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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

EXAME FINAL D E
VIAS DE COM UN ICAÇÃO II
GUIA DE COR RE CÇÃO
Curso: LECT 1ª Época
Turma: LECT31 & LECT32 Data: 11/13-Nov-21
Ano Lectivo: 2021 – 2º Semestre Duração: 120 min
a
Nome do Docente: Prof. F. Leite/ Eng. Belzénia M. Pontuação: 200

Importante:
1) A fraude no exame de uma disciplina tem como consequência a reprovação na disciplina, sem possibilidade do
infractor participar no exame de recorrência nem no exame especial (se existir) da disciplina em causa (alínea b, artigo 1
da ADENDA AO RPL).
2) O aluno que se fizer à sala de exame ciente de problemas administrativos (dívidas), terá a nota anulada sem
possibilidade de negociação a posterior.

________________________________________________________________________________

Parte Teórica – 60 pontos

1. Que são betumes fluidificados e que classes conhece? (3 pts)

R: Os betumes fluidificados são misturas de um betume de penetração com um


solvente. (1.0 ponto)
São classificados quanto:
• ao tempo de cura em função do tipo de solvente: MC, com petróleo como
solvente, RC, com gasolina e SC, caído em desuso, com diesel como solvente;
e (1.0 ponto)
• à viscosidade, a qual depende da quantidade de solvente adicionada. (1.0
ponto)

2. O que são betumes modificados com polímeros e com que objectivos se faz esta
modificação? (3 pts)

R: Betumes modificados com polímeros são o resultado da adição de polímeros


(elastómeros, plastómeros) para melhorar as características do betume original
(durabilidade, retenção do agregado, resistência à deformações permanentes,
resistência à fissuração por fadiga, ductibilidade, elasticidade, susceptibilidade à
temperatura. (1.50 pontos)
Modificam-se os betumes para aplicação em superfícies sujeitas a condições muito
severas,como pendentes muito acentuadas, cruzamentos com tráfego muito intenso,
clima muito quente ou sobre pavimentos muito flexíveis e fissurados. (1.50 pontos)

3. Refira algumas propriedades técnicas importantes das emulsões. (3 pts)

R: As propriedades técnicas mais importantes das emulsões são:

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• Podem ser usadas com agregado húmido ou poeirento, para revestimentos


superficiais; (0.75 pontos)
• Não é necessário pré-envolvimento das partículas, para garantir uma boa
ligação com as partículas de brita (no revestimento superficial); (0.75 pontos)
• Pode ser regada (pulverizada) à temperatura ambiente; (0.75 pontos)
• São apropriadas para a execução manual de pequenos trabalhos, por não ser
necessário aquecê-las. (0.75 pontos)

4. Defina os seguintes termos técnicos (conceito, campos de aplicação/ função,


ligantes utilizados): rega de impregnação, rega de colagem ou de aderência, rega
de rejuvenescimento, RSS, RSD, “cape seal”, lama asfáltica, betão betuminoso. (6
pts)

R: As definições dos termos técnicos:


• Rega de impregnação: tratamento dado a uma base em material granular antes
da aplicação do revestimento. Consiste numa rega sobre a base feita com um
betume fluidificado de cura médica (normal/ MC-30) para garantir numa boa
ligação da base com o revestimento e encher (impregnar) os vazios da camada
superficial da base, dando-lhe assim maior coesão e protecção contra a entrada
da água; (0.86 pontos)
• Rega de colagem ou de aderência: Como o próprio diz, esta rega, feita
geralmente com uma emulsão betuminosa, tem como objectivo garantir a
ligação entre uma base estabilizada com cimento e o revestimento, ou entre
uma revestimento antigo e uma tapete novo feito com uma mistura betuminosa.
Neste tipo de rega o ligante betuminoso não penetra significativamente na
superfície sobre a qual se aplica, sendo o seu objectivo apenas a ligação entre
a superfície existente e a nova camada; (0.86 pontos)
• Rega de rejuvenescimento: aplicação de uma película fina de ligante
betuminoso sobre uma superfície de uma estrada envelhecida ou probre em
ligante, para ajudar a fixar inerte em vias de ser desagregado pelo tráfego, tapar
pequenas fissuras e poros superficiais e enriquecer em betume, de forma geral,
a superfície da estrada; (0.86 pontos)
• RSS e RSD: RSS, abreviatura para revestimento superficial simples consiste na
aplicação de uma película de ligante betuminoso, geralmente um betume de
penetração, betume fluidificado, betume modificado ou uma emulsão
betuminosa, sobre uma superfície devidamente tratada, seguida do
espalhamento e compactação de uma camada de brita, de uma só partícula de
espessura. Caso se efectue a aplicação de uma nova rega de ligante e um novo
espalhamento de brita o revestimento passa a designar-se revestimento
superficial duplo ou simplesmente, RSD; (0.86 pontos)
• “Cape seal”: é um revestimento constituído pela aplicação de uma rega de
fixação do inerte, espalhamento de agregado de 9,5 a 19,00 mm, posterior
aplicação de uma película de ligante betuminoso (geramente uma emulsão
betuminosa) e aplicação da lama asfáltica numa ou em duas camadas
(consoante a granulometria do agregado usada no RSS); (0.86 pontos)
• Lama asfáltica: mistura de areia, emulsão betuminosa e água que tem a
consistência da lama no momento da aplicação. A adição de pequenas

