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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

CÂNCER DE CÓLON

CURITIBA
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2015

Daniel dos Santos


Isaac Buhnemann
Luciana Maria Capato Rossa
Sabrina Paes

CÂNCER DE CÓLON

Trabalho apresentado ao curso de Enfermagem,


da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito
avaliativo da disciplina de Genética.

Professor: Ari.
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CURITIBA

2015

OQUE É CÂNCER DE CÓLON?

O câncer colorretal é uma neoplasia que se origina no cólon, reto ou canal anal. A doença
começa na camada superficial do revestimento intestinal (mucosa) e com  o tempo vai
atingindo as camadas mais profundas (submucosa, muscular e serosa) e outras estruturas
adjacentes.

O câncer de cólon abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o


cólon) e o reto, sendo um dos tipos de câncer mais incidentes no mundo. É tratável e
curável na maioria dos casos, ao ser detectado precocemente. Grande parte desses
tumores se inicia a partir de pólipos (lesões benignas que podem crescer na parede interna
do intestino grosso). Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção
e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 32.600 novos casos por ano, sendo 15.070
homens e 17.530 mulheres. Além disso, o câncer de cólon faz aproximadamente 14 mil
vítimas por ano no Brasil.

CAUSAS
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O Câncer de cólon ainda não é totalmente esclarecida, alguns fatores apontados como
possíveis causas podem ser a interação entre predisposição genética e fatores ambientais O
câncer de cólon resulta de alterações em um grupo de genes de reparo do DNA.

Quando esses genes estão alterados, o sistema de reparo não é capaz de corrigir
alterações no código genético, facilitando o desenvolvimento de câncer.

HISTÓRIA FAMILIAR DE CÂNCER DE CÓLON

Quanto mais pessoas de uma mesma família tiveram o diagnóstico de câncer colorretal,
maior o risco de algum membro desta família desenvolver o câncer.
Se o indivíduo tiver parentes próximos (pai, mãe, irmão, tios ou avós) que tiveram câncer
colorretal o risco de contrair a doença aumenta muito especialmente se a doença acometeu
um parente com menos de 40 anos de idade. Por isso, a partir dos 40 anos, para quem tem
na família caso de câncer colorretal deve fazer periodicamente a colonoscopia.
Atualmente está bem estabelecido que existam doenças hereditárias relacionadas ao câncer
colorretal. Polipose Adenomatosa Familiar – FAP quando 100% dos pacientes portadores
desenvolveram o câncer colorretal até os 40 anos se não submetidos a cirurgia para retirada
de todo o cólon e reto. Pessoas com FAP têm 50% de chance de passar a condição para o
seu filho. A condição pode ser passada, mesmo que o paciente tenha o seu cólon e reto
removido. As crianças que não herdam a condição de seu pai não pode passá-la para seus
filhos. Cerca de um terço das pessoas com FAP não tem um dos pais acometido, portanto
tem uma mutação espontânea e podem passar FAP para os seus filhos. Câncer Colorretal
Hereditário Sem Polipose – HNPCC = “Hereditary Nonpoliposis Colorectal Cancer” com
risco riscos cumulativos maiores para colorretal (78%) e câncer do endométrio (43%, apenas
mulheres), seguido pelo trato biliar, estômago, vias urinárias e ovário (19-9%). Para os
outros tipos de HNPCC, provavelmente relacionadas com o câncer, tais como intestino
delgado e cérebro, o risco é apenas 1%. Estima-se que represente em média 5% a 10% das
ocorrências de alguns tipos de câncer na população. Independe da atuação de fatores
ambientais. Ainda que os critérios para diagnóstico (Amsterdam II) e tratamento estejam
estabelecidos, o conhecimento da síndrome pela classe médica é insuficiente.

PADRÕES DE HERANÇA

O fenótipo ocorre em todas as gerações

A prole de um afetado tem 50% de chance de ter um fenótipo

Indivíduos não afetados não transmitem a doença


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Desvendados os genes do câncer de colo retal


Pesquisadores destrincham genoma da doença que leva anualmente mais de 600 mil
pessoas à morte. Com isso, aumentam a possibilidade de criação de tratamentos
individualizados

Um grupo de pesquisadores desvendou o genoma do câncer colorretal, doença que mata


