do Rio Pungué. Eles são responsáveis por armazenar a água bruta
que é coletada no rio antes de ser tratada. Nesta seção, farei uma descrição científica dos reservatórios
primários, abordando suas características físicas e biológicas.

Os reservatórios primários estão construídos em concreto armado e possuem uma capacidade de


armazenamento de água bruta que varia de acordo com o tamanho da ETA e a demanda de água da
população atendida. Eles são compostos por uma ou mais câmaras, que podem ser divididas por
paredes ou divisórias para facilitar o controlo do fluxo de água. A água bruta que entra nos
reservatórios primários pode conter uma grande variedade de impurezas, como matéria orgânica,
sedimentos, bactérias, vírus, protozoários, entre outros.

A primeira etapa do tratamento da água bruta ocorre nos reservatórios primários, onde as impurezas
mais grosseiras são removidas por meio de processos físicos, como sedimentação e flotação. Durante
a sedimentação, as partículas mais pesadas se depositam no fundo do reservatório, formando um lodo
que é removido periodicamente por meio de equipamentos específicos. Já durante a flotação, as
partículas mais leves são separadas da água por meio de bolhas de ar que são injetadas no fundo do
reservatório, fazendo com que essas partículas flutuem até a superfície, onde são removidas por meio
de raspadores.

Além disso, os reservatórios primários no sistema de abastecimento do Rio Pungué podem ser
equipados com sistemas de agitação, como areadores ou misturadores mecânicos, que promovem a
homogeneização da água bruta e ajudam a prevenir a formação de camadas de sedimentação no fundo
do reservatório. Esses sistemas também contribuem para a oxigenação da água, favorecendo a
atividade biológica.
11
Do ponto de vista biológico, os reservatórios primários são ambientes ideais para a proliferação de
micro-organismos, como algas, bactérias e protozoários. Esses organismos podem ser benéficos ou
prejudiciais ao processo de tratamento da água, dependendo de suas características e da concentração
em que se encontram. Algumas espécies de algas, por exemplo, são capazes de remover substâncias
orgânicas da água por meio do processo de fotossíntese, contribuindo para a melhoria da qualidade
da água. Por outro lado, a proliferação excessiva de algas pode causar problemas operacionais, como
entupimento dos filtros e formação de odores desagradáveis na água tratada.

BOMBAS VOLUMÉTRICAS OU DE DESLOCAMENTO POSITIVO


As bombas volumétricas, também conhecidas como bombas de deslocamento positivo, no SAA do
Rio Pungué são um tipo de bomba que deslocam fluidos através de um movimento de volume
constante. Elas funcionam com base em um princípio mecânico simples que envolve a expansão e
contração de uma câmara de bombeamento para criar um vácuo que puxa o líquido para dentro da
bomba e, em seguida, a compressão da câmara para empurrar o líquido para fora da bomba.

No sistema de abastecimento de água do rio Pungue, as bombas volumétricas são usadas para
transferir água dos reservatórios primários para as unidades de tratamento da ETA. Essas bombas são
capazes de lidar com uma ampla gama de viscosidades de líquidos e oferecem um fluxo constante de
fluido, tornando-as ideais para o transporte de água.

Existem vários tipos de bombas volumétricas, incluindo bombas de pistão, bombas de engrenagem,
bombas de lóbulos e bombas de diafragma. Cada tipo de bomba possui suas próprias características
e benefícios, e a escolha do tipo certo dependerá do uso específico da bomba e das propriedades do
líquido que está sendo bombeado.

As bombas de pistão, por exemplo, usam um pistão para deslocar o líquido através de uma câmara de
bombeamento. Elas são capazes de lidar com fluidos altamente viscosos e são frequentemente usadas
em aplicações industriais. As bombas de engrenagem, por outro lado, usam engrenagens rotativas
para mover o líquido através da bomba, enquanto as bombas de lóbulos usam rotores em forma de
lóbulo para transferir o líquido.

As bombas de diafragma são outra opção comum de bomba volumétrica usada no sistema de
abastecimento de água do rio Pungue. Elas consistem em uma membrana flexível que se move para
cima e para baixo para deslocar o líquido. As bombas de diafragma são frequentemente usadas em
aplicações de baixa pressão, como no transporte de líquidos químicos e de tratamento de água.