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quantidades de cimento (1-2%) aumenta significativamente a resistência da


lama asfáltica; (0.86 pontos)
• Betão betuminoso é uma mistura densa, de granulometria contínua, de
materiais britados, filler mineral e betume, cuja resistência se baseia no
contacto grão a grão entre as partículas de maior dimensão e, em menor
escala, nas propriedades do ligante e do fíler. Como fíler pode-se usar cal
hidratada, cimento portland ou pó calcário e o betume pode ser aplicado na
forma de um betume de penetração, betume modificado ou emulsões
betuminosas. (0.86 pontos)

5. Que designam as seguintes siglas: CRS 60, SS 60, CMS 60, SS 60/3? (6 pts)

• CRS 60: emulsão betuminosa catiónica para pulverização “Spray” com 60% de
teor de betume; (1.50 pontos)
• SS 60: emulsão betuminosa aniónica estável “Stable” com 60% de teor de
betume. (1.50 pontos)
• CMS 60: emulsão betuminosa catiónica para misturas betuminosas “Premix”
com 60% de teor de betume; (1.50 pontos)
• SS 60/3: emulsão betuminosa aniónica estável “Stable” com 20% de teor de
betume. (1.50 pontos)

6. Quais as origens possíveis da água a ser considerada no estudo da drenagem de


uma estrada? (3 pts)

R: As origens possíveis da água a ser considerada no estudo da drenagem de uma


estrada são:
• Precipitação caída sobre a estrada e zonas limítrofes; (0.75 pontos)
• Níveis aquíferos intersectados pelos taludes de escavação; (0.75 pontos)
• Níveis aquíferos inferiores ao pavimento; (0.75 pontos)
• Cursos de água superficial (temporários ou permanentes) intersectados pela
estrada. (0.75 pontos)

7. Defina sistema de drenagem de uma estrada. (3 pts)

R: Sistema de drenagem é o conjunto de todos os orgãos/dispositivos que têm como


função recolher e afastar para fora da área da estrada toda a água caída sobre a
mesma, caída nas suas imediações e que se escoa em direcção à estrada, a água
existente no sub-solo (incluindo o interior do corpo da estrada) e que possa por em
perigo o desempenho do pavimento, bem como permitir a travessia de cursos de água
temporários ou permanentes. (3.00 pontos)

8. O que é o tempo de concentração de uma bacia e como se calcula? (3 pts)

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R: Chama-se tempo de concentração (Tc) ao tempo que uma partícula de água caída
no ponto mais afastado (cinematicamente) da boca de uma bacia leva a atingir esta
última. (1.00 ponto)
O tempo de concentração em bacias naturais pode ser calculado pela fórmula de
Kirpich. O tempo de escoamento em superfícies de diferente cobertura e em
superfícies relativamente regulares (não muito grandes) pode ser feito com recurso a
ábacos. (2.00 pontos)

9. Em que situações é necessário construir valetas de bordadura em aterro,


aquedutos e valetas de pé de talude? (3 pts)

R: Constrõem-se valetas de bordadura em aterro em estradas que correm em aterro


de altura considerável (aproximadamente acima de 0,5 metros) com o objectivo
impedir que a água, caída sobre a plataforma da estrada, se escoe de forma
descontrolada pelo talude; (1.00 ponto)
É necessário construir aquedutos quando a estrada atravessa uma linha de água
temporária ou permanente, quando uma extensão considerável atravessa uma zona
baixa (inundável em época chuvosa), quando a estrada corre a meia encosta para
passar a água de um lado para o outro, sempre que não for possível por condições
topográficas afastar a água que se escoa por uma valeta de plataform de um dos
lados da estrada, há ainda casos de construção de aquedutos para atravessamento de
animais; (1.00 ponto)
Constrõem-se valetas de pé de talude, caso o terreno natural esteja inclinado em
direcção a um aterro com necessidade de protecção. A valeta de pé de talude nessa
situação, tem como função recolher as águas que se escoam em direcção ao talude,
bem como as escoadas pelo talude e/ ou por descidas de água eventualmente
existentes (caso a estrada em aterro disponha de lancis ou valetas de bordadura em
aterro). (1.00 ponto)

