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AJUDANDO PESSOAS

A SAIR DA
HOMOSSEXUALIDADE
Frank Worthen
Tradução
Wilson Orlando
Ajudando Pessoas a Sair da Homossexualidade
Edição Revisada© 1995
Frank Worthen
Primeiramente publicado como
Steps out of Homosexuality
© 1984, Frank Worthen
por Love in Action, mc.
PO Box 2655 San Rafael,
CA 94912, EUA
Segunda Edição
Publicado (1991) por
OMF Literature Inc.
776 Bonie Avenue
Mandaluyong, Metro Manila
Nomes, posições e detalhes menores nos casos de histórias foram alterados o suficiente para
assegurar a privacidade das pessoas envolvidas.
As citações das escrituras são feitas a exame de:
Nova Versão Internacional
A Bíblia Amplificada
Revista e Atualizada no Brasil

RECONHECIMENTO

Reconhecido agradecimento é feito a Lori T. Rentzel por auxiliar na edição deste trabalho e no
preparo dos manuscritos.

DEDICAÇÃO

A Jorgen Mortenson. Pastor da “Apostolsk Church” em Kobenhavn, Dinamarca. Um


homem piedoso de ilimitado vigor e grande intrepidez em Cristo que deseja ver todos os cativos
livres. Foi à sugestão dele que resultou neste livro.
Í N DI CE

Introdução................................................................................................................................. 07

01 Uma rápida olhada na questão homossexual ............................................................................15

02 Deus já falou?............................................................................................................................23

03 Uma Decisão Definitiva ...........................................................................................................31

04 O Caminho de Desgosto ...........................................................................................................35

05 A necessidade de um Salvador ..................................................................................................39

06 Fazendo o que todos fazem ......................................................................................................43

07 Guerra Espiritual...................................................................................................................... 47

08 Corrigindo nossa imagem de Deus............................................................................................53

09 Corrigindo nossa imagem das outras pessoas ...........................................................................57

10 Corrigindo nossa imagem de nós mesmos................................................................................ 69

11 O Princípio da fé .......................................................................................................................77

12 Submissão ..................................................................................................................................81

13 Substituição ...............................................................................................................................89

14 Andar na Luz............................................................................................................................ 97

15 Sumário dos passos para fora da homossexualidade.............................................................. 105

16 Falando com o homossexual não Cristão ................................................................................109

17 O Último Capítulo.................................................................................................................... 111

18 Você deveria participar de um programa residencial?............................................................113

19 Palavras de Esperança ............................................................................................................117

20 Notas ...............................................................................................................................119

Epilogo

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INTRODUÇÃO

Nas suas investidas para aceitar todos e variados estilos de vida que
hoje estão sendo promovidos, a igreja negligenciou inconscientemente um
grupo de pessoas muito pequeno, mas muito significativo, os ex-
homossexuais. Poucas pessoas pararam para pensar que pode haver algumas
pessoas que, embora afligidas com atração sexual pelo mesmo sexo, não
querem permanecer ou seguir o estilo de vida homossexual, mas querem,
porém, desesperadamente ser normais e experimentar um relacionamento
próximo com Deus, não vivendo no sentimento de culpa e na negação. Embora
esse número de pessoas possa ser pequeno em comparação com os milhões
de homossexuais que promovem o estilo de vida gay. Não obstante, há alguns
milhares, sim, dez no meio de milhares que querem mudar, que estão no
processo da mudança ou já foram mudados pelo poder do sangue de Cristo.
Muitos descobrem que os valores cristãos se chocam com valores do
mundo gay. Eles anseiam por viver livres da vida dominada pelo pecado,
porém, têm desistido da esperança de que a mudança é possível Toda vez que
ligam a TV ou lêem um jornal, ouvem as novas descobertas que reivindicam
que a pessoa já nasce com a homossexualidade e esta é impossível de ser
mudada. Mesmo as que fazem esforço para viver uma vida pura, são
incentivadas a comemorar o fato de serem gays e a terem uma vida sexual
ativa através do sexo seguro.
Ao lado dos advogados do sexo livre (ambos dentro e fora da igreja)
ainda existe um segmento pequeno da igreja que odeia ambos, o pecado e o
pecador, e pensa que uma pessoa homossexual não pode ser salva.
Os sacrifícios requeridos para uma pessoa sair de tal viciado e
pecaminoso estilo de vida parece impossível de se enfrentar. Falando de
maneira generalizada, a igreja “não tem estado presente” para a pessoa gay
que procura uma saída. A maioria de membros são extremamentes relutantes
em discutir a questão da homossexualidade e deseja que ela simplesmente
deixe de existir.
Os ex-homossexuais não têm desafiado a igreja ao ponto de levá-la a
ver que a homossexualidade é uma questão como o alcoolismo e o vício com
drogas. Sem ouvir uma mensagem de amor, de incentivo, encorajamento e
apoio por parte da igreja e/ou um testemunho de libertação de alguém que já
passou pela homossexualidade e que tem sido mudado, a pessoa que está
tentando mudança com suas próprias forças, normalmente, desistirá, pensando
que isso é algo impossível, exatamente como “eles falam”.
Em 1973, um ministério nasceu em San Rafael, Califórnia, o qual
oferecia ajuda e apoio para aqueles que estavam procurando mudança. Frank
Worthen fundou este ministério logo depois que tinha deixado o estilo de vida
homossexual. Não encontrando nenhuma ajuda real disponível na igreja, Frank
começou a alcançar seus irmãos que estavam ainda vivendo no estilo de vida
homossexual através da mensagem de mudança em Cristo Jesus. Este
ministério, chamado “Love in Action” se firmou e preservou o padrão de justiça
e santidade de Deus declarando que a homossexualidade é pecado, e ao
mesmo tempo afirmando Seu grande amor e poder redentor. Nosso lema tem
sido:

JESUS CRISTO TEM PODER PARA TRANSFORMAR VIDAS!

À igreja nós trazemos a mensagem de que não e útil à pessoa


homossexual ser endossada no seu pecado assim também como ser rejeitada.
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No lugar disso, a igreja deve prover um novo caminho, um novo estilo de vida,
que substituirá e eliminará o velho estilo.
Ao leitor que seja incendiado com o desejo de aconselhar ou ministrar a
um amigo ou parente, este livro ajudará a compreender o que se passa com
um homossexual, sua luta na vida e ensinará como ajudá-lo a sair da
homossexualidade.
À pessoa que está lutando contra a homossexualidade nós proclamamos
- há um caminho melhor! Como as Escrituras dizem, o caminho é estreito e
poucos o têm encontrado, porém ele conduz à Vida Eterna. (Mateus 7:13,14).
Deus, nosso pai amoroso, procura somente o melhor para nós. Ele não
está interessado em nos ver sofrer como pagamento pelos nossos pecados,
mas sim, deseja fazer nosso caminho reto, derramando bênçãos e bênçãos
sobre aqueles que o procuram. Sim, há uma batalha. Nosso inimigo
definitivamente não desiste facilmente do controle, mas se posiciona
prontamente para nos enganar em cada curva. Porém “Aquele que está em
nós é maior do que aquele que está no mundo. “(1João 4:4) A mudança (que
queremos) requer que nós aprendamos maneiras novas de pensar e de agir,
que tenhamos novas respostas para as velhas tentações”.
Frank Worthen dirigiu o “Love in Action” por 18 anos antes de Deus o
chamar para Manila. Após quatro anos de ministério nas Filipinas, os quais
resultaram em um bem-sucedido ministério chamado “Bagong Pag-asa”. (Nova
Esperança em Tagalo, língua falada pelos filipinos), Frank retomou a San
Rafael para continuar naquela cidade o trabalho do “Love in Action”, o qual
havia sido transferido para Menphis. Tennessee. “New Hope” quer fazer-se
disponível e ser apoio nos tempos de luta quando alguém tropeçar e necessitar
de ajuda construtiva em vez de rejeição e condenação. Aqui não há nenhuma
necessidade de cobrir ou esconder o que ele ou ela tem feito. Nós já passamos
por situações semelhantes. A maioria da equipe de funcionários e dos
membros que trabalham aqui experimentou épocas de profunda dor e
sofrimento com relação a quedas. Porém, nós conhecemos também a amorosa
mão de Deus, ministrando graça e encorajamento.
A homossexualidade é uma busca enganosa de amor e afirmação. O
ministério “New Hope” procura prover relacionamentos que são, ao mesmo
tempo, amáveis e coerentes com a visão de Deus. Porém, todos os
relacionamentos humanos falham às vezes; por causa disso nós procuramos,
também, intensificar o relacionamento da pessoa que está lutando, com Aquele
que nunca falhará com ela, Jesus Cristo.
Como parte da igreja, corpo de Cristo, nós encontramos um
relacionamento pessoal e profundo com Cristo e ainda com nossos irmãos e
irmãs e até podemos chamá-lo de relacionamento íntimo, porém, santo. Nós
agora conhecemos aquela paz e alegria que somente Deus pode estabelecer
em nossas vidas. A decepção se foi; a realidade veio. Nós estamos sendo
transformados no povo que Deus planejou que fôssemos.
NOTA: Este livro pode ser usado como um livro de texto para pequenas
reuniões de grupo ou mesmo aconselhamento individual. Para melhores
resultados, cada pergunta deve ser respondida no espaço fornecido.

A Intenção Deste Livro

Este livro apresenta basicamente três pontos importantes:

A necessidade vital de um relacionamento íntimo com Deus;


Conhecimento sobre a homossexual:
4
A parte que nos cabe na nossa cura (como nós cooperamos com Deus).
Uma vez que a maioria dos leitores deste livro será de cristãos, pode-se
supor que não poderia haver nenhum engano sobre a ordem de prioridade
desses três fatores, contudo, nós não temos nenhuma garantia que a coisa
funciona assim. Uma grande parte do mundo secular e parte do mundo cristão
acreditam que o conhecimento da questão traz a cura. A idéia deles é de que
uma vez que o passado foi revelado e se teve conhecimento sobre as causas
ou a raiz do problema, este então seria resolvido. Quão agradável seria se este
fosse o caso. Infelizmente isso não é nada mais ou nada menos do que uma
ilusão. Esse equívoco indubitavelmente vem da interpretação parcial da
escritura que freqüentemente vemos nos edifícios públicos: “Conhecereis a
verdade e a verdade vos libertara (João 8:31) Jesus não disse aqui que o
conhecimento traz a libertação de cadeias Ele estava falando sobre ele
mesmo. Se as pessoas acreditassem nEle e se firmassem nos Seus
ensinamentos, então elas encontrariam liberdade.

A primeira forma de prioridade incorreta:

Conhecimento

Deus Esforços

Um segundo mal entendido é que nossos esforços trarão a liberdade


que estamos procurando. Não importa quão diligente nós possamos ser, nunca
poderemos curar a nós mesmos. Todos os livros de auto ajuda existentes no
mundo falharão em cumprir o que eles prometem. Cura é um trabalho do
Espírito Santo, não do homem. A mudança que muitos estão procurando e a
mudança de que muitos já desfrutam não é nada menos do que um milagre de
Deus. Nós nunca poderemos alcançar nossa cura através dos nossos
esforços.
A segunda forma de prioridade errada:

Esforços

Deus Conhecimento

Se não colocarmos Deus como prioridade nunca experimentaremos a


vitória. É Deus quem traz as mudanças que nós desejamos tão
desesperadamente. Quando Deus é prioridade, então tudo o mais ocupa o seu
lugar certo.
“Mas buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça e todas as
outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)
O conhecimento é importante? Sim, o Senhor espera que procuremos
entendimento em todas as áreas de nossa vida. A maioria do livro de
Provérbios nos fala sobre procurar a sabedoria, o gozo e a paz que vem
através de um viver sábio.
5
O esforço é importante? Sim, o Senhor espera que sigamos seus
comandos. Espera que fujamos da tentação, que ponhamos a armadura de
Deus e que tomemos uma posição firme. Paulo nos dá uma lista longa do que
devemos e do que não devemos fazer. Nós devemos cooperar com Deus em
nosso processo de cura. Muitas passagens nas escrituras nos dizem que os
rebeldes não receberão nada de Deus. Se nós amarmos o Senhor nosso Deus
com todo nosso coração, Ele porá nossas vidas em ordem. Será Seu Espírito
que guiará e dirigirá nossas vidas. Ele nos conduzirá a toda verdade. Ele nos
dará a compreensão e o conhecimento que nós necessitarmos, diretamente, e
também através do homem. Ele nos motivará em corretas ações as quais nos
protegem e nos ajudam a nos tornarmos mais e mais à imagem de Cristo.
O poder não está no conhecimento ou nos nossos esforços, o poder
está todo no nosso relacionamento com Deus. Nenhum método nunca nos
salvará ou nos conduzirá à cura que procuramos. Este somente pode vir de
Deus e do resultado de nosso relacionamento com Ele.
A prioridade que traz a vitória:
Deus

Conhecimento Esforços

“TODAS AS COISAS SÃO POSSÍVEIS PARA AQUELE QUE CRÊ”


(Marcos 9:23)

UM CAPÍTULO A MAIS

Se comparado com o livro publicado nos Estados Unidos poderá ser


notado que o artigo abaixo não faz parte do original. Ele foi adicionado com a
devida permissão do autor.
Ao trabalhar na tradução deste livro, notei que Frank Worthen dedica um
capítulo e vários parágrafos de outros, para falar diretamente „a igreja
americana sobre os erros dela no lidar com a questão aqui apresentada.
Devido às diferenças culturais e sociais, a posição de grande parte da igreja
americana no que tange a homossexualidade não é a mesma apresentada pela
igreja no Brasil. Considerando que a primeira é bem diferente da segunda,
percebi a ênfase que o Frank dá em seu livro em exortar a igreja que apóia o
estilo de vida homossexual. Com minha experiência na igreja brasileira,
percebi que esse é um pecado que a igreja no Brasil não comete, ou seja, o de
dizer que o estilo de vida homossexual é permitido. Completamente o oposto,
tenho visto outro extremo; muitas autoridades esperando ou promovendo a
idéia de uma cura ou transformação instantânea do indivíduo que deseja
abandonar a homossexualidade. O resultado dessa expectativa errada quando
imposta ao recuperando, tem sido mais feridas, frustração, confusão e
sofrimento desnecessário para aqueles que abraçaram o caminho da
mudança. Conversando com o Frank, sugeri a ele que escrevesse outro
capítulo baseado no assunto. Ele então sugeriu que eu acrescentasse um
capítulo ou escrevesse algo direcionado a tal questão. Em vez disso, encontrei
esse artigo no escritório do Love in Action, escrito pelo próprio Frank, que
acredito servirá de grande ajuda para esclarecer o assunto:
“Espero que esse artigo esclareça um pouco da má interpretação do
nosso trabalho para com a comunidade gay. O Leve in Action foi fundado em
6
1973 para trazer ajuda e conforto aos homossexuais que estavam emergindo
do estilo de vida gay, “Bagong Pag-asa”1 continua com o mesmo modelo, ou
seja, através de reuniões de grupo, as pessoas que são homossexuais têm a
liberdade de compartilhar sobre suas jornadas e dificuldade, assim também
como suas vitórias. À medida que a notícia do nosso ministério começa a se
espalhar (através da mídia assim também como através dos testemunhos dos
nossos membros), idéias erradas começam a aparecer. O mundo nos
programou para esperar resultados instantâneos; dessa forma, a menos que as
notícias que ouçamos não sejam sensacionais, elas não merecem nossa
atenção.
A CURA INSTANTÂNEA: Não somente o mundo na sua dimensão, mas
também o mundo cristão esperam resultados imediatos. Os cristãos anseiam
pelo dia em que, num abrir e piscar de olhos, todos nós seremos levantados no
ar e seremos transformados em novas criaturas. Eles estão presos ao desejo
de ver coisas miraculosas. Eles promovem adesivos que dizem: “Esperem por
um milagre”. Eles querem ouvir as curas instantâneas. Enquanto tudo isso é
possível e nós não desacreditamos os milagres, normalmente, o milagre da
transformação demora mais do que o que se é esperado nas cartas e nos
telefonemas que recebemos. Uma carta que recebemos dizia: “Eu ouvi dizer
que você transforma homossexuais em heterossexuais”. Uma outra pessoa
que nos ligou disse, “Eu tenho apenas três minutos. Por favor, me diga o que
eu devo fazer para me mudar para ser heterossexual.”
O lado negro de se esperar uma cura instantânea é que alguns grupos
cristãos desejam nos usar para promover as causas deles. Nós nos tornamos
exemplos e papéis modelos para provar que os homossexuais podem mudar .
O problema em tudo isso é que nenhuma oportunidade ou abertura é feita para
o “processo de mudança” acontecer. Essa mensagem então se torna uma
condenação severa para todas as pessoas gays, exigindo cura instantânea.
Pelo fato de termos dito que os homossexuais permanecem no estilo de vida
homossexual por escolha própria, a mensagem dada é: Gays são gays porque
escolheram, então, mudem agora! Essa não é uma mensagem que redime ou
que resgata. Ajuda prática e apoio deve ser oferecido para aqueles que estão
considerando a possibilidade de deixar o estilo de vida gay. São Tiago falou de
simples palavras vazias e sem ações. (Tiago 2:16)
A REAÇÃO DOS QUE SÃO HOMOSSEXUAIS: A comunidade gay está
igualmente confusa com relação a essa questão. Ela nos vê como uma
ameaça e regularmente escrevem artigos sobre nós, descrevendo-nos como
desprogramadores. Como certos segmentos da igreja cristã, ela também não
dá abertura para nenhuma mudança, mas continuam a ver essa questão em
dimensões no preto e branco. Ou nós mudamos pessoas da homossexualidade
para a heterossexualidade ou nada. Se nosso pessoal volta para a vida
homossexual uma vez ou outra, isso é usado para provar que a mudança é
impossível e que nós representamos mentiras. Parece que nenhum dos lados
está disposto a reconhecer qualquer fator condicional.
NOSSA RESPOSTA: Em nenhum momento esse ministério tem
estridentemente proclamado ter encontrado uma nova cura para a
homossexualidade. Nós não proclamamos um método ou sistema, mas uma
Pessoa: Jesus Cristo. As escrituras nos dizem que o mundo não pode aceitar
as coisas de Deus, está preso no seu próprio imaginismo vão e tola
argumentação; o mundo está cego para a Verdade. Apesar de sermos
admoestados para sermos o povo separado do mundo (para estar no mundo,

1
Um ministério para ex-homossexuais fundado nas Filipinas por Frank Worthen depois do Love in Action nos Estados Unidos.
7
mas não ser do mundo), este permanece grandemente como parte do
pensamento cristão. Os homossexuais mudam? Absolutamente! Mas
raramente eles mudam da noite para o dia.
O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: Se Deus leva um longo tempo para
curar uma pessoa, nós não aceitamos ou reconhecemos isso como um milagre
“genuíno”. Mais uma vez, é ZAP ou nada. Muitos não aceitarão nada menos
que isso, vindo de Deus. Ou Ele é um Deus milagroso, ou Ele não é Deus de
forma nenhuma. Infelizmente, esse tipo de pensamento tem seriamente
impedido os homossexuais de receberem ajuda. Grandes denominações e
grupos religiosos continuam até os dias de hoje na sua crença na mudança do
estilo ZAP. Eles não vêem nenhuma necessidade para grupos de
aconselhamento ou qualquer tipo de ministério especial para homossexuais.
Se as fontes de ajuda que eles têm fossem oferecidas para auxiliar no
processo de mudança, milhares estariam encontrando liberdade nesse
momento. Eles negam a ajuda que é desesperadamente necessária por causa
da cegueira deles nessa área.
A MUDANÇA PODE SER SILENCIOSA E INVISÍVEL: Participar de uma
das nossas reuniões de grupo pode trazer muito desencanto para alguém que
vem esperando resultados imediatos. Talvez eles sairão da reunião, pensando
que o “New Hope” ou “Love in Action” não é nada mais do que um estudo
Bíblico comum. Porém, a abertura e a honestidade dos grupos pode ser o
início da cura de Deus. Somente depois de muitos meses é que nós podemos
olhar para trás e ver que a vitória está de fato, ocorrendo em nossa vida.
DE GLÓRIA EM GLÓRIA: Sim, a transformação pode ser a melhor
medida ao olharmos para trás. Onde estava você há um ano atrás? Quais
eram seus pensamentos, suas atitudes? Quais as escolhas erradas que você
fazia lá que hoje você já venceu? A transformação é um processo constante e
contínuo. A Bíblia Amplificada diz em II Coríntios 3:18: “Nós estamos
constantemente sendo transfigurados em nossa própria imagem em cada
esplendor progressivo de um degrau de glória a outro, pois isso vem do Senhor
que é o Espírito.” Sim, a transformação pode acontecer para o homossexual.
Existem milhares de nós que uma vez foi homossexual e que pode testificar
esse fato! Porém, a mudança pode não ser óbvia para o mundo. O mundo (e
infelizmente, grande parte da comunidade Cristã) espera que o ex-
homossexual prove de alguma forma que ele não é mais gay. Seu testemunho
não é suficiente; sinais visíveis são exigidos. Que coisas podem ser estas?
Certamente, todos os que aconselharam pessoas problemáticas sabem que
entrando ou saindo de um casamento somente não é um sinal de cura. Porém,
o casamento pode, com certeza, ser um novo e emocionante crescimento na
vida de um homossexual transformado.
ENTÃO PROVE: O mundo e mesmo parte da igreja acha que é
imperativo que o ex-homossexual esteja em um relacionamento com uma
pessoa do sexo oposto, um relacionamento que claramente tenha sinais
excessivos de romance. A opção de deixar uma vida de solteiro dedicada ao
Senhor é vista como suspeita. A lascívia, uma vez que em direção do sexo
oposto é vista como um sinal sadio vindo da parte Deus. Somente o tempo
demonstrará o trabalho do Senhor. Muitos ex-homossexuais têm simplesmente
continuado indo à igreja ocupando cada um seu lugar certo e esperando que
as mudanças aconteçam. No tempo oportuno, o Espírito que está então
habitando no interior do ex-homossexual falará ao Espírito que habita nos
outros cristãos testificando que a mudança é genuína.
GAY POR ESCOLHA? A jornada para a orientação homossexual
começa ainda muito cedo na vida e continua como um problema não sexual
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até a puberdade. Antes disso é apenas uma condição pré-homossexual.
Quando necessidades profundas não preenchidas são satisfeitas na vida de
uma pessoa jovem, a orientação homossexual pode ser evitada. A única
escolha feita é a de praticar o sexo (isso é uma escolha, a menos que a
pessoa jovem tenha sido sobrecarregada por outra, o que acontece
freqüentemente) O que ocorre mais regularmente é a escolha de aceitar o que
os outros já estão falando sobre você, internalizando o desprezo e o
desrespeito que existe no mundo.
O SENHORIO DE CRISTO: “Gay por opção” é uma afirmação severa e
condenadora que tem sido feita. Na sua busca de encontrar a parte que está
faltando, ou seja, o seu complemento, a pessoa que é homossexual pode ter
feito à troca: sexo por amor, atenção e afirmação. Sim, essa pode ter sido a
escolha, porém, todos nós fazemos más escolhas de vez em quando. Se nós
mudamos homossexuais para heterossexuais? Não, nós não fazemos isso,
mas nós realmente apresentamos o caminho em direção Àquele que pode
transformar Jesus Cristo. Porém, nem mesmo Jesus Cristo trabalha contra a
vontade de alguém. O processo de mudança ocorre somente quando a pessoa
homossexual se rende completamente ao Senhorio de Cristo em sua vida.
Morrer para si mesmo é, algumas vezes, um processo longo, dolorido e com
sofrimento, porém a recompensa é grande. “Mas a todos quanto o receberam e
o deram boas vindas, Ele deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.”
(João 1:12*)
A altura da nossa vitória é equivalente à profundidade da nossa
submissão!”

Wilson Orlando

Outono de 1998
Memphis. Tennessee

9
CAPÍTULO UM

UMA RÁPIDA OLHADA NA QUESTÃO HOMOSSEXUAL

Ex-homossexual: Fato, Fraude ou Fantasia?

“Ex-homossexual” ou “ex-gay” são termos que sempre parecem provocar


um tipo de reação. Na opinião da maioria da comunidade gay isso é uma total
mentira. Eles negam ser possível que uma pessoa possa deixar de ser
homossexual. Eles acreditam que o termo “ex-homossexual” é fraudulento.
Eles permitem a si mesmos crer que o homossexual é sincero na sua fé
referente a mudança, porém eles vêem o termo ex-homossexual simplesmente
como algo absorto dentro de uma situação de fantasia. Eles acreditam que um
dia o “ex-homossexual” retornará à realidade percebendo que ele ou ela
permanece sendo um homossexual como sempre. Toda vez que um ex-
homossexual cai no pecado sexual, os céticos críticos se firmam nisso como
uma prova de sua posição de que o ex-homossexual estava vivendo num
estado de euforia, de que ele teve somente uma lavagem cerebral e finalmente
recobrou seus sentidos. A maioria tem a opinião de que a orientação
homossexual veio antes do nascimento, e que por isso não pode ser mudada.
Eles normalmente igualam a orientação homossexual com o fato de algumas
pessoas serem canhotas ou com a cor da pele.
Outros no meio da multidão também zombam desse termo. O mundo
não é familiar com pessoas que deixaram para traz o estilo de vida
homossexual. Eles aceitam a pessoa homossexual simplesmente como ela é e
nunca consideraram a idéia de conversar com ela sobre a possibilidade de
mudar sua orientação. A maioria dos homossexuais que tem recebido
mudança através de Jesus Cristo tem recusado a testemunhar sua mudança e
se misturado na sociedade heterossexual com a esperança de que o passado
homossexual nunca seja exposto. Por causa de tal covardia, o mundo e uma
multidão de homossexuais nunca ouviram a mensagem de transformação ou
mudança, e muitos têm ido para a eternidade sem Cristo.
Imagine o que teria acontecido se Paulo tivesse dito a si mesmo: “Ei
cara! Uma pessoa pode ser assassinada por levar uma mensagem dessa para
outros. É melhor eu cuidar da minha própria vida”. Muitos têm escondido suas
lâmpadas debaixo de um arbusto e. por causa disso, impedido a si mesmos de
ser luz, com medo de ser ridicularizado ou mesmo reprovado pelos outros, O
que o Mestre dirá àqueles que têm enterrado seu talento no solo? No dia do
julgamento, homens e mulheres homossexuais virão acusar aqueles que
tinham apalavra da vida e que, porém, a negaram, ou recuaram-se com ela.

Entendendo o Termo “Ex-homossexual”

Qual o significado deste termo que muitas pessoas têm usado para
anunciar que suas vidas têm sido mudadas? Não só o mundo, mas também os
ex-homossexuais estão também em confusão com relação a este termo. A
maioria da sociedade regularmente analisa as coisas num contexto preto e
branco.
Se a mudança não é instantânea e total, eles não reconhecerão que
alguma mudança tenha ocorrido. Nenhum auxilio é oferecido para o
crescimento da pessoa dentro do processo para uma nova identidade. Uma
pessoa numa chamada telefônica disse-me uma vez: “Eu tenho apenas 03
10
minutos. Por favor, diga-me o que eu devo fazer para me tornar um
heterossexual”. Não somente o mundo na sua imensidão, mas também os
cristãos esperam resultados imediatos. Os cristãos querem ouvir cura
instantânea; muitos participam de reuniões de cura simplesmente para
testemunharem milagres instantâneos. Nós ansiamos pelo dia em que num
piscar de olhos seremos transformados em novas criaturas. Muitos são
convencidos de que há um demônio de homossexualismo e que se esse
demônio for expulso imediatamente a mudança acontecerá. O “New Hope”
acredita completamente no poder da libertação e o usa sempre que for
necessário, mas também compreende que Deus, com mais freqüência, opta
em nos transformar através de um processo gradativo ao invés de um
dramático acontecimento.
Para começarmos a entender o termo “ex-homossexual”, nós
precisamos relacioná-lo com o processo de santificação descrito em II
Corintios 1:10.
“O qual nos livrou e livrará de tão terrível morte, em quem tem os
esperado que ainda continuará a livrar-nos.”
Definitivamente, transformação tem acontecido na vida do ex-
homossexual pelo fato de ele ou ela ter oferecido sua vida a Jesus Cristo e ter
“nascido de novo”. Esse fato tem acontecido independentemente de sua
orientação sexual. Ninguém pode negar que alguma coisa bem dramática
aconteceu ali. O espírito dessa pessoa que estava morto passou a ter vida: o
Espírito Santo passou a habitar nela e o ponto de vista dessa pessoa já mudou
a respeito de muitas coisas. Porém, Deus tem começado um trabalho que
permanece incompleto. Enquanto muitos agora podem estar diferentes, tendo
mudanças de atitudes, desejos e relacionamentos com outros, o processo de
mudança está longe de ser terminado. A transformação acontece dia a dia.
Mesmo depois de Deus ter completado a mudança na área em que Ele está
trabalhando hoje, haverá áreas deixadas para serem curadas em algum lugar
no futuro, O ex-homossexual pode verdadeiramente dizer que mudou que está
nesse momento sendo mudado e que ainda será mudado. A pessoa que deixa
o estilo de vida homossexual baseando sua confiança em Cristo,
gradativamente descobre que suas reações homossexuais estão diminuindo e
cresce segura no fato de que está caminhando bem próxima, ao lado do
Mestre.
Uma coisa é certa; ela agora tem uma nova posição em Cristo. Ela esta
liberta de seu pecado pelo poder do sangue reconciliador de Jesus Cristo
vertido na cruz. Deus a vê através do perfeito sacrifício de Cristo e não mais
como um homossexual. Ele ou ela é agora um cristão, e como um seguidor de
Cristo, pode ter muitas áreas com problemas e uma delas pode ser a
homossexualidade.
O fato de sermos “ex-homossexuais” não nos isenta de nunca tropeçar.
Todo cristão precisa ser limpo, diariamente, de pensamentos tentadores. Um
ex-homossexual talvez tenha que superar a disponibilidade sexual que ele
encontrará nas pessoas com as quais ele tenha tido relações sexuais no
passado e recusar a permitir que essas pessoas estejam no seu novo caminho,
ou se afastar daqueles que o acham atraente e tentam seduzi-lo.
Existe, sem dúvida, um elemento satânico a se considerar, uma vez que
Satanás não deixa os seus serem tirados com facilidade de sua mão. Ele
preparará armadilhas, ciladas e laços durante a caminhada para desenco rajar
nosso caminhar com o Senhor e ainda usa pessoas para nos levar a tropeçar.
Mesmo cristãos podem ser ferramentas do inimigo.