12
CAPITULO IV

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização deste trabalho possibilitou a consolidação dos conhecimentos teóricos adquiridos ao
longo da formação e também permitiu a estudantes familiarizar-se com a dinâmica da vida
profissional. Deste trabalho pode concluir-se que:

O nosso país enfrenta vários problemas com a escassez ou falta de acesso ao recurso fundamental
e indispensável para as vidas das pessoas que é a Água. O sistema de abastecimento de água do Rio
Pungue é uma importante infraestrutura para a região onde está localizado, sendo responsável por
fornecer água potável para diversas comunidades. A gestão desse sistema requer o conhecimento das
características hidrológicas do rio, a escolha adequada de materiais e tubulações, além da manutenção
e monitoramento constante do sistema. Ao longo deste trabalho, foi possível compreender as
principais características do Rio Pungue, a importância do sistema de abastecimento de água e os
desafios enfrentados na gestão do sistema.

Foram apresentados os objetivos geral e específico, assim como as metodologias utilizadas para
alcançá-los. Uma das principais conclusões deste estudo é que o Rio Pungue apresenta uma série de
características biofísicas que devem ser consideradas na gestão do sistema de abastecimento de
água. Dentre elas, destacam-se a disponibilidade hídrica variável ao longo do ano, a qualidade da
água influenciada por fatores naturais e antrópicos, a presença de sedimentos e a ocorrência de
inundações.
Além disso, a escolha adequada de materiais e tubulações é crucial para o bom funcionamento do
sistema de abastecimento de água, levando em conta fatores como a resistência, durabilidade,
custos e adequação às condições locais. A manutenção e o monitoramento constante do sistema
são fundamentais para garantir a sua eficiência e segurança.

Foi possível também perceber a importância da participação e colaboração da população na gestão


do sistema de abastecimento de água. A conscientização e o engajamento da comunidade são
essenciais para o uso racional e sustentável da água, bem como para a deteção de problemas e a
implementação de soluções.

Diante dos desafios e complexidades envolvidos na gestão do sistema de abastecimento de água


do Rio Pungue, é fundamental que sejam realizados estudos e projetos contínuos que visem a
melhoria do sistema, a fim de garantir o acesso à água potável de qualidade para toda a população
da região. Somente assim será possível promover o desenvolvimento socioeconômico e a
qualidade de vida da população local, de forma sustentável e responsável.
13
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 Regulamento dos Sistemas Públicos de Distribuição de Água e Drenagem de Águas


Residuais (RGSPPDADAR). Decreto nº 30/2003 de 21 de julho;
 Ministério da Administração Estatal. Perfil do rio Pungue. 2007;
 Instituto Nacional de Estatística. Projeções Anuais da População Total, Urbana e Rural,
dos Distritos da Província de Sofala 2007 – 2040;
 SOUSA, J. J., & SA MARQUES, J. A. 2011 - Hidráulica Urbana Sistemas de
Abastecimento de Água e de Drenagem de Águas Residuais (3a ed.). Coimbra: Imprensa
da Universidade de Coimbra;
 ER AFRICA JOINT VENTURE. 2017 – Manual Técnico para a Implementação de
Projecto de Abastecimento de Água e Saneamento Rural, Moçambique;
 HIPÓLITO, J. R., & CARMO VAZ, Á. 2017 - Hidrologia e Recursos Hídricos (3a ed.).
Lisboa: IST Press.

14
Apêndice

15
INFRAESTRUTURAS, ACTIVIDADE ECONÓMICA E INDUSTRIAL
O levantamento apurou os seguintes edifícios de que a cidade se beneficia:

 Escolas primárias e Secundarias;


 Universidade e centro profissional;
 Controlos policiais;
 Centros de saúdes;
 Pequenos e grandes mercados;
 Lojas e armazéns;
 Hotéis.