mais de 600 mil pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A lista detalhada de genes que formam esse tipo de tumor está publicada na edição de hoje
da revista científica Nature. Na análise de 132 amostras de câncer de cólon e 62 de reto, os
pesquisadores identificaram 32 genes, 24 deles com mutações significantes. A descoberta,
acreditam os autores da pesquisa e especialistas, pode ajudar na produção de remédios
para o combate à doença.
O estudo envolveu dezenas de laboratórios e centenas de cientistas, que trabalham em
conjunto há anos para destrinchar as causas de diversos tipos de tumores. A união foi
formada pelo projeto Cancer Genome Atlas, grupo que já apontou os genes causadores dos
cânceres de ovário e de cérebro (leia Saiba mais). No futuro, eles esperam descrever o DNA
de 20 tipos de tumores. Há estudos que procuram fazer o mesmo com o carcinoma de
pulmão, de mama, de rins e da tireóide.
A pesquisa detalhada envolveu a análise da seqüência de exoma (parte do genoma), do
número de cópias da seqüência genética, do RNA mensageiro e da metilação e expressão
de micro-RNA. Os resultados mostraram que, embora os cânceres de cólon e reto
tecnicamente ocorram em áreas diferentes, eles apresentam um padrão similar de
alterações genéticas. Isso significa que pode ser possível desenvolver um tratamento
parecido ou mesmo único para os dois tipos de doença.
Os cientistas também concluíram que 16% das 276 amostras eram hipermutantes, isto é,
apresentaram mais de 10 mutações a cada milhão de nucleotídeos se comparados às
outras células dos pacientes. Identificar os genes que causam esse fenômeno é
fundamental para o conhecimento sobre a doença, pois esse tipo de câncer costuma ser
mais resistente ao tratamento. “Se os resultados forem confirmados, podemos prever quais
tumores serão agressivos”, especula Raju Kucherlapati, professor de medicina da
Universidade de Havard, nos Estados Unidos, e participante do estudo.
A descoberta dos genes envolvidos em determinado tipo de câncer pode ser também um
grande guia para o tratamento da doença. “Muitos dos genes descobertos nessa pesquisa
podem ser alvos de novos tipos de tratamento. Por exemplo, 5% dos pacientes tinham um
grande número de cópias de um gene também presente em alguns casos de câncer de
mama, e já há uma droga para ele. É possível que a mesma droga seja efetiva nessa
subpopulação de pacientes de câncer de cólon”, exemplifica Kucherlapati.

Mapa da mina 
Para cada uma das mais de 200 formas de câncer, há sempre um erro genético que causa o
crescimento descontrolado das células. Essas seqüência defeituosas podem existir há anos
sem se expressar ou serem o resultado de mutações que ocorreram no código original da
pessoa. “Esse é o grande mistério: o que faz com que uma célula normal, que tem todas as
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suas funções programadas, comece a sofrer um processo de alteração. Fatores hereditários


podem influenciar ou isso pode acontecer por fatores ambientais”, reforça a oncologista
Janyara Teixeira. Ao conhecer esses genes, fica mais fácil diminuir o impacto que eles
causam ao corpo.
A maior esperança que o mapeamento genético do câncer traz é a possibilidade da criação
de um tratamento personalizado para cada paciente. Atacando cada gene específico que
causa a doença, é possível evitar tratamentos mais invasivos, como a quimioterapia. Já
existem alguns remédios direcionados aos genes relacionados ao câncer, mas conhecer
todo o leque de seqüência genéticas envolvidas com a doença pode dar aos médicos a
opção de criar um coquetel de drogas voltado especificamente para cada acidente.
“A medicina oncológica tem se tornado cada vez mais personalizada. Isso significa
identificar o remédio certo para o paciente certo. Usar dezenas de tipos de drogas para
tratar centenas de tumores não é um critério seletivo e tem um resultado muito ruim no
tratamento do câncer”, avalia Igor Morbeck, oncologista da clínica Onco Vida, em Brasília
(DF). “Os tumores sempre serão diferentes de uma pessoa para outra, e cada um deles
expressa uma série de genes e responde ao tratamento de uma forma diferente”, adianta.
Embora já existam alguns desses remédios, a combinação de drogas ainda não é capaz de
eliminar os tumores sozinha, além de causar diversos efeitos colaterais. Esse futuro de
tratamento geneticamente personalizado somente será possível quando forem
desenvolvidas drogas melhores, que combatam ao menos os principais genes responsáveis
pelo desenvolvimento do câncer ou que até mesmo sejam capazes de atingir toda uma
família de genes de uma só vez. “É um quebra-cabeça de milhões de peças que começam a
ser encaixadas. Certamente, em duas décadas, a coisa estará muito diferente”, ressalta
Morbeck.
Mais agressivo 
A prioridade dada ao câncer colo retal pela comunidade científica é justificada pela
agressividade desse tipo de tumor, quarto responsável por mortes no mundo. No Brasil, a
doença deve matar mais de oito mil pessoas somente neste ano. Apenas de homens,
estima-se que haja quase 6 mil óbitos no país. De acordo com a Sociedade Brasileira de
Oncologia Clínica (SBOC), são feitos mais de 10 mil artigos sobre o câncer de cólon e reto
todos os anos, na tentativa de diminuir esses números. “Cada vez que você entende mais a
doença, consegue buscar vias de tratamento mais eficazes. Os remédios também melhoram
a sobrevida dos pacientes metastáticos. Há 15 anos, a expectativa deles era de seis meses,
hoje chega a cinco anos”, resume o presidente da entidade, Anderson Silvestrini.
No entanto, mais que desenvolver novas formas de terapia, é essencial estimular a
prevenção à doença. De acordo com Silvestrini, apenas metade dos casos no país é
diagnosticada antes de alcançar o estado avançado ou metastático. “Os sintomas são meio
vagos. Quando há alteração do hábito intestinal, sempre se pensa que é devido à
alimentação. Mas estudos mostram que, se a partir dos 50 anos for feito o estudo oculto das
fezes, a incidência de morte diminui em 12%. Uma retroendoscopia diminui a mortalidade
em 20%”, compara.
 
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REFERÊNCIAS

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-colon

http://medicinebtg.com/colon-cancer-information/

http://slideplayer.com.br/slide/286852/

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