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Nero era o imperador romano no período em que Pedro escreveu essa carta, ele
assumiu o império muito cedo, aos 16 anos, no dia 13 de outubro de 54 d.C. Nero nasceu e
viveu numa família muito conturbada, obcecada pelo poder. Suas decisões políticas, militares e
econômicas eram fortemente influenciadas por sua mãe, Agripina Menor.
Agripina menor, foi uma mulher que viveu seu pecado de modo impetuoso. Foi uma
das mulheres mais poderosas da Dinastia Júlio-claudiana, a mais famosa de Roma, era Agripina
Menor, uma imperatriz relacionada ao menos com seis homens poderosos: bisneta de
Augusto, filha de Germânico, irmã de Calígula, sobrinha-neta de Tibério, sobrinha (e esposa) de
Cláudio e mão de Nero.
O pai de Nero - Cneu Domício Enobarbo, foi acusado de assassinar seu pai.
A mãe de Nero – Agripina menor, participou da trama para matar o seu irmão Calígula,
o imperador que antecedeu Cláudio. Após isso, casou-se com o seu tio, Imperador
Cláudio, para não abandonar o poder. Acredita-se que ela também teve envolvimento
com a morte de Claudio e todos os possíveis candidatos ao império, para que Nero
(seu filho) assumisse o trono.
Nero – Foi acusado de assassinar o filho do ex-imperador Cláudio no ano de 55 d.C.
Também ordenou a morte da mãe, Agripina menor. O episódio mais conhecido e
relacionado a sua pessoa, foi o incêndio em Roma por volta de 64 d.C. e a culpa
colocada sobre os cristãos. Provavelmente quem mandou executar Pedro e Paulo.
CONTEXTO DA CARTA
Acredita-se que Pedro escreveu esta carta entre o ano 60 d.C. a 65d.C, um período muito
próximo a todos esses acontecimentos. O local de onde a carta foi escrita ainda é incerto, mas
estudiosos apontam que o lugar mais provável tenha sido Roma. Pedro teria usado o mesmo
recurso que o apóstolo João empregou no livro de Apocalipse (Ap 17.4-6,9,18; 18.10),
referindo-se a Roma por meio de um código, em linguagem metafórica. Estudiosos como os
pais da Igreja Eusébio e Jerônimo, acreditam nessa hipótese também por se tratar de um
tempo de muita perseguição.
Por causa do Senhor, submetam-se a todas as autoridades humanas, seja o rei como
autoridade máxima, sejam os oficiais nomeados e enviados por ele para castigar os que fazem
o mal e honrar os que fazem o bem. (E quando as autoridades praticam o mal e ficam
aparentemente impunes por isso?)
A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS - Vocês, porém, são povo escolhido, reino de sacerdotes,
nação santa, propriedade exclusiva de Deus. Assim, vocês podem mostrar às pessoas como é
admirável aquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz. “Antes vocês não tinham
identidade como povo, agora são povo de Deus. Antes não haviam recebido misericórdia,
agora receberam misericórdia de Deus.” Amados, eu os advirto, como peregrinos e
estrangeiros que são, a manter distância dos desejos carnais que lutam contra a alma. (1
Pedro 2:9-11)
Em primeiro lugar, recomendo que sejam feitas petições, orações, intercessões e ações de
graça em favor de todos, em favor dos reis e de todos que exercem autoridade, para que
tenhamos uma vida pacífica e tranquila, caracterizada por devoção e dignidade. Isso é bom e
agrada a Deus, nosso Salvador, cujo desejo é que todos sejam salvos e conheçam a verdade. (1
Timóteo 2:1-4)
Assim como hoje, a classe política naquele tempo também era vista com certa repulsa
pela sociedade. Eram tidos como exploradores, ladrões, perseguidores da fé cristã etc.
Mas Paulo demostra aqui que Deus deseja salvar pessoas como eles também, que
Deus não os considera uma classe “menos digna da salvação” pelo mal que eles
praticam hoje. Deus deseja salvar os seus filhos que atuam nesse meio, mas que hoje
estão perdidos. Para isso ele usará o testemunho e oração dos cristãos.
APLICAÇÃO
Examine o seu coração, veja onde você tem buscado sua segurança e depositado
a sua esperança.