Necessidades de consumo

Consumidor Consumo diário (RGSPPDADR)


Escolas Externas 40 l/pessoa
Interno 70 l/pessoa
Hospitais e clinicas 800 l/cama
Combate a incêndios 125 m3
Hotéis 500l/Hóspede
Consumo doméstico 185 l/hab/dia
Tabela-1. Consumos diários

Nota: Para consumo doméstico (acima de 50.000 habitantes), segue-se o


recomendado pelomesmo regulamento.
Estudo da População

Dados Disponíveis da cidade da beira segundo INE são a seguir:

Tabela-2. Censos da cidade da Beira- Informações colhidas na página do INE

Anos 1997 2007 2017

Populacao (Habitantes) 423 296 443 369 463 442

O nosso interesse está na população dos anos 2023, ano de início de operação do sistema e o ano
de 2063, ano final do nosso Horizonte de projeto. Para tal faz-se o cálculo (estimativa) da evolução

16
da população dos anos em referência com ajuda de métodos de projeções demográfica, Aritmética
e Geométrica.

Projeção aritmética
Para aproximação mais realística das informações que se procuraram, usar-se-á o método dos
mínimos quadrados. Dados os N pares de valores (𝑡𝑖, 𝑝𝑖), correspondentes aos anos de censo
disponíveis, onde temos o ano de censo e a população correspondente, respectivamente. Calculase
(𝑡𝑚, 𝑝𝑚) que representam as medias das series N valores 𝑡𝑖 𝑒 𝑝𝑖.

1 1
∎τm = ∑ τi ⟺ 𝜏𝑚 = [(2007 − 1997) + (2017 − 1997)] ⟺ 𝜏𝑚 = 6,67
n 3

1 1
∎p = ∑ pi ⟺ p = [(423296 + 443369) + (463442)] ⟺ 𝑃 = 443369
n 3

Cálculo da taxa de crescimento aritmético da população ou coeficiente angular:

∑(t i − t)((pi − p)
∎Ta =
∑(t i − t)2
∑(0 − 6,67)(423296 − 443369) + (10 − 6,67)(443369) − 443369) + (20 − 6,67) (463442 − 443369)
𝑇𝑎 =
∑(0 − 6,67)2 + (10 − 6,67)2 + (20 − 6,67)2

𝑇𝑎 = 1 721,03
Cálculo do coeficiente de determinação:

2 ∑(t i − t)2 233,2667


∎r 2 = Ta × 2
⟺ 𝑟2 = (1721,03)2 × = 1,71
∑(pi − p) 403328254,3

Projeção geométrica
O mesmo estudo far-se-á usando o método da pro geométrica.
Dados os N pares de valores (𝑡𝑖, 𝑝𝑖), correspondentes aos anos de censo disponiveis, onde
temos o ano de censo e a população correspondente, respectivamente. Calcula-se (𝑡𝑚, 𝑝𝑚) que
representam as medias das series N valores 𝑡𝑖 𝑒 𝑝𝑖. O método da PG é uma função exponencial,
daí teremos que usar o logaritmo de alguns valores.
O valor da média (𝑡𝑚) calcula-se de forma análoga a do método anterior.

1 1
∎τm = ∑ τi ⟺ 𝜏𝑚 = [(2007 − 1997) + (2017 − 1997)] ⟺ 𝜏𝑚 = 6,67
n 3

17
1 1
∎Log p = ∑ pi ⟺ Log p = ∑[log(423296) + log(443369) + log(463442)] = 5,65
n 3
∑(𝑡𝑖 − 𝑡)((𝑙𝑜𝑔 𝑝𝑖 − log 𝑝)
∎𝑙𝑜𝑔𝑇𝑔 =
∑(𝑡𝑖 − 𝑡)2

∑(0 − 6,67)(𝑙𝑜𝑔423296 − 5,65) + (10 − 6,67) ∗ (𝑙𝑜𝑔443369 − 5,65) + (20 − 6,67) ∗ (𝑙𝑜𝑔463442 − 5,65)
=
∑(10 − 6,67)2 + (10 − 6,67)2 + (20 − 6,67)2

𝑙𝑜𝑔𝑇𝑔 = 0,0015

Coeficiente de determinação:
∑(t i − t)2 233,2667
∎r 2 = (logTg )2 × ⟺ 𝑟2 = (0,0015)2 × = 𝟎, 𝟔𝟓
∑(logpi − logp)2 0,000800

A escolha de que método usar para a estimativa da população, depende da comparação entre
os dois coeficientes de determinação, sendo o mais próximo da unidade o que melhor
aproxima-se a realidade sobre a evolução da população no aglomerado. Assim sendo escolhese usar
os dados oferecidos pelo método da projeção aritmética com 𝑟2 = 0.65, cujos
resultados apresentam-se abaixo.