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Procurar satisfação na homossexualidade é correr atrás de uma falsa e
insatisfatória solução para nossas legitimas necessidades emocionais. Essas
necessidades emocionais têm estimulado o desejo por relacionamentos
íntimos com pessoas do mesmo sexo. Esses desejos têm existido desde a
infância uma vez que eles não foram satisfeitos no tempo apropriado durante o
processo de crescimento. Desejos íntimos podem ser atendidos numa forma
legítima e coerente com a vontade de Deus. Quando isso acontece, a tentação
homossexual desaparece.
Todavia, nós estamos sujeitos a tentações que variam de acordo com a
vida de cada um. Em parte alguma a Bíblia promete que o crente chegará ao
ponto em que, seja ele ou ela, nunca mais será tentado. Na verdade, as
Escrituras prometem o oposto: nós enfrentaremos no curso de nossa vida e da
nossa jornada, provas, dissabores e tentações. Foi nos dito para regozijarmos
em nossas lutas, porque elas edificam a maturidade cristã.

E a Homossexualidade por Natureza? Foi Provado?

Apesar de grupos de pesquisas terem investido muito tempo e dinheiro


tentando provar que a pessoa nasce homossexual, nenhuma prova concreta foi
achada. Na verdade, quanto mais pesquisas são feitas, menos evidências têm
sido encontradas para apoiar a teoria da homossexualidade por natureza ou
constituição. O que pesquisadores famosos dizem sobre essa matéria? No
livro “Human Sexuality” (Sexualidade humana), Masters e Johnson dizem o
seguinte:
“A teoria genética do homossexualismo tem sido geralmente descartada
nos dias de hoje” (1)
Sobre a influência hormonal eles dizem:
“Apesar de interesses na idéia de que um possível mecanismo hormonal
possibilite a origem da homossexualidade, nenhum cientista sério sugere que
uma simples relação de efeito e causa seja aplicada nessa questão”.(2)
O Sex Information and Education Council of the United States (SIECUS)
(Conselho de Informação Sexual e Educação dos Estados Unidos), apresenta
esta declaração no seu livro “A Sexualidade e o Homem” (Sexuality and Man):
“O homem não possui, desde seu nascimento, um desejo instintivo para
atingir nenhum alvo específico no que se refere ao sexo, mas seu
comportamento sexual é, em qualquer momento, o cumulativo resultado de
aprendizado e experiências condicionantes que ele teve” (3).
As provas científicas não apóiam a teoria de que a pessoa nasce
homossexual. A maioria dos cristãos, porém, não concorda que nossa
sexualidade possa ser uma coisa que esteja simplesmente disponível, não
determinada, e que dependa de fatores para o indivíduo apossar-se dela ou
não, como as pesquisas parecem indicar. Eles acreditam que fomos criados
com uma herança heterossexual natural, baseando essa opinião no capítulo
dois de Gênesis onde é relatada a criação do homem e da mulher. Nesse
capítulo Deus forma a mulher como uma “ajudadora adequada” para o homem,
instruindo-o a “unir-se com sua esposa e se tomar uma só carne com ela”.
Apesar de o homem ter ido para bem longe das intenções de Deus, os cristãos
acreditam que cada pessoa ainda carrega o Seu padrão original. Quando esse
padrão se toma distorcido através dos efeitos do pecado, acreditam eles, os
resultados passam a ser problemas como a homossexualidade. Eles vêem o
ex-homossexual como se este estivesse apenas retornando à sua identidade
dada por Deus, a qual estava enterrada com ele durante todo o tempo.

12
Por que os Homossexuais são tão Determinados a Pensar que já
Nasceram Dessa Forma?

Primeiro, a idéia de que existe uma escolha de se permanecer ou não


como homossexual, é, ao mesmo tempo, assustadora e ameaçadora. A pessoa
que vive como homossexual tem um investimento real na sua identidade.
Uma grande quantidade de homossexuais tem sido perturbada com
sentimentos homossexuais durante muitos anos antes de aceitarem o rótulo de
homossexual na sua vida. Quando chegam a aceitar essa identidade, eles
põem em descanso essa luta tão difícil e se sentem aliviados de que esse
tempo traumático em suas vidas tenha passado. A idéia de retornar a essa
questão de incerteza é muito ameaçadora e abala sua autoconfiança e sua
nova identidade.
Segundo, a maioria dos homossexuais não consegue lembrar do tempo
em que não tinham sentimentos homossexuais. Eles, na verdade, acreditam ter
nascido desta forma, O que pesquisas têm provado é que os caminhos que
tomamos em nossa vida são estabelecidos numa idade muito nova.
Tem sido dito que uma criança com 06 meses de idade sabe se o seu
nascimento foi desejado ou não. Durante o período de 18 a 36 meses, a
identidade do gênero (masculino ou feminino) é formado e se toma difícil
mudar a partir daquele ponto. Então, não é surpreendente que a mensagem da
Comunidade Gay de que uma pessoa “nasce gay” é aceita como verdade sem
ser questionada.

Homossexual aos Três Anos?

Quer dizer então que estamos dizendo que uma pessoa se torna
homossexual na prematura idade de três anos? Não. Porém as raízes da
causa da homossexualidade e muitas outras personalidades desajustadas são
implantadas nessa idade.

A Causa Mais Profunda da Homossexualidade

Desde que o Ministério “Lavo in Action” iniciou-se em 1973, nós temos


aconselhado milhares de ex-homossexuais e temos aprendido muito sobre a
condição homossexual. Nós acreditamos que a causa mais profunda da
homossexualidade está na ruptura dos laços e vínculos familiares, produzindo
com isso a falta de senso de se pertencer e de se sentir parte de algo, e,
ainda, na falta de afirmação.
A segurança de uma criança depende de uma chave tripolar de vínculos:
da mãe para com a criança; do pai para com a criança e do compromisso entre
o pai e a mãe que infelizmente é omitido e negligenciado na maioria das vezes.
Qualquer quebra neste triângulo produzirá insegurança na criança. É
importante mencionar aqui que, se essa quebra não for real, mas apenas
percebida ou interpretada pela criança, o resultado é o mesmo. A criança é
afetada pela forma como ela reage às perturbações que ocorrem na unidade
da família.
Deus ordenou o pai para assumir a responsabilidade pela unidade da
família: “o homem é o cabeça de sua esposa, assim como Cristo é o cabeça da
igreja... assim também que as esposas sejam em tudo submissas a seus
maridos” Efésios 5:23,24. No momento em que o pai renuncia ao seu papel é
que distorções ocupam seus lugares. E muito fácil ver o quanto o pai é de vital
importância no desenvolvimento do garoto dentro da família. O filho precisa ser
13
capaz de respeitar, honrar e desejar ser como seu pai, para que a
transferência de identidade possa acontecer.

O Que é um Transferidor de Identidade?

A criança do sexo masculino possui certas necessidades que somente


seu pai pode preencher e a mesma verdade se aplica para a criança do sexo
feminino com sua mãe. A necessidade do garoto pode ser resumida em três
palavras: força, poder e proteção. O papel masculino é iniciar; o papel feminino
é responder. Esses devem ser os traços predominantes, ainda que haja uma
travessia natura1 no processo. Às vezes se torna comum para o sexo
masculino responder e para o sexo feminino iniciar. É vital para o menino
desenvolver uma personalidade ativa no lugar de passiva. Ele precisa se tornar
um “corredor de risco”. Sob a cobertura de seu pai ele se sente livre para
explorar seu mundo e aprender através de um processo e de erros. A força, o
poder e a proteção de seu pai fazem isso se tomar possível. Ele se alegra com
o relacionamento com seu pai, sabendo que este deseja que ele possua esses
traços por ele mesmo, no lugar de sempre depender dele (seu pai) para tê-los.
Esses bons sentimentos para com seu pai se transformam em amor, afirmação
e no senso de se pertencer a alguém. Ele é então seguro na identidade de seu
pai, e passa a aceitar aquela identidade para ele próprio.
O que leva os homossexuais a sair pelas ruas procurando parceiros
sexuais? Apesar de a maioria ter uma pequena consciência disto, a busca
deles não é primeiramente sexo, mas sim intimidade. Eles procuram em outra
pessoa do sexo masculino os elementos do amor paterno que foram negados a
eles quando criança. A maioria das buscas do homossexual reflete a procura
para encontrar o pai, na tentativa de encontrar força, poder e proteção que vem
da figura masculina. Na verdade uma das indicações de que um ex-
homosexual possa estar pronto para o casamento é quando se percebe que o
desejo de ser protegido tem sido substituído pelo desejo de proteger.
A criança feminina também precisa de uma pessoa da qual ela
transferirá sua identidade, porém de uma maneira bem diferente. O desejo de
ser protegida é normal e bom. Ela deverá desenvolver um tipo de confiança na
figura masculina através do seu pai, o qual ela sempre teve como seu “protetor
especial”. Ela precisa vir a ver o papel feminino como uma coisa que ela
deseja, ou seja, o papel da mãe como algo compensador, e,
conseqüentemente encontrar dignidade em servir. Ela desenvolve um senso
completamente diferente do desenvolvido pelo sexo masculino. Ela não deve
ver o papel feminino como algo degradante e humilhante. Ela deve chegar ao
ponto de chegar a ser grata Deus por ter sido feita mulher. Veja Provérbios
31:30 “..(ela) será grandemente louvada”.
O pai tem um significado muito grande para a filha da mesma forma que
para o filho. Em afirmá-la, amá-la incondicionalmente, aprovar, e em apreciar a
feminilidade dela, ele a prepara para um desenvolvimento heterossexual
saudável. Na medida em que ele expressa seu amor por ela, e ela testemunha
um forte vínculo de amor entre seu pai e sua mãe, ela então percebe que há
algo cheio de bondade num relacionamento heterossexual. Logo, o pai precisa
prover estabilidade e segurança para ambos, o garoto e a garota.

Raízes que Não São Sexuais

Por conseqüência disso às raízes mais profundas da homossexualidade


não são sexuais. O desejo por interação sexual vem depois de um longo
14
período após ter passado pelo simples desejo de amor, segurança, afirmação
e mesmo depois de ouvir alguém simplesmente dizer “não há nada de errado
com você”.

Retraimento

Nem todos, mas talvez a maioria dos homossexuais (homens em


particular), tem um período de retraimento quando ainda cedo na sua infância.
Se a criança tiver tido um pai ausente, seja de forma física ou emociona1 uma
certa vulnerabilidade é sentida pela criança. Ele o garoto, se sente exposto e
se proteção no mundo. Essa tendência para retraimento ou fuga produz três
efeitos: medo, isolamento e inveja.

Medo

Acredito que a maioria de nós que aconselhamos pessoas com


problemas, sejam homo ou heterossexuais, tem descoberto que por detrás das
fobias, comportamentos imprevistos e anormais, está um profundo medo de
ser abandonado, causado desde um tempo bem cedo na infância. Apesar de
que isso possa não ser a causa principal de toda desordem, é certamente uma
das maiores causas de personalidades perturbadas. Uma vez que os pais são
equiparados com proteção, um pai ofensivo tem por isso traído o propósito
intencionado por Deus de proteger e guardar sua família. Se ele é alguém que
causa medo no filho, este não contará com ele para defendê-lo dos ataques do
mundo.
O pai que é indiferente para como filho tem também renunciado seu
papel, e em algumas formas prejudica mais no desenvolvimento da criança do
que o pai ofensivo. Enquanto a criança vê seu pai parado negligentemente ou
mesmo inutilmente enquanto ela enfrenta sua batalha, tem provas concretas
de que seu pai não à ama. Esse pai emocionalmente ausente abandonou sua
criança da mesma forma ou até mais do que um pai totalmente ausente.
Quando um pai está completamente fora da vida de uma criança, existe a
possibilidade e a chance de que a criança acreditará no melhor a respeito dele,
porque isso é uma coisa que a criança naturalmente quer. Ela poderá criar a
fantasia de que se seu pai estivesse presente ela seria amada e cuidada. O pai
indiferente e que está presente não faz esse tipo de sonho se tomar possível.
Por causa disso, ressentimentos profundos são formados os quais
representam papéis significativos mais tarde na vida da criança.
O pai freqüentemente chamado de “janela do mundo” e à medida que a
criança cresce, se tomando mais velha, ela precisa de conhecimentos,
habilidades, de modelo ideal e proteção, elementos estes que podem vir
somente do pai. Sem isso, a criança pode se tornar irada com o mundo e
começar a se afundar no seu próprio mundo de fantasia, muito amedrontada
para funcionar normalmente no mundo cotidiano.

Isolamento

A falta do modelo que viria da pessoa do mesmo sexo cria problemas na


criança no que se refere a relacionamento com seus colegas. Se a criança
nesse caso o menino, tem somente a influencia da mãe, reagira no seu mundo
e com seus colegas da mesma forma da mesma forma que sua mãe reagiria.
Seus co1egas rapidamente perceberão seu jeito efeminado e o ridicularizarão,

15
excluindo-o do círculo deles. Dessa forma esse isolamento é forçado sobre
ele.
A garota que tem desenvolvimento uma forte identificação com seu pai,
também verá a si mesma separada ou diferente de suas colegas e dos
interesses que elas têm. Freqüentemente ela ficará ressentida ao ver a forma
diferente com que suas colegas se aproximam e tem acesso fácil a vida
feminina e excluirá a si mesma da interação com elas.
Um dos maiores e básicos problemas da homossexualidade é a
ausência de afirmação e do senso de se pertencer a alguém. A rejeição dos
colegas pode ter o maior papel em reforçar as diferenças da criança e a idéia
de que ela não é aceita. As crianças que são “diferentes” regularmente é
negada a oportunidade de pertencer a um grupo, ficando assim do lado de fora
do círculo de seus colegas, observando ansiosamente a intimidade que lhe foi
negada, não compartilhando dos segredos e nem do companheirismo do
grupo. Talvez seja mais importante o fato de que a criança propositadamente
escolhe o isolamento, uma vez que a interação social traz dor e rejeição.

Inveja

É simplesmente natural que a criança que tem sentido a dor da rejeição


venha a invejar os colegas que são aceitos. Um processo então se começa
aqui e se continuado até conclusão dele, é o que os homossexuais chamam de
sua “orientação” sexual. Começando com a simples comparação da criança
com os outros, ela faz a decisão e admite que ela não é igual aos demais
colegas.
Concretiza então a idéia de que ela não pode alcançar o padrão ou o
modelo de um dos colegas do grupo. Uma retirada ou fuga por causa da
competição começa onde a criança deixa de iniciar ações com seus colegas
começando então a ficar para trás. Finalmente ela desiste completamente,
admitindo sua inadequação para com o grupo.

Isso traz à tona então, a admiração por aqueles que de alguma forma
parecem ser “melhores”. Eles podem ser mais bonitos, ter um corpo mais bem
formado, ser mais inteligentes ou ainda uma grande porção de outras coisas.
Predominantemente, existe admiração por parte daqueles que têm medo de
iniciar, para com aqueles que têm força e coragem para manter seu valor
próprio quando atacados por pessoas ou situações na vida cotidiana. Em
algum lugar durante esse percurso, essa admiração se degenera até se
transformar em inveja e num desejo de possuir aquelas qualidades.
Normalmente existe uma pessoa especial que é esse objeto de inveja e
admiração. Décadas mais tarde, o homossexual pode ainda estar na busca
para substituir esse seu “primeiro amor”. Eles fortemente desejam que essas
pessoas sejam seus “melhores amigos”, fantasiando estarem sozinhos com
estas pessoas e serem capazes de se relacionarem intimamente com elas.

Na puberdade, enquanto o desejo sexual começa a emergir, esse desejo


simplesmente se ajusta sobre o que tem sido o centro de atenção da criança, o
qual era seu objeto de admiração e inveja. Desse modo a inveja se torna
erotisada. Para muitas pessoas, esse processo não se concretiza até o final,
mas para o homossexual, esse desejo sexual por uma pessoa do mesmo sexo
parece completamente natural porque ele ou ela começou a senti-lo de uma
forma que não era sexual.

16
Resumo

Descobrimos que o molde da homossexualidade se desenvolve durante


um longo período que se estende desde a infância até a adolescência. Por se
iniciar muito cedo, pode parecer que é algo intrínseco ou que se nasce com
ele. Em algum lugar na puberdade, a pessoa se torna consciente de que esse
interesse por pessoas do mesmo sexo não é normal e que os colegas dela
estão se movendo em uma direção de interesses heterossexuais.
Pânico regularmente ocorre quando a descoberta é feita de que isso não
é simplesmente uma fase que terá fim, e que poderá ser uma condição de
vida. Essa revelação é, algumas vezes, seguida pelo que pode ser
simplesmente descrito como um processo de desgosto e amargura. Existe um
período de dúvida e recusarem aceitar o fato. Seguido disso pode haver um
tempo de quase total isolamento, choro e severa depressão. E nesse ponto
que muitas pessoas que nunca tinham sido “religiosas” se inclinam em direção
à religião à procura de uma mudança imediata para suas vidas.
Nos meus 16 anos de idade, eu me lembro que, deitado no chão,
chorando, pedi a Deus para me mudar ou então tirar a minha vida. Deus foi fiel,
mas o tempo dEle foi muito diferente do meu. Foi aproximadamente três
décadas mais tarde que Deus fez exatamente isso “Ele me mudou” Não foi à
mudança do „zap‟ imediato que eu queria, mas o processo de mudança
começou lá nos meus 16 anos.
Uma vez que a maioria não recebe uma cura dramática, eles começam a
ter raiva e rancor. O interesse próprio da pessoa passa a se tornar seu objetivo
principal e ela então decide que fará o melhor possível pela sua situação
infeliz.
Aqueles que são cristãos são confrontados com uma decisão muito
difícil. Eles devem consumar seus desejos com a prática do ato sexual? Esse
conflito dura muitos anos. Os que escolhem se engajar no comportamento
homossexual são normalmente cheios de sentimento de culpa e remorso por
suas ações, sabendo que as Escrituras claramente se opõem a esse
comportamento.
Alguns tentam justificar o que estão fazendo e alteram a interpretação
das Escrituras e de como ela trata com a homossexualidade para favorecer
seus desejos homossexuais. Mas eles não podem nunca abalar a persistente
convicção de pecado no fundo de seus corações.

Questões:

1. Você conhece alguém que deixou de viver no estilo devida gay?


Descreva a mudança deles de acordo com o que você notou.
2. Você está enfrentando dificuldades com seus amigos gays por causa
do seu desejo de mudar? Descreva:
3. Você já fez alguma tentativa de deixar o estilo de vida homossexual?
O que aconteceu? Descreva:
4. O termo ex-homossexual é confuso para você? Fale sobre o assunto:
5. Qual é a coisa que parece ser mais difícil de ser mudada na sua vida?
Que passos devem ser dados para mudar essa área que tem sido de derrota
para você?
6. Você alguma vez teve a experiência de livrar-se de alguma
experiência homossexual? Qual foi o resultado?
7. Você é capaz de identificar suas necessidades emocionais que são
legítimas?
17
8. Você acredita que você nasceu homossexual? Descreva seus
pensamentos nessa questão:
9. Você escolheu ser homossexual? Por quais escolhas você é
responsável?
10. Discuta a questão da escolha. Você escolheu ser homossexual? Por
quais escolhas você é responsável?
11. Descreva as dificuldades que você tem enfrentado com a identidade
gay:
12. Você foi uma criança desejada? Descreva seus primeiros anos.
13. Descreva seu senso de segurança quando criança:
14. Descreva o seu relacionamento com seu pai ou sua mãe, de acordo
com seu sexo. Exemplo: Se seu sexo é masculino, descreva seu
relacionamento com seu pai, se feminino, descreva seu relacionamento com
sua mãe.
15. Você descreveria seu comportamento ainda bem cedo na sua
infância corno ativo ou passivo?
16. Você pode estabelecer relação com a substituição da figura do pai
ou da mãe?
17. Você sentiu proteção em tomo de você quando criança? A sua
proteção veio de sua mãe ou de seu pai?
18. Você pode perceber o que há de bom num relacionamento
heterossexual?
19. Descreva a sua busca por intimidade. Você estava buscando sexo
ou afirmação?
20. Descreva as suas tendências para o retraimento:
21. Você experimentou medo de ser abandonado?
22. Como é o relacionamento com seu pai hoje? Você experimentou
perdão pelas deficiências dele?
23. Você foi zombado ou ridicularizado na sua infância?
24. Descreva seu relacionamento com seus colegas:
25. Descreva sobre a inveja na sua infância e seus efeitos hoje:
26. Descreva o momento em que você percebeu que tinha um problema:
27. Você guarda mágoa em sua vida pela fato de Deus não ter tirado
você da homossexualidade?
28. Como é que “o conflito” tem afetado sua vida? Descreva sua luta:

18
CAPÍTULO DOIS

DEUS FALOU?

Hoje nós encontramos muitas linhas denominacionais de igrejas em


tomo do mundo que enfrentam dificuldades com a questão da
homossexualidade. Muitos dentro dessas denominações estão avançando com
a idéia que Deus não falou a respeito da questão homossexual.
Esse assunto nunca foi uma questão no passado. Tradicionalmente a
igreja sempre considerou a homossexualidade como um pecado; na verdade
ela tem preferido, algumas vezes, reagir maldosamente com relação a ele. A
homossexualidade não foi visto apenas como um pecado entre os outros
pecados, mas sim como um pecado especial: uma categoria especial em si
mesma, separado dos outros, um crime contra a natureza. O castigo incluía
tortura, humilhação e fogueira. Não havia nenhuma dúvida quanto ao fato da
homossexualidade ser ou não pecado: era pecado!
Hoje parece incrível que tal igreja tão homofobíaca tenha pulado para o
outro lado tão diferente e distante dessa questão. Inclusive nós até temos
muitos exemplos.
Não somente a igreja, mas a legislação governamental da Nova
Zelândia favorece agora o estilo de vida homossexual. Onde uma vez era
crime se envolver no comportamento homossexual agora está se
transformando em crime questionar esse mesmo comportamento. A igreja e o
governo têm se rendido às reivindicações homossexuais e agora defende esse
novo “alternativo” estilo de vida. Poucas áreas no mundo permanecem
intocadas pela questão dos direitos homossexuais. Deve ser esperado que a
igreja se eduque nessas questões e esteja pronta para defender os padrões
bíblicos.

A Teologia Gay

Nas últimas duas décadas, determinados teólogos têm apresentado uma


nova visão para a questão homossexual. Hoje, eles são conhecidos como os
“teólogos gays”, quer eles mesmos sejam homossexuais ou não. Talvez o
primeiro principal trabalho tenha sido feito por Derrick Sherwin Bailey, O
Homossexualismo e a Tradição Crista Ocidental. (Homosexuality and the
Western Christian Tradition) (Londres. 1955). Esse trabalho é considerado hoje
como um tanto obsoleto e foi substituído por livros como:
A igreja e o homossexual (The Church and The Homossexual) de John
J. Mc Neill, S.J. (Kansas City, 1976) e Cristianismo, Tolerância social e
Homossexualismo (Christianity, Social Tolerance and Homosexuality) de John
Boswell (Chicago. 1980).
O assunto principal da teologia gay é: “Deus não falou sobre a questão
homossexual dentro daquilo que nós conhecemos sobre ela nos dias de hoje.
As proibições bíblicas nesse assunto se referem ao “homossexualismo
anormal”, ou seja, o homossexualismo que envolve o estupro, prostituição ou
outras situações nas quais o objetivo do ato não é expressar amor”.
Enquanto a questão de se nascer homossexual está longe de ser
estabelecida ou firmada, muitos teólogos dependuram nesse fato e assumem
que ele já tenha sido provado. Alguns vêem a homossexualidade até como um
presente especial de Deus.
Os teólogos gays dividem as pessoas que praticam a homossexualidade
em duas categorias: invertidos e pervertidos. Invertidos são aqueles que
19
“nasceram homossexuais” ou que são ditos ter “uma orientação homossexual”.
Aqueles que nasceram heterossexuais ou possuem uma orientação
heterossexual, mas que tenham sido atraídos ou arrastados para dentro da
atividade homossexual, são chamados de pervertidos!
McNeil fala de dados novos das ciências humanas, os quais segundo
ele, deveriam nos levar a reavaliar nossos padrões morais. (4) Ele diz ainda
que a conversão ao heterossexualismo não é uma coisa prática para a pessoa
homossexual; e que nem é sábio, segundo ele, recomendar a abstinência total
(5).
As razões dadas por ele são de que a pessoa homossexual se toma
cheia de raiva de si mesma se tornando um candidato a ter um desequilíbrio
emocional. (6) A discussão básica de McNeill é de que quando Paulo estava
falando sobre esse assunto, ele estava inconsciente das duas categorias da
homossexualidade (inversão e perversão) e de que ele estava falando apenas
contra a perversão, ou seja, contra atos homossexuais cometidos sem o
elemento amor.

O Ponto de Vista Tradicional

A igreja tem acreditado por muito tempo que Deus estabeleceu as


normas para o comportamento humano na criação relatada no capítulo 2 de
Gênesis. Deus, vendo que não era bom que o homem estivesse sozinho, fez
uma ajudante apropriada para ele. Esta ajudante ou auxiliadora é a mulher,
que é criada fisicamente para receber o homem na união sexual. Todo e
qualquer relacionamento sexual além daquele entre um homem e uma mulher
unidos pelo matrimônio tem sido visto como um pecado e um produto da
queda.
Um membro da equipe de funcionários do Love in Action agrupou três
exigências Bíblicas para uma união matrimonial:
1. Um homem e uma mulher (Gênesis 1:27)
2. Um relacionamento sexual (Gênesis l:28a)
3. Um compromisso de vida (Mateus 19:3-8)
Se somente um ou dois desses elementos estiverem presentes, há uma
distorção do plano de Deus. Alguns exemplos dessa distorção podem ser:
1. Dois homens em um relacionamento sexual com um compromisso de
vida.
2. Um homem e uma mulher em um relacionamento sexual sem um
compromisso (fora do matrimônio).
3. Um homem e uma mulher em um compromisso de vida sem um
relacionamento sexual. (se a situação existir devido aos eventos fora do
controle do casal, não deve haver nenhum sentimento de culpa por isso.
Entretanto, se ambas as partes forem saudáveis, as Escrituras instruem o
casal a não se abster do relacionamento sexual por um período prolongado).
Por esta razão muitos líderes da igreja continuam a ver a
homossexualidade como um pecado, um dos resultados da natureza caída do
homem. Qualquer nova “evidência” científica que possa vir à luz nunca poderá
mudar o plano básico de Deus para o homem.

Uma Mensagem Convincente

Entretanto, os teólogos que avançam com a mensagem de que “ser gay


é bom” têm preparado a teoria deles muito bem. Eles têm nos apresentado que
muitas coisas que nós acreditamos serem corretas sobre a Bíblia, não são
20
exatamente como pensamos. Como cristãos muitos de nós, segundo eles,
temos sido negligentes e sem cuidado sobre nosso conhecimento bíblico,
dependendo de outros para pensar por nós, pulando as passagens difíceis e
as que parecem não se aplicar a nós pessoalmente.
Nós deixamos à porta aberta para entrada de decepção e heresia.
Muitas vezes nos foi dito nas escrituras que viriam os tempos quando os
homens abandonarão fé e seguirão espíritos enganadores, homens cujas
consciências seriam cauterizadas (I Tim 4: 1,2). Nós sabemos que há muitas
forças ocultas trabalhando no mundo hoje, iludindo o povo e torcendo a palav ra
de Deus (Pedro teve muito a dizer sobre este tempo que estamos enfrentando
agora. Toda pessoa deveria rever o segundo capítulo da segunda carta de
Pedro para ver o que as Escrituras têm a dizer a respeito de homens que
pregam heresias e doutrinas falsas). Foi nos dito para estudar a Palavra e
defender a esperança que existe em nós (I Pedro 3: 15). É chegada a hora de
acordarmos e defendermos a palavra de Deus daqueles que altera o Seu
significado e contradizem o claro ensino.

A História de Sodoma

Pergunte a qualquer pessoa sobre a história de Sodoma e quase todos


responderão: “é uma história sobre homossexuais.” Mas será que é mesmo?
Essa passagem é a primeira que vem ao pensamento com referência a
homossexualidade encontrada na Bíblia. Da cidade chamada Sodoma vem à
palavra “sodomita”, o termo legal usado geralmente para se referir a uma
pessoa que se engaja em algum tipo de comportamento sexual com a pessoa
do mesmo sexo. (Atualmente pode ser argumentado que esse termo é
extremamente ambíguo podendo ser usado até mesmo para se referir a
algumas formas sexuais praticadas entre peoas heterossexuais assim como
também para algumas formas de contato sexual entre o ser humano e
animais).
Uma olhada minuciosa em Gênesis 19 revelará que em nenhum lugar a
Bíblia diz que esses homens eram homossexuais. A teologia gay assume que
os homens de Sodoma queriam simplesmente se familiarizar com esses
homens (os anjos) que tinham vindo até a cidade deles.
Tradicionalmente os cristãos têm aceitado essa história como um alerta
para aqueles que ultrapassassem os limites estabelecidos pelas leis naturais
ou normais de Deus. (Nós discutiremos o que é natural na próxima sessão).
Apesar de que, na verdade, a Bíblia não diz que esses homens eram
homossexuais, mas o vínculo deles com a homossexualidade deveria ser óbvio
através do que lemos nas palavras de Ló: “Rogo-vos que não procedais tão
perversamente.” em resposta às exigências de que os anjos saíssem da casa.
O que haveria de perverso em uma simples apresentação aos cidadãos de
Sodoma? Ló teve um longo período de tentativas para proteger seus visitantes,
chegando ao ponto de oferecer suas filhas à multidão dizendo: “Elas nunca
dormiram com um homem”, O que essa história teria a ver com uma simples
quebra de etiqueta social? Embora essa história possa ser vista de forma clara
como se referindo à homossexualidade, na verdade não há nenhuma
declaração bíblica apresentando intenção homossexual da parte dos
moradores daquela cidade. A próxima referência no Velho Testamento
concernente à homossexualidade está no livro de Levítico capítulos 18 e 20.
Essas duas passagens têm muito a ver entre si. “O homem não deve usar
outro homem como ele usa uma mulher”. Levítico 20: 13 inclui a pena de morte
para tal ação. Agora essa mensagem parece clara como cristal considerando
21
seu significado. Porém, ela está ente outras proibições, as quais não
consideramos mais válidas como hibridação ou cruzamento de animais ou o
uso de peças de roupas feitas com a mistura de linho e lã. (7) O argumento
usado aqui é o seguinte: “Quer dizer então que a gente vai escolher quais os
textos do Antigo Testamento que a gente quer seguir ou não?” Se alguns
mandamentos são ultrapassados, então por que considerar ainda válidos os
mandamentos que condenam a homossexualidade?