10. Que dispositivos de drenagem poderão ser necessários numa estrada a meia
encosta? (6 pts)

R: Em uma estrada a meia encosta poderão ser necessários os seguintes dispositivos


de drenagem (considerando uma estrada de 2x1 via sem separador, com inclinação
transversal do eixo para os lados):
• Vala/dique de crista: no topo do talude de escavação para recolher a água que
se escoa pelo talude em direcção à estrada e levá-la onde se afaste da estrada
em segurança; (0.75 pontos)
• Valeta de banqueta: na parte intermédia do talude de escavação, para recolher
a água que se escoa pelo talude em direcção à estrada e levá-la onde se
afaste da estrada em segurança; (0.75 pontos)
• Valeta de plataforma lateral com sanjas: na lateral da estrada (zona da
escavação) para recolher a água que se escoa em direcção e pela superfície
da estrada (pelo abaulamento) e levá-la até a sanja que a direccionará a um
local onde se afaste da estrada em segurança; (0.75 pontos)

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• Lancil/valeta de bordadura em aterro: na lateral da estrada (zona do aterro)


para recolher a água pela superfície da estrada (pelo abaulamento) e levá-la às
estruturas de entrada das descidas de água; (0.75 pontos)
• Descidas de água com dissipadores de energia/ descidas pedonais: recolhem
a água do topo até a base do talude de aterro (ou de escavação). Estes estão
espaçados de 50 em 50 metros e na parte inferior têm dissipadores de energia
para proteger a base do talude da erosão. Estas podem ser associadas a
descidas pedonais; (0.75 pontos)
• Aqueduto (de alívio): com a função de retirar a água acumulada pelos
dispositivos de drenagem da zona de escavação (vala/dique de crista, valeta
de banqueta, valeta de plataforma lateral) que não se pode afastar da estrada
por condições topográficas, e escoá-la para a zona de aterro, onde esta se
afasta naturalmente da estrada; (0.75 pontos)
• Vala de pé de talude: na base do talude do aterro com a função de recolher a
água que se escoa pelo talude e encaminhá-la onde se afaste da estrada com
segurança. Este órgão de drenagem tem ainda a função de proteger a base do
talude da erosão; (0.75 pontos)
• Drenos subterrâneos: no subsolo do lado em que a estrada corre em
escavação para interseptar o nível freático que possa existir. (0.75 pontos)

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11. Em que parâmetros se baseia a decisão sobre a aplicabilidade de materiais


granulares naturais como camada de base de estradas revestidas de baixo volume
de tráfego, segundo as especificações da SATCC? (6 pts)

R: As especificações da SATCC são normas para a escolha de materiais para a


pavimentação de estradas de alto desempenho. Elas não avaliam a aplicabilidade de
materiais como camadas do pavimento de estradas de baixo volume de tráfego. Para
o caso de Moçambique esta análise só pode ser efectuada pela Experiência de
Moçambique no Passado. (6.00 pontos)

12. Em que se baseia a decisão sobre a possibilidade de aplicação de um agregado


britado de granulometria extensa, de acordo com as especificações da SATCC? (6
pts)

R: De acordo com a SATCC a decisão sobre a utilização de um agregado britado de


granulometria extensa baseia-se nos seguintes parâmetros:
• Origem/proveniência; (1.00 ponto)
• Resistência ao esmagamento; (1.00 ponto)
• Limites de Atteberg (limite de liquidez, índice de plasticidade e limite de
retracção); (1.00 ponto)
• Índice de lamelação; (1.00 ponto)
• Condutividade eléctrica; (1.00 ponto)
• Granulometria. (1.00 ponto)

13. Descreva de forma resumida a realização do ensaio ACV. (3 pts)

R: O ensaio de ACV (Aggregate Crushing Value ou Coeficiente de Esmagamento)


consiste na determinação da percentagem da amostra ensaiada, que é esmagada até
uma dimensão inferior a 2,36 mm, quando uma amostra de agregado passada no
peneiro de 13,2 mm e retida no de 9,5 mm é sujeita a esmagamento sob uma carga de
compressão de 400 KN, aplicada gradualmente. (2.00 pontos)
O ensaio de ACV é feito sobre agregados britados, sendo um dos ensaios usados
para a caracterização dos agregados britados de granulometria extensa. (1.00
pontos)

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14. Refira-se à “TRH20” (o que é, para que serve, em que se baseia, que informação
fornece). (6 pts)

R: A recomendação técncica TRH 20 tem como objectivo, o estudo sobre a


possibilidade de utilização de solos menos ”nobres” para camada de desgaste de
estradas terraplenadas, orientando-se pelo bom desempenho de solos, dos quais nem
sempre se esperaria esse bom desempenho. (1.50 pontos)
A análise da possibilidade de utilização dos solos por meio deste método baseia-se
essencialmente em parâmetros relacionados com a granulometria, plasticidade
(através da retracção) e capacidade de suporte, decisiva é a determinação do produto
de retracção e do coeficiente granulométrico, com base nos seus valores faz-se a
classificação dos solos em estudo. (1.50 pontos)
A TRH 20 agrupa os solos em 5 grupos, sendo: A dos materiais erodíveis; B dos
materiais que desagregam e formam corrugações; C dos materiais soltos; D dos
materias escorregadios; e E dos materiais com bom comportamento, podendo ser
poeirentos em alguns casos. (1.50 pontos)
A TRH 20 fornece informação sobre as características dos solos, seus prós e contras
do ponto de vista de desempenho rodoviário, informação esta que nos permite definir
a aplicabilidade de solos que seriam descartados pelas outras normas e também
programar a sua manutenção. Mas por outro lado, as especificações aceitam materiais
que podem ser “inaceitavelmente” poeirentos e não tem em conta a composição
química dos materiais. (1.50 pontos)

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Parte Prática (160 pontos)

Um trecho da estrada NX apresenta-se num estado de degradação acentuado. Este


trecho localiza-se na mudança de um trainel ascendente para um trainel descendente,
numa zona elevada, em escavação. Na elaboração do projecto não se prestou atenção ao
facto de a escavação ter aproximado a superfície da estrada do nível freático
(relativamente elevado). A proximidade do nível freático (cerca de 50 cm) é apontada
como a causa mais importante do estado de degradação deste trecho de estrada.
Adicionalmente, os materiais utilizados não eram de boa qualidade, como mais tarde foi
possível verificar. Por isso, cerca 1.000 m de estrada deverão ser reabilitados.
Os trabalhos consistirão essencialmente na construção de drenos de rebaixamento do
nível freático, na construção de novas camadas de sub-base e base, bem como na
aplicação de um revestimento do tipo “cape seal”.
A estrada situa-se nas terras altas de Tete e terá, ao longo dos próximos 10 anos, um
tráfego médio de cerca 900 veículos comerciais por dia em cada sentido. A largura da
estrada, incluindo as bermas (também revestidas) é de 11 m.
O quadro I apresenta os materiais de câmaras de empréstimo conhecidas nas
proximidades. O quadro II apresenta materiais de fontes comerciais, utilizáveis para
diferentes fins (“tout-venat”, revestimentos, drenos, betão, etc.). O quadro III apresenta as
características granulométricas do solo a drenar no trecho em estudo.
Por uma questão de economia, a preferência será dada à utilização de materiais naturais
para as camadas do pavimento.

Quadro I (todos os solos são lateríticos)

Peneiros Solos
(mm) 5 4 3 2 1

50,8 100
37,5 100 91
19,0 100 100 82 63
4,75 72 82 41 40
2,00 100 52 41 32 20
0,425 43 32 33 21 09
0,075 20 09 22 08 03

CBR 23 52 62 81 84
LL 35 33 32 26 25
IP 06 10 12 09 06
LS 08 06 06 08 04

a) Discuta a possibilidade da utilização dos solos apresentados em anexo (Quadro


I), nas diferentes camadas do pavimento do referido trecho de estrada
(considere a possibilidade de misturar solos, apenas para a camada de base. A
análise dos solos deverá ser feita com base nas Especificações da SATCC.
Caso julgue pertinente, discuta as possibilidades de utilização de solos na
camada de base, também à luz da experiência do passado em Moçambique.
(50 pts)

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R: Análise da possibilidade de utilização dos solos na camadas do pavimento da referida


estrada.
Passo 1: Definição da camada do pavimento candidata
A definição da camada do pavimento candidata se faz pela análise do CBR do solo.
Sendo o parâmetro de escolha de acordo com a SATCC:
• Camada de base → CBR ≥ 80

• Camada de sub-base → 30 ≤ CBR < 80

• Camada superior do leito do pavimento → 15 ≤ CBR < 30

• Camada superior do leito do pavimento → 10 ≤ CBR < 15


Para a estrada referida pretende-se reabilitar as camadas de base e sub-base apenas.
Passa-se a análise das camadas do pavimento recomendadas para cada solo.
• Solo 1 → camada de base (1.0 pontos)
• Solo 2 → camada de base (1.0 pontos)
• Solo 3 → camada de sub-base 1.0 pontos)
• Solo 4 → camada de sub-base (1.0 pontos)
• Solo 5 → camada superior do leito do pavimento (1.0 pontos)

Uma vez que o solo 5 não atende aos requisitos para uma das camadas a ser reabilitada
(sub-base e base), a continuação da sua análise não se faz necessária.

Passo 2: Candidatos à camada de base


• Dmáx ≤ 53 mm

o Solo 1 → Dmax = 50,8 < 53 mm → satisfatório (1.0 ponto)


o Solo 2 → Dmax = 37,5 < 53 mm → satisfatório (1.0 ponto)

• Granulometria: encaixe no fuso da base em material natural

o Solo 1: curva extensa e regular, encaixa em grande parte no fuso da base,


não encaixando apenas na parte superior (fracção mais grossa) e na parte
inferior (fracção mais fina), a decisão do seu uso ou não devido à
granulometria fica dependente do valor do GM (caso este seja satisfatório
poder-se-á usar o material apesar do seu encaixe no fuso da base não ser
perfeito). (1.0 pontos)
Nota: ver curva granulométrica do solo 1 e fuso da base da SATCC em
anexo. (1.0 pontos – para o desenho da curva e fuso da base)
o Solo 2: curva extensa e regular, encaixa perfeitamente no fuso da base em
material natural. (1.0 pontos)
Nota: ver curva granulométrica do solo 2 e fuso da base da SATCC em
anexo. (1.0 pontos – para o desenho da curva e fuso da base)
• GM ≥ 2

o Solo 1 → GM = [(100 – 20) + (100 - 9) + (100 – 3)]/ 100 = 2,68 > 2 →


satisfatório (1.0 pontos)
o Solo 2 → GM = [(100 – 32) + (100 - 21) + (100 – 8)]/ 100 = 2,39 > 2 →
satisfatório (1.0 pontos)

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• IP ≤ 6%

o Solo 1 → IP = 6 = 6% → satisfatório (1.0 pontos)


o Solo 2 → IP = 9 > 6% → insatisfatório (1.0 pontos)

• Composição química – Solo laterítico

A composição química do solo afecta os resultados dos ensaiso de limites de Atteberg,


dentre os quais está o IP. Pelo facto dos solos serem lateríticos faz-se necessária a
verificação do IP do solo 2, insatisfatório segundo a SATCC, à luz da Experiência de
Moçambique no Passado. (1.0 pontos)
IP ≤ 15%
LL ≤ 40%
o Solo 2 → IP = 9 < 15% → satisfatório (1.0 pontos)
LL= 26 < 40% → satisfatório (1.0 pontos)

• Conclusão – Material da base

Os solos 1 e 2 poderão ser usados na camada de base e camadas inferiores a esta.


Apesar de o solo 1 não encaixar perfeitamente no fuso da base a granulometria do
material é boa, facto comprovado pelo formato da curva granulométrica extensa e regular
e pelo GM. A granulometria deste material pode ser corrigida misturando este material a
um outro de granulometria mais fina.
O solo 2 não verifica o IP estabelecido pela SATCC, mas pelo facto de ser laterítico
deverá ter um bom desempenho, facto comprovado pela Experiência de Moçambique no
Passado.(3.0 pontos)
Passo 3: Análise dos materiais candidatos à camada de sub-base
• Dmáx ≤ 63 mm ou 2/3 espessura da camada
Para o exercício será usado o valor de 63 mm, mas caso se deseje usar 2/3 da espessura
da camada, adopta-se uma espessura padrão de 150 mm, sendo 2/3 desse valor
correspondente a 100 mm.
o Solo 3 → Dmax = 19,0 < 63 mm → satisfatório (1.0 pontos)
o Solo 4 → Dmax = 19,0 < 63 mm → satisfatório (1.0 pontos)

• GM ≥ 1,5
o Solo 3 → GM = [(100 – 41) + (100 - 33) + (100 – 22)]/ 100 = 2,04 > 1,5 →
satisfatório (1.0 pontos)
o Solo 4 → GM = [(100 – 52) + (100 - 32) + (100 – 9)]/ 100 = 2,07 > 1,5 →
satisfatório (1.0 pontos)

• IP ≤ 10%

o Solo 3 → IP = 12 > 10% → não satisfatório (1.0 pontos)


o Solo 4 → IP = 10 = 10% → satisfatório (1.0 pontos)

• Composição química – Solo laterítico

A composição química do solo afecta os resultados dos ensaio de limites de Atteberg,


dentre os quais está o IP. Pelo facto dos solos serem lateríticos faz-se necessária a
verificação do IP do solo 3, insatisfatório segundo a SATCC, à luz da Experiência de
Moçambique no Passado. No entanto, esta não será efectuada porque o enunciado do

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problema recomendou que se recorresse à Experiência de Moçambique no Passado


como auxílio apenas nos casos de solos candidatos à utilização na camada de base. (1.0
pontos)
• Conclusão

Os solos 3 e 4 candidatos poderão ser usados na camada de sub-base da estrada e


camadas inferiores.
O solo 3 apesar de ter um valor de IP superior ao especificado pela SATCC, deverá ter
um bom desempenho pelo facto de ser laterítico. O solo 4 respeita a todas as exigências
da SATCC para camada de sub-base.(3.0 pontos)

Passo 3: Análise da possibilidade de mistura de solos


Uma vez que nenhum dos solos candidatos à camada de base satisfaz à totalidade dos
requisitos da SATCC para a referida camada, faz-se necessária a mistura de solos.

• Escolha dos solos a misturar

Solo 1 → Escolhido devido ao elevado valor de CBR e à sua granulometria extensa que
geralmente se traduz em bom desempenho rodoviário. Já satisfaz aos requisitos da base
da SATCC, excepto pelo encaixe no fuso da base. (1.0 pontos)
Solo 5 → Escolhido por ser um material fino que complementa o solo 1, tornando a
granulometria da mistura extensa, regular e contínua, sem aumentar o seu índice de
plasticidade, que satisfaz os requisitos para IP da SATCC. (1.0 pontos)
• Proporções de mistura

o Solo 1 → 70%
o Solo 5 → 30%
Nota: Qualquer proporção que encaixe no fuso da base em material natural da SATCC.
(2.0 pontos)
• Análise dos parâmetros da mistura

Granulometria: o quadro abaixo apresenta a granulometria da mistura. (1.0 pontos)

Peneiros Solo 5 Solo 1


Mistura
(mm) (30%) (70%)
50,8 100 100
37,5 91 93,7
19,0 63 74,1
4,75 40 58
2,00 100 20 44
0,425 43 9 19,2
0,075 20 3 8,1

CBR: o CBR da mistura terá um valor maior o igual ao maior CBR das partes. Assim
sendo:

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CBR 1 = 84%
CBR 5 = 23%
CBR Mistura ≥ 84%
Este valor deverá ser confirmado pela realização do ensaio de CBR. (1.0 pontos)

Limites de Atteberg: os limites de Atteberg são calculados a partir das médias ponderadas
do material ensaiado (material passado nos peneiros nº 200 e nº 40).
o Solo 1 = (9+3) x 0,7 / (8,1 + 19,2) = 0,31 (1.0 pontos)
o Solo 5 = (43+20) x 0,3 / (8,1 + 19,2) = 0,69 (1.0 pontos)

Com as percentagens acima, passa-se à estimativa dos limites de Atteberg. Importa


referir que estes valores devem ser confirmados pela realização de ensaios laboratoriais.
o LL = 0,31 x 25 + 0,69 x 35 = 31,9 ≈ 34 (1.0 ponto)
o IP = 0,31 x 6 + 0,69 x 6 = 6 (1.0 ponto)
o LR = 0,31 x 4 + 0,69 x 8 = 6,88 ≈ 7 (1.0 ponto)

• Análise dos parâmetros da mistura pela SATCC

o Dmáx ≤ 53 mm

Dmáx = 50,8 → satisfaz (1.0 pontos)

o Granulometria: encaixe no fuso da base em material natural

Curva da mistura: curva extensa e regular, encaixa perfeitamente no fuso da base


em material natural. (1.0 pontos)
Nota: ver curva granulométrica da mistura e fuso da base da SATCC em anexo.
(1.0 pontos – para o desenho da curva e fuso da base)

o GM ≥ 2,0
GM = [(100 – 44)+(100 – 19,2)+(100 – 8,1)]/100 = 2,29 > 2,0 → satisfatório (1.0
pontos)

o IP ≤ 6%

IP = 6 = 6% → satisfatório (1.0 pontos)

o Composição química – Solo laterítico

A composição química do solo afecta os resultados dos ensaio de limites de Atteberg,


dentre os quais está o IP. Uma vez que o IP da mistura é satisfatório, caso os limites de
Atteberg da mistura fossem verificados considerando a composição química do solo
laterítico, também seria satisfatório, sendo dispensável a sua verificação. (1.0 pontos)
o Conclusão

A mistura respeita a todas as exigências da SATCC para camada de base e camadas


inferiores. (2.0 pontos)

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b) Analise a possibilidade de utilizar os materiais comerciais disponíveis, sem os


misturar, na construção dos drenos necessários. A preferência deverá ser dada
à não utilização de geotêxteis. Serão utilizados colectores comerciais. (40 pts)

R: Estudo da possibilidade de utilização dos materiais comerciais disponíveis, sem os


misturar, na construção dos drenos necessários.
Passo 1: Curvas granulométricas do solo a drenar e dos materiais comerciais (vide
em anexo) (3.5 pontos – 0.5 pontos cada)

Quadro II (Materiais comerciais para diferentes fins)

Peneiros Areão Pó de Brita 4 Brita 3 Brita 2 Brita 1


pedra
26,5 100
19 100 61
13,2 100 41 07
9,5 100 100 86 5 0
4,75 100 81 76 16 0
2 41 62 6 0
N.º 40 9 35 0
N.º 100 3 20
N.º 200 1 12

Quadro III – Granulometria média do solo a drenar

Peneiros % de passados
0,595 100
0,420 77
O,297 67
0,149 24
0.074 14

Passo 2: Estudo da granulometria do solo a drenar e dos materiais comerciais (10.5


pontos – 0.5 pontos cada)

di Solo a Areão Pó de Brita 4 Brita 3 Brita 2 Brita 1


drenar pedra
d15 0,10 0,50 0,10 2,40 4,76 10,00 13,00
d50 0,23 2,38 0,90 3,38 6,40 13,20 19,00
d85 0,45 3,70 6,00 6,35 9,51 18,90 23,50

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Passo 3: Material filtrante

Condição de não colmatagem material filtrante/ solo a drenar


d15 Material filtrante ≤ d85 Solo a drenar x 5
d15 Material filtrante ≤ 0,45 x 5 mm
d15 Material filtrante ≤ 2,25 mm (2.0 pontos)

Condição de permeabilidade material filtrante/ solo a drenar


d15 Material filtrante ≥ d15 Solo a drenar x 5
d15 Material filtrante ≥ 0,10 x 5 mm
d15 Material filtrante ≥ 0,5 mm (2.0 pontos)

Condição de estabilidade material filtrante/ solo a drenar


d50 Material filtrante ≤ d50 Solo a drenar x 25
d50Material filtrante ≤ 0,23 x 25 mm
d50Material filtrante ≤ 5,75 mm (2.0 pontos)

Condição de estabilidade material filtrante/ furos do colector


d85 Material filtrante > 2 x ø colector comercial
d85 Material filtrante > 2 x 8 mm
d85 Material filtrante > 16,00 mm (2.0 pontos)
Uma vez encontradas as condições para a escolha do material filtrante. Considerando os
valores de d15, d50 e d85 dos materiais comerciais, abaixo, será efectuada a análise com
o objectivo de identificar o material filtrante ideal.
di Areão Pó de Brita 4 Brita 3 Brita 2 Brita 1
pedra
d15 0,50 0,10 2,40 4,76 10,00 13,00
d50 2,38 0,90 3,38 6,40 13,20 19,00
d85 3,70 6,00 6,35 9,51 18,90 23,50

Segue a análise:
Condição Material Areão Pó de Brita Brita Brita Brita
filtrante pedra 4 3 2 1
Não d15 ≤ 2,25 OK OK NOK NOK NOK NOK
colmatagem
Permeabilida d15 ≥ 0,5 OK NOK OK OK OK OK
de
Estabilidade d50 ≤ 5,75 OK OK OK NOK NOK NOK
(1)
Estabilidade d85 ˃ 16 NOK NOK NOK NOK OK OK
(2)

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Com recurso aos materiais comerciais disponíveis, não se consegue fazer um dreno
contínuo funcional sem recurso ao uso de geotêxtil. O dreno a ser concebido deverá
ser descontínuo com o Areão, como material filtrante, porque é o único material que
verifica todas as condições que envolvem o solo a drenar, e como material drenante
a Brita 1 ou Brita 2, por serem os materiais que verificam a condição relacionada
com os furos do colector. (3.0 pontos)
Passa-se então à análise para a escolha do material drenante.

Passo 4: Material drenante


Material filtrante: areão
Condição de não colmatagem material drenante/ material filtrante
d15 Material drenante ≤ d85 material filtrante x 5
d15 Material drenante ≤ d85 areão x 5 = 3,70 x 5
d15 Material drenante ≤ 18,5 mm (2.0 pontos)

Condição de permeabilidade material material drenante/ material filtrante


d15 Material drenante ≥ d15 material filtrante x 5
d15 Material drenante ≥ d15 areão x 5 = 0,5 x 5
d15 Material drenante ≥ 2,5 mm (2.0 pontos)

Condição de estabilidade material drenante/ material filtrante


d50 Material drenante ≤ d50 material filtrante x 25
d50 Material drenante ≤ d50 areão x 25 = 2,38 x 25
d50 Material drenante ≤ 59,5 mm (2.0 pontos)

Uma vez encontradas as condições para a escolha do material drenante. Considerando


os valores de d15, d50 e d85 dos materiais comerciais elegíveis, Brita 1 e Brita 2, abaixo,
será efectuada a análise com o objectivo de identificar o material drenante ideal.

di Brita 2 Brita 1
d15 10,00 13,00
d50 13,20 19,00
d85 18,90 23,50

Condição Material Brita Brita


drenante 2 1
Não d15 ≤ 18,5 OK OK
colmatagem
Permeabilidade d15 ≥ 2,5 OK OK
Estabilidade (1) d50 ≤ 59,5 OK OK
Estabilidade (2) d85 ˃ 16 OK OK

Tanto a brita 1 assim como a brita 2 podem ser usadas em um dreno descontínuo, como
material drenante junto do areão (material filtrante), sem recurso a geotêxtil. (2.0 pontos)

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Passo 5: Conclusão
É possível construir um dreno descontínuo com o areão como material filtrante e a brita 1
ou brita 2 como material drenante, sem recurso a geotêxtil. (2.0 pontos)

c) O revestimento a usar será um “Cape seal”, de acordo com a experiência


britânica. Calcule as quantidades de materiais a serem usadas no revestimento
do trecho referido acima. (50 pts)

R: Cálculo da quantidade de materiais a ser usados no revestimento do trecho de


estrada referido acima usando um “cape seal” (experiência britânica).

Passo 1: Revestimento Superficial simples

Tratamento da base (4.0 pontos)


Base granular em material natural (mistura de solo 1 e 5) → Tratamento: Rega de
impregnação
Taxa de aplicação = 1 l/m2
Tipo de ligante – betume fluidificado MC30
Quantidade de ligante = Taxa de aplicação de ligante x Comprimento x Largura
Quantidade de ligante = 1 l/m2 x 11 m x 1.000 m = 11.000 l de betume de penetração
B70-100

Escolha da dimensão do agregado e ALD (5.0 pontos)


Nesta escolha contam factores como o tráfego, a localização, a dureza da base,
economia. A base é granular, com dureza normal e o tráfego diário por via é de 900
veículos, o que corresponde a uma dimensão nominal recomendada de 10 mm (ver
tabela 2 dos apontamentos).
Nota: A base pode ser de dureza normal ou mole.

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Assim, DN = 10 → 9,5 mm
ALD = 2/3 DN = 2/3 x 9,5 = 6,33

Determinação do factor global (5.0 pontos)


(ver tabela 4 dos apontamentos)
Factor de Tráfego: 900 veículos/via/dia → Táfego médio- pesado → -1
Factor da superfície existente: base impregnada ou não tratada → +6
Factor do clima: semi-árido (terras altas de Tete) → -1
Factor do tipo de partícula: cúbicas → 0
Factor global = -1+6-1+0 = +4
Nota: Variações no clima e no tipo de partícula são permitidas desde que devidamente
apresentadas e argumentadas (Ex:clima tropical, partículas pré-envolvidas).
Determinação da quantidade de inerte (5.0 pontos)
A taxa de aplicação de inerte é numericamente igual ao ALD.
Taxa de aplicação de inerte = 6,33 l/m2

Quantidade inerte = Taxa de aplicação de inerte x Comprimento x Largura


Quantidade inerte = 6,33 l/m2 x 11 m x 1.000 m = 69,63 l = 69,63 m3 de agregado com
DN de 9,5 mm

Determinação de quantidade de ligante para rega de fixação do agregado (5.0


pontos)
Pelo ábaco com o valor de ALD e do factor global tem-se a taxa de ligante.
Taxa de aplica. ligante (valor do ábaco) = 0,97 kg/m2 = 0,97 l/m2 (peso específico = 1)

A taxa de aplicação de ligante deve ser corrigida pelo tipo de ligante.


Ligante: betume de benetração (B70-100) → -10%

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Taxa de betume de penetração = (1- 0,10) x 0,97 l/m2 = 0,87 l/m2


Quantidade de ligante = Taxa de aplicação de ligante x Comprimento x Largura
Quantidade de ligante = 0,87 l/m2 x 11 m x 1.000 m = 9.570 l de betume de penetração
B70-100

• Lama asfáltica

Determinação da quantidade de ligante para a aplicação de uma rega de colagem (5.0


pontos)
Taxa de aplicação de betume puro para a rega de colagem = 0,33 l/m2
(0,33 l/m2 é a taxa de aplicação padrão para rega de colagem)
Taxa de aplicação de emulsão para pulverização com 60% de betume = 0,33/ 0,6 =
0,55 l/m2

Quantidade de ligante = Taxa de aplicação de ligante x Comprimento x Largura


Quantidade de ligante = 0,55 l/m2 x 11 m x 1.000 m = 6.050 l de emulsão para
pulverização com 60% de betume

Determinação da quantidade de lama asfáltica (5.0 pontos)


Taxa de cobertura de lama asfáltica (DN = 10 mm) deve estar entre 180 e 250 m2/m3

Considerando o valor médio do intervalo:


Taxa de cobertura de lama asfáltica (DN = 10 mm) = 215 m2/m3
Quant. de lama asfáltica = (1/Taxa de aplicação de lama asfáltica) x Comprimento x
Largura
Quantidade de lama asfáltica = (1/215 m2/m3) x 11 m x 1.000 m = 51,16 m3 de lama
asfáltica

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Determinação da quantidade de materiais para a lama asfáltica

o Agregado para lama asfáltica (5.0 pontos)


Taxa de aplicação de agregado em relação ao volume de lama asfáltica = 1 m 3/m3
Quantidade de agregado = Taxa de aplicação de agregado x Volume de lama asfáltica
Quantidade de agregado = 1 m3/m3 x 51,16 m3 = 51,16 m3 de agregado para a lama
asfáltica
A granulometria do agregado para a lama asfáltica deve ser fina – classe fina ou fina
– classe média.

o Ligante para a lama asfáltica (emulsão estável com 55% de betume) (5.0
pontos)
Taxa de aplicação de ligante em relação ao volume de lama asfáltica deve estar entre
280 e 330 l/m3
Considerando o valor médio do intervalo:
Taxa de aplicação de ligante em relação ao volume de lama asfáltica = 305 l/m3
Quantidade de ligante = Taxa de aplicação de ligante x Volume de lama asfáltica
Quantidade de ligante = 305 l/m3 x 51,16 m3 = 15.603,80 l de emulsão estável com
55% de betume para a lama asfáltica.

o Cimento para lama asfáltica (5.0 pontos)


Taxa de aplicação de cimento em relação ao volume de lama asfáltica = 15 kg/m3
Quantidade de cimento = Taxa de aplicação de cimento x Volume de lama asfáltica
Quantidade de cimento = 15 kg /m3 x 51,16 m3 = 767,40 kg de cimento para a lama
asfáltica 767,40/ 50 kg = 15,35 ≈ 16 sacos de cimento
o Água – quantidade necessária (1.0 pontos)

FIM

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