Determinação do parâmetro 𝑷𝒐:

𝑃0 = 𝑃̅ - 𝑇𝑎 × 𝑡
𝑃0 = 443369 - 1721,03× 6,67
𝑃0 =431 890
Cálculo das populações para os anos pretendidos futuras de ano 0:
P2023 = P0 + Ta × (t − t 0 )
P2023 = 431890 + 1721,03 × (2023 − 1997)
P2023 = 476 637

Cálculo das populações para os anos pretendidos futuras de ano 20:


P2043 = P0 + Ta × (t − t 0 )
P2043 = 431890 + 1721,03 × (2033 − 1997)

P2043 = 493 848

Cálculo das populações para os anos pretendidos futuras de ano 40:


𝑃2063 = 𝑃0 + 𝑇𝑎 × (𝑡 − 𝑡0 )

18
𝑃2063 = 431890 + 1721,03 × (2063 − 1997)

𝑃2063 = 545 478

Tabela 3- Perspectiva de população para os anos de horizonte

Anos de censo futura População estimada (distrito da Beira)

P0 431 890
P2023 476 637
P2043 493 848
P2063 545 478

Nota:

Os dados disponibilizados pelo INE são referentes ao cidade da Beira não propriamente ao
municio de Beira, porém, segundo o PROGRAMA NACIONAL DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA E SANEAMENTO RURAL (PRONASAR). Tendo sido está a aproximação que se fez
para estimara a população da cidade.

Caudais de dimensionamento

𝐶𝑎𝑝𝑡𝑎çã𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝑎𝑝𝑡𝑎çã𝑜𝑑𝑜𝑚𝑒𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 + 𝐶𝑎𝑝𝑡𝑎çã𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 + 𝐶𝑎𝑝𝑡𝑎çã𝑜𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙𝑎𝑠

185𝑙
𝐶𝑎𝑝𝑡𝑎çã𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = /𝑑𝑖𝑎
ℎ𝑎𝑏

• Caudal médio diário (𝑄𝑚𝑑)

𝐶 𝑚3
𝑄𝑚𝑑 = 𝑃 ∗ [ ]
1000 𝑑𝑖𝑎

• Caudal médio diário (𝑄𝑚𝑑)

𝑚3
𝑄𝑝𝑑 = 𝑓𝑝𝑑 ∗ 𝑄𝑚𝑑 [ ]
𝑑𝑖𝑎

Usaremos por falta de informações, como indica o livro (Sousa, 2011), um fator de ponta 1.5.

• Caudal de ponta instantânea (𝑄𝑝𝑖)

1000 𝑙
𝑄𝑝𝑑 = 𝑓𝑝𝑖 ∗ 𝑄𝑚𝑑 ( ∗ 3600)[ ]
24 𝑠
19
Em que 𝑓𝑝𝑖 é o factor de ponta instantânea. A falta de elementos observados, o RGSPPDADAR
apud (Sousa, 2011) aconselha o uso da expressão seguinte para estimar este fator:

𝟕𝟎
𝒇𝒑𝒊 = 𝟐 +
√𝑷

a. Consumo doméstico diário+ consumo para mercados+ escolas (estudantes


extremos)

Captação Qmd Qpd


Ano População fpi
(l/hab/dia) (m^3/dia) (m^3/dia)
P0 431 890 185 79 899,65 119 849,48 2,1065
P2023 476 637 185 88 177,85 132 266,78 2.1013
P2043 493 848 185 91 361,89 137 042,84 2.0996
P2063 545 478 185 100 913,43 151 370,15 2.0947
Tabela 4 Consumos populacionais diários

DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PARA FINS DOMÉSTICOS


O reservatório em questão foi escolhido por atender a diferentes funções de pertinência na área
de estudo. A zona geográfica onde localiza-se a nossa rede é ameaçada por climas quentes e
por longos períodos do ano, não proximidades desta registam-se períodos de seca, sendo assim
nem sempre se pode contar com a água do rio pungue para atividades corriqueiras. Por isso
existe a necessidade de ter uma reserva de água que garanta a constante existência desta.
Considerando a sua localização altimétrica (ponto mais alto as proximidades da rede), e de
modo a economizar nos custos de construção (para reservatórios elevados), escolhe-se
trabalhar com um reservatório apoiado.