Romanos, Capítulo Um.

A próxima referência clara com relação à homossexualidade está no


capítulo um do livro de Romanos, no Novo Testamento. Aqui podemos ver que
não há nenhuma chance para mau entendimento:
“Porque até suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à
natureza; semelhantemente também os varões, deixando o uso natural da
mulher, se inflamaram, em sua sensualidade uns para com os outros, varão
com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmo a devida
recompensa do seu erro.” (Romanos 1:26, 27).
No entanto, aqui é aonde encontramos o argumento de que “o que é
natural?” Hoje, os teólogos gays têm dado uma nova olhada nessa frase e
questionado o significado original que tem sido aceito.
Seguindo as pistas da frase contra a natureza (para physin no Grego),
qualquer um a encontrará definida no sentido denotativo para se referir a:
“origem, fonte, (bem relacionada com) criação e significando a condição
natural, ou a ordem regular das coisas.” Até nesse tempo presente, nos tem
sido ensinado primariamente que a ordem... natural das coisas estabelecida
por Deus foi a heterossexualidade para o homem. Jesus se referiu a isso em
Mateus capítulo 19:
“Ele respondeu: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador „os fez
homem e mulher‟ e disse: „Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se
unirá à sua mulher, e os dois se tomarão uma só carne‟”?” (Mateus l9: 4- 6
NVI).
Hoje essa referência à origem das coisas está sendo desafiada e a
condição existente no nascimento de qualquer um está sendo considerada
como uma condição natural. Por causa disso aqueles que dizem ter nascido
homossexuais consideram isso como seu estado natural.
Quando estes seguem suas inclinações (as quais eles consideram)
“naturais” engajando-se em atos homossexuais não estão agindo contra a
natureza, e. por isso, nenhuma das admoestações contra a homossexualidade
encontradas em Romanos Capítulo 1 se aplica a eles. Paulo fala a respeito de
“trocando” o natural pelo “não natural” os teólogos gays dizem que não tem
havido nenhuma mudança do natural quando pessoas se envolvem em atos
homossexuais.
O segundo argumento é esse: “As coisas naturais são determinadas
pelo número de pessoas que se estão envolvidas com o fato. Uma vez que
mais e mais pessoas estão se tomando envolvidas nas atividades
homossexuais, será que podemos ainda chamar isso de algo “anormal”? A
implicação aqui é que a moralidade é unia coisa instável, determinada pelo
número de pessoas envolvidas e pela popularidade da questão. O que uma
vez foi considerado normal agora não pode mais ser considerado anormal.
Obviamente. Deus não aceitou essa racionalização no tempo de Noé e Deus é
o mesmo. Ele não mudou (Veja Gênesis 6: 5- 7).

22
A declaração da teologia gay que eu acho mais difícil de aceitar é a de
que é contra a natureza para uma pessoa ser livre de sua orientação
homossexual e procurar estabelecer um casamento e família.
“O pervertido não é um homossexual genuíno; mas sim um
heterossexual que se envolve em práticas homossexuais, ou um homossexual
que se envolve em práticas heterossexuais.” (8) (A ênfase é minha)
Não há nenhuma prova, seja científica ou bíblica, que as pessoas
envolvidas na atividade homossexual possam ser divididas em dois grupos,
“invertidos” e “pervertidos”. O argumento de que a orientação homossexual
para alguns é natural e de “acordo com a natureza” é completamente e
totalmente falsa.
Duas escritoras cristãs chocaram o mundo Cristão com seu livro Is the
Homossexual My Neighboor? (O meu vizinho é homossexual?) (Letha
Scanzoni and Virginia Ramey Mollenkott (9)) por apresentar a teologia gay em
uma forma tão emocional e lógica que os leitores são quase seduzidos a crer
na teologia gay como verdade. Torna-se extremamente difícil se firmar no
ponto de vista tradicional sobre a homossexualidade enquanto se lê esse livro.
Essas autoras têm apresentado o inimigo através de seu livro, uma ferramenta
bem: eficaz para engodar cristãos que já estão feridos.

Primeira Carta aos Coríntios, Capítulo Seis.

Ainda temos mais uma escritura sobre a homossexualidade em 1


Corintios 6:9-10:
“Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos
enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os
efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os
bêbados, nem os maldizentes nem os roubadores herdarão o reino de Deus.”
O versículo nove considera todo e qualquer tipo de relação sexual fora
do casamento. Aqui nós vemos ser mencionados os fornicadores, aqueles que
se envolvem em relações sexuais enquanto ainda não são casados; os
adúlteros, que são aqueles que têm relacionamento sexual com alguém além
de seu companheiro ou companheira de casamento, e, finalmente, Paulo fala
àqueles que se envolvem em práticas homossexuais. Aqui, a versão original do
Rei Tiago usa a palavra “efeminado” e a frase “abusers of themselves with
manking”‟. No grego, a palavra “efeminado” é malakoi e a outra palavra é
arsenokoitai. Deve ser observado que essas duas palavras têm sido
tradicionalmente associadas com homossexualismo. Na verdade. arsenokoitai
é um composto de duas palavras: “arsen” que significa “homens” e “koitai” que
é a palavra da qual se deriva à palavra em inglês, coitus2, significando
intercurso sexual. Seguindo uma linha natural de pensamento definir-se-ia
arsenokoitai como “homens que se envolvem juntos em intercurso sexual”.
Porém, a teologia gay não aceita esse conceito.
Alguns simplesmente negam que exista qualquer relação entre estas
duas palavras com a homossexualidade. “Malakoi” passa rapidamente a ser
desassociada da homossexualidade e é vista simplesmente como um
„comportamento dissoluto” (10), ou seja, alguém que seja moralmente fraco e
sem domínio próprio.
A palavra “Arsenokoitai”, todavia, não é tão fácil de ser descartada. O
argumento mais forte usado aqui é de que o tempo tem apagado o significado
dessa palavra e que ninguém pode falar com autoridade sobre seu significado.

23
Muitos eruditos a vêem apenas como significando prostituição masculina, não
tendo nada a ver com a homossexualidade no geral. (11)

Confusão e Incerteza

Durante o tempo em que eu tenho feito palestras, tenho encontrado


muitas diferentes visões sobre a teologia gay. O que eu tenho visto é que a
teologia gay fala através de muitas vozes, ou seja, diferentes pessoas com
diferentes opiniões não seguindo um mesmo curso. E isso somente acrescenta
a confusão para as pessoas honestas que enfrentam dificuldades com a
homossexualidade na sua própria vida e estão se esforçando para encontrar o
ponto de vista de Deus sobre o assunto.
Deve ser muito perturbador para o Cristão determinado em aderir à
teologia gay, e ouvir as muitas variações, particularmente em consideração a
estas duas palavras. Algumas das posições são:
“Malokaí” não significa uma pessoa homossexual. Esta palavra descreve
o homem que se identifica a si mesmo como uma mulher. Essa posição
transfere assim o pecado da homossexualidade para o transsexualismo.
“Arsenokoitai” é o tipo de garoto de programa que se encontra nas ruas,
ou seja, um homem heterossexual que vende seu corpo por dinheiro.
“Maiakoi” é uma criança. “arsenokoitai é um molestador.” Essa posição
leva-nos a questionar por qual motivo é negado o acesso ao céu à pessoa que
foi vítima de abuso sexual quando criança.
“Outra posição é de que ambos os homens são heterossexuais”. Um é
passivo e se permite ser usado por um outro homem heterossexual agressivo.
Será que todas as escrituras relacionadas com a homossexualidade têm
sido perdidas no meio da poeira do passado? Nós podemos ter alguma
segurança nos dias de hoje de que Deus alguma vez falou a respeito dessa
questão? Existe alguma visão ortodoxa nas passagens que relatam sobre a
homossexualidade em I Corintios? Victor Paul Furnish em seu livro, O ensino
moral de Paulo (The moral teaching of Paul), consideram ambas palavras: Em
relação à “malakoi”, ele diz:
“Muitos estudiosos acreditam que haja evidências suficientes nos
eventos dos textos antigos para se concluir que eles poderiam ser usados mais
especificamente para se referir ao parceiro que desempenha o papel passivo
num intercurso homossexual masculino.”
A respeito da palavra “arsenokoitai” ele diz:
“O segundo termo discutido é composto pela palavra usada para definir
“macho” ou “masculino” e uma palavra que se refere a “o que vai para cama”.
Nesse caso, a maioria dos estudiosos concluem que o parceiro “ativo” no
intercurso homossexual está incluído na idéia”. (12)
Hoje existem grandes estudiosos do grego que aderem à visão ortodoxa
da homossexualidade, porém permanecem em silêncio. O mundo parece estar
repleto de pessoas que estão empenhadas em promover essa nova heresia.
Não pense que a igreja não possa ser enganada, uma vez que muitas linhas
denominacionais no mundo ocidental têm adotado a teologia gay na sua
totalidade.
Uma pessoa que tem feito importantes pesquisas é Richard F. Lovelace
o qual cobre com muito mais detalhes o assunto que eu tenho tocado, em seu
livro, A homossexualidade e a Igreja, Crises, Conflito, Compaixão
(Homosexuality and The Church, Crises, Conflict, Compassion).

24
Deus falou?3

Onde é que nós temos ouvido essas palavras antes? Elas têm um som
familiar? Se olharmos em Gênesis 3:l nós encontraremos satanás
questionando as diretrizes dadas por Deus. Satanás trabalha através da
decepção, em introduzir dentro da igreja heresias mortais que se opõem ao
plano de Deus para o homem, Ele tenta lançar dúvidas sobre aquilo que Deus
tem deixado perfeitamente claro. Essa pergunta: “Foi assim que Deus falou?”
tem separado o homem de seu Deus. Não somente rompendo seu
relacionamento pessoal com Deus, mas também com seu próximo, trazendo
morte e derrota. A homossexualidade juntamente com todo pecado nasceu
naquele dia fatídico em que o homem aceitou e acreditou nas mentiras do
inimigo.
Apesar de que isso possa parecer novo para você, certamente isso
afetará sua vida profundamente em tempos que estão para vir. Os inimigos da
verdade estão ganhando espaço dentro da igreja. Satanás sabe que seu tempo
é curto e ele está intensificando seus ataques. Ser precavido é estar
preparado. Esteja alerta e mantenha o inimigo fora da igreja.

Questões

1. Você tem sido tentado apensar que a homossexualidade é normal e


aprovado por Deus?
2. Você tem sido exposto à ”Teologia Gay”?
3. Você tem lido e investigado as Escrituras com referência a
Homossexualidade, por você mesmo ou você tem confiado no que os outro s
têm dito?
4. O Espírito Santo tem falado ao seu espírito que a homossexualidade é
errada? Você deseja que não fosse?
5. Você tem amigos na sua igreja que estão vivendo ativamente como
homossexuais? Você os tem confrontado? Quais foram os resultados?
6. Quais pro-gay literaturas você leu e de que forma ela afetou sua vida?
7. Sua igreja tornou alguma atitude com relação à teologia gay?
Descreva a atitude de sua igreja.
8. Na sua mente, que tipo de ação a igreja deveria tomar?

3
ou, “Foi assim que Deus falou?
25
CAPÍTULO TRÊS

O PRIMEIRO PASSO - UMA “DECISÃO DEFINITIVA”

Uma Decisão Difícil

Não é fácil para o homossexual aceitar que Deus falou contra a


homossexualidade e concordar em embarcar na longa e difícil jornada para
mudança: Como nós temos visto em sua maioria, não tem ajudado muito em
guiar o ex-homosexual em direção a um novo e diferente estilo de vida. A
igreja e, particularmente, os seminários estão avançando com a idéia de que
as Escrituras que reprovam a homossexualidade foram escritas para uma
cultura passada e não oferecem nada de valor para o mundo de hoje.
Um grande número de pessoas que enfrentam dificuldades na área
homossexual estão sendo aconselhadas por seus pastores a ajustarem sua
vida a este estilo de vida, embora elas sejam exortadas a “viver do modo mais
respeitável possível como um homossexual”.
A associação Psiquiátrica Americana deixou de considerar a orientação
homossexual como uma desordem e agora considera aqueles que estão
procurando sair da homossexualidade como “alguém com desordem”. Abaixo
vemos uma citação do mais recente manual da Associação Psiquiátrica
Americana:
“quando a desordem (desvio de conduta) (302:00 Homossexualismo) é
presente em um adulto, geralmente há um desejo forte de poder ter crianças e
constituir uma vida familiar”(13)
Alguns pastores, embebidos com a psicologia, estão agora concordando
com o ponto de vista da Associação Psiquiátrica Americana aplicando o rótulo
de “desvio de conduta” ao indivíduo que não é completamente satisfeito com
sua vida homossexual e está procurando uma forma de sair dela.

Uma Decisão que Somente Você Pode Tomar

A decisão que você tomar com certeza passará por muitos desafios,
períodos atrás de períodos. Sua decisão permanecerá nos tempos de
provação somente se ela tiver sido tomada por você e não pelos outros. Se
sua decisão tiver sido baseada em satisfazer outras pessoas, ela não será
forte o suficiente para resistir às adversidades e os tempos difíceis que estão à
frente. Por mais que queiramos agradar nossa mãe, pastor, amigos, e até
mesmo a sociedade, essa motivação apenas será insuficiente e falhará
durante os tempos de provação e, mais cedo ou mais tarde, nós vamos nos
encontrar dizendo: “Eu o fiz somente para agradar meus pais (ou outros)”.

“A Igreja Silenciosa”

Muitos homossexuais ativos que professam o cristianismo se


acomodaram na igreja silenciosa, a igreja que se recusa a reconhecer que o
problema da homossexualidade existe. Nesse caso, eles vivem uma vida
dupla: regularmente eles ocupam lugar de liderança na igreja, porém
continuando a se envolver em todo os tipos de comportamento existentes
dentro da homossexualidade quando não estão na presença de outros cristãos.
Se a igreja percebe o problema e decide exortar e confrontar aqueles que
estão vivendo ativamente como homossexuais, eles silenciosamente saem

26
daquela igreja e procuram outra, onde eles possam continuar no pecado sem
interferência.

Influência Satânica

Satanás traz opressão sobre nós em tempos de dificuldades. Quando


estamos para baixo, ele tenta piorar a situação. Ele torce e aumenta o
problema enlarguecendo assim a distância entre o cristão e o Senhor. Ele
avança sobre nós quando estamos fracos e perturbados. Ele conhece os
anseios do nosso coração e nos envia qualquer coisa para nos ferir e destruir.
Todos nós temos uma profunda necessidade de conexão, intimidade e de uma
pessoa que nos entenda, porém, ele nos envia um amante. Ele nos diz que
trevas é luz, que se colocarmos em prática as nossas fantasias, encontraremos
o preenchimento pelo qual estamos ansiando tanto. A menos que nós
diligentemente busquemos Deus e abramos nossa vida para Sua intervenção,
nós acreditaremos na mentira, uma vez que isso parece ser menos doloroso, e
sucumbiremos às sugestões do Diabo aceitando o que ele está nos
oferecendo.
Jesus firmou sua face como uma pedra-de-fogo resistindo à tentação e
devemos fazer o mesmo. Resistindo a ambos, à sutileza e às mensagens
descaradas do mundo. Prescisamos receber sabedoria e discernir os trabalhos
do maligno. Aceitar a homossexualidade é escolher o mais fácil e largo
caminho que conduz à destruição. Resistir à homossexualidade é seguir o
caminho estreito, às vezes é o caminho solitário uma vez que poucos tomam
essa direção. Porém, é a estrada que nos conduz à vida, o único caminho para
a verdadeira alegria e preenchimento, os quais temos procurado satisfazer
através de fantasias ilusórias.
Satanás é mentiroso. Na verdade, cada encontro sexual que temos faz
somente aumentar o nosso apetite. Ele permanece dizendo para nós que da
próxima vez será melhor, porém isso não é verdade. Quanto mais experiências
você tem, mais preso você se torna. À medida em que os anos passam, os
desejos aumentam numa crescente proporção, porém as possibilidades de
preenchimento diminuem. Você é deixado com contínuos desejos que nunca
poderão ser satisfeitos e nos quais nunca poderá encontrar paz.

O Caminho Mais Fácil

A natureza humana faz o que é possível para procurar uma maneira, um


caminho que não ofereça nenhum tipo de dor. Com tanta pressão para
permanecer vivendo como um homossexual ou se ajustar a esse estilo de vida,
e ainda com a possibilidade de se esconder em uma igreja silenciosa, é
verdadeiramente um milagre quando um indivíduo está disposto a se submeter
ao plano de Deus para redenção e regeneração.

Como Pode Tal Decisão ser Feita?

A pessoa que está na luta corpo a corpo com a questão deve ser um
seguidor da Verdade. A motivação para tamanha mudança é improvável que
tenha vindo de uma fonte humana, mas, sim, através do auxílio do Espírito
Santo de Deus.
“Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o
invocam em verdade.” (Salmo 145:18).

27
Senhor, Eu Tenho um Problema

Ninguém encontra seu caminho para sair de um problema até que


admita que o problema exista. O primeiro passo no programados Alcoólicos
Anônimos é; “Nós admitimos que somos impotentes quanto ao álcool - que
nossas vidas têm se tomado fora de controle.” (14) O homossexual deve
admitir para si mesmo e para Deus, “Eu tenho um problema, Senhor.”
Para as pessoas jovens que estão entrando na vida gay, a
homossexualidade talvez possa parecer mais como uma solução para seus
problemas. Aqueles que foram rotulados durante todo seu tempo de escola
com insultos e zombarias vêem a vida homossexual como um lugar de
afirmação e aceitação. Com grande alegria eles encontram colegas, pessoas
de sua mesma idade, que querem ambos, amizade e intimidade com eles.
Muitos dizem, “Se isso é um problema, por favor, me dêem mais
problemas!”. Para eles parece que a aceitação encontrada na vida gay é o pote
de ouro no final do arco íris, o preenchimento das fantasias que eles
carregaram consigo durante toda sua vida. Porém, cada encontro, reforça o
apego à homossexualidade. Novas facetas da vida homossexual são reveladas
e o que no início teria sido visto como algo degradante, agora é
voluntariamente aceito à medida que promete um preenchimento que não tinha
sido alcançado até então. Enquanto encontros homossexuais possam ter
trazido satisfação por um momento, a pessoa homossexual é deixada vazia,
procurando ainda por um ingrediente ilusório que poderia fazer a intimidade
durar mais. Ela permanece, então, à espera de que na próxima esquina está a
pessoa certa, pela qual tem procurado, porém isso nunca acontece, e
continua-se numa busca que não tem fim.
Raros são aqueles que podem ser alcançados enquanto estão
ativamente procurando fazer de cada fantasia uma realidade. Eles estão
seguindo um sonho impossível. Pastores, pais, amigos e, algumas vezes, até
esposas tentam trazer o indivíduo de volta à realidade, porém eles estão
controlados por seus sonhos. O “eu” esta entronizado. “Se isso lhe faz sentir
bem, faça-o”. “Se eu acho que está certo, deve ser certo.” Da mesma forma
que está ilustrado em Juízes 21: 25 “Naqueles dias não havia nenhum rei em
Israel; cada homem fazia o que era correto aos seus olhos.” Enquanto a
pessoa não chega ao fundo do poço e admite que o problema existe, ela não
poderá ser ajudada.

Cancelando a Opção

Ambivalência é a barreira de impedimento para a mudança. Enquanto


estiver aberta a opção de retornar a homossexualidade “se as coisas não
funcionarem”, não poderá ocorrer mudança na vida da pessoa. Ligações
devem ser cortadas. A decisão decisiva deve ser feita. O Espírito Santo traz
convicção de pecado, e se a pessoa recebe profundamente essa convicção em
seu coração, ela terá a motivação permanente para cancelar a opção.

“Não ofereçam os membros de seus corpos ao pecado, como


instrumento de injustiça; antes ofereçam-se a Deus...” (Romanos 6:13)

A Decisão é Sua

Outra vez, a decisão é sua. Você está disposto a enfrentar a questão à


frente e dar uma olhada realista na sua vida? Que futuro o espera como um
28
homossexual? Você quer uma vida cheia de culpa e separada de Deus? Uma
coisa que nós talvez estejamos inconscientes no tempo em que estivermos
tomando nossa decisão é de que Deus é por nós e Ele virá em nosso auxílio,
ajudando-nos durante as situações difíceis que vamos passar. Ele está
próximo, de acordo com o que você permite ele estar. Ele é sempre fiel às
suas promessas “para aqueles que O invocam”. (Salmos 145: 18)
É necessário ter coragem para deixar para trás as coisas que sempre se
apresentaram como a resposta para os lugares vazios em nossas vidas.
Porém, o Espírito Santo pode transformar homens covardes em homens de
coragem. Ele usou um pequeno número de homens para virar o mundo de
cabeça para baixo, e Ele pode fazê-lo novamente. Quando Deus nos pede
alguma coisa e nós respondemos com um coração cheio de obediência, Ele
sempre provê forças para que façamos o que Ele nos pediu.
“O céu e a terra tomo hoje, por testemunhas contra ti de que te propus a
vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu
e tua descendência.” (Deuteronômio 30: 19).

Questões
1. Descreva o tempo em que você fez sua decisão de sair da
homossexualidade. Você vacilou nessa decisão?
2. Quais conselhos você recebeu de pastores e conselheiros?
3. Até onde sua decisão tem sido baseada nos desejos de outros?
4. Descreva a vida dupla que você levou:
5. Descreva como o inimigo enganou você:
6. Quais escolhas difíceis você fez?
7. O que o conduziu a romper com a vida homossexual?
8. Até onde você tem rendido sua vontade ao Senhor?
9. Você desistiu da idéia de que pode simplesmente encontrar a pessoa
ideal na próxima esquina?
10. Você tem chegado ou já passou pela situação onde você percebe
que as coisas só tem piorado, ou seja, de que sua vida está indo cada vez
mais para baixo? (“Se eu procurar unia pessoa de padrão mais baixo, não tão
alto como eu tenho exigido, eu poderei encontrar o que eu estou procurando”)
11. Desde que você tomou sua decisão, você tem encontrado o Senhor
“próximo daqueles que invocam o Seu nome?”

29
CAPÍTULO QUATRO

O CAMINHO DE SOFRIMENTO

Uma vez que o Espírito Santo traz convicção de pecado, o


arrependimento deve vir a seguir. Antes da gloriosa ressurreição de Cristo,
Jesus teve que andar no solitário caminho da “Via Dolorosa”, o caminho de
sofrimento.
A morte de um sonho é de fato unia coisa triste. Não é fácil para o ex-
homossexual colocar de lado a fantasia de que um dia a pessoa i deal
aparecerá trazendo o preenchimento que ela tem procurado durante todo o
tempo. Porém, enquanto esse sonho viver, a mudança permanece bloqueada.
Qual é o significado real de arrependimento? Arrependimento significa
uma mudança de mente e de direção, ou em outras palavras, uma dor que traz
início a uma ação. Não é suficiente lamentar sobre a dor da perda de um estilo
de vida que era confortável, nem suficiente ter bons pensamentos sobre Jesus
enquanto ainda se caminha em trevas. Toda pessoa deveria lamentar
profundamente por entristecer o Espírito Santo e tomar a decisão de não
deixar isso continuar a acontecer. E como João Batista disse:
“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;...” (Lucas 3:8).
Provavelmente, a ação que o arrependimento trará pode ser deixar um
parceiro, separar-se de amigos que o tenham acompanhado durante anos,
deixar um antigo local de trabalho e procurar um outro emprego, ou viver em
ambientes novos e desconhecidos.

Ninguém Escapa da Cruz

Se nós estamos planejando ter um relacionamento com Jesus e ter uma


vida dirigida pelo Espírito Santo, nós não podemos fugir da cruz.
“Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo
Jesus, fomos também batizados em sua morte? Portanto, fomos sepultados
com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi
ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma
vida nova.” (Romanos 6:3-4 NVI).
Uma nova vida surge vinda do poder da cruz. Nos tempos em que Jesus
viveu, todo mundo sabia que a expressão “tome a sua cruz” significava “você
está a caminho da sua morte”. Existe uma finalidade naquela morte, e
precisamos encarar o antigo estilo de vida com esta mesma finalidade. A morte
é o ponto final de nossas ações, com ela tudo cessa; nós precisamos ver a
morte do velho estilo de vida nesta mesma perspectiva. Qualquer resquício da
nossa velha forma de viver impedirá o surgimento da nova vida.
A maioria dos cristãos conhece a história de Acam no capítulo sete do
livro de Josué. Deus havia instruído os israelitas a destruírem completamente
todas as coisas pertencentes ao inimigo. Acan, porém, pegou alguns objetos
que tinham grande valor terrestre, que estavam no meio dos espólios, e os
escondeu. O resultado foi que Deus trouxe julgamento para toda a tribo de
Israel, trazendo derrota nas batalhas e a morte de muitas vidas.
Se nós deixarmos escondidas, coisas pertencentes a nossa velha vida,
ainda que achamos que elas não tenham grande valor, nós colheremos as
conseqüências desse ato, O novo estilo de vida que estamos recebendo será
destruído e as pessoas que estão ao nosso redor também serão afetadas.
Da mesma forma que um cirurgião procura cada pequena mancha de
câncer para que nenhum novo problema possa surgir do velho, o ex-
30
homossexual deve remover todos os resquícios de seu passado: todo e
qualquer tipo de pornografia, roupas que trazem qualquer tipo de reação
sexual, ou recordações que trazem à mente, de volta, as velhas ações. Todas
essas coisas devem ser completamente extirpadas.
Romper com uma vida confortável, por causa de uma vida que ainda é
desconhecida, requer um passo de fé na pessoa de Jesus, sabendo que Ele
guiará e iluminará o caminho para uma nova e abundante vida.
As Escrituras nos dão uma interessante comparação entre as vidas de
Davi e Saul. Saul havia sido enviado por Deus em uma missão com instruções
implícitas, similarmente às dadas a Acan: destruir todas as coisas e não deixar
nada que pertencesse ao inimigo. Saul nunca teve um quebrantamento
completo.
Davi, por um período de tempo, também se apegou a seu pecado e não
se arrependeu. Ele estava determinado a ter Bathsheba como uma amante
sem considerar o fato de que ela pertencia a outro homem. A determinação de
Davi a seguir o caminho de pecado trouxe morte e destruição a milhares de
pessoas. Porém ele finalmente cedeu:
“Lava-me completamente da minha iniqüidade. e purifica-me do pneu
pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está
sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente, pequei, e fiz o que é mau
diante dos teus olhos; de sorte que és justificado em falares, e indesculpável
em julgares”.
Davi teve suas vestes limpas e regozijou-se na restauração de seu
relacionamento com Deus. Saul, porém, saiu de um desastre e entrou em
outro, morrendo separado de Deus. Seu orgulho e arrogância destrutiva e
ainda a sua indisposição de romper com seu passado o conduziram a um final
doloroso.

E a minha profissão?

Existem determinados tipos de profissão que empregam um grande


número de homossexuais. Você deve então deixar o trabalho para o qual você
foi treinado e procurar outro emprego? Há duas considerações que devem ser
vistas com seriedade. Urna é que como cristão você deve ser uma boa
testemunha. Pode haver alguns tipos de trabalho que mancham sua imagem
de cristão. Um exemplo seria o caso de você trabalhar num bar gay. A outra
consideração é a possibilidade de você ser negativamente afetado no seu
caminhar com Cristo por aqueles que trabalham com você. Nós temos muitos
casos, que vieram ao nosso ministério, de pessoas que eram cabeleireiras.
Não é a profissão que é errada, mas sim a influência de colegas de trabalho
que pode trazer dificuldades para você obedecer ao Senhor.
Se nós percebemos que estamos comprometendo nosso padrão cristão
no trabalho, então pode ser sábio mudar de emprego. Alguns resolvem esse
problema montando seu próprio negócio onde eles possam ter controle sobre
quais pessoas que devem trabalhar com ele ou não.

Sacrifício Silencioso

Há também uma outra forma de dor ou sofrimento que você terá na sua
nova forma de viver. Nosso relacionamento com Jesus altera nosso
relacionamento com o mundo. O mundo tenta reivindicar nossas vidas e não
negligencia nenhuma oportunidade enquanto estamos desenvolvendo nosso
novo estilo de vida, A carta a Tiago nos fala sobre isso claramente:
31
“Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade
com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.” (Tiago
4:4 NVI).
Essa palavra nos adverte de uma forma bem séria, para que não
comprometamos nosso andar com Cristo, cultivando as pecaminosas
expectativas dos nossos amigos mundanos. Quando nós damos as costas para
o convite a uma festa gay, nós estamos nos isolando e seremos mal
compreendidos por nossos amigos. Eles se sentirão traídos e pensarão que
nós agora nos consideramos melhores do que eles. Provavelmente você
desejará estar lá e não verá nenhum motivo para se excluir do grupo. Porém,
você crescerá espiritualmente quando tiver a coragem e a determinação para
resistir. Nós precisamos nos libertar da pressão que o mundo tenta exercer
sobre nós.
Nós devemos ter controle sobre amizades que influenciam nossas vidas
de forma negativa. Eles não entenderão nossa mudança. As coisas espirituais
parecem loucura para aqueles que estão perecendo (1 Coríntios 1: 18). Os
velhos amigos se sentem rejeitados e ficam magoados pelas nossas novas
escolhas e nossos novos amigos. Eles vão nos dizer que essas coisas não
durarão muito tempo, e que mais cedo ou mais tarde nós voltaremos a viver
como antes. Eles trarão feridas a nossa vida. Talvez boatos e mentiras serão
espalhados a nosso respeito. Com toda certeza, pessoas ficarão com raiva de
nós, nos redicularizarão e tentarão, de todas as formas, nos fazer sentir
culpados. Porém, Jesus deve permanecer como prioridade em nossas vidas.
Os interesses dEle devem vir primeiro que os interesses dos outros e. também,
antes dos nossos próprios interesses.
À medida em que desenvolvemos amizades com cristãos, eles
provavelmente poderão não entender nossas circunstâncias. Se dissermos a
eles que deixamos a homossexualidade, a resposta ou a reação deles
provavelmente será: “Glória a Deus!” Eles não estarão conscientes da nossa
dor e do desgosto que envolve a tão grande mudança em nossa vida. Eles não
entenderão que sentimos falta dos nossos amigos, ou quão doído é quando
rompemos um relacionamento que era bastante significativo para nós, embora
estes sejam pecaminosos. Nós precisamos sofrer nossa luta em silêncio.
Nosso gozo e felicidade estão situados do outro lado da cruz.

O Desafio de Perdoar

Discutiremos mais à frente sobre o perdão, porém aqui eu gostaria de


mencionar que o perdão pode ser, às vezes, um sacrifício. Algumas vezes nós
deixamos quieta em nosso coração a falta de perdão e passamos a culpar os
outros por nossa condição. Não é fácil abrir mão de raiva e ressentimento.
Uma vez que deixamos de colocar a culpa nos outros ou em circunstâncias,
nós nos deparamos com nossa responsabilidade por nossos atos e isso, de
fato, pode parecer assustador e estranho. Perdoar é um sacri fício e um
doloroso reajustamento em nossa personalidade e na forma como
normalmente expressamos nossas emoções.

Quebrantamento

Mudanças surgem através de quebrantamento. Passagens e mais


passagens bíblicas se referem à necessidade de nos humilharmos perante
Deus com um coração contrito e um profundo lamento por nossas ações e
atitudes. Isso é o que nos qualifica para o trabalho que Deus deseja fazer.
32
“Esse é o homem para o qual eu olho e tenho consideração, aquele que
é humilde e tem um espírito quebrantado e ferido, e que treme diante da Minha
Palavra e reverencia meus mandamentos”. ( Isaías 66: 2 Bíblia Amplificada*)

Talvez possa levar dias (meses, anos) até que nós possamos
honestamente dizer como Davi:
“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos”.
(Salmos 119: 71)
O caminho para a vitória nos conduz a passar pelo vale da dor.
“É evidente que foi essencial que Ele fosse feito como seus irmãos em
todos os aspectos, para que ele pudesse se tornar um Sumo Sacerdote
misericordioso (compreensivo) e fiel nas coisas relacionadas a Deus, para
fazer expiação e propiciação para os pecados do povo. Para que então Ele (na
Sua humanidade) tendo sofrido e sido tentado (testado e provado) seja capaz
de (imediatamente) correr em socorro ao grito daqueles que estão sendo
tentados, testados e experimentados (e que por isso estão sendo expostos ao
sofrimento) (Hebreus 2: 17, 18 Bíb1ia Amplificada*)

Questões

1. Descreva os sacrifícios que você tem feito para deixar a velha vida
para trás:
2. O que mais é requerido em arrependimento além de simplesmente se
sentir mal sobre o que você tem feito?
3. Existem coisas escondidas, resquícios da velha vida, os quais você
segura ou se sente incapaz de deixar nos pés da cruz? Descreva-os:
4. Em que áreas de sua vida você se sente tentado a comprometer (de
forma negativa) o seu novo andar com Cristo?
5. Você tem tido tempos de solidão? De que forma você tem respondido
a essas situações? Descreva-os:
6. Fale sobre suas amizades, as velhas e as novas:
7. Você tem investido em não perdoar?
8. Fale sobre o quebrantamento que você tem tido.

33
CAPÍTULO CINCO

A NECESSIDADE DE UM SALVADOR

A maioria dos seres humanos acha difícil, ou senão impossível, admitir


que tenha necessidade de ajuda. Ninguém gosta de dizer, “eu estava errado”. O
orgulho faz parte da nossa natureza e freqüentemente nos impede de derramar
lágrimas quando nossa necessidade é grande.
Arrependimento e quebrantamento significam que precisamos admitir que
temos a necessidade de um Salvador. Sem esse passo essencial, não haverá
mudança. Ninguém mais pode tomar essa decisão por nós. Ela deve vir do
nosso próprio coração.
Pessoas vêm até nossos Ministérios “Love in Action 4” e “New Hope 5” de
todas as partes do mundo procurando aconselhamento. Muitos têm tentado
durante anos vencer seu problema homossexual enquanto esse, na verdade,
estava aumentando e cada vez tornando mais e mais espaço em suas vidas. O
padrão que a maioria dessas pessoas tem seguido é o seguinte: Eles vêm até
Jesus, admitem que tem necessidades, reconhecem Jesus como o Salvador e
depois confiam em suas próprias forças para fazer as mudanças que são
necessárias em suas vidas. A questão da necessidade de um salvador é vista
como necessária apenas uma vez, ao invés de ser vista como uma necessidade
contínua.
Quando recebemos as primeiras porções da vitória dada por Deus, nós
ficamos cegos para as contínuas mudanças de que ainda precisamos;
pensamos que aquilo é tudo e que não precisamos de mais nada. Deixamos
então de considerar que a nossa necessidade de mudança ainda continua.
Quando Deus nos livra de muitas cadeias que nos destruíam, passamos a nos
sentir competentes para fazer boas decisões e nos tomamos satisfeitos com o
que alcançamos até então. Passamos a ter a certeza de que nunca mais
faríamos as mesmas escolhas erradas que fizemos no passado. É exatamente
nessa ocasião que estamos mais vulneráveis. Muitas vezes acontece que, nos
momentos em que estamos mais fracos, somos solicitados a dar nosso
testemunho na igreja. Se aceitarmos, estaremos entrando no jogo do inimigo.
Quando ele descobre que estamos agindo além dos nossos limites, ele nos
sobrecarregará. Nós encontraremos tentações que parecem ser irresistíveis e
uma queda provavelmente vai acontecer. Muitos desistem nesse momento e
retornam para o velho estilo de vida. Essas pessoas ainda não aprenderam o
que significa caminhar ao lado de Jesus. O que nós esquecemos
freqüentemente é que a vitória na qual estamos nos regozijando é um presente
dado por Deus. E a vitória dEle, não nossa. Não foi algo que nós adquirimos. A
vitória nunca se tomará nossa propriedade - nós é que temos nos tomado
propriedade dEle! Nossa primeira oração pela manhã deve ser: “Senhor, eu lhe
dou permissão para controlar minha vida nesse dia. Senhor defenda-me,
proteja-me.”
Algumas vezes o orgulho falará a nós na seguinte forma: “Se eu admito
que tenho uma necessidade contínua, eu estou desprezando o que Cristo tem
feito por mim.” Esse argumento ignora o fato de que mudança é um processo.
Outra idéia falsa é a de que se ainda temos uma dificuldade é porque ainda não
recebemos a cura que Jesus oferece. Qualquer um desses caminhos é visto

4
5

34
como algo humilhante. Mas isso não é verdade! O fato de termos uma
necessidade é o que nos qualifica para o que Jesus quer nos ofertar.

Não é a Idéia de que o Mundo tem de Vitória

O mundo tem sua própria idéia de vitória, e, muitos cristãos estão


agarrados no ponto de vista dele. O mundo vê uma pessoa vitoriosa como
alguém que por si mesmo está, com grande vantagem em relação aos outros e
que vence todas as batalhas sem necessidade de ajuda. Lá, independência é
unia virtude honrada e dependência, seja de qual tipo for, é vista como algo
rastejante e vergonhoso.

Três Formas de Batalha

A disputa é: quem é que controlará nossa vida? Os competidores são:


Deus, satanás e nós mesmos. Quando, satanás está, em controle, nós
cometemos erros estúpidos e as nossas ações nem sequer estão dentro dos
nossos próprios interesses. Quando nos unimos a Deus e destronamos satanás,
nós temos duas opções para ver quem é que vai dirigir nossas vidas: Deus ou
nós mesmos, O indivíduo que for sábio fará uma retrospectiva em sua vida e
perceberá que o tempo em que esteve corno o chefe, não foi o melhor para sua
vida. Ele se curvará para o controle de Deus. Esse colocar de armas de lado e
se submeter não é normalmente feito com alegria, porém com muito esforço e
em pequenas seções.
O tolo continua tentando vencer sua batalha contra Deus. Este é um
triunfo vazio, porque não existe nenhuma vitória real quando nós ganhamos de
Deus. Eventualmente, satanás ressurge e toma o controle de nossas mãos.
Quando estamos lidando com super-poderes não existe nenhuma esperança
para nós de vencer uma batalha por longo tempo.

Abrindo Mão do Controle

Muitos cristãos vêem Deus apenas como o poder por detrás de suas
decisões. Porém, isso não é o que Deus tem em mente. Ele tem Seu plano
perfeito para nossas vidas e, quando contrariamos ou impedimos esses planos,
nós passamos a estar em segundo lugar e não receberemos as mesmas
bênçãos. Como nós mencionamos, os Alcoólatras Anônimos começam seu
programa admitindo a “incapacidade de controlar nosso proble- ma”. Essa
atitude também deve concernir ao homossexual da mesma forma. (Nós não
estamos nos referindo aqui à idéia de reter a identidade homossexual como o
programa dos A.A. afirma, que um alcoólatra será um alcoólatra durante toda
sua vida. Nós discutiremos sobre isso em outro capítulo). Estamos nos referindo
aqui à necessidade de que cada um de nós tem de continuar, em cada minuto, a
depender de Jesus e fazendo isso todos os dias até o resto de nossas vidas. O
plano de Deus é de que nós sigamos a Jésus em cada decisão e em todos os
caminhos que trilharmos.
Uma das coisas mais difíceis para muitas pessoas é abrir mão, para o
Senhor, de seus objetivos profissionais. Nós ouvimos sobre alguns indivíduos
que estudam medicina durante anos e depois servem no campo missionário
dentro de sua profissão, pelo resto de suas vidas. Porém, nós ouvimos sobre
outras circunstâncias em que Deus fecha a porta para os mesmos objetivos. Um
pode estar seguindo o plano de Deus para sua vida; o outro pode ser que não.
Nesse segundo exemplo citado, medicina pode ser a influência controladora na
35
vida dessa pessoa ao invés de ser o Senhor. A medicina pode fascinar e sse
indivíduo de tal forma que Deus é excluído. Uma vez que somos propriedades
de Deus, quando tomamos um caminho que nos separa dEle, Ele fecha a porta.
Deus obviamente dá ferramentas que são privilégios para Cristãos que as
usam sabiamente a favor do Reino. Há situações em que alguma pessoa pode
desejar riquezas mas se vê impossibilitada de alcançá-la. Deus não proverá
coisas que serão nossa destruição. Se insistirmos em nossas buscas ele nos
dará sinais de advertência ao longo do caminho.

A Necessidade Contínua de Paulo

Paulo sabia que sua vida estava nas mãos de Cristo, e as palavras dele
descrevendo nossa necessidade de um Salvador podem ser interpretadas em
termos práticos e espirituais:
“Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não
confiemos em nós e sim no Deus que ressuscita os mortos; o qual nos livrou e
livrará de tão grande morte; em quem ternos esperado que ainda continuará a
livrar-nos “. (II Coríntios 1: 9- 10)
É difícil aprender a lição de “Que não deveríamos confiar em nós
mesmos.” Paulo percebeu que ele precisava de Cristo e que Cristo, de fato, o
havia libertado. Ele sabia que tinha uma necessidade presente que ainda não
tinha sido satisfeita, e sabia que essa necessidade continuaria ou, talvez, até
aumentaria no curso de sua vida. Cristo é todo-suficiente. Ele será vitorioso em
nossas vidas se desejarmos que Ele seja.

Vontade Livre

Vontade livre é o presente que Deus nos tem dado e que também causa a
maioria dos nossos problemas. E essa questão é, na maioria das vezes,
questionada. Se nossa vontade livre nos coloca em tais aflições, por que então
Deus nos concede essa habilidade? Por que somos livres para receber Cristo ou
rejeitá-lo? Evidentemente, Deus quer um povo que o aceite, não por decisão
forçada. Nós já fizemos a escolha de aceitar Cristo, mas livre escolha vai muito
mais além. Agora, uma vez que escolhemos a Deus, até qual medida vamos
permitir que Ele influencie nossas vidas? Se nós formos sábios, o deixaremos
reinar livremente, uma vez que Ele é o nosso criador e por isso sabe o que é o
melhor para nós. Vamos colocar nossa coroa de liberdade diante do trono dEle
(Apocalipse 4: 10). À medida em que apresentamos nossa livre escolha como
uma oferta a Deus, Ele fará de nós aquilo que devemos ser e, então, nossas
vidas serão grandemente abençoadas por isso.

Questões

1. De que forma o orgulho tem impedido sua vitória?


2. Descreva a respeito de suas tentativas de caminhar numa vida de
vitória:
3. Você alguma vez teve períodos de “vitória fácil” onde você pensou que
nunca mais seria tentado?
4. Quão humilhante é, para você, ser propriedade Dele?
5. Descreva o seu relacionamento diário com o Senhor. -
6. Fale a respeito de seu espírito independente. Você tem tentado negar a
carne e deixar Cristo controlar sua vida?
7. Descreva os fatos e os processos que lhe conduzem a uma queda.
36
8. Você tem o hábito de tomar suas próprias decisões e depois pedir a
Deus que as abençoe?
9. Você tem dependido de Deus sobre a carreira que Ele quer que você
siga? Você tem certeza que está no trabalho que Ele planejou para você?
10. Fale sobre a sua batalha com o seu livre-arbítrio. Você às vezes
prefere que não tivesse livre escolha?

37
CAPÍTULO SEIS

FAZENDO O ORDINÁRIO

Ao contrário do que muitos ex-homossexuais possam acreditar, Deus


não nos isenta de fazer as coisas comuns esperadas de todos os cristãos.
Nosso problema não é único ou tão excepcional como nós pensamos.
Muitos ex-homossexuais se concentram apenas no seu problema de
identidade e se afastam de envolvimentos tradicionais do Corpo de Cristo
concernentes a todo e qualquer cristão. A vida homossexual normalmente
promove relacionamentos impessoais, levando muitos ex-homossexuais a
optar por uma vida cristã isolada.

Os Resultados Prejudiciais da Isenção

Enquanto tem sido feita a afirmação de que os homossexuais têm


isentado a si mesmos de relacionamentos significativos e profundos, muitas
pessoas concluem que isso se refere a relacionamentos como sexo oposto.
Apesar de que isso possa ser verdade, em alguns casos, muitos homossexuais
se relacionam confortavelmente com o sexo oposto (no nível não sexual) e têm
tido conversas profundas com eles. Elizabeth R. Moberly em seu livro
Psicogênese (Psichogenesis) fez essa brilhante observação:
“A homossexualidade não deve ser definida, exceto secundariamente,
como uma dificuldade em se relacionar com o sexo oposto. Essencialmente,
ela (a homossexualidade) é marcada pela dificuldade em se relacionar com
pessoas do mesmo sexo.” (15)
Ao isentar-se de se envolverem relacionamentos com colegas quando
ainda crianças, o homossexual também isentou-se de desenvolver habilidades
sociais adequadas ao seu sexo. Enquanto alguns homens homossexuais são
agressivos e bem sucedidos nos esportes, nós temos observado que a maioria
são retraídos, amedrontados e, de alguma forma, isolados dessa área.
Muitos de nós podemos nos lembrar de ir para a biblioteca durante as
aulas de Educação Física, procurando qualquer desculpa para evitar contato
com esportes. Muitos também evitam interação social durante os eventos que
acontecem no período do segundo-grau escolar como, namoro, danças etc. A
dor que sentimos por sermos chamados “diferentes”, da mesma intensidade
que vem através das nossas próprias escolhas erradas, vem também da
hostilidade dos nossos colegas de grupo.
“Isenção” então se torna a forma de viver que nós constantemente
passamos a escolher. Nós acreditamos em nossa própria racionalização para
afastamento: “Eu não pertenço a esse lugar”. “Eles não me entendem”. “Eles
não me querem aqui”. “Isso não faz parte da minha vida”. “Isso não é exigido
de mim”. “Eu não tenho que fazer essas coisas”. Nossa válvula de escape para
nos confortar é o caminho de isolamento.

Interdependência

Nós discutimos sobre dependência e independência, porém, nós não


temos falado sobre interdependência. Interdependência é a forma de
relacionamento para a qual Deus nos chama para o Corpo de Cristo e também
é parte do Seu plano de cura para nossa vida. Através da interação com outros
cristãos, um novo estilo de vida se desenvolve para substituir o velho e
preencher as lacunas que ficaram em nossa vida. Interdependência envolve
38
reciprocidade de ajuda: enquanto você está ministrando a mim, as respostas
estão vindo para seus problemas também. Uma edificação mútua acontece.
Apesar de que nós não devemos olhar para outro ser humano a fim de
satisfazer nossas necessidades pessoais. Jesus muitas vezes escolhe
trabalhar através dos outros. É estabelecido por Ele que cura deve vir de
membros do Seu Corpo, a Igreja. Ele é bem consciente do espírito
independente do homem e da destruição que ele tem trazido. Através da
interdependência, a raiz principal da homossexualidade é curada à medida que
o senso de afirmação e de pertencer-se a algo substituir aquele profundo
senso de alimentação.

O Extraordinário Nasce do Ordinário

Por causa da homossexualidade se apresentar como um problema


enorme que consome grande parte da vida, nós esperamos que Deus trate
dessa área em primeiro lugar. Muitos têm orado a Deus diariamente sobre sua
questão homossexual, contudo sentem que essas orações não têm sido
respondidas.
Todavia, a homossexualidade é apenas um sintoma, o resultado de
escolhas e atitudes erradas que tivemos. É muito bem provável que Deus
pretenda cortar o problema pela raiz, deixando o que floresceu, secar com o
tempo. Por causa disso, nos deparamos com Deus trabalhando em áreas em
nossas vidas nas quais Ele não foi convidado a atuar. As pessoas que dizem:
“Deus não operou na minha vida”, devem estar inconscientes de que Deus tem
estado trabalhando, vasculhando no mais profundo do coração e assentando
as bases para a transformação.

A Igreja Sem Amor

Muitos cristãos que lutam contra a questão homossexual dizem para


mim: “A sua teoria de que a Igreja é a resposta para a cura deve estar correta,
mas você não conhece minha igreja. O bar gay da esquina tem amor e
aceitação dez vezes maior do que a minha igreja.” Normalmente, o
compartilhar na igreja é mantido a nível superficial. Se a pessoa tenta
compartilhar um problema pessoal sério, outros se afastam, sentindo que esta
ultrapassou os limites dela. Então, como devemos lidar com a igreja “sem
amor”?

Capacitado por Deus

Em primeiro lugar, a pessoa deve depender de Deus sobre qual igreja


ela deve participar. Eu acredito que seja sábio participar de uma igreja pelo
menos um mês antes de tentar outra. Também, a pessoa deve perceber que
enquanto os cultos de domingo são importantes, os encontros que ocorrem na
igreja no meio da semana darão uma noção melhor do nível de profundidade
da comunhão que existe entre os seus membros. Em se tramado de estudos
bíblicos que ocorrem no meio da semana, encontros de oração ou outras
atividades, a comunhão de questões pessoais mais profundas deve ser feita
em sessões de pequenos grupos.
A igreja deve ter também alguns eventos sociais. Nós precisamos
experimentar prazer, satisfação e gozo no nosso envolvimento com a igreja.
Evidentemente, nenhuma igreja será perfeita. Ao fazer nossa escolha,
devemos entrar em contato com o pastor da igreja em que estamos
39
interessados e, através dele, conhecer a igreja e seu governo, sua posição
teológica, seus planos para o futuro e o que ele vê como deficiências na
congregação.
Nossa escolha será feita entre igrejas imperfeitas, todavia, o Senhor
pretende nos usar no crescimento da igreja para a qual ele nos chamou. Uma
pessoa capacitada pelo Espírito Santo pode mudar uma igreja completamente.
À medida em que Deus nos dirige, e temos a confiança dos membros, nós
descobriremos nosso lugar no corpo, conforme vemos nossas necessi dades,
antes não supridas, agora sendo satisfeitas. Se a igreja é devagar no que
tange a atividades sociais, consulte o pastor para ter sua opinião e aprovação
e então comece a promover alguns eventos sociais. Se nenhum encontro no
meio da semana está ocorrendo, consulte a Deus sobre iniciar um. Talvez a
igreja nunca tenha discutido abertamente a questão da homossexualidade.
Você deve considerar a possibilidade de uma série de encontros a fim de abrir
oportunidade para discussão nesse tópico ou mesmo começar um grupo de
apoio.

Construindo Relacionamentos de Confiança

Gasta-se tempo para ganhar a confiança dos outros. Existem motivos


(talvez não válidos, mas existentes) para os membros da igreja parecerem ser
reservados, insociáveis e pouco comunicativos. Primeiramente, as pessoas se
sentem confortáveis com questões que elas não entendam. Muitos membros
de igreja são completamente desinformados sobre a questão homossexual. E
depois, também, todos nós temos precaução com estranhos. Normalmente
temos medo de sermos enganados, de nos envolvermos em situações onde
outros tirarão vantagem de nós e de nos deixarmos vulneráveis ao que, para
nós, é desconhecido. Isso tem muito a ver com a cultura em que fomos
criados. Uma pessoa pode ter um problema sério com masturbação, sentindo-
se profundamente depressiva e culpada. Ela vem então à igreja para sentir
alívio de seu fardo. Se ela compartilhar seu problema sobre masturbação com
todo mundo que ela encontra pela primeira vez, encontrará pessoas que se
sentirão ofendidas pela honestidade dela. Porém, se ela esperar algumas
semanas, depois que a confiança tenha sido estabelecida, ela poderá
descobrir que os membros a ouvirão compreensivamente, oferecendo
conselhos que a ajudarão. A única diferença entre essas duas ocasiões é que
o tempo passou e a confiança tem sido estabelecida. De qualquer forma, nós
devemos aprender que há tempos apropriados e não apropriados para
compartilhar detalhes íntimos de nossas vidas.

Estudo Bíblico, Oração, Comunhão e Culto

Para fazermos o ordinário, é requerida nossa atenção para essas quatro


categorias. Nenhum de nós devemos formar nossa imagem de Deus através
do que os outros nos dizem; nós precisamos ler a palavra de Deus por nós
mesmos. A Bíblia é chamada de “Palavra viva” porque ela é diferente dos
outros livros. De forma sobrenatural, cada parte que a compõe foi agrupada
pelo Espírito Santo e poder flui de suas páginas. O autor do livro de Hebreus a
descreve como “energizada” ou ativar energia.
“Pois apalavra de Deus é viva e eficaz (no Grego: energes) e mais
afiada do que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir
alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e as intenções do
coração.” (Hebreus 4: 12 NVI)
40
A palavra de Deus tem a habilidade de mudar nossas vidas de uma
forma que nenhum outro livro pode fazer! São palavras que trouxeram todo o
universo à existência. As palavras de Cristo, encontradas nas Escrituras é que
trarão à existência uma nova e completa vida para você. Você se tornará uma
“nova criatura”. Caso não tenhamos fome ou sede pela palavra de Deus, nós
podemos pedir a Ele para nos dar disso. Como Davi disse em Salmos 119:62,
“Eu me alegro na tua palavra, como alguém que encontra um grande tesouro”.
A oração é uma parte importante no processo de mudança. Nós
devemos orar por nós mesmos e por outros, mas quão grandes serão as
mudanças que podem acontecer quando um grupo se envolve em oração para
nos cobrir! Embora protestem, as pessoas que vêm para o programa no “New
Hope” são apresentadas à igreja em um encontro especial de oração onde os
membros da igreja são solicitados a fazer um compromisso de oração por elas
durante um ano em que permanecem conosco no programa6. É embaraçoso
ficar de pé diante da igreja e deixar que ela saiba por que eles vi eram ao
Ministério “New Hope”, porém, os benefícios têm mais valor do que esse
desconforto momentâneo. Para a maioria das pessoas, o ano em que elas
passam no “New Hope” é o ano mais cheio de poder da vida delas.
No livro de Hebreus nos foi falado para considerarmos uns aos outros
(Hebreus 10: 24). Ainda que nossa igreja não seja motivada nesse caminho,
depende de nós obedecermos esse mandamento. Nós prestaremos contas
disso; a Deus e ele não aceitará a desculpa de que “ninguém mais estava
fazendo isso”. Nós vamos perceber que se nós procuramos comunhão, nós a
encontraremos. Se nós nos interessarmos pelos outros, nós receberemos
recompensa.
Deus também requer que sirvamos em nossa igreja. “Quando tudo
estiver certinho na minha vida, eu servirei ao Senhor”, não é uma desculpa
válida para se isentar de fazer algum tipo de trabalho para o reino. Trabalhar
para o Senhor não deve ser a fantasia para o campo missionário ou sonhos de
pregar um sermão de fazer acontecer um “terremoto de poder” na igreja. Fazer
algum tipo de trabalho para o reino pode significar mais provavelmente auxiliar
a organizar a igreja para o louvor no domingo ou auxiliar no berçário. Pode ser
compartilhar sua fé com o vizinho ou um amigo. Todo mundo tem um trabalho
a desempenhar, não importa o nível de maturidade cristã atingido. À medida
que nos abrimos para nos oferecer àqueles que estão ao nosso redor, Deus
nos enche com alegria transbordante.
Eu tenho ouvido muitos cristãos fazerem objeções quanto a praticar as
“coisas ordinárias”. Eles argumentam que as mudanças que eles precisam são
maiores, mudanças dramáticas, e que participar simplesmente de cultos na
igreja não fará o que eles precisam. É verdade, algumas pessoas precisam de
muita ajuda, porém a fundação ou o alicerce para a mudança precisa ser
cuidadosamente estabelecido. Que arquiteto construiria um edifício com o valor
de um milhão de dólares sobre alicerces de madeira? Jesus disse que
precisamos ser edificados em rocha sólida: a obediência à palavra dEle
(Mateus 7: 24- 27). Deus honra nossa obediência do dia a dia. Quando a
tempestade vem, Ele nos sustenta, O Seu poder nos salva de catástrofes.
Porém, Ele não fará as coisas da nossa forma. Se estivermos esperando por
uma extraordinária ou sobrenatural experiência, talvez tenhamos u ma longa
espera. Fazer o ordinário, ou seja, as coisas comuns, possa talvez parecer
desperdício de tempo, porém cada ato de obediência nos leva a progredir no
processo de mudança. Na maioria das vezes, a mudança vem silenciosamente
e de forma imperceptível. Somente quando paramos e olhamos para trás é que
percebemos quão longe temos chegado. O extraordinário nasce do ordinário.
41
Questões

1. O seu caminhar com Cristo tem sido separado da igreja?


2. A questão “isenção” tem feito parte de sua vida desde sua infância?
Descreva sobre isso:
3. Até que ponto que a vergonha tem mantido você afastado de
desenvolver bons relacionamentos?
4. Descreva um relacionamento agradável, onde a outra pessoa sabia
sobre sua questão.
5. Você desistiu de Deus quando Ele não trouxe a mudança que você
queria dentro do tempo em que você havia estabelecido?
6. Descreva a visão que você tem de igreja no geral e de forma especial.
Descreva sobre a última igreja de que você participou:
7. Você tentou ensinar ou trazer novas coisas para sua igreja? O que
aconteceu quando você tentou?
8. Descreva quaisquer exemplos que você tenha tido sobre compartilhar
de forma apropriada e/ou inapropriada a sua questão para com os outros:
9. Fale sobre o tipo de serviço que você tem prestado para a igreja:
10. Você está disposto a dar uma chance a Deus e se tornar obediente à
Sua Palavra, fazendo ambos, as coisas grandes e pequenas para o Reino?

42
CAPÍTULO SETE

GUERRA ESPIRITUAL

À Carne e Satanás

Existem duas entidades que não querem que sua identidade seja
mudada: a carne e satanás. Ambos interagem tão bem juntos, que se toma
difícil saber qual dos dois está em controle. Como já vimos, muitas igrejas nos
dias de hoje são. inconscientemente, uma ferramenta nas mãos de satanás,
avançando com a idéia de que é normal ser gay. Eles proclamam que a
homossexualidade é uma alternativa viável e um presente de Deus.
“Veja, eu estou contra aqueles que profetizam sonhos mentirosos, diz o
Senhor, e os contam aos outros, e fazendo com isso muitas pessoas
cometerem erros e se desviarem por causa das mentiras deles”. (Jeremias23:
32)
A carne sempre deseja o que é mais fácil de se obter. Ela não tem
interesse em nenhuma coisa que requer dor ou esforço para se alcançar. Ela
sempre quer voltar atrás para fazer o que urna vez foi confortável fazer.

Entregando as Ferramentas para Serem Usadas Contra Nós

Desde que Deus ganhou a vitória na cruz, o inimigo foi colocado em


severa posição de desvantagem na luta contra a justiça e contra aqueles que a
representam. As ferramentas que ele usa agora são decepção e aquelas
coisas que nós, por “bobeira” ou vacilo, entregamos nas mãos dele. A
homossexualidade é uma dessas coisas. Nós crescemos com certas
necessidades que se desenvolveram sem serem satisfeitas. Por causa disso,
decidimos que tomaríamos conta de nossa vida e teríamos aquelas coisas
satisfeitas da nossa própria forma. Quando fizemos escolhas erradas, o inimigo
estava lá, para nos empurrar ao caminho de destruição. Agora, uma vez que
somos cristãos, é muito mais difícil para o inimigo nos controlar. Porém,
mesmo que cometamos menos erros que antes, nós podemos ainda ser
enganados. A seguir, vamos ver algumas formas pelas quais ele ainda exerce
controle sobre nós e nos separa do nosso Mestre e Protetor.

Ataques Pessoais

A nossa diferença de opinião para com os outros cristãos pode nos


tornar alienados em relação ao Senhor e ao Corpo de Cristo. E normal que
tenhamos desacordos ocasionais, porém satanás toma grande vantagem
quando temos dificuldades com outros cristãos.
Um jovem rapaz que estava sendo aconselhado estava no seu quarto
com outro irmão membro da igreja. Um dos membros do corpo de trabalho que
era novo em nosso ministério entrou no quarto e concluiu que alguma coisa
sexual estava acontecendo. Esse moço fez algumas acusações sem convicção
e na manhã seguinte o rapaz que estava sendo aconselhado deixou o
programa. Sem sombra de dúvidas, estava sendo difícil para ele se ajustar ao
novo estilo de vida, e a acusação que partiu desse funcionário foi exatamente
o que o inimigo precisava para desencorajar o rapaz ao ponto dele desistir de
continuar no programa.
Caso não tenhamos percebido, os cristãos são altamente imperfeitos.
Eles nos ferem e fazem julgamentos errôneos. Nem sempre eles procuram
43
maneiras santas de resolver os problemas. Por causa disso, nós devemos
estar atentos e não permitir que nossa tendência natural à auto-preservação e
auto-piedade exagere esses ataques. Responder com ira e ressentimento é
exatamente o que o inimigo espera. A menos que estejamos preparados para
lidar e responder sabiamente às inconstâncias das outras pessoas, satanás
usará esses incidentes para semear sementes de desconfiança, decepção e
ressentimento. Essa é a razão pela qual Paulo nos admoesta em II Coríntios 2:
11: “A fim de que satanás não tivesse vantagem sobre nós; pois não
ignoramos as suas intenções.”

Instrumento de Satanás

Tédio: As pessoas envolvidas na vida homossexual têm usado o sexo


como resposta para o tédio. Isso permanece como uma grande tentação, uma
vez que todas as pessoas são tentadas a retomarem ao antigo modelo de
comportamento, quando essas se vêem em desconforto e procurando uma
forma de escape. A vida gay é uma vida cheia de excessos. Algumas vezes
parece haver mais traumas para uma pessoa no decorrer de um ano, do que
dentro do período de uma vida inteira para outras. As situações de altos e
baixos eram fora do comum. Algumas pessoas usavam a droga ou o álcool
simplesmente para sobreviverem diante de uma vida cheia de confusão e
deturpação. Todavia, no meio de toda essa frenética atividade havia também
ocasiões de tédio. Se havia esses momentos de tédio na vida homossexual
que é cheia de sedução, fascinação e atividades, da mesma forma a vida
Cristã tem também seus momentos de menos empolgação. Parte do
aprendizado de uma nova vida é saber renunciar ao ritmo anormal que uma
vez experimentamos e aprender um novo e mais descontraído estilo de vida.
Nessa nova vida, somos desafiados a descobrir como usar o tempo em que
estamos sozinhos, de forma construtiva, no lugar de optarmos pelo caminho
mais fácil e pelas soluções pecaminosas do passado.
Solidão: Nós nos tornamos solitários quando não temos relacionamentos
íntimos e sadios com outros. Há bastante diferença entre solidão e estar
sozinho. Muitas pessoas tratam com carinho o tempo em que estão sozinhas
para que dessa forma elas possam fazer seus estudos bíblicos e orações
intercessórias. Na verdade, nós não temos o direito de estar isolados. E tão
grande o número de necessidades que não foram satisfeitas nas pessoas ao
nosso redor, que solidão pode na verdade ser vista como egoísmo.
Normalmente, atrás da solidão existe auto-piedade, ira com relação aos outros,
e ainda um desejo de vingança. É impressionante ver como o inimigo adora
lançar pensamentos negativos em nossas mentes com relação aos outros:
“onde eles estão quando você mais precisa?” “Ninguém se importa com você.”
“Por que se aborrecer em ir à igreja enquanto ninguém faz conta de você.”
“Eles não se importam, e Deus também não.” Alguma vez o inimigo disse
essas palavras para você? Ele diz isso para a maioria de nós. Quando
estamos solitários, podemos optar por alcançar outros que precisam de nossa
ajuda. Uma senhora que eu conheço tem uma grande alegria quando ela leva
consigo seus animais enquanto visita casas de repouso. Ela se alegra ao ver
pessoas idosas voltando a sorrir quando se interagem com os animais de
estimação que ela tem. E difícil encontrar justificativas para a solidão se você
não estiver trancado no seu quarto.
Depressão, Desespero, Falta de Esperança: Parece ter sido divulgado
um mal-entendido muito comum com relação às causas da depressão. Pode
ser que haja uma variedade de causas e de fatores, porém nós temos notado
44
que muitas vezes a depressão tem como raiz o egoísmo e a auto-piedade. O
fato de termos nossa vontade contrariada pode nos levar à depressão. A
maioria das pessoas que estavam acostumadas a ter as coisas da forma delas
caem em depressão quando é requerido que elas obedeçam à liderança dos
outros, ou á orientação do Espírito Santo.
O desespero pode ser simplesmente impaciência para com Deus, e
indisposição de aceitar mudanças no tempo proposto por Ele. Ninguém pode
dar a Deus um horário ou uma esquema de atividade para Ele cumprir. Deus
não será movido pelo fato de estabelecermos um tempo ou condições para
obedecemos. Nós temos ouvido essa frase muitas vezes: “Eu darei um ano
para Deus me mudar, nada mais, se Ele não agir, eu vou retomar a minha vida
homossexual.” A atitude que Deus requer de nós é encontrada no capítulo três
de Habacuque.
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da
oliveira,, tinta, e os campos não produzam mantimentos; as o velhas sejam
arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no
Senhor exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha
fortaleza...” (Habacuque 3:17-19)
Sem sombra de dúvidas nós podemos causar nossa depressão em
focalizar nossa atenção nas coisas negativas. Não existe fim para as coisas
negativas que podemos encontrar se sairmos à procura delas! Porém, à
medida que lemos as Escrituras nós descobriremos que Deus nunca abençoa
a murmuração. Esse ato é considerado rebelião contra Deus. Se olharmos
para as coisas positivas da vida, nós as encontraremos e experimentaremos
grande alegria e felicidade e perceberemos Deus trabalhando em nossa vida.
Incredulidade: Satanás sussurra para nós: “Deus na verdade não está
nem aí. Os Cristãos estão apanhados em uma fantasia! Depois da morte não
existe nada. Pense em todas oportunidades sexuais que você está perdendo.
Esse é o tempo mais importante de sua vida e você simplesmente o está
desperdiçando!” Essas frases lhe parecem familiares? Claro que sim. Satanás
fala essas coisas para todas as pessoas, tenham estes problemas
homossexuais ou não.
Nostalgia/Saudade: Como muitos missionários sabem, o inimigo prepara
comparações enganosas entre o lugar onde estamos servindo ao Senhor e o
nosso lar. Os homens que vêm para o programa do “New Hope”, que tem
duração de um ano, também devem enfrentar as distorções que satanás faz da
verdade. O motivo pelo qual esses homens deixaram seus lares e viajaram
muitas milhas para procurarem ajuda para seu problema, foi porque eles
estavam em ritmo de constante fracasso em seus lares. Lá, as velhas
amizades e as “caçadas”‟ , ou buscas incessantes de um parceiro, os prendiam
em seu vício. A medida que o programa se desenvolve, eles experimentam
dificuldades diante da necessidade de serem honestos e sinceramente
abertos. Com isso, satanás tenta tirá-los e os separar da cura que finalmente
eles estão experimentando. O inimigo é profundamente ameaçado como
progredir e o desenvolvimento deles nessa nova vida na qual ele, satanás, não
está incluído. Alguns verão seus lares como um lugar de escape e refúgio das
coisas que são necessárias para o processo de transformação. Algumas
vezes, nós tendemos a esquecer o motivo pelo qual nós saímos de lá.
Cinismo: Se há um traço predominante na vida do ex-gay, esse seria o
cinismo. Pelo fato de ter sido ridicularizado pelos pais, colegas, e hostilizados
pelo mundo, a pessoa gay não tem aprendido a esperar nada dos outros. O
próprio mundo homossexual tem grande rejeição para com as pessoas que
não se enquadram nos padrões exatos de idade, visual e formação do corpo.
45
Um espírito crítico, de julgamento e cinismo, fazem parte da personalidade do
inimigo e este com muito prazer dividirá esses traços com você.
Através dessas coisas ele o colocará em isolamento, onde você não
desfrutará do processo recuperador de Deus. No lugar de fazer parte e
aprender com os outros, você se verá separado e julgando as outras pessoas.
Em todas as oportunidades positivas de interação que você terá com outros
Cristãos, você estará constantemente tentando descobrir as motivações
escondidas para as ações daquela pessoa. Em sua visão, todos os lideres
cristãos serão suspeitos de corrupção. O cinismo é uma das ferramentas
favoritas do inimigo. Através dela, ele efetivamente nos impede de receber as
coisas boas que vêm de Deus. Sim. O estilo de vida gay era um estilo cínico.
Por muitas vezes nós fomos usados, manipulados, feridos e enganados e por
conseqüência disso, agora esperamos que à mesma coisa continuará a
acontecer em qualquer relacionamento que tivermos. Nós perdemos nossa
confiança nas pessoas.
Flashbacks: Poucos encontros sexuais na vida homossexual poderiam
ser considerados ótimos. Quase sempre, existe o desejo de que a experiência
poderia ter sido melhor. Normalmente, nós nos sentimos usados, enganados
ou trapaceados, e ainda rebaixados depois do ato sexual. Satanás, porém, tem
sua forma de trazer “flashbacks” de experiências anteriores até nossas mentes.
Nas lembranças que ele apresenta, todas as conotações negativas são
apagadas. Nós lembramos apenas as positivas e começamos a desejar a
repetição de alguma, coisa que na verdade foi insatisfatória, sem recompensa
e humilhante.
Ele sempre nos tenta através da tendência natural que temos de
associar uma coisa com a outra. Todos nós somos ativados, ou impulsionados
por músicas, cheiros, sons e imagens visuais. Essas coisas evocam
lembranças distintas e vividas no passado. Esses agentes causadores desses
impulsos (que chamaremos aqui, “ativadores”) podem ser substituídos somente
através do desenvolvimento de novas associações voltadas para a vontade de
Deus. Eu descreverei esse processo em outro capítulo. Quando satanás tenta
usar essas nossas associações como uma ferramenta para nos fazer tropeçar,
nós precisamos resistir a ele e trazer nossos sentimentos e reações diante do
Senhor. Por mais prazerosas que nossas associações possam ser, nós
precisamos perceber o potencial que elas têm de nos separar de Deus por nos
influenciar a ver o pecado numa forma positiva.
Interesses fora do Reino de Deus: Quando um indivíduo começa a fazer
um compromisso sério de seguir o Senhor, é impressionante ver o quanto
normalmente ele receberá ofertas de trabalho que representarão “a
oportunidade de sua vida”. Alguns casos podem ser uma bênção especial de
Deus, mas outros também podem ser um plano do inimigo para separá-lo do
corpo de Cristo. Isso pode ser verdade, especialmente se o emprego requer
que ele trabalhe à noite ou domingos, quando a maioria dos cultos e reuniões
acontecem, ou que ele se mude para longe do convívio cristão, onde ele tem
feito íntimas amizades. “Hobbies” e interesses especiais podem ter esse
mesmo efeito. Eu conheço uma pessoa cujo “hobbie” é carros; recentemente
ela comprou um modelo clássico que sempre quis ter. Essa foi à última vez
que a vi, pois, devotou todas as horas que tinha durante o dia e noite para
cuidar desse carro, numa forma que parece não ter mais fim.
Quando, de forma extremada, nós nos tornamos presos ou apegados
aos nossos próprios interesses, as coisas espirituais começam a parecer
desconectadas da vida real. Igreja, comunhão, oração e leitura bíblica passam

46
a ser vistas como coisas sem importância, quando não são vistas como um
total desperdício de tempo.
A Realização do Sonho Alimentado Durante um Longo Tempo: Um
“Caso” com um Cristão. À medida em que uma pessoa que deixou a
homossexualidade se envolve com cristãos, ela passa a fazer a seguinte
observação: “Os cristãos são normalmente responsáveis, maduros,
compromissados, e dignos de confiança. Na verdade eles têm todas as
qualidades que eu tenho procurado em um parceiro!” Aqui estamos nós, de
frente com cristãos com essas qualidades de caráter que acreditamos, se elas
estivessem presentes nos nossos parceiros, não teríamos tido tantos
relacionamentos rompidos: eles são profundamente amáveis, não são voltados
somente para si, são honestos, financeiramente responsáveis e generosos. À
medida que o ex-homossexual tem essa percepção, ele pensa com um grito de
aleluia, “isso pode dar certo!” Uma nova visão é aberta à frente dele.
Mas será mesmo que isso pôde funcionar? Eu tenho observado
exatamente esses fatos acontecendo no meio de pessoas que eu tenho
aconselhado. Satanás nesse caso normalmente planta pensamentos mútuos
na mente dos dois indivíduos. Eles descobrem um ao outro, começam a se
comunicar e compartilhar seus desejos e, finalmente, têm uma queda na área
sexual. O resultado disso pode ser expressado em apenas uma palavra: culpa!
O Espírito Santo não permite esse relacionamento se desenrolar
tranqüilamente. Convicção e remorso incomodam ou atormentam pelo menos
uma das partes, e ambos percebem que perderam o respeito um pelo outro. Só
se recebe paz novamente depois que ambos se arrependem e abandonam o
envolvimento sexual e emocional. Só é possível continuar esse envolvimento,
depois que Deus tenha colocado Seu dedo e dito “não”, se ambos decidirem se
afastar de Deus e dos outros Cristãos. Caso isso aconteça, finalmente, uma
consciência cauterizada concluirá a alienação trazida pelo pecado.

Defesa!

Saibamos disso ou não, nós somos poderosos contra o inimigo. O poder


não está em nós, mas no Nome e na autoridade de Jesus. Deus não nos deu
um espírito de covardia, mas de poder de amor e de equilíbrio (II Timóteo 1:7).
O inimigo se aproxima de nós com mentiras e meias-verdades, porém nós
ternos total direito e responsabilidade em repreender seus ataques contra
nossas mentes e nossas vidas.
Um dos truques de satanás é nos fazer acreditar que suas sugestões
são de fato nossos pensamentos. Depois, ele nos diz o quanto deveríamos
sentir culpados pelos nossos pensamentos. Nós não precisamos aceitar
responsabilidades pelas coisas que ele lança até nós, mas nós devemos, sim,
lutar! Normalmente nossa carne prefere se render e levantar bandeira branca.
Nós precisamos lembrar que a carne não está do nosso lado, mas sim, do
outro lado da guerra! Ela fica feliz em reagir a um convite ao pecado. Ela
também criticará nossas defesas com mensagens do tipo: “você está lutando
contra a coisa que você mais deseja! Não é justo esperarem que você jogue
fora pensamentos tão gostosos! Não há maldade neles de forma nenhuma.
Desista agora e se junte ao que está sendo oferecido a você”.
Vamos lutar por nossas convicções. Não vamos agora render o controle
para a carne nem para o inimigo. Nós não precisamos viver uma vida de
derrota! Martinho Lutero passou por tempos de grande guerra espiritual. Em
um dos hinos mais poderosos que ele escreveu, “Castelo Forte”, ele disse:
Com seu poder defende os seus Com ânimo cruel
47
Muito é o Deus fiel, Igual não há na terra.

A força do homem nada faz Sozinho está perdido!


Mas nosso Deus socorro traz Em Seu Filho escolhido.

Se resistirmos a satanás, ele se afastará por um tempo. É de nossa


responsabilidade trazer diante de Jesus todas as nossas tentações,
sentimentos e desejos malignos para que Ele possa então nos limpar. Nós
precisamos assumir nossa responsabilidade em relação às coisas às quais
temos nos agarrado e praticado, e, então, aceitar o perdão. Ele livremente nos
dá esse perdão. Não há motivos para esconder nenhuma coisa do nosso
Senhor. Ele conheceu e suportou todas, e por causa disso se posiciona
prontamente para batalhar por nós à medida que nos tornamos a Ele em
confiante rendição.
“O Senhor Deus vai à sua frente, ele lutará a batalha de vocês.”
(Deuteronômio 1: 30)
“Pois não temos um Sumo Sacerdote que seja incapaz de entender e
compreender, e ter o mesmo sentimento de um companheiro com nossas
fraquezas, enfermidades e desvantagens para com os ataques da tentação,
porém Um Que foi tentando em todos os aspectos que nós somos, porém, sem
ter pecado. Sem nenhum medo, e confiantemente, e audaciosamente e
corajosamente vamos nos aproximar do trono da graça, o trono de favor
imerecido de Deus para conosco pecadores; para que possamos receber
misericórdia (por nossas falhas) e encontrar graça para nos ajudar no tempo
em que precisamos de ajuda - ajuda adequada e que chega na hora exata em
que precisamos dela.”
(Hebreus 4: 15-16* Bíblia Amplificada)

Questões
1. Descreva o que você sabe sobre guerra espiritual.
2. De que forma o inimigo tem lhe enganado? O que você
inconscientemente entregou a ele?
3. Você já foi ferido por companheiros cristãos? Você já foi um
instrumento do inimigo na vida de outros sem que você estivesse percebendo?
4. Descreva como combater os seguintes ataques do inimigo: tédio,
solidão, depressão, incredulidade:
5. Fale sobre o seu envolvimento na vida homossexual e em que parte o
cinismo tem se apresentado na sua vida.
6. Você tem experimentado “flash backs”? Descreva.
7. Fale sobre seus hobbies. Eles se chocam com seu relacionamento
com Cristo?
8. Descreva relacionamentos passados. De que forma eles foram
destrutivos? Você tem aberto mão do desejo por um parceiro sexual do mesmo
sexo?
9. Descreva vezes que você teve vitória sobre o inimigo e uma vez que
você agiu da forma que ele queria.

48
CAPÍTULO OITO

CORRIGINDO A IMAGEM QUE TEMOS DE DEUS

A maior parte do mundo, sem dúvida, tem uma imagem deturpada de


Deus. Para a pessoa que está deixando o estilo de vida homossexual, é essencial
que a visão que ela tem de Deus seja correta. E impossível a uma pessoa
receber o que quer que seja de um Deus que ela considera hostil e impossível de
ser conhecido.

O Deus Injusto

Quase todas as pessoas que vêm para o programa do “New Hope” vêem
Deus como um ser que tem sido injusto. Num capítulo anterior, nós discorremos
sobre as raízes da homossexualidade começarem ainda bem cedo na infância.
Por esse motivo, muitos homossexuais sinceramente acreditam que nasceram
nessa condição. Elas vêem Deus as criando como homossexuais e depois as
rejeitando. A pessoa homossexual tem recebido muita rejeição durante sua vida,
e. dessa forma, não é de se surpreender que ela imagine que Deus também a
rejeita.
Quando elas descobrem que não nasceram homossexuais, mas foram
afetadas por circunstâncias passadas logo depois de seu nascimento, elas ainda
continuam vendo Deus como injusto por permitir que estas circunstâncias
negativas viessem a formar sua orientação sexual Por causa da nossa natureza
humana pronta a defender a nos mesmos, em nem um momento sequer essas
pessoas aceitam qualquer responsabilidade pelas escolhas erradas que elas
fizeram ao longo do caminho.
Por quais defeitos em nossas vidas Deus aceita ser responsável? Em
Êxodos 4: 11 nós encontramos Deus assumindo responsabilidade por cegueira,
surdez e mudez, mas todas esses defeitos são defeitos físicos. Em nenhum lugar
Deus assume responsabilidade por pecados com os quais já se nasce. A
homossexualidade é listado nas Escrituras como pecado, não como deficiência
física. Deus é injusto? Quem é o responsável por todas as coisas negativas que
afetam nossas vidas, seja ela homossexual ou heterossexual? Não é o deus
desse mundo?
“O deus desse mundo cegou a mente dos descrentes para que eles não
pudessem discernir a verdade.” (II Corintos 4: 4 e João 8: 44)
É verdade que nascemos num mundo injusto. Porém, esse não é o mundo
que Deus criou. Adão escolheu apartar-se de Deus e seguir sua própria forma de
pensar, de que ele poderia ser igual a Deus. E nessa forma de pensar, ele se
tomou parceiro de satanás, o inimigo de Deus. Todas as coisas ruins nesse
mundo vêm daquela escolha errada. Nós vivemos em um mundo que rejeitou o
controle de Deus e procura controlar a si mesmo. Os resultados disso são
dolorosos para ambos, Deus e o homem. Satanás tem prazer em transferir para
Deus à culpa das devastações que ele tem feito. Apesar disso ser uma grande
mentira, infelizmente, funciona.

Imagens Negativas de Deus

Muitas pessoas, homossexuais ou não, constantemente fazem alusão à


imagem de seu pai natural quando estão pensando em Deus. Para alguns, essa
imagem pode ser de um homem rígido, inflexível, carrancudo, que não sorri e que
não pode ser satisfeito com nada que eles façam. Porém, a maioria dos
49
homossexuais simplesmente vêem Deus como um pai que está emocionalmente
ausente, um pai que “está aqui”, mas que é desinteressado e distante. Outros
podem ter tido um pai alcoólatra, e, dessa forma, Deus se transforma (para eles)
num pai que sempre os deixa “na mão”, prometendo coisas que não cumpre.
Esse fato é particularmente verdadeiro para aqueles que têm orado para Deus
fazê-los normais como às outras pessoas. Aparentemente Deus não respondeu
as orações deles.
Um livro muito bom que trata a questão das imagens negativas de Deus é,
“Your God is too small” (Seu Deus é muito pequeno), de J.B. Philips (New York
1961). Nesse livro Philips aborda muitas impressões inexatas, ambíguas, que nós
retemos com relação a Deus. Impressões do tipo ver Deus como um ser fora de
moda, um perfeccionista ou preso dentro do papel de um velho policial. Um outro
ponto excelente que Phillips faz é que muitas pessoas conhecem a Deus através
da experiência de outros. Ele chama esse fato como “Deus de segunda mão”.
Se nós conhecemos Deus através de outros, então definitivamente não O
conhecemos, O nosso relacionamento com Deus deve ser algo de “primeira
mão”, um relacionamento pessoal. Nada menos que isso trará cicatrização de
que precisamos, nem tampouco nos firmara até o final; nós rebelaremos contra
um Deus que não conhecemos.
Apesar de que Deus diz, “Porque eu, o Senhor não mudo” (Malaquias 3: 6),
os teólogos homossexuais parecem apresentar um deus que não entendeu
inteiramente a homossexualidade no tempo em que o Espírito Santo inspirou as
passagens nessa questão, ou um deus que daquela época para cá tem mudado
sua mente com relação a tal assunto. Se as Escrituras dizem, “Ninguém jamais
viu a Deus”; João 1: 18, então como nós devemos conhecer Deus?
“Ele (O filho de Deus) é a expressão única da glória de Deus e Ele é a
impressão perfeita e a imagem da natureza de Deus, firmando e mantendo e
guiando e proporcionando o universo através de Sua poderosa palavra de poder.”
(Hebreus 1:3 Bíblia Amplificada*)
Sim, Jesus Cristo é Deus revelado. Aqui está nossa resposta. Deus é
injusto? Jesus foi alguma vez injusto com as outras pessoas? Deus está
desinteressado e desligado? Jesus era desinteressado ou estava desligado?
Nossa imagem de Deus somente pode ser formada através da vida e das
palavras de Jesus Cristo. Uma imagem incorreta de Deus afeta nosso
relacionamento com Ele e nos impede de receber Seus presentes e de sermos
moldados na nova criação que Ele deseja que sejamos. Isso pode nos amarrar no
fracasso. Se nós virmos a Deus somente como um juiz e alguém que está sempre
insatisfeito com nosso desempenho, nós seremos cheios de culpa. A culpa é
usada por satanás como uma ferramenta para nos fazer tropeçar e cair. Ela
freqüentemente apresenta comportamento de auto-destruição. Culpa também
pode trazer um efeito negativo para nossos relacionamentos com os outros,
especialmente se nós os vemos também no papel de juízes.

Deus Não É Como o Homem

O amor de Deus por nós é absolutamente incondicional. Nós não temos


conhecido o significado desse tipo de amor. A coisa mais parecida com esse tipo
de amor é o amor de uma mãe para com a criança. Como cristãos, nós temos
sido enxertados na família de Deus e agora nós temos um Pai que é “louco‟” por
nós. Nós podemos chamar esse Pai, de “Abba”. Esse é o nome pelo qual uma
criança usa para “papai ou paizinho”, sendo em casos muito pessoais. A nenhum
escravo, ou pessoa de fora da família era permitido usar esse termo. Ele reflete
um forte e carinhoso relacionamento. Você quer conhecer Deus dessa forma?
50
Peça a ele para se revelar a você como seu Pai amoroso. Ele o fará. Ele
prometeu estar próximo de todos aqueles que o chamassem.
Esse é um Pai que não espera que façamos algo para ganhar sua
aprovação; Uma vez que você passa a conhecer esse Pai, sua vida nunca mais
será a mesma.

Deus Merece ser Buscado?

Quanto de esforços nós deveríamos investir para conhecer Deus? Deus


merece ser buscado? De que forma eu deveria procurar Deus? Se você está
procurando significado e objetivo para sua vida, aqui está a chave para uma vida
satisfeita e completa. Aqui estão as respostas para as muitas questões da vida
aparentemente sem respostas, como: “Por que eu nasci? Qual o significado da
vida? Qual o propósito em se viver?” Você foi criado por Deus com um propósito.
Quando você descobre esse propósito - o plano de Deus para sua vida - você
terá as respostas que muitos têm procurado durante toda a vida e nunca
encontrado. Mas será que Deus pode ser encontrado? Ouça as palavras de Davi:
“Ele está perto de todo aquele que clama por Ele com sinceridade. Ele
satisfaz os desejos daqueles que O respeitam e confiam nEle; Ele ouve a voz
daqueles que gritam por socorro e os salva”.(Salmos 145: 18, 19)
Dessa forma, por onde começamos nossa procura por Deus? Existem três
diferentes básicos caminhos para se encontrar Deus. Primeiro, precisamos
procurar Ele em oração. “Senhor, eu quero conhecê-lo”, é uma oração que Deus
sempre responderá se for feita com sinceridade de coração. Segundo, Deus se
revelará na Palavra escrita. Peça a Deus fome e sede pela palavra dEle. Peça-o
para revelar Seu caráter a você à medida que você lê as escrituras. Terceiro,
participe de uma igreja e dos estudos bíblicos. Nós aprendemos sobre Deus
através da pregação e dos ensinamentos da Sua Palavra.

Deus Deseja o Melhor para Sua Vida

Você talvez possa ficar surpreso em saber que Deus conheceu você antes
que você nascesse.
“Você estava lá enquanto eu estava sendo formado... Você me viu antes
que eu nascesse e planejou cada dia de minha vida, ainda antes que eu
começasse a respirar... quão precioso é, Senhor; saber que você está pensando
em mim constantemente!” Salmos 139:15- 17
Para convencê-lo mais de que Deus deseja o melhor para você, ouça as
Palavras dEle encontradas em Jeremias:

“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR;
pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então me
invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis
quando me buscares de todo o vosso coração. Serei achado por vós, diz o
SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações”.
Deus tem uma vida melhor esperando por você? De fato ele tem, e muitos
que o têm procurado, tem encontrado essa nova vida e eles alegremente dirão a
você que valeu a pena o esforço. Infelizmente, todos nós parecemos ter uma
certa paranóia a respeito de Deus escondida em algum l ugar: “Deus deve estar
em qualquer lugar para me punir. certamente ele não quer que eu tenha um bom
tempo e quer desmanchar meu prazer.” Mesmo quando nós acreditamos que
Deus quer o de melhor para nós, nós pensamos que o melhor dEle sempre será
doloroso e desagradável. A verdade é que Deus de fato nos aperta. Haverá
51
momentos desagradáveis, mas todas essas coisas são para o nosso bem e para
a nossa bênção maior.
Parte dessa desconfiança em Deus se torna evidente quando nós não
somos totalmente honestos com Ele. A maioria, quando comete um pecado
sexual, não consegue levar a si mesmo a confessar seu pecado a Deus. Deus
conhece todos os pecados que o homem pode cometer. Ele é à prova de choque.
Porém parece existir uma barreira para falar sobre pecados sexuais. A tendência
é generalizar: “Deus, perdoe meus pecados” (não se citam os nomes). Até que
nos tornemos reais para com Deus, dizendo “Senhor, eu me masturbei hoje mais
uma vez, me perdoe”, nós nunca vamos chegar ao ponto de controlar nossos
problemas.
Quando se é perguntado se Deus tem os perdoado pelas suas escolhas
erradas, muitos responderão: “Não no exato momento, mas com o tempo Ele
esquece sobre o assunto. “Nós entendemos que Deus deseja que pessoa se
sinta culpada por alguns dias como um castigo pelo pecado e para afastá-lo de
cometer o mesmo erro novamente. O conceito de perdão instantâneo quando o
pecado é confessado parece de alguma forma errado (de acordo com a
interpretação de algumas pessoas).” “Porque Deus deveria me perdoar, eu sabia
o que eu estava fazendo e propositadamente O ignorei e fiz o que eu queria
fazer. Então, de que forma eu deveria esperar perdão instantâneo? Se eu aceitá -
lo eu posso não respeitar a Deus e estaria tirando vantagem de sua capacidade
de perdoar.” Deus nos amou de maneira suficiente para aceitar e correr esse
risco. Deus é vitalmente preocupado com nossa vida. Ele se preocupa com o que
acontece conosco e nós o magoamos quando nos descambamos nos caminhos
errados. Ele conhece cada um de nossos pensamentos (Ah não!) Ah sim!, em
Ezequiel 11:5 Ele nos revela isso: “Eu conheço todas as coisas que você pensa,
cada pensamento que vem até sua mente.” Embora esse tipo de intervenção na
sua vida seja bem-vindo ou não, ela é um fato, uma realidade com a qual
precisamos viver. Ele escolheu ser responsável em trazer à nossa atenção coisas
que precisam ser mudadas, mas a boa notícia é que Ele provê tudo que
precisamos para fazer acontecer as mudanças que Ele deseja ver em nós. A
pessoa que é desatenta com relação à intervenção de Deus perde muito; ela está
inconsciente da ação da mão de Deus em Sua vida. Muitos, porém, temem a
ação de sua mão e preferem ignorá-la e negar que Deus em diversas formas fala
com elas.
Deus se importa! Algumas vezes essa é uma mensagem difícil de se
comunicar, porém quando ela é completamente compreendida, a porta é aberta
para uma grande porção de cura. Deus se torna aquela luz nas trevas que ilumina
nosso caminho para uma nova vida.
“E você amará o Senhor seu Deus com todo seu coração, e com toda a
sua alma, e com toda a sua mente. Esse é o maior o princípio mais importante e
o primeiro mandamento.” (Mateus 22: 37.38* Bíblia Amplificada)

Questões:

1. Deus tem sido injusto com você? Explique.


2. Em que extensão a imagem de seu pai natural interferiu ou influenciou
na sua imagem de Deus?
3. Descreva a imagem que você tem de Deus: Desinteressado, afastado,
policial...?
4. Você conhece Deus dentro de sua própria experiência ou você O
conhece através de outras pessoas?

52
5. Você acredita que Deus esta sempre triste com você? Ele tem sempre
esperado que você se deprecie na presença dEle?
6. Você acredita que Deus tem o melhor para você?
7. De que forma você tem buscado conhecer a Deus?
8. Você se sente bem em ser honesto e pessoal com Deus?
9. Você acredita que Deus o perdoa quando você pede perdão?
10. Você está cônscio da intervenção de Deus em sua vida, e você recebe
essa intervenção positivamente?

53
CAPÍTULO NOVE

CONSERTANDO NOSSA IMAGEM COM RELAÇÃO A DEUS

Até que tenhamos consertado nossa imagem com relação à pessoa de


Deus, vendo-O como Ele realmente é, um Pai amoroso que está
transbordando de amor sobre nós, não teremos nenhuma base para amar os
outros. Esse amor deve ser sentido, provado, deve ser uma coisa garantida,
com a qual nós vivemos e que continua em nossas vidas apesar das
circunstâncias. O amor dEle não requer nada em troca; nós não temos que
fazer nada para merecê-lo, representar ou fazer de conta que somos uma
outra pessoa enquanto na verdade não somos, para ganhá-lo. Esse amor é
um presente de graça sem nenhuma condição estabelecida para recebê-lo.
Esse tipo de amor tem um contraste muito grande com o amor que nós temos
conhecido na vida homossexual e ele deve ser o ingrediente extra, o qual
abençoa relacionamentos cristãos e os faz diferentes dos outros
relacionamentos encontrados no mundo em geral.

A Visão do Mundo Para Com os Outros é Também Distorcida

A pessoa homossexual não é a única que tem visões distorcidas de seu


relacionamento para com outros. Qualquer pessoa não precisa dar mais do
que uma simples olhada em uma livraria para ver os “conselhos” que estão
sendo dados para essa geração chamada de “geração do EU”. A centralização
em si mesmo está sendo proclamada como virtude. Foi-nos ensinado que nós
poderemos vencer caso intimidemos a outra pessoa. Nós descobrimos que as
outras pessoas podem ser facilmente manipuladas quando usamos alguns
métodos psicológicos, e que nós precisamos sempre estar por cima e cuidar
para estar sempre na frente dos outros. Parece que não existe nenhum lugar
para a declaração, “ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22: 39).
Eu fiquei pasmo com os resultados de um teste na Faculdade numa
aula de sexualidade humana, aplicado a mulheres casadas e solteiras,
concernente ao relacionamento delas com os homens. O resultado
apresentado foi um fato principal que ocorreu com a maioria: elas vêem os
homens sendo extremamente egoístas e voltados para si mesmos. Elas se
queixam por verem homens como manipuladores, que usam as mulheres para
sua própria satisfação. Elas estão ressentidas por serem vistas apenas como
um objeto sexual. Por terem seu valor baseado no visual que elas têm e no
potencial que elas têm para oferecer uma boa gratificação sexual. Elas vêem
os homens tendo uma atitude superior e dispostos a enganar para
conseguirem o que querem. A maioria desses homens com os quais elas
tiveram um caso, ocultaram o fato de que eles eram casados.
Em posteriores grupos de debates, os homens defenderam suas ações,
dizendo que a coisa era do tipo “toma-lá-dá-cá”. Eles viam as mulheres como
enganadoras, como pessoas que preparavam armadilhas para seus
casamentos, que fazem promessas verbalmente e também através do corpo,
e que não as cumpririam. A resposta deles foi: “Claro, as mulheres são
feridas, mas é isso que elas merecem e também elas esquecem e superam
essas coisas; isso não é um problema grave.” O que eu achei interessante foi
que tem sido assumido que nós vivemos na era iluminada ou esclarecida, a
era da comunicação, em que nós, depois de um longo tempo finalmente
passamos a entender um ao outro. As atitudes expressas aqui evidenciam que
não há nenhum progresso de forma alguma nos relacionamentos humanos
54
apesar de todos os esforços dos “gurus” dessa era, em que as questões são
resolvidas com base nas emoções.
Eu tenho certeza de que nem um dia sequer se passa sem filmes na
televisão e documentários colocados no ar, sobre a necessidade de se ter um
entendimento melhor ente as pessoas. Porém, nós percebemos que as
atitudes mudam devagar e mal-entendidos junto a falsas concepções estão
sendo perpetuadas de geração a geração. O medo de ser rejeitado é o motivo
básico pelo qual todos nós ocultamos nossos sentimentos mais profundos. Na
verdade, enquanto eu estava viajando recentemente, eu pude ouvir uma
conversa que claramente revela para mim o poder do medo e como ele é uma
das maiores pedras de tropeço para relacionamentos sérios. Um dos homens
estava dizendo, “Claro que eu tenho muitos relacionamentos com mulheres,
porém eu sempre saio deles quando eles estão se tomando sérios. É porque
dessa forma eu não me deixo exposto para receber nenhum tipo de rejeição.
Se tem uma coisa eu não consigo me dar é com rejeição!” O que nos leva a
nos apegar a tais atitudes negativas e infligir feridas nos outros?

Como Nossa Imagem com Relação aos Outros tem sido Formada?

Falando sobre a questão homossexual, nós descobrimos que, como


todas as outras pessoas, a imagem que eles têm em relação aos outros é
formada desde uma idade ainda tenra da infância. Essas imagens talvez
tenham sido drasticamente alterada pela vida homossexual, mas elas não se
originaram com a vida homossexual.
Durante os anos em que estamos mais vulneráveis, os anos vividos
antes que a pressão dos colegas fosse exercida sobre nós, nossos pais têm
quase controle exclusivo sobre nossas vidas. Para uma pequena criança
sobreviver ela precisa dos cuidados de seus pais. Ela bem cedo aprende que
esse cuidado envolve disciplina, e mais tarde, ela aprende o porquê daquelas
disciplinas. Embora ela desenvolva várias atitudes, aquelas aprendidas com
os pais se sobressairão, e a maioria de suas percepções estará concordando
com aquelas por eles ensinadas. E normal estar em concordância com
aquelas pessoas das quais você depende. Essa concordância promove uma
condição pacífica; quando não existe concordância nas informações ou
percepções passa a existir julgamento e reprovação.
Ainda que estejamos inconscientes disso, nós ainda carregamos muitas
sobras daqueles primeiros anos em que fomos formados. Algumas das
atitudes que hoje temos, traz um senso de orgulho, família e unidade. Elas
são um elo ligado a tempos confortáveis que tivemos no passado.
Naturalmente, muitas coisas que nós temos aprendido com nossos pais são
positivas. Elas supriram a proteção que precisamos, e nós aprendemos como
cuidar de nós mesmos. Infelizmente, nós podemos ter absorvido também os
preconceitos dos nossos pais e a atitude negativa que eles têm com relação
aos outros. Essas coisas podem ainda exercer controle sobre as decisões que
tomamos em nossos relacionamentos com pessoas do mesmo sexo ou do
sexo oposto.

Conceitos Errados dos Nossos Pais

É infeliz o fato de que as crianças freqüentemente testemunham


discussões entre a família. Os adultos nunca puderam testemunhar a
extensão dos danos feitos quando isso acontece. Um grande número de
reações negativas que a criança terá passa a existir simplesmente diante
55
dessas circunstâncias. Essas reações poderão estabelecer moldes que se
tomarão bases para o resto da vida. As crianças aprendem a reagir conta
coisas ensinadas de forma negativa com ira, acusações, assumindo que todo
mundo a tratará daquela mesma forma injusta e ainda com condenações
exageradas. Uma criança pode ouvir seu pai fazendo acusações do tipo: “A
mulher nunca se satisfaz com nada. Mulheres são mandonas. As mulheres só
estão interessadas em satisfazer as necessidades delas”. Eu posso me
lembrar dessas afirmações sendo feitas quase que diariamente durante minha
infância. Para um garoto jovem, essas informações estão dizendo muitas
coisas, algumas delas são:
 Os homens são superiores às mulheres, confiar em mulher é perigoso;
 Se eu amo meu pai, ele espera que eu concorde com ele nessas coisas;
 Eu sou um homem, dessa forma, eu preciso me apegar ao ponto de vista
de outro homem;
 É mais fácil satisfazer um homem do que uma mulher;
 Eu posso confiar nos homens.
Apesar de que o garoto possa amar sua mãe profundamente e precisar
dela para as coisas básicas de sua sobrevivência, esses pensamentos
negativos o acompanharão e aparecerão nos momentos em que ele ficar irado
com ela. Os pensamentos negativos foram implantados; a vida com certeza
trará muitas circunstâncias para reforçar aquela atitude.
A garota que ouve esse tipo de afirmações de seu pai será também
grandemente afetada por essas aplicações negativas. Ela sentirá uma
separação do seu pai. Sua auto-estima poderá ser severamente danificada e
permanecerá dessa forma para o resto de sua vida. Ela pode ficar do lado de
sua mãe e reter sua ira não resolvida contra seu pai. A percepção que ela
pode ter será o medo do sexo masculino, não confiar nos homens, ou que
toda pessoa deve reagir conta os homens com ira. Evidentemente, todas
essas coisas podem também ser ditas por uma mãe numa afirmação feita num
momento de ira. Os pais brigam e normalmente se reconciliam depois, porém,
o perdão não apaga o dano feito. Medo e desconfiança permanecem
escondidos para romper ou desmanchar relacionamentos que virão no futuro.

Educação Sexual dos Pais

Para a criança ter um desenvolvimento sadio, é essencial que seja dada


a ela uma boa educação sexual num tempo apropriado. Isso será uma forma
de garantia contra as informações erradas que ela receberá nas ruas. Aqui, os
pais normalmente exageram nas informações e criam uma figura assustadora
dos relacionamentos sexuais humanos ou então eles, os pais, são tão inibidos
que não conseguem abordar o assunto deforma nenhuma e dão às crianças
impressão de que sexo é algo sujo e que nem sequer deve ser mencionado.
Em qualquer uma dessas formas, a criança sofre perdas, porque a atitude
dela em relação ao sexo representará a atitude dela em relação ao sexo
oposto. É nesse ponto que os pais deixam a porta escancarada para a
primeira experiência homossexual. Se a criança não tem sido prevenida contra
esse tipo de comportamento e se ela tem sido espantada dos interesse
heterossexuais, o interesse pelo mesmo sexo pode aparecer inofensivo, ou,
pelo menos, ter unia imagem menos ameaçadora.
Por muito tempo, as mães têm sido culpadas pelos filhos
homossexuais, e isso tem sido um fato lamentável e injusto. Se o pai tivesse
ocupado o seu legitimo papel, a influência da mãe teria sido contrabalançada,
e uma dependência doentia dela não teria sido desenvolvida. Porém, se a
56
pessoa homossexual teve um pai emocionalmente ausente é quase sempre
verdade que sua mãe teve um esposo emocionalmente ausente. Quando isso
acontece, é evidentemente normal para a mãe olhar para qualquer um dos
membros de sua família esperando um apoio emocional. Esse processo é
chamado seleção. Quando a mãe vai em busca de um relacionamento
próximo, e afetuoso com um de seus filhos, ela pode temer que aquele
relacionamento seja rompido. Para proteger aquela fonte de suporte
emocional, ela pode se envolver no que é conhecido como extinção
heterossexual, que é o fato dela tentar desencorajar todo o interesse
heterossexual existente em seu filho para evitar que seja abandonada. Para
fazer isso acontecer, ela pode contribuir com as impressões negativas que o
filho já tenha com relação às mulheres.

Influência dos Colegas

É um fato bem conhecido de que a influência dos pais diminui uma vez
que a fase da puberdade passa, e a influência dos colegas passa a ter mais
importância. Em circunstâncias normais, a influência dos colegas alterará
muita coisa que tinha sido ensinada pelos pais. Esse desvio pode ser
permanente, mas a duração dele pode ser apenas enquanto o grupo de
colegas permanece intacto. Os colegas podem estar apegados a muitas
concepções erradas com relação ao sexo oposto. As suas mentes cheias de
indagações estão ansiosas para ouvir ambos, os mitos e os fatos, e os
avaliarem como o mesmo preço, assumindo que nem um é melhor que o
outro. Que seja para o bem ou para o mal, a influência dos colegas é uma
parte normal do desenvolvimento. Alguns preconceitos dos pais poder ão com
isso ser arrancados, e as mentes abertas para um novo ponto de vista.
Receber informações conflitantes significa ter que pensar e processar alguma
coisa. Dentro desse processo, a pessoa aprende como formular sua própria
atitude e questionar idéias que tem sido carregadas durante um longo tempo.
Se a pessoa homossexual tem pouca interação com os colegas, ela
deixará de experimentar muitos desses “pontos de decisão” e reterá muitas
atitudes e expectativas de seus pais. Para a pessoa heterossexual, a
influência dos colegas também diminuirá. Como o casamento traz consigo
responsabilidades de família, existirá um retomo para a forma de pensar dos
pais. Como também os pais e parentes são usados para cuidarem dos bebês
que vêm e para dar conselhos em como cuidar da criança, a influência deles
mais uma vez ganha supremacia.

Influência do Estilo de Vida Gay

Certamente, o homossexual teve seu ponto de vista severamente


danificado em consideração a ambos os sexos. Em geral existem tipos de
danificações aos quais todos nós estamos sujeitos, porém existem
circunstâncias especiais também. Freud e outros atribuíram a
homossexualidade a desenvolvimentos aprendidos. Ou seja, que a pessoa
homossexual não amadureceu psicologicamente na sua necessidade
emocional de pessoas do mesmo sexo na sua vida. A maioria cresceu sendo
passiva e amedrontada em relacionamentos com o mesmo sexo e com o sexo
oposto.
O seu grupo de colegas do mesmo sexo foi ameaçador (falando
principalmente para os homossexuais do sexo masculino, porém dentro do
homossexualismo feminino também deve ter um rompimento no
57
relacionamento com as colegas). As palavras de Elizabeth Moberly, uma
pesquisadora psicóloga Britânica, merecem ser repetidas:

“A condição homossexual indica um problema de incapacidade de se


relacionar com o mesmo sexo.” (16) Ela vê o comportamento homossexual
como uma tentativa de preencher essa lacuna.
Na sua busca de obter afirmação atavés dos seus colegas, o indivíduo
descobre o estilo de vida gay. Aqui ele adentra a um mundo bizarro de
fantasias, pensamentos invertidos e distorções de todo tamanho, cor e forma.
O que surge então é um conflito interior furioso. Indubitavelmente o que a
pessoa encontra é diametralmente oposto às opiniões dadas por seus pais.
Porém nesse mundo ele ou ela carregam os mesmos temores e ansiedades
procurando uma alternativa para o temido estilo de vida heterossexual.
De várias formas, o estilo de vida homossexual reforça as distorções
aprendidas ainda cedo na infância. Aqui, podemos ver as mulheres se
relacionando com os homossexuais, porém seguindo normas não escritas. Ela
não deve pressionar com nenhum tipo de interesse romântico: caso isso
aconteça, aborrecerá o relacionamento. Dessa forma, a ameaça corporificada
através do sexo oposto é removida. Ele descobre também que tem muitas
coisas em comum com as mulheres. Elas entendem a profunda necessidade
emocional dele, e as necessidades de ambos são as mesmas. Nós sabemos
que alguns homossexuais se casam sem nunca ter lidado com sua questão
homossexual. Eles acreditam que o laço emocional (entre ele e sua então
esposa) pode sustentar o matrimônio, porém, duas pessoas com
necessidades idênticas não podem ser compatíveis. Deus fez o homem e a
mulher incomparavelmente diferentes, porém de forma que um complete o
outro. Dessa forma, seja um casamento homossexual ou heterossexual em
que a pessoa entre, o resultado é normalmente o mesmo: Alguma coisa está
faltando. Empatia não consegue sustentar um casamento, e ambos os
parceiros, isolados e sozinhos, ainda continuam a procura de algum tipo de
complemento.
O estilo de vida homossexual não consegue fazer nada para resolver o
problema de inadequação em relacionamentos com o mesmo sexo. Ele
apresenta uma idéia distorcida que pessoas do mesmo sexo podem satisfazer
sua necessidade mais profunda de intimidade, que só é preenchida com o
“união do homem com sua esposa, tornando os dois, uma só carne¹”. Isso é
uma decepção satânica, uma meia verdade que uma vez acreditada destruirá
sua vida ao invés de edificar. Todas as pessoas têm a necessidade de ter
pessoas do mesmo sexo envolvidas na sua vida, e elas precisam de
relacionamentos profundos e íntimos com outros. A mentira é que dentro
desses relacionamentos a união (uma só carne) pode ser consumada. Isso
simplesmente não é verdade, Deus fez isso possível somente dentro de uma
situação que consiste na união entre um homem e uma mulher no matrimônio.
No programa do “New Hope” nós fazemos a pergunta “De que forma
você foi prejudicado pela vida homossexual? ” A primeira resposta da lista tem
sempre sido: “Eu não consigo me relacionar com outro homem normalmente.
Eu vejo todos os homens como se estes fossem objetos sexuais.” Eles odeiam
essa parte existente neles, porém tantos anos condicionando-se a isso têm
arraigado essa forma de pensamento de tal modo que somente o poder de
Deus pode quebrar o hábito. Essa orientação não é nada mais do que isso,
um hábito profundamente arraigado. Ele tem sido aprendido desde cedo na
infância, e pode com a ajuda de Deus ser desaprendido.

58
Inúmeros jovens rapazes através dos anos têm dito para mim quase as
mesmas palavras: “Eu tenho esse padrão: no início (dessa escala) estão as
pessoas as quais me sinto superior, depois as que eu sinto que são iguais a
mim, e mais acima, estão as pessoas que acho que são melhores que eu.”
Esses jovens continuam a conversa dizendo que tentam fazer amizades com
aqueles que tem um visual melhor, são mais bem-vestidos e são mais
sofisticados, para levantar sua própria auto-estima. Se eles forem vistos com
pessoas “superiores, os outros irão reavaliá-los e aceitá-los mais facilmente.
Outra afirmação que sempre vem a seguir é o seguinte: “Eu sempre tenho
essa grande pergunta sobre todo e qualquer homem que eu encontro: Será
que ele é gay?” Existe uma necessidade de saber de tal informação, de
identificar e ser identificado; uma busca por um terreno comum.
“Caso ele seja homossexual, ele me entenderá e, espero, não me
rejeitará.” O interrogatório continua: caso o homem pareça ser heterossexual,
eles desejam saber se ele alguma vez já teve uma experiência homossexual
ou qual sua opinião com relação aos homossexuais. Se nenhuma resposta
estiver acessível, uma muralha pode ser levantada, uma barreira de defesa
contra essa possível rejeição. Alguns supõem que há rejeição onde nada
existe. Outros assumem que se o homem é de fato heterossexual , ele não
gostará de pessoas homossexuais. Dessa forma, ele passa a ter preconceito
em relação a tal indivíduo, sejam suas indagações verdadeiras ou não. Leva
tempo, talvez anos, para isso ser mudado. À medida que o amor de Deus
aumenta o (nosso) valor próprio, e a medida que o povo de Deus traz
aceitação, toma-se menos e menos necessário obter a aprovação das
pessoas com as quais encontramos.
Enquanto a militância gay aumenta, as pessoas heterossexuais estão
sendo mais e mais confrontadas na questão homossexual. Os gays estão
sentindo ter um senso de poder e, para alguns, esse poder os põe era posição
de ataque. E uma reação muito forte. Um termo recentemente usado para
heterossexuais tem sido “procriadores”. Esse termo tem a intenção de
apresentar desdém para com o casamento e a família. Ele não tem sido aceito
universalmente no estilo de vida gay, porém, alguns homossexuais estão
tentando provar que é permissível ser casado, possuir e educar filhos e
também ter encontros sexuais anônimos. Eles desejam o que eles chamam de
o melhor dos dois mundos.
Em áreas urbanas onde existe uma larga concentração de pessoas
gays, as pessoas heterossexuais estão sentindo discriminação no mercado de
trabalho que são completamente novos: pessoas gays que estão em controle
de departamentos de pessoal estão dando preferência para seu próprio povo.
Conforme isso continua, mais e mais companhias e indústrias estão passando
a estar sobre o controle deles. Um pequeno número de gays que foram
severamente rejeitados está procurando vingança. Alguns procuram parceiros
heterossexuais somente para censurá-los e desafiar a heterossexualidade
deles.

Mudando Nossa Imagem com Relação aos Outros

O que apresentamos até então é que o homossexual teve sua imagem


com relação aos outros distorcida pela influência de ambos, pais e colegas e
também pelo estilo de vida gay. Não existirá nenhuma mudança da noite para
o dia. A transformação virá lentamente, porém através do poder do Esp írito
Santo, transformação de fato, acontecerá. Deus pode nos mudar
imediatamente, porém Ele normalmente prefere usar Sua igreja como Seu
59
instrumento de mudança. Nesse contexto, a pessoa homossexual que havia
visto as pessoas heterossexuais como “seu inimigo”, terá a oportunidade de
descobrir que os cristãos são diferentes. Eles oferecerão a ela amor e
compreensão, em vez de rejeição e ridicularização. À medida em que a auto-
estima dela cresce, ela se tomará cada vez menos ameaçada pelo que ela
achava ser seu inimigo. Os cristãos não sabem quase nada a respeito da falta
de confiança que deve ser superada. Durante o aconselhamento, nós
normalmente ouvimos: “Eles estão só esperando eu cair, e quando isso
acontecer, eles me põem para fora”. Infelizmente isto é de fato verdade.
Parece existir muito menos tolerância com o pecado homossexual
comparando-o com o pecado heterossexual. Algumas vezes ouvimos em
relação à essa questão: “Pelo menos é um pecado normal!”
Um amigo meu chama os homossexuais de “deficientes emocionais”.
Apesar de que isso possa de alguma forma ser descortês ou ofensivo, contém
um elemento de verdade. Nós não queremos comparar desabilidades com
pecado, ninguém exclui da comunhão, uma pessoa confinada a uma cadeira
de rodas pelo fato da cura dela não acontecer. Porém, os cristãos não
percebem que o homossexual tem um problema sério, que é profundamente
arraigado, e, que muito amor e cuidado se fazem necessários para a
transformação acontecer.

A Importância em Ter Amigos que não são Homossexuais

É saudável para o ex-homossexual ter outro amigo que também seja ex-
homossexual e que entenda completamente as dificuldades dele e seu
passado, porém ele também precisa de alguns amigos do mesmo sexo que
nunca foram homossexuais. Uma vez que o problema dele consistiu em que
ele não sabia de que forma se relacionar com heterossexuais do sexo
masculino, a aceitação destes agora, facilitará o processo de cura.
(É verdade que a mulher que enfrenta dificuldade com o lesbianismo
necessita também desenvolver relacionamentos com homens). Novamente,
um relacionamento de confiança terá que ser edificado. Haverá a espera de
rejeição talvez até existirá, porém se ambas as partes persistirem em
demonstrar amor, interesse, o relacionamento pode ter sucesso, e este será
um relacionamento de cura.
Várias pessoas do nosso programa estavam num retiro masculino da
nossa igreja há algum tempo atrás quando foi pedido para um dos homens
heterossexuais dar o seu testemunho. Bob era um moço que tinha
aproximadamente seus 30 anos, casado e pai de dois filhos. Ele disse algo
bastante comum quando mencionou: “Eu dirigi meu carro várias vezes em
tomo da quadra, para ver uma moça que estava aguando a grama. Ela estava
usando o biquíni mais pequeno que eu havia visto, nada mais do que um
pequeno cordão. Parece que senti que estava fazendo algo errado, porém
parecia que não fazia nem um mal, e de qualquer forma, se ela tivesse
notado, ela teria recebido isso como um elogio. Pelo menos eu espero que
sim.” Nosso pessoal estava surpreso em perceber que os homens
heterossexuais eram tão parecidos com eles e que eles também tinham suas
formas de tentação sexual. Vários dos nossos rapazes responderam: “Uau!
Nós também fazemos esse tipo de coisa, somente quando vemos um homem.”
O entendimento é o começo de uma amizade. À medida em que as diferenças
são apagadas e a vida heterossexual é vista dentro da realidade, ela aparece
mais possível de ser obtida.

60
A pessoa homossexual sentiu muita pressão para fazer aquilo que ele
achava não ser capaz de fazer. Ele (no caso masculino) é incapaz de
conformar com aquilo que o mundo considera ter da imagem masculina. A
maioria tem fracassado com esportes (apesar de que existem atletas que são
homossexuais). Eles têm sido ridicularizados e, em contrapartida, tem odiado
e criticado os interesses de um homem normal. Agora, um processo de
repensar deve se iniciar. A pessoa homossexual não pode ser empurrada para
coisas que ela não tem condições de suportar. De outro lado, ela deve ser
encorajada a ter interesse nos interesses de um homem normal, e dessa
forma então, eles terão alguma coisa em comum. Para algumas pessoas,
esporte é sinônimo de humilhação.
No nosso programa no “New Hope” (Nova Esperança) nós sugerimos
que o ex-homossexual adquira alguns conhecimentos sobre esportes para que
ele possa então se comunicar mais inteiramente com homens que não foram
homossexuais. Alguns têm se tornado tão resistentes contra essa idéia que
eles têm ameaçado sair do programa se insistirmos sobre essas linhas. A
resposta deles é que os esportes não fará deles homens heterossexuais. Isso
é verdade, porém, Deus usará homens heterossexuais para afirmá-los, e
trazer a aceitação que e1es por tão longo tempo têm desejado. Para facilitar
isso, o conhecimento sobre interesses de homens que não são homossexuais
é necessário.

O Ex-homossexual Casado

O amor e aceitação total por parte de cristãos heterossexuais pode


trazer uma grande quantidade de cura para o ex-homossexual. Isso é
particularmente verdade para o ex-homossexual casado. Existe uma
necessidade por aceitação dos colegas, e um homem heterossexual casado
pode trazer bastante direção e apoio dentro de circunstâncias semelhantes
relacionadas à família. Por causa da tendência dos relacionamentos do estilo
“apego de morte8”, é melhor que se tenha três ou quatro amigos desse tipo
para que todo o peso não caia somente sobre uma pessoa. Um homem
casado que, sozinho ministra a um ex-homossexual, normalmente percebe
que muito do seu tempo está sendo usado e por causa disso a vida de sua
família é prejudicada.
Muitos dos conflitos dentro da família de um ex-homossexual casado
não estão associados à questão homossexual de forma nenhuma. O que
normalmente se descobre é que esses problemas existem com todas as
pessoas casadas. É pelo motivo da homossexualidade ser vista ou parecer
maior do que realmente é, se torna tão fácil atribuir a ela todo problema que
aparece.

Cicatrização Envolve Riscos

Carmena foi casada com um homem que enfrentava dificuldades com a


questão homossexual. Philip, apesar de estar inconsciente do estilo de vida
gay, teve muitos encontros sexuais com pessoas do mesmo sexo numa
parada de caminhões próximo à casa deles durante os primeiros anos de
casado. Carmena orou, saiu de casa, voltou, fez tudo que ela pôde para
mudar seu esposo, mas nada que fosse útil. Somente quando o divórcio
parecia a única resposta, Philip procurou ajuda e sua vida começou a ter uma
reviravolta. Ele não saía mais de casa durante um período de horas sem dar
explicação. Ele passou então, a gastar tempo com seus filhos, e as coisas
61
pareciam estar melhores. Carmena começou a acreditar que o problema havia
desaparecido. Um ano se passou. Philip se tornou fortemente envolvido na
igreja deles e as coisas pareciam nunca ter estado melhor. Eles encontraram
um casal Cristão e compartilhavam muitas horas juntos. Logo, Philip e Tom
estavam indo pescar juntos e gastando cada vez mais tempo sozinhos um
com o outro. Carmena não suspeitou nada, uma vez que ambos eram cristãos.
Foi somente quando Doris notou o enrabichamento de seu esposo para com
Philip e chamou a atenção de Carmena, que ela imediatamente concluiu que o
velho problema estava de volta. Ela contou a Doris sobre seu marido e a
aconselhou a mantê-lo distante de Philip, o que Doris fez perfeitamente. Philip
ficou desencorajado e abandonou a vida na igreja. Com isso, Carmena sentiu-
se traída.
Levou um ano para que eles retornassem mais uma vez à igreja,
envolvidos em vários ministérios. Porém, não era permitido que Philip tivesse
nenhum amigo homem novamente. A confiança de Carmena havia sido
destruída, e ela não queria dar mais nenhuma chance. Vindo da parte de um
ser humano, talvez o ponto de vista racional de Carmena estivesse certo; por
que ela deveria confiar nele outra vez? Cada vez que um relacionamento
estivesse começando. Carmena era rápida em bombardeá-lo. Era impossível
para ela perceber que Philip precisava de amigos do sexo masculino. Sim, às
vezes, cura envolve risco. Se nós queremos nos tomar cristãos maduros, nós
devemos crescer com os nossos erros. Parte do aprendizado de uma nova
forma de relacionamento é deixar o antigo pela fé e aceitar novos desafios.
Philip permaneceu preso nessa situação por aproximadamente mais cinco
anos e depois divorciou-se e entrou de “ponta cabeça” na vida gay. O
casamento deles poderia ter sido salvo? Ninguém pode responder isso com
um absoluto “sim”, porém as chances poderiam ter sido muito maiores se
Carmena pudesse ter levado a si mesma a confiar em seu esposo uma vez
mais. A volta dele ao mundo homossexual demonstrou sua profunda
necessidade de afirmação por pessoas do mesmo sexo. Com o apoio continuo
da parte dos homens de sua igreja, aquela lacuna poderia ter sido preenchida
numa forma sadia diante de Deus. Isso tem acontecido muitas vezes. Eles
encontram todo o amor e cuidado que eles precisam e a tentação de sair à
procura de encontros homossexuais perde o poder sobre a vida deles.

O Ex-Homossexual Masculino e a Mulher

Até então nós temos olhado somente para os relacionamentos com


pessoas do mesmo sexo e percebido que a existência de relacionamentos
profundos e íntimos, que não sejam sexuais, é vital para o processo de
cicatrização. E com relação ao ponto de vista mundano de que o homem
homossexual tem um mal relacionamento com mulheres? Como afirmamos
antes, é verdade que um pequeno número de homens homossexuais odeia
mulheres, porém isso representa apenas uma pequenina porcentagem dos
homens gays. Um grande número de homens possui medo das mulheres.
Muitos tiveram um relacionamento misturado com ódio e amor para com sua
mãe: Eles amaram sua mãe profundamente e se identificaram com elas em
muitas formas, porém a mãe exerceu uma influência controladora, ela
dominou, insistiu na forma dela, e nunca concedeu a seu filho o direito de se
tornar uma pessoa, desprendendo-o de seu controle. Por isso, eles não se
sentem capazes de viver sem a mãe e também não conseguem viver com ela.
Eles descobrem que as mulheres os entendem e podem ter “empatia” com
eles, que ambos têm a mesma esperança, desejos e temores. Alguns deles
62
têm o relacionamento tipo “a mariposa e a chama de fogo9”: eles vêem a
mulher como parte necessária de suas vidas e encorajam simplesmente para
serem repelidos até mesmo pelo menor movimento agressivo que seja, vindo
da parte dela. Outros precisam que seja dito a eles o que devem fazer, eles
são dependentes da mulher amiga como eles eram dependentes de sua mãe,
e porém continuam a lutar contra, resistindo a todo conselho e controle que
eles procuraram.
E sobre o fato das mulheres que são estimuladas a terem
relacionamentos com homens homossexuais? Elas têm algum problema?
Algumas sim. Algumas têm medo do homem agressivo e vão em busca de
relacionamentos não ameaçadores. Outras querem permanecer em controle
durante todo o tempo. Elas têm medo de dar autoridade para qualquer homem
sobre sua vida. Se o homem tem um problema, elas se tornam, então, a
“resolvedora” do problema, por causa disso, permanecem mantendo controle
sobre suas próprias vidas. Porém, seria injusto dizer que toda mulher que é
atraída por homens homossexuais tenha problemas. Muitas estão em busca
de um homem gentil, uma pessoa que não será abusiva e insensível.
Um erro que os ex-homossexuais normalmente cometem é pular de
relacionamentos homossexuais para relacionamentos românticos com uma
mulher. Eles de alguma forma procuram provar para si mesmos, ou talvez
mais para os outros, que eles mudaram. Parece que o homem homossexual
tem a tendência de isentar a si mesmos de interação normal com o sexo
oposto, particularmente durante seus anos de adolescência. Por causa disso
eles perderam uma fase natural de suas vidas a qual nós chamamos de
estágio de curiosidade. Isso incluiu coisas do tipo como ir a festas, encontros
ou danças promovidas na escola. Isso deveria ser aprendido dentro de um
processo de tentativas e erros. Geralmente não é sábio desviar-se desse
período em sua vida nem você deveria também apressar esse período. O
homem que está deixando o estilo de vida gay deveria permitir-se ter tempo
para aprender sobre o sexo oposto; não é muito tarde para isso acontecer. Em
um padrão de crescimento normal, leva aproximadamente seis anos,
começando na idade dos doze, indo até aos dezoito anos, para se
desenvolver habilidades sociais e se sentir confortável e seguro em interações
sociais. Não existe nenhuma razão para se pensar que o ex-homossexual tem
esse conhecimento, uma vez que a maioria do que ele aprendeu tem que ser
“desaprendido”. Há muita coisa para ser trabalhada antes que ele possa ter
relacionamentos saudáveis de acordo com o ponto de vista cristão com o sexo
oposto.
Uma aproximação mais consciente ou lenta é melhor. O ex-
homossexual deve primeiramente se inteirar com o sexo oposto em grupos. É
aqui onde a igreja pode exercer um valor incalculável. Estudos bíblicos na
igreja e atividades em grupos de solteiros podem ser cenários ideais para isso
acontecer. Os membros heterossexuais devem permitir o acontecimento
desse lento processo de crescimento. Se eles seguirem seus padrões
comuns, ridicularizando e tentando forçar os relacionamentos, eles causarã o a
inibição de formação de bons relacionamentos. Muitos relacionamentos de
amizade têm sido destruídos por Cristãos sinceros através da fofoca e falta de
consideração. Palavras pesadas e afirmações, como “u m encontro”,
“namorando”, “casamento” e ”sempre juntos” devem ser evitadas. Deve existir
um nível de amizade antes de haver o nível romântico. O homem ex-
homossexual deve ser cuidadoso em não comunicar mensagens que ele não
tem intenção de cumprir. -

63
Qualquer forma de beijo ou carícias implica comprometi mento. Se ele
não quer se envolver num relacionamento de compromisso, ele deve evitar os
sinais de comprometimento. Rompimento significa rejeição e o ex-gay já tem
sua quota de rejeição preenchida. Ele deve ser cuidadoso em não se pôr em
posição de deixar isso acontecer. A rejeição traz desespero e também traz
idéia de que a mudança é impossível e de que deveria retomar ao que era
mais confortável e familiar. Mulheres Cristãs que se interagem com homens
ex-homossexuais podem estar numa delicada situação. Elas percebem a
rejeição que eles receberam e desejam não adicionar danos na vida deles
através da rejeição de sua parte. Porém, elas talvez tenham de confrontar os
rapazes caso eles assumam que existe um relacionamento romântico quando
na realidade não há. Esse confronto deve ser feito em amor, dado com
entendimento e compaixão.

Flashbacks II

Nós discutimos anteriormente sobre “flashbacks” e sobre o poder que


eles continuam a exercer sobre nossas vidas, convidando-nos de volta à velha
vida. Existem “flashbacks” de ambos episódios, sexuais e não sexuais que
distorcem e danificam seriamente nosso relacionamento com outros. Nesse
caso, estou me baseando nas coisas que foram ditas, e feitas conta nós que
afetaram negativamente nossas vidas e nos fez amedrontados de estabelecer
um profundo e significativo relacionamento com outros. As figuras mentais e
vívidas da mulher que luta com o lesbianismo, de seu pai ou padrasto tirando
vantagem sexual sobre ela, talvez outro “flashback‟ de um pai bêbado
espancando a mão que é amada por ela e lhe provê a única segurança dentro
desse mundo hostil. O garoto jovem ouvindo a voz de seu pai ridicularizando-
o. “Meu filho é bicha!”A gargalhada de uma prostituta, humilhando você
durante sua primeira tentativa no sexo heterossexual. Essas palavras ferinas
ecoam através dos anos, trazendo a mensagem de que você está privado de
interações agradáveis com os outros. A expectativa de traição e humilhação
impede você de se conectar com os outros. Logo a seguir você desiste
pensando que é inútil tentar. E mais seguro não correr o risco. Se você não
fizer nada, você não será ferido.
Como Cristãos nós não podemos aceitar essa mensagem. Cristo correu
um grande risco por causa de nós e pagou o preço supremo para que
possamos ser livres - livres para interagir com outros e os unir a eles em
louvor, adoração e relacionamento íntimo. Porém, será que os riscos de fato
se foram? Não, existem muitos riscos em buscar relacionamentos com outros.
Nós podemos ser decepcionados por cristãos. Lembre-se, o fato de ser cristão
não faz ninguém perfeito. Para ser obediente a Cristo, nós precisamos
alcançar os outros e formar a família que Ele chama de Seu Corpo. Nós
somos diferentes das pessoas no mundo, dessa forma, se formos
decepcionados, recebemos o conforto do Espírito Santo. Ele abranda nossas
feridas e nos leva atentar novamente.

Perdão

Não está sendo pedido que neguemos o fato de termos sido vítimas nas
mãos dos outros. O cristianismo não exige que digamos que essas coisas
nunca aconteceram. O que é requerido que façamos é perdoar aqueles que
tiveram uma influência negativa em nossas vidas. Nós precisamos eliminar
toda forma de culpar ou responsabilizar as outras pessoas pelas nossas
64
ações. As pessoas homossexuais às vezes apontam para a pessoa que as
molestaram quando criança e dizem: “Ele me fez ser homossexual.” A verdade
é que essas pessoas influenciaram fortemente sua vida, porém, isso não
libera você de suas responsabilidades. As raízes da homossexualidade se
estendem a nível mais profundo do que simplesmente um ou mais incidentes
em que a pessoa foi molestada.

A Criança que Foi Vitimada

Os pais podem reagir fortemente quando um de seus filhos é vitimado


por outro adulto, e isso é completamente compreensível, porém esse pai ou
essa mãe também deveria dar uma olhada séria dentro do relacionamento
deles com a criança e ver se a negligência deles provocou uma profunda
ânsia por afirmação e atenção. As pessoas que molestam crianças
normalmente possuem uma habilidade anormal de detectar uma necessidade
não satisfeita na criança e, depois disso, se movem para tirar vantagem dessa
ferida.

Eu não Posso Perdoar

Freqüentemente nós ouvimos pessoas dizerem que elas não


conseguem perdoar alguém por aquilo que foi feito contra elas. E
provavelmente verdade que, na carne, ela não consiga perdoar. Ira, raiva e
ressentimento podem ser edificados dentro do sistema de segurança, gerando
justificativa por suas ações e/ou fracassos. Elas tiraram força e poder dessas
coisas negativas. O desejo de vingança, pode, às vezes, ter sido o único
motivo que elas tinham para continuar a viver. Deus ordena que liberemos
aqueles que tenhamos considerado culpados por feridas em nossas vidas. Se
somos capazes de fazer isso? Somente com a ajuda do Senhor. Nós podemos
apenas querer perdoar. Nós não podemos mudar nossas emoções, mas, para
nossa surpresa. Deus pode. No tempo certo, nós seremos capazes de olhar
para trás e ver que essas coisas negativas não mais exigem controle sobre
nós, que a ira contra certos indivíduos passou, e que nós estamos começando
a olhar para frente, em vez de olhar para trás. Nossa segurança agora está
colocada em Jesus, e essa situação é muito mais feliz. Existem grandes
recompensas no perdão, ainda que elas possam não ser aparentes no
momento em que nos é solicitado a deixar ir embora as hostilidades que
retivemos por longo tempo.

O Segundo Mandamento

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22: 39)


Antes de olharmos para quem devemos amar, vamos dar uma olhada
no que é amor. Nos dias de hoje nós somos saturados como amor falso. A
mídia apresenta apenas o amor romântico. Esse é a forma mais precária de
amar, ela muda à medida em que nossas emoções mudam. Os votos de
matrimônio atualmente poderiam afirmar: enquanto o nosso amor “durar”,
substituindo o “até que a morte nos separe”. Parece que ninguém sabe se o
amor é real ou não. As Escrituras parecem não apresentar esse tipo de amor,
mas, em vez disso, apresentam um amor baseado em coisas muito mais
profundas como o servir, uma pessoa desistindo de sua vida e cuidando da
outra. Paulo nos dá uma longa lista do que o amor é feito na primeira carta
aos Coríntios, capítulo 13. Dentre outras coisas que ele relaciona estão, ser
65
paciente, demonstrando bondade, carregando o fardo do outro, defendendo e
protegendo o outro, não manter uma lista dos erros que eles cometem. Tudo
isso se posiciona num contraste notável com relação à visão emocional de
amor, ou seja, o desejo incontrolável de invadir e degradar o corpo do outro.
Erich Fromm, no livro The Art of Loving (A arte de Amar), tem isso a
dizer sobre o amor:
“Amar alguém não é simplesmente um forte sentimento, é uma decisão,
é uma sentença, é uma promessa. Se o amor fosse apenas um sentimento,
não existiria nenhuma base para a promessa de amar um ao outro para
sempre. Um sentimento vem e pode ir embora”. (17)
É necessário que o ex-homossexual conheça e entenda o amor. De
várias formas, a má interpretação dele em relação ao amor levou-o a ser
rejeitado. Isso destruiu importantes relacionamentos e privou-o de se mover
em direção à maturidade. O amor é um compromisso, não um sentimento. É
necessário que a pessoa seja madura para cumprir o que ela prometeu aos
outros. As outras pessoas fazem coisas que nos desagradam, porém nós
precisamos continuar no relacionamento. Nós não temos o direito de isolá-las
ou cortá-las. Nós estamos lá para servi-las, encorajá-las, e acompanhá-las. Se
freqüentemente dizemos aos outros. “Você não está satisfazendo minhas
necessidades,” então estamos ainda num estagio imaturo. É nossa obrigação
satisfazer a necessidade do outro.
Um dos tristes aspectos da homossexualidade é que todas as pessoas
necessitam de amigos do mesmo sexo. Nós tivemos muitas oportunidades de
desenvolver relacionamentos sadios, porém deturpamos o amor verdadeiro e
esperamos um retomo sexual em vez de um retomo amoroso. É bem possível
que tenhamos destruído os relacionamentos que teriam provado ser
relacionamentos de cicatrização (ou cura). Lembre-se do que foi previamente
dito, que o homossexualismo é uma ruptura no relacionamento com o mesmo
sexo.
Nós precisamos nos sentir iguais aos nossos colegas; nós precisamos
sentir afirmação e aceitação da parte deles. Lawrence Hatterer, M.D., tem isso
a dizer em seu livro, Changing Homosexuality in the Male (Mudando o
Homossexualismo no Homem):
“Nada é mais essencial do que a habilidade da pessoa sentir que é
adequada em comparação aos outros colegas do mesmo sexo. Sem essa
habilidade, o resultado é a depreciação de sua própria imagem, o que se toma
um determinante importante do desenvolvimento posterior da pessoa.” (18)
Enquanto Deus intervém em nossa vida diretamente. Ele também usa
nosso colega de grupo para trazer cura e crescimento às nossas vidas. À
medida em que aprendemos a ter relacionamentos de acordo com a vontade
de Deus, nós teremos cada vez menos necessidades de relacionamentos
homossexuais. Estes eram apenas uma tentativa desencaminhada de
preencher as lacunas nas nossas vidas de acordo com o nosso modo.

Vendo os Outros Através dos Olhos de Deus

As outras pessoas não devem ser objetos de nossa lascívia, e isso é


sempre um problema para os cristãos. No mundo, lascívia não é um pecado.
Ao contrário, é uma prova de que você é normal e ainda está vivo. O mundo
endossa a lascívia e se orgulha dela. Nós entendemos que ela é um pecado
quando nos tornamos cristãos. O Espírito Santo traz uma convicção que nós
não tínhamos antes. Os livros de pornografia que uma vez foram uma fonte de
excitação e prazer são agora parte da velha vida que nós deixamos para trás.
66
“Por isso, retiraivos do meio deles, separa-vos, diz o Senhor” (II Coríntios 6:
17).
Isso é uma coisa difícil para todos os cristãos. Nós devemos agora ver
os outros através dos olhos de Deus. Eles são irmãos e irmãs em Cristo,
preciosos para Deus. Ele os chama de Seu tesouro particular (Malaquias 3:
17). Eles devem ser interligados conosco, como uma parte de nossas vidas.
Nós somos ligados juntos, um ao outro (Colossensses 2: 19). Também, nós
devemos amar as pessoas que estão no mundo, aquelas que ainda não são
cristãs. Quando Deus disse que Ele amou o mundo,_Ele não estava falando
que amou a terra. mas sim, as pessoas da terra. Ele nos amou antes de
termos nos achegado a Ele (João 4: 10).

“Se abrires a tua alma ao faminto e fartares a atina aflita, então, a tua
luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. O Senhor te
guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os
teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas
jamais faltam. “ (Isaías 58: 10, 11)

Questões

1. Descreva sua experiência com o amor de Deus.


2. Descreva o “amor” que você encontrou no estilo de vida
homossexual.
3. Até que ponto o medo de rejeição tem afastado você de
relacionamentos sadios?
4. Discuta atitudes vindas da parte de seus pais que afetaram sua vida.
5. Discorra sobre sua educação sexual na infância ou a falta dela.
6. Você foi “selecionado” por sua mãe? Você foi a “criança escolhida”, o
confidente da mamãe?
7. Você tem medo de se relacionar com homens que não são
homossexuais?
8. Você vê as pessoas do mesmo sexo como objeto?
9. Descreva uma atitude em você que Deus já mudou.
10. Deus já revelou a você que muitos dos seus problemas são
problemas comuns a todos os homens e que eles não são exclusivamente
problemas homossexuais?
11. Que parte os esportes ocupam em sua vida? Você foi uma pessoa
sem coordenação? Você foi humilhado através dos esportes?
12. Que dificuldade você tem tido em se conformar com a idéia com
relação à imagem masculina?
13. Descreva os seus pensamentos e desejos com relação ao
matrimônio.
14. Descreva seus relacionamentos com mulheres.
15. Você sente que precisa de alguma forma provar que Deus mudou
você? Descreva:
16. Você está com medo de se inteirar com grupos? Alguma vez você
foi a um grupo de solteiros em alguma igreja?
17. Você teve relacionamentos não apropriados com o sexo oposto?
18. Existem coisas que as pessoas disseram a você que continuam a
trazer sentimentos de medo e inadequação?
19. Descreva as pessoas que você acha difícil de perdoar:
20. Você foi molestado? Descreva os efeitos. Isso foi uma experiência
positiva ou negativa?
67
21. Você é capaz de dar uma olhada honesta na sua vida e ver se tem
existido investimento em certos ressentimentos e ódios?
22. Você experimentou alguma vez amor verdadeiro? Descreva.
23. Alguma vez você arruinou um relacionamento sadio por trazer
sensualidade para dentro dele?
24. Descreva sua batalha com a lascívia.

68
CAPÍTULO DEZ

CORRIGINDO NOSSA IMAGEM COM RELAÇÃO A NÓS MESMOS

A imagem que temos a respeito de nós mesmos é de vital importância


para o processo de mudança. Porém, ela é entrelaçada com a imagem que
ternos da pessoa de Deus e dos outros. Até que tenhamos um relacionamento
pessoal com Deus, amando-O e confiando nEle, nunca podemos nos
relacionar bem com os outros. Nós não teremos nenhum amor real para
compartilhar. Somente quando amamos a Deus e partilhamos de seu amor é
que temos um sentimento correto com relação a nós mesmos. Em certo
sentido, a imagem que temos de nós mesmos é o resultado de um processo de
filtração. Aqueles que estão do lado de fora do cristianismo reconhecem
completamente a necessidade de amar a si mesmo, porém estão cegos para o
fato de que o amor próprio vem como o resultado do amor de Deus por nós
operando em nossa vida. O componente espiritual não pode ser omitido; ele é
o fator primordial.
Vários anos atrás, Joe veio até nosso programa. À medida que o tempo
passou, ele começou a compartilhar os fatos de sua vida. Ele não estava
seguro que fora uma criança desejada. Seus pais não lhe deram nenhuma
segurança de que ele tivesse sido bem-vindo a família que já tinha até então
três garotos e duas garotas. Era uma época difícil e a família sentia a dor da
pobreza. Joe teve a falta de sorte de ser uma criança doente, e as despesas
gastas com médicos por causa dele custou à família uma quantidade de
dinheiro que ela não tinha. Ele era uma pessoa sem coordenação, incapaz de
provar sua, masculinidade nos esportes. Ele era o tipo de criança com a qual
os colegas faziam esse tipo de brincadeira: “Vamos tirar cara ou coroa em uma
moeda e aquele que perder tem que ficar com Joe no time dele.” Ele
compensou isso adquirindo boas notas na escola, e, por causa disso,
mantendo algumas amizades, uma vez que ele fazia as tarefas de casa para
seus colegas. Ele não teve recompensa por seus talentos: ninguém notou ou
disse que ele havia feito alguma coisa bem feita.
Os pais de Joe se divorciaram e outro homem veio a ser o cabeça da
família. Esse homem de forma alguma queria estar conectado com um garoto
que era (aos seus olhos) “bicha”. Os irmãos na família tinham permissão do
seu novo padrasto para perseguir Joe, e isso se tomou um jogo na família. Se
ele idolatrasse alguém que fosse auto-confiante, a família o chamaria de gay.
Quando ele tivesse interesse em uma garota, a família o perturbaria, dizendo
que nenhuma garota o quereria.
Joe trabalhou durante seus anos escolares e se tomou uma pessoa
muito responsável. Ele foi para a faculdade e também se deu muito bem por lá.
No “campus” ele descobriu um clube gay. Fez amizade com alguns dos
membros e descobriu que eles o consideravam como alguém especial. Joe
descobriu que ele era muito atraente para homossexuais. Em troca disso, ele
se sentiu atraído por eles. Havia uma ligação que parecia sugerir que ele havia
encontrado então sua irmandade. Um tempo de agitação mental veio a seguir,
à medida em que Joe perguntava a si mesmo, “Eu sou gay?” Ele não tinha
nenhum motivo para apoiar sua heterossexualidade. Todos os seus
relacionamentos com mulheres tinham fracassado, e ele sentiu o ferrão da
rejeição. Seu padrasto o chamava de “bicha”, e Joe o considerava como u m
homem “real”. Durante toda a vida ele foi atraído por homens que fossem
atletas. Ele odiava basketball, porém muitas noites sentou-se nas
arquibancadas assistindo a outros homens jogarem. Ele tentou aprender os
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nomes que acompanhavam os números. Ele nunca se importou com quem
ganhasse o jogo, simplesmente, que ele fosse como eles, que um daqueles
homens fosse seu amigo. Os amigos que ele fez o desertaram depois que
usaram-no para fazer suas tarefas de casa. Todas as coisas apontavam para a
conclusão de que era “verdade”, ele era gay.
Ele começou a ter relações sexuais como rapazes do clube gay. Em
troca, eles o conduziram para estabelecimentos gays próximos à cidade. Aqui,
Joe sentiu que ele estava no topo do mundo. Nunca teve que pagar por u ma
bebida e as pessoas competiam para passar uma noite com ele. Ele tinha
certeza que havia encontrado seu lugar.
Quando ele se formou na faculdade, ele e os amigos que mais o haviam
apoiado foram separados. Ele foi deixado na cena do bar. A decepção
começou a aparecer. O que ele estava fazendo? Ele se sentiu como um
prostituto, uma pessoa usada. Ele viu sua natureza responsável
desvanecendo-se à medida em que dormia demais e, por isso, chegava
atrasado ao trabalho. Joe estava num chiqueiro e estava começando a ver que
não estava indo a lugar nenhum. Alguém sugeriu que ele procurasse por ajuda
e ele o fez. No nosso ministério ele desenvolveu relacionamentos signi ficantes.
Seu corpo não era requerido em toca de atenção. A imagem de Joe com
relação a Deus também mudou. Ele não via mais a Deus como seus pais
terrenos, pessoas que o ridicularizaram, rejeitaram e repudiaram. Hoje, grande
parte da baixa auto-estima de Joe desapareceu. Ele espera ansiosamente pelo
dia em que se casará e constituirá uma família. Ainda há uma distância a
caminhar, porém ele tem tido muito progresso. Ele está recebendo afirmação
de outros que também compartilham um passado gay, e sente que pertence à
igreja, seguro em seus relacionamentos com pessoas heterossexuais.
A baixa auto-imagem tem um papel predominante no prender a pessoa
dentro da homossexualidade. Se não tem existido nenhuma afirmação vinda do
mundo de pessoas que não são homossexuais e todas as “carícias” vieram da
vida homossexual, o fator segurança repousará naquele estilo de vida. Apesar
de que o apoio recebido do estilo de vida homossexual é inadequado e bem
distante do amor Ágape, ele é a única fonte de amor e cuidado que o indivíduo
experimentou.

Significado e Segurança

Significado de segurança são duas coisas necessárias para uma boa


auto-imagem. Significado quer dizer nós temos valor, que o que nós somos e o
que nós fazemos possui valor. Nós tentamos de várias formas, tanto
construtivas como destrutivas, trazer significado para nossa vida. Nós
precisamos ter uma razão para viver, ou achar um significado para ela.
Alguns homossexuais encontram significado apoiando os direitos e a
causa das pessoas que são gays. Eles se identificam com a aflição dessas
pessoas. Eles experimentaram perseguição e estão dedicando suas vidas para
lutar contra a injustiça e prover a necessidade daqueles que estão com AIDS
ou com doenças relacionadas a ela.
Os cristãos conservadores vêem esses ativistas como pessoas que
estão exibindo seu estilo de vida, corrompendo jovens, concretizando o mal.
Enquanto isso pode ser parcialmente verdade, (o resultado dos seus esforços
se encaixa dentro do jogo de satanás), muitos são motivados por um desejo
altruístico de ajudar e servir seus companheiros no movimento homossexual.
As pessoas procuram segurança numa variedade de formas. Um
casamento gay é uma das formas de se ganhar segurança, exceto que as
70
chances são contra um relacionamento que dure muito. Todos nós
encontramos segurança da nossa própria forma. Alguns de nós somos
desenvolvidos em algumas habilidades. Nós sabemos que fomos treinados
para nossa profissão e que isso proverá sustento para nós durante nossa vida.
Alguns encontram sua segurança em números; colecionar amigos e conhecer
pessoas importantes traz a eles significado e segurança.
Não é fácil encontrar segurança no estilo de vida gay. As coisas
materiais podem estar presente para compensar a perda de amizades seguras.
Nesse caso é necessário que exista um amontoado de pertences: móveis,
roupas ou mesmo riquezas no geral, para silenciar a profunda insegurança
existente dentro da alma.

O Outro Lado da Moeda


Algumas pessoas gays aparentam ser arrogantes e cheias de orgulho.
Nesse caso aqui, abaixa auto-estima é mascarada com uma atitude agressiva.
E um mecanismo de defesa. Constroem-se muralhas de proteção; atacam
primeiramente, não deixam ninguém saber sobre a insegurança que existe no
interior delas. Esse é somente um dos vários paradoxos neuróticos que nos
atrapalham em conseguir as coisas que mais queremos: amor e aceitação.
Não há nenhuma dúvida de que todos nós sabemos que pessoas solitárias que
falam demais assustam todos os que têm interesse nelas, ou que os indivíduos
que consomem álcool para conseguir coragem suficiente para se aproximar
das outras pessoas parecem repulsivos para a pessoa que eles querem
conhecer.

Permitindo que os Outros Determinem Nosso Valor Próprio

A maior parte do nosso auto conceito constitui-se do que é refletido de


volta para nós vindo de outras pessoas. Se nós constantemente tivermos
recebido rejeição dos outros, então nós sentiremos que a evidência fala por si
mesmo, ou seja: nós devemos merecer rejeição. Muitos se sentem
envergonhados, humilhados embaraçados por causa de suas afeições sexuais
ou maneirismos (trejeitos). Eles se sentem menos que um homem, não à altura
de responder às expectativas da sociedade masculina. Incapaz de lutar contra,
eles internalizam suas frustrações e então se desenvolve a raiva de si mesmo.
Nathan veio para o ministério há muitos anos atrás. Ele amava o Senhor
e era um modelo de aconselhado. Porém ele desaparecia por períodos de
tempos e não dava nenhum tipo de explicação. Antes de desaparecer , ele
estava deprimido, silencioso e fechado. Depois de aparecer novamente ele
estava feliz, cooperativo e tomava parte ativa no ministério. Nós sabíamos que
uma só palavra poderia resumir a vida de Nathan: “Desamparo”. Desde a
infância, ninguém se importava com Nathan. Ele era objeto de ridículo e abuso.
Como muitas pessoas fazem, ele encontrou prazer em comer, e comia muito. À
medida em que ele se tomou mais gordo, passou a se rejeitar mais. Ele odiava
a si mesmo por causa de sua aparência, e odiava a si mesmo mais ainda por
ter sido sempre o objeto de raiva.
Passaram-se muitos meses antes que nós descobríssemos que Nathan
estava indo a São Francisco a fim de pagar a um homem (figura do pai) para
espancá-lo. Depois de trinta minutos sendo espancado, ele se sentia aliviado
de sua culpa, seu pagamento à sociedade havia sido feito e mais uma vez ele
havia sido liberado para viver como um homem livre. Nathan havia
internalizado cada palavra dura e todo abuso (recebido). Toda vez que
considerava ter feito uma coisa estúpida ele a acrescentava à sua lista de
71
coisas que precisavam ser expiadas. Ele encontrou afirmação no ministério e
louvado seja Deus, suas visitas a São Francisco aparentemente se findaram.
Muitos ex-homossexuais têm um problema relacionado com suas
famílias. Nas ocasiões de feriado nós percebemos que existe um tipo de
apreensão pelo fato deles terem que voltar para lares e enfrentar as mesmas
circunstâncias das quais um dia eles escaparam. Parece que nenhum tipo de
progresso ocorreu no seio da família. Os ex-homossexuais são ainda as
mesmas pessoas que desapontaram seus pais e envergonharam seus irmãos
e irmãs. (Por causa disso) Sentimentos de falta de valor sobrecarregam alguns
deles nos dias de feriado10, e não é incomum que alguns tropeçarão,
procurando aprovação nas ruas para compensar a reprovação que eles
sentiram dos seus pais e parentes.
No início, eu pensei que a história de Ricardo era diferente, mas desde
então eu descobri que ela era muito comum. Ele era o filho do meio numa
grande família. Seu pai havia deixado a família ainda bem cedo quando ele era
uma criança: dessa forma, ele conhecia apenas seus irmãos mais velhos como
figuras de autoridade masculina. Porém, nem mesmo eles poderiam competir
com a mãe de Ricardo. Ela estava em todos os lugares, ela é quem tomava
todas as decisões e moldou Ricardo no companheiro que ela precisava. Todas
as outras pessoas na família tinha ressentimentos em relação ao
relacionamento especial de Ricardo com sua mãe. Da mesma forma que os
irmãos de José, eles conspiraram contra Ricardo. Eles o chamaram de gay e
tentaram vesti-lo com as roupas de suas irmãs. A mãe de Ricardo não veio
salvá-lo dessa situação, porém, parecia dar uma silenciosa aprovação à
perseguição da família. Aparentemente ela tinha sua própria agenda e isso
auxiliava a moldar Ricardo no “burro de cargas” que ela queria. Eles foram
bem-sucedidos em destruir seu senso de valor próprio. Atualmente, toda a
família se foi, Ricardo é deixado com sua mãe que está velha. Ela ainda
continua no seu papel dominante. Não é permitido que ele saia de casa e ele
depende dela para viver. Faz as obrigações da casa e cozinha. Ele teve vários
encontros homossexuais secretos e permitiu que outros o usassem
sexualmente da mesma forma em que foi usado em outras áreas de sua vida.
Recentemente ele encontrou Cristo, apesar de que ainda não conhece a
libertação de suas cadeias de baixa auto-estima, o Senhor está trabalhando na
vida dele e todos podem ver que sua auto-estima está aumentando.
Alguns pais percebem a batalha que seu filho ou filha está tendo para
mudar suas vidas e trazê-la para dentro da conformidade dos padrões de
Deus. Quando os pais oferecem amor e apoio, eles auxiliam grandemente no
processo de cura. Existem grupos de pais sendo formados pelo país para
trazer esclarecimento a outros pais e prepará-los para o dia em que se fizer
necessário que eles se posicionem na brecha por seus filhos. Esse trabalho
tem sido pioneiro por Bárbara Johnson, autora do livro: “Where does a Mother
Go to Resign?” (Para onde vai uma mãe vai para se demitir?) (19)
Não é muito incomum para o amante segurar seu parceiro dentro de um
estado de baixa auto-estima. Alguns relacionamentos, mas com certeza, não
todos, são baseados em domínio e submissão. Se um homem é preso nessa
cadeia, é mais difícil para ele encontrar outro parceiro e abandonar o
relacionamento. Essa é uma área que afeta a personalidade e prova as
palavras de São Paulo:
“os quais sofrem em seus próprios corpos e personalidades as
conseqüências inevitáveis e o castigo por suas ações erradas e por terem se
desviado, o que é a penalidade que lhes cabe”. (Romanos 1: 27b Bíblia
Amplificada)
72
Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. O homem é feito para
ser algo nobre; a ele foi dado domínio e controle sobre toda a terra. (Gênesis
1: 26). Deus é contra prisão. As escrituras vezes e mais vezes no falam de
Deus quebrando as cadeias que nos prendiam. Deus pode libertar o seu povo.
Ele restaura o que o gafanhoto comeu. Ele nos renova e nos recria, O poder de
Deus pode quebrar a cadeia da baixa auto-estima.

Conseqüências de uma Baixa Auto-estima

Baixa auto-estima pode trazer conseqüências físicas. Quando falamos


nessa questão, as pessoas lembram imediatamente de úlceras. A repressão é
um dos principais ingredientes de problemas físicos. Raiva de si mesmo
reprimida e insatisfação com todos os aspectos da vida – representação, visual
e personalidade - podem se manifestar na forma de achaques encarnados.
A repreensão, sem dúvida, conduz à depressão, um sentimento de falta
de esperança e desespero. A conseqüência física e emocional caminha junto,
um alimentando o outro.
Jamie veio à procura de aconselhamento há dez anos atrás. Ele naquela
ocasião tinha dezoito anos. Jamie nunca havia trabalhado um dia se quer em
sua vida, mas vendia o seu corpo para sobreviver. Não é que ele fosse
preguiçoso, mas sim que ele não tinha nenhuma confiança em si mesmo de
que pudesse de alguma forma satisfazer um patrão. Ele terminou o segundo-
grau, porém considerava isso como nada. Ele não sabia como desenvolver
uma conversa com os outros se não fosse relacionada a dinheiro. Qualquer
coisa que ele recebesse por seu corpo, ele considerava aquilo como seu valor.
À medida em que o tempo passava e ele parara de colocar o seu corpo à
venda nas ruas, ele ficou muito confuso. Ele não tinha nenhuma escala para
mensurar a si próprio. Uma vez que ele era um jovem rapaz atraente, recebeu
muita atenção de cristãos na sua igreja, porém ele rejeitava toda interação,
dizendo que não podia entender de qual tipo sua resposta deveria ser. Sua
esperança é de que ele pudesse encontrar uma pessoa que fosse
completamente responsável por sua vida.
Jamie queria entregar sua vida, permitindo a outra pessoa ter
responsabilidade por ela. Quando ele descobriu que os cristãos de certa forma
são repulsivos à essa idéia e consideram-na extremamente doente, ele foi
embora, irado porque ninguém entendia suas necessidades. Até hoje Jamie
ainda está por aí. Sua juventude se foi sendo usada e abusada e depois ele foi
deixado de lado. Agora, ele prefere permanecer bêbado, pois dessa forma não
tem que enfrentar a realidade. Seu corpo está sendo usado por pessoas que
ele nunca vê. Ninguém hoje em dia paga por seu corpo. É de graça para quem
quiser usar e raramente ele ganha até mesmo comida em troca. Os
sentimentos de que ele não tinha nenhum valor se tomaram uma profecia auto-
cumprida.

Fracasso

Então, qual é o futuro para Jamie? Morrer ainda cedo seria uma
realidade possível. Porém, será que isso tem que acontecer? E algo inevitável?
Jesus veio para quebrar justamente esse tipo de prisão. Ele veio para libertar
os cativos. Nosso fracasso pode nos levar diretamente até Jesus. Jesus ama
os fracassados. Na verdade. Ele pode fazer muito mais com fracassados do
que com bem sucedidos. Para muitos de nós é necessário o fracasso para se

73
chegar ao fim da nossa atuação. O fracasso pode ser o começo de uma nova
vida vitoriosa.

Isolamento

Baixa auto-estima pode algumas vezes causar isolamento. A coisa mais


prejudicial sobre o isolamento é que ele acarreta progressivo isolamento.
Sabendo que para alcançar os outros corre-se o risco da rejeição, alguns se
retraem para dentro de si pensando. “Se eu não fizer nada, então eu não serei
ferido‟. Contudo, isolamento não é o plano de Deus. Ele disse “Não é bom que
o homem esteja só”. (Gênesis 2: 18 a). Isolamento produz reações negativas
na nossa personalidade. Temores se agarram em nós, e assim nós perdemos
as poucas habilidades sociais que temos. Parece existir conforto no
isolamento, mas isso também é somente uma ilusão. Solidão é um fardo duro
de se carregar. As pessoas que rejeitam todo mundo, e levam uma vida sem
contatos sociais. encorajam os pensamentos destorcidos.
Robert era um rapaz atraente de cabelos negros e com vinte anos de
idade. Seu passado era muito parecido com muitos outros. Ele havia sido
passado de família para família e nunca conheceu seus pais verdadeiros. Ele
passou a sentir então que sua única segurança estava nele mesmo. “Não se
pode então confiar nas outras pessoas: elas amam você durante um tempo,
depois passa você para a frente” (ele pensava). Se ele tivesse que
experimentar qualquer tipo de amor em sua vida, esse deveria ser amor
próprio. Robert era narcisista, ou seja, era apaixonado por si mesmo. Apesar
de que ele sabia que era bonito, se sentia desvalorizado devido à sua vida
instável em um lar. Ele temia que um relacionamento com outras pessoas
fosse ser temporário e que, quando ele viesse a amá-las, elas desapareceriam
da mesma forma que sua família havia feito. A conclusão dele era, “Eu sou
tudo o que tenho”. Para provar seu valor, ele “caçava” pelas ruas e bares gays,
porém nunca pegava uma pessoa. Ele se deleitava nos olhares lascivos de
outros rapazes e suas propostas ou ofertas, porém ele havia dito a si mesmo.
“Ninguém é bom o suficiente para mim”. Seu “autossexualismo” envolvia
masturbação e espelhos somente. Ele gastava dinheiro com roupas e novos
estilos de corte de cabelo para que dessa forma seu interesse por si mesmo
não diminuísse. Robert sabia que a vida era vazia, porém segura. Um cristão
se aproximou de Robert e ele começou a considerar a aceitar Cristo como seu
salvador. Ele sabia que precisava mais do que ele havia, até então, tido na
vida, porém estava indisposto a confiar em outra pessoa. Jesus parecia ser a
resposta, uma vez que seu amor não falha. Ele tinha pouco do que desistir
aceitando Cristo. Ele sabia que sua caminhada através das áreas gays teriam
que ser deixadas, mas que valeria a pena. Jesus se tomou seu Senhor. O valor
próprio deve vir primeiramente de Deus antes de ser aceito por outros e Robert
começou sentir o amor de Deus e aceitação. Ele desenvolveu uma fome pela
Bíblia e descobriu que Cristo é mais próximo do que um irmão. Um dia ele
compartilhou Provérbios 18:1*:
“Aquele que propositalmente se separa e se faz estranho para Deus e o
homem seguindo seu próprio desejo... se aparta (se rebela) de todo sábio
julgamento.”

Aumentando Nossa Auto-estima

A compra de afirmação por parte de outros talvez possa trazer


temporária afirmação, porém, não nos preenche. Ela aumenta a baixa auto -
74
estima em vez de elevá-la. Mesmo assim, muitos estão dispostos a fazer uma
troca para ganhar aprovação. Uma forma é dizer o que você acha que as
pessoas gostariam de ouvir. Isso significa vir a conhecer a forte opinião de
outros e em seguida verbalizá-la para que dessa forma exista uma
reciprocidade no relacionamento. Isso é auto-destrutivo, e também tem a sua
complicação quando você é a terceira pessoa entre duas com pontos de vista
fortes e divergentes. Uma outra variação desse tema é não ter nenhuma
opinião, ou seja, ficar no meio, de forma ambígua e não dizer sim ou não,
acreditando que a melhor coisa a se fazer é não se comprometer (nesse caso,
rebaixando seu padrão). Dessa forma você não ofende ninguém e parece ser
uma pessoa responsável.
Regularmente, quando as pessoas vêm pela primeira vez até nosso
escritório de aconselhamento procurando por auxilio, eles começam o diálogo
dizendo-nos que temos um ótimo ministério. Eles ficam maravilhados com
nossos escritórios, com a integridade dos membros do nosso corpo de
trabalho, da importância do nosso trabalho e do alto nível da nossa literatura.
Embora seja bom ouvir boas coisas, não há nenhum valor quando elas vêm de
alguém que não tem um conhecimento sobre o que estão falando. Na verdade,
eles estão suplicando “Por favor, não me rejeite.” Eles estão envolvidos numa
forma de barganha: ou seja, se eles começarem nossa sessão expressando
bons sentimentos, eles esperam que sejamos gentis e nos refreemos em
confrontálos com suas quedas e em pedir que eles tomem duras decisões.
Eles procuram aprovação, porém são ambivalentes com relação à mudança.
Eles querem somente o suficiente para fazer a vida mais confortável.
Se a pessoa esteve no estilo de vida homossexual por um longo tempo,
ela se tomará consciente de que algumas pessoas literalmente compram suas
amizades. Estas são aquelas pessoas que pagam por todas as bebidas,
oferecem festas, dão dinheiro para os que estão “duros” e pensam que são
pessoas generosas. Porém, elas não são generosas; elas estão na troca de
negócios. Esperando receber de volta tudo o que têm direito e ainda mais um
pouco pelos seus gastos. A única coisa que elas querem é colocar a outra
pessoa numa posição de se sentirem obrigadas a fazer alguma coisa por elas.
Elas têm a esperança e expectativa de exercer algum tipo de controle sobre a
vida dos que elas ajudaram. Normalmente elas desejam pagamento de volta
na forma de usara corpo daqueles nos quais elas investiram. Se as exigências
delas não foram cumpridas, elas são as primeiras a gritar: “Olhe o que essa
pessoa ingrata fez comigo.” Elas dizem: “Injustiça, injustiça!”, porém, elas
merecem a rejeição que tiveram. Deus nunca desejou que alguém criado à Sua
imagem e semelhança estivesse à venda. Um corpo ou uma vida tem muito
mais valor do que algumas bebidas, um lugar para ficar ou o simples preço
gasto em dinheiro.
Então, de que forma a pessoa pode aumentar sua auto-estima? Nós não
podemos. Somente Deus é capaz de limpar ou clarear a figura que carregamos
de nós mesmos. Nós precisamos aceitar o perdão que Deus tem livremente
nos dado. Nós devemos deixar a auto-condenação ir embora. Auto-
condenação é tão somente pecado como reter algum ressentimento contra
outras pessoas. Deus quer que sejamos libertos do nosso passado. O passado
não deve ter nenhum poder sobre o presente ou o futuro. Se dermos a ele
poder, nós estamos nos prendendo a uma vida de derrota. E nosso desejo
humano querer pagar pelos nossos pecados.
Nós já pagamos um preço alto, porque o pecado nos trouxe separação
de Deus, e esse é o preço mais caro de todos. Cristo experimentou essa
solidão na cruz quando ele gritou: Meu Deus, meu Deus, por que me
75
desamparaste? (Mateus 27: 46). Uma vez que ele recebeu nosso insuportável
fardo de pecado, Ele foi separado de Deus Seu Pai, pela primeira vez em toda
a eternidade. Nós não fomos criados para experimentar esse tipo de dor ou
sofrimento; Deus nunca planejou que sofrêssemos dessa forma. Ele tem
provido para nós através do Consolador, Aquele que carrega nossos fardos e
cuida de nós. O Espírito é gentil para conosco, trazendo até nós o amor de
Deus. Ele quer que andemos num relacionamento coreto com Deus, seguro
nesse relacionamento e sentindo a liberdade de uma vida perdoada.
Por um só momento, ponha-se no lugar de Deus. Se você fosse Deus e
tivesse um filho que pecou, o que você faria? O que você sentiria? Você
desejaria vingança? Você se deleitaria com o castigo? Claro que não. Você iria
querer protegê-lo, confortá-lo, se sacrificar a si mesmo para trazer aquele filho
de volta a um correto relacionamento com você. Você iria se entristecer com
essa desobediência, da mesma forma que o Espírito Santo se entristece por
nós. Aceite esse quadro de Deus e receba desse Pai de amor que se importa
profundamente com cada área de sua vida.
É o amor de Deus e o conhecimento desse amor que nos dará um senso
de importância e valor. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos
8: 31) O que é mais importante? O que mais deveria determinar nosso valor?
Nosso valor próprio deve vir do valor que Deus colocou em nós.
“Eles serão para mim, particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz
o SENHOR dos exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que
o serve.” (Malaquias 3: 17)
Depois que começamos a ter um relacionamento correto com Deus. Ele
usará as pessoas que estão no Seu Corpo, a Igreja, com Seus instrumentos de
amor, trazendo afirmação e cura. Nós somos amados com um amor que dura
eternamente.
Questões

1. Dentro de uma escala de 1 a 10, descreva sua auto-imagem.


2. O estilo de vida homossexual afetou negativamente sua integridade?
3. O que provê significado para sua vida?
4. O que provê segurança na sua vida?
5. Descreva as atitudes e ações que você tem tido para se auto-punir ou
conduzir ao fracasso.
6. Que papel a vergonha tem em sua vida?
7. Descreva o seu relacionamento com sua família. Como que você lida
com os feriados?
8. Você esteve preso no estágio de baixa auto-estima por um amante,
parceiro ou alguém na vida homossexual?
9. Descreva a questão de seus fracassos.
10. O isolamento tem algum papel em sua vida?
11. Você comprava suas amizades? Descreva.
12. Você tem liberado a auto-condenação de sua vida?

76
CAPÍTULO ONZE

O PRINCÍPIO DA FÉ

“Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem a si mesmos. Não


percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que sejam reprovados?” (II
Coríntios 13: 5 NVI)
No capítulo dois, “É assim que Deus disse?”, falamos sobre a necessidade
de acreditar que Deus falou sobre a questão homossexual. Existe uma segunda
questão de importância similar: nós devemos acreditar que é possível haver
mudança. Será essa fé positiva que abrirá a porta para mudança. O sábio filósofo
Salomão sabia que a opinião que nós guardamos afeta diretamente nossas vidas.
Ele disse: “Porque, como (o homem) imagina em sua alma, assim ele é;”
(Provérbios 23: 7)
No campo de serviços de saúde, é sabido que o paciente que está
gravemente enfermo e que é cheio de esperança tem melhor chance de
sobreviver do que um paciente não muito enfermo que é depressivo e perdeu de
vez a esperança.
Em 1973 eu cheguei “ao fundo do poço”. Eu sentia que não tinha valor
algum. Eu não via nenhuma saída, e a morte se tornou bastante sedutora à
medida em que eu contemplava o suicídio. O Grande Salvador veio até mim na
forma de um amigo que me ofereceu esperança em Jesus Cristo. Quando eu fiz a
oração do pecador, minha vida mudou. O que aconteceu? De homossexual eu me
transformei num heterossexual em questões de minutos? Não, mas a fundação
para a mudança havia sido estabelecida. Eu fui cheio de esperança - esperança
de que a vida tinha um significado, que a vida teria felicidade e alegria. A
mudança naquele momento foi de estar sem esperança para me tornar então,
cheio de esperança. Essa esperança foi justificada à medida em que eu via Jesus
tomando o controle e fazendo mudanças de acordo com o tempo Dele.
Esperança, naquele ponto, foi uma parte vital do princípio de fé.
Paulo diz para nos “Alegrarmos na esperança.” (Romanos 5: 2). O autor de
Hebreus diz: “Temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do
véu.” (Hebreus 6: 19)
A fé sempre requer um ato de confiança. Paulo nos fala sobre isso. Se nós
esperamos por alguma coisa que já tenhamos visto, onde está a esperança
nisso? Nós devemos esperar o que não vemos, e esperar com paciência até que
(a coisa) aconteça. (Romanos 8: 24, 25). Foi dito a pessoa homossexual que é
impossível haver mudança. Ela pode não ter muita esperança de que mudança irá
acontecer. Porém, se existe pelo menos uma pequena semente de esperança,
Deus a honrará e fará com que ela cresça e floresça. Chuck Swindoll menciona
em seu livro, “Three Steps Forward, Two Steps Back” (Três passos para frente,
dois passos para trás):
“Todos nós nos deparamos com uma série de grandes oportunidades,
perfeitamente disfarçadas como situações impossíveis.” (20)

O que é Fé?

Nós vimos que a fé começa com uma simples esperança, a esperança de


que as coisas podem possivelmente mudar. À medida em que essa esperança
cresce, nós vemos que, se é para se tornar uma realidade, a ajuda que
precisamos deve vir (de uma fonte) fora de nós. Nós não temos a habilidade de
fazê-la acontecer. Nossa esperança deve então estar colocada em Jesus Cristo e

77
não em nós mesmos. Nesse caso, nós precisamos colocá-la nas mãos dEle,
vendo-o como o grande “restaurador”, depositando toda nossa esperança nEle.
“Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
Bom é aguardar a salvação do Senhor; e isso, em silêncio.” (Lamentações 3: 25,
26)
No Grego, a palavra para ambos, fé e confiança é pisteno. Ela tem muitos
significados, entre os quais estão, convicto de, convencido de, ter confiança,
confiar a si nas mãos de outra pessoa, ser persuasivo, confiança absoluta, e
fervor santo. Fervor santo é uma confiança ativa e positiva. Existe aqui a sugestão
de entusiasmo e obediência.
Quando nós estamos empolgados com relação a Deus e nas
possibilidades de seu trabalho em nossas vidas, nós abrimos a porta para o
Espírito Santo fazer Seu trabalho. Nós estamos certos de que a vida do
homossexual pode mudar. São Paulo conheceu ex-homossexuais e mencionou
isso na sua primeira carta aos Coríntios 6: 11.
“Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, santificados,
justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus”.
No verso nove, Paulo falou sobre a homossexualidade duas vezes. Dessa
forma, nós sabemos que essa afirmação definitivamente se aplica à pessoa
homossexual. (Nós discutimos isso no capítulo dois, “Foi assim que Deus falou?”)

O que foi Dito a Você sobre Incredulidade?

Tiago fala bem especificamente sobre a incredulidade:


“Aquele que oscila, hesita, duvida, é como a onda do mar levantada e
dirigida pelo vento... Não pense essa pessoa que ela receberá qualquer coisa que
pede a Deus”. (Tiago 1: 6 – 8*)
Escrituras e mais escrituras nos falam que a incredulidade nos separa de
Deus. Em Hebreus 11: 6 nos foi dito que Deus recompensa aqueles que crêem.
Se queremos receber nova vida, nós devemos acreditar que é possível e que
Deus planeja nos transformar em novas criaturas. Infelizmente, nós vimos muitas
pessoas entrando e saindo do estilo de vida gay. Esses vacilos bloqueiam a mão
restauradora de Deus. A ambivalência é uma forma de incredulidade, O final do
capítulo três do livro de Hebreus* contém um terrível alerta sobre a incredulidade:
“E com quais ele estava irritado... aqueles para os quais Ele jurou que não
entrariam no descanso dEle, por terem desobedecido - por não terem ouvido Sua
voz.., nós vemos então que eles não podiam entrar no descanso por causa da
indisposição deles de se aterem e confiar e descansar em Sua palavra - a
incredulidade os excluiu “.
Jeremias andou por um caminho difícil. Ele foi odiado pelo seu povo e foi
instruído por Deus para trazer a ele mensagens que não eram agradáveis. Ele
podia ver que o povo não estava mudando e que a terrível ira de Deus
brevemente iria se virar contra eles. Ele clamou a Deus desesperadamente e
pediu para ser salvo das terríveis conseqüências do pecado do povo. Porém, ele
passou dos limites, ele perguntou a Deus se Ele (Deus) era digno de confiança,
ou também iria se tomar contra ele. A Bíblia amplificada soletra a resposta de
Deus:
“Limpe o seu coração de suspeitas sem valor em relação à fidelidade de
Deus... Eu libertarei você”. (Jeremias 15: 19- 21*)
Nossa libertação depende de nossa consistente obediência, ou da nossa
disposição de acreditar que libertação é possível e na nossa capacidade de
recebê-la com gratidão e entusiasmo. Seja forte na sua fé.

78
“Quando alguém ouve a mensagem do Reino e não a entende, o Maligno
vem e lhe arranca o que foi semeado em seu coração”. (Mateus 13: 19 NIW)
Haverá muitas pessoas depravadas que não gostarão da mensagem de
mudança. A comunidade gay, e mesmo um seguimento da igreja, tentará arrancar
a semente de esperança em sua vida. Proteja essa semente de esperança. Em
Isaías 50: 7 nós lemos:
“Porque o Senhor Deus me ajuda; então não fui envergonhado ou
confundido; por isso eu tenho colocado minha face como uma rocha de fogo, (ou
seja, eu resisti) e eu sei que não serei envergonhado”.
Fé é completamente diferente de “pensamento positivo”. Fé é descansar na
segurança de que você é amado por Deus, que Ele ouve cada choro ou gemido
seu e que Ele não tem nenhuma intenção de deixá-lo. no pecado. Então, estar
firme na nossa fé não significa estar sob tensão, ter que forçar nossa mente a
acreditar. O que isso significa é ter confiança e esperança, estar seguro no
conhecimento de que Jesus Cristo tem todas as: coisas sob Seu controle.
Fé pode vir através das nossas provações. Muitos de nós passamos por
tempos de prova, mas isso é o que firma nossa fé. Lembre-se, Deus é fiel. Ele é o
Salvador. Ele nunca nos abandona. Ele é Aquele que providencia um caminho de
escape. Todas as vezes que tomamos o caminho de escape que Deus oferece,
nossa fé é edificada. Nós aprendemos a crer que Deus está presente quando nós
precisamos dEle e que Ele sempre prova sua fidelidade.
Nós falamos sobre o caminho de sofrimento. Esse é um passo necessário
no que se refere a vir até Deus. Se nós estamos desgostosos. Seu Santo Espírito
vem, nos trazendo conforto. Se nós estamos sempre felizes, bem-sucedidos e
não precisando de nada, nós nunca conheceríamos Deus como salvador. Através
dos nossos sofrimentos, nós viemos a conhecer a Deus num nível íntimo.
Deuteronômio 4: 35* diz:
“Foi mostrado para você, para que você possa... ter um conhecimento
pessoal... (de) o Senhor... Deus”
As provas que passamos edificam o nosso conhecimento da pessoa de
Deus, nos ensina a depender dEle e nos dá segurança de que Ele é por nós e
não contra nós.

Fé é Responder ao Espírito Santo

É o Espírito Santo que traz convicção de pecado. Nossa fé é simplesmente


responder à palavra que recebemos do Espírito Santo. Nós viemos a concordar
com Ele: o homossexualismo é pecado, ele magoa o Espírito Santo. O Espírito
Santo é nosso professor; Ele é nossa força e (nosso) ajudador. A mudança não é
simplesmente possível, mudança é inevitável. O Espírito Santo não nos deixará
numa condição de pecado. Nós não fomos deixados órfãos. O Espírito da
Verdade nos libertará.

Questões

1. Até que ponto você acredita que Deus pode (poderá) mudar você?
2. A esperança tem se tomado viva em sua vida? Fale sobre sua
esperança.
3. Na sua vida existem esses dois elementos de fé: Entusiasmo e
Estímulo?
4. De que forma a incredulidade rouba a sua alegria?
5. Até que ponto as forças “anti-Deus” tem diluído sua fé?
6. Fale sobre o tempo em que Deus resgatou você:
79
CAPÍTULO D O Z E

SUBMISSÃO

“Submissão” é uma palavra que poucas pessoas querem ouvir ou


mesmo considerar. Submissão requer um ato de humilhação da pessoa.
Enquanto nós talvez submetamos certas áreas de nossa vida a Deus, somos
hesitantes em submeter nosso completo ser a Ele. Nós concordaremos no
princípio que as pessoas devem estar totalmente submissas a Deus e que as
recompensas são ótimas, mas, colocar isso em prática é uma questão muito
diferente.
Submissão à autoridade humana, seja como for, traz gritos e protesto.
Os seres humanos são criaturas caídas, e, o julgamento deles é
freqüentemente falho: logo, se submeter à autoridade humana é cortejar um
desastre. Porém, nós encontramos passagens bíblicas nos dando instruções
definidas para obedecer nossos líderes espirituais:
“Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles
cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o
trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso
para vocês”. (Hebreus 13: 17)

O que a Palavra Submissão Significa?

Webster afirma que submissão significa “entregar-se e render-se”. No


Grego, a palavra é hupeiko, que significa “não resistir mais, entregar à
autoridade e admoestar”.
Jesus é o nosso exemplo principal de submissão. Ele enfrentou a cruz e
todo o horror contido nela, porém, era capaz de dizer: “Todavia não seja como
eu quero, mas sim como tu queres”. (Mateus 26: 39)
Submissão pode ser uma coisa física, um ato de humildade, como
ajoelhar-se. As palavras gregas para submissão significam curvar-se ou de
alguma forma vir até aos pés de outro. Isso, claro, não é o desejo primár io de
Deus. Ele prefere que nosso coração esteja em submissão em vez de nós,
simplesmente, nos envolvermos num ato físico. Se o ato vem de um coração
submisso, ele é recebido por Deus. Se o coração é rebelde, o ato não tem
significado algum. Nós devemos então, numa análise final, nos submeter ao
Senhorio do Senhor Jesus Cristo. Muitos têm aceito Cristo como Salvador,
porém não têm se submetido ao seu Senhorio, que é ser obediente aos seus
mandamentos.
Lori Rentzel escreveu um panfleto chamado “O Senhorio de Cristo”. Aqui
está um parágrafo dele:
“toda e qualquer pessoa deve fazer a escolha. Mais cedo ou mais tarde,
todo cristão enfrentará a decisão de aceitar ou rejeitar o Senhorio de Cristo.
Porém, o ex-homossexual enfrenta isso mais cedo do que a maioria. Numa
recente palestra, alguém perguntou a um membro do nosso quadro de
trabalho: “O que determina se um indivíduo é bem sucedido em sair da
homossexualidade e continuar fora?” Eu pensei sobre essa pergunta durante
vários dias, refletindo sobre os vários ex-homossexuais que eu sei que estão
tendo sucesso na vida Cristã e muitos que não estão. Um denominador comum
que eu percebi entre aqueles que parecem sólidos é que eles aceitaram a
questão do Senhorio na vida deles, que eles classificam isso como vendendo a
si mesmo completamente a Deus; ou uma “rendição absoluta”, uma decisão
definitiva de seguir Cristo e fazer a vontade dEle a qualquer custo. (21)
80
Nós Fomos Chamados à Submissão

Submissão não é uma opção no nosso caminhar cristão. Nós não


podemos nomear a Cristo como nosso Salvador e por um longo tempo andar
de acordo com o mundo. O oposto de submissão é rebelião e, se nós
estivermos em rebelião, nós trazemos sobre nós uma pesada convicção.
Convicção é aquele conhecimento interior, algumas vezes, uma voz
interior que nos faz positivamente certos de que estamos fora da vontade de
Deus. A obediência é uma parte integral do nosso andar com Cristo. Nós não
podemos ao mesmo tempo, jorrar ambos, água doce e amarga (Tiago 3: 11).
As palavras de Jesus em