Você crê na soberania do governo de Deus sobre os governos da terra? Ainda
que isso implique em dias difíceis e perseguição sobre a igreja?
Se você tem negligenciado a oração e o testemunho cristão quando o assunto é
política, por achá-los “indignos da salvação” ou “perda de tempo”. Peça perdão a
Deus e suplique para que Ele transforme o seu coração para olhar de uma
maneira bíblica.
2) PEDRO APRENDEU COM JESUS QUE É PELA PRÁTICA DO BEM QUE SE CALA OS
IGNORANTES E CALUNIADORES (v.15)
É da vontade de Deus que, pela prática do bem, vocês calem os ignorantes que os acusam
falsamente.
Jesus disse: “Amigo, faça de uma vez o que veio fazer”. Então os outros agarraram Jesus e o
prenderam. Um dos que estavam com Jesus puxou a espada e feriu o servo do sumo
sacerdote, cortando-lhe a orelha. “Guarde sua espada”, disse Jesus. “Os que usam a espada
morrerão pela espada. Você não percebe que eu poderia pedir a meu Pai milhares de anjos
para me proteger, e ele os enviaria no mesmo instante? Se eu o fizesse, porém, como se
cumpririam as Escrituras, que descrevem o que é necessário que agora aconteça?” Em
seguida, Jesus disse à multidão: “Por acaso sou um revolucionário perigoso para que venham
me prender com espadas e pedaços de pau? Por que não me prenderam no templo? Ali estive
todos os dias, ensinando. Mas tudo isto está acontecendo para que se cumpram as palavras
dos profetas registradas nas Escrituras. (Mateus 26:50-56)
De acordo com o resultado do levantamento feito pelo instituto, significa dizer que a
tributação no Brasil em relação à renda, patrimônio e consumo, levando-se em conta o
rendimento médio brasileiro, está atualmente em 40,82% (investnews.com - Imposto
hoje no Brasil .)
Então, os fariseus se reuniram para tramar um modo de levar Jesus a dizer algo que desse
motivo para o prenderem. Enviaram alguns de seus discípulos, junto com os partidários de
Herodes, para se encontrarem com ele. Disseram: “Mestre, sabemos como o senhor é honesto
e ensina o caminho de Deus de acordo com a verdade. É imparcial e não demonstra
favoritismo. Agora, diga-nos o que o senhor pensa a respeito disto: É certo pagar impostos a
César ou não?”. Jesus, porém, sabia de sua má intenção e disse: “Hipócritas! Por que vocês
tentam me apanhar numa armadilha? Mostrem-me a moeda usada para pagar o imposto”.
Quando lhe deram uma moeda de prata, ele disse: “De quem são a imagem e o título nela
gravados?”. “De César”, responderam. “Então deem a César o que pertence a César, e deem a
Deus o que pertence a Deus”, disse ele. Sua resposta os deixou admirados, e eles foram
embora. (Mateus 22:15-22)
Pois vocês são livres e, no entanto, são escravos de Deus; não usem sua liberdade como
desculpa para fazer o mal. Tratem todos com respeito e amem seus irmãos em Cristo. Temam
a Deus e respeitem o rei.
Pedro traz nesses últimos versículos algumas aplicações: Diante de tudo isso, como
viveremos? Gostaria de sintetizar essas aplicações em 5 pontos.
COMO VIVEREMOS?
1) Como pessoas livres, como povo escolhido, reino de sacerdotes, nação santa
(separada), propriedade exclusiva de Deus. Sabendo que existe um Rei soberano que
governa sobre as nações, depositando nele única e exclusivamente nossa segurança e
esperança.
4) Tratando a todos com respeito (não é o mesmo que ser omisso), inclusive aqueles que
discordam de nossa opinião e de nossa fé, a fim de que não tenham motivos para
caluniar a nós cristãos e nem difamar o nome de Cristo.
5) Amando os nossos irmãos em Cristo, mesmo aqueles que divergem de nós por alguma
razão não essencial à fé cristã. Lembrando que unidade não é uniformidade, que a
multiforme graça de Deus é uma benção para a igreja quando os corações estão
engajados em promover o Reino de Deus e não as próprias ideias. Amando a igreja e
não esquecendo da nossa missão, que não é político partidária, mas é pregar o
evangelho. Pois há vida além dessa terra e nisso repousa nossa esperança!