20
Figura 2- Diagrama dos consumos domésticos para fator de ponta horária 3. (Sousa, 2011)

Onde: A-Caudal médio horário anual; População estimada; Captação estimada para o
ano i.

População + mercados + escolas:

𝐶 545 478
𝐴=𝑃∗ ⇔ 𝐴 = 185 ∗ ⇔ 𝐴 = 4 204,8𝑚3 /ℎ
24 ∗ 1000 24 ∗ 1000

Consumo: 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 ∗ 𝑨

População + Mercados + Escolas


Hora Diagrama Consumos Consumos
acumulados
0 0 0 0
1 0,2 840,96 840,96
2 0,2 840,96 1681,92
3 0,2 840,96 2522,88
4 0,2 840,96 3363,84
5 0,2 840,96 4204,8
6 0,2 840,96 5045,76
7 2 8409,6 13 455,36
8 3 12614,4 26 069,76
9 3 12614,4 38 684,16
10 1,5 6307,2 44 991,36
11 1,5 6307,2 5 1298,56
12 2,5 10512 61 810,56
13 2,5 10512 72 322,56
14 2,5 10512 82 834,56
15 1,5 6307,2 89 141,76
16 1,5 6307,2 95 448,96
17 1,5 6307,2 101 756,2
18 1,5 6307,2 108 063,4
19 2,7 11352,96 119 416,3
20 2,7 11352,96 130 769,3
21 2,7 11352,96 142 122,2
22 1 4204,8 146 327
23 0,6 2522,88 148 849,9
24 0,6 2522,88 151 372,8
Tabela 5- Consumos de População e Hotéis

21
𝑉𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑜𝑟𝑖𝑜 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑚𝑎𝑥 + 1 + 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑚𝑖𝑛

𝑉𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑜𝑟𝑖𝑜 = 151 372,8 + 1 + 0

𝑉𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡𝑜𝑟𝑖𝑜 = 151 373,8 ≈ 151 374𝑚3

DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PARA COMBATE A INCÊNDIOS


O volume de água exigido para combate a incêndios não tem significado, mas as suas exigências em
períodos curtos de ocorrências de fogos são assinaláveis e influenciam o cálculo das reservas.

O RGSPPDADAR considera que os volumes de água para combate a incêndios são função do risco
da sua ocorrência e propagação na zona em causa, a qual deve ser atribuída uma das seguintes
classificações:

 Grau 1: zona urbana de risco mínimo de incendio, devido a fraca implantação de edifícios
predominante do tipo familiar;
 Grau 2: zona urbana de baixo grau de risco, típica de áreas residenciais modernas, constituída
predominante por construções isoladas com um máximo de quatros pisos de solo;
 Grau 3: zona urbana de moderado grau de risco, predominante constituída por construções
com um máximo de dez pisos acima do solo, destinado a habitação, eventualmente com algum
comércio e pesquisa industria;
 Grau 4: zona urbana de considerável grau de risco, constituída por construções de grande
porte, destinada a habitação e serviços públicos, nomeadamente centros comerciais;
 Grau 5: zona urbana de elevado grau de risco, caracterizado pela existência de construções
antigas de ocupações essencialmente comercial e de actividade industrial que armazene,
utilize ou produza materiais explosivos ou inflamáveis.

A reserva de agua para a combate a incendio, em função de grau de risco da zona, e nomino de:

3
75 m – grau 1;

3
125 m – grau 2; 

3
200 m – grau 3;

3
 300 m – grau 4;

a definir caso a caso – grau 5.

22
Para a determinação do volume contra incendio recorremos ao artigo 70 RGSPPDADAR,
sendo assim definimos que o grau de risco de incendio como sendo de Grau 4.

23
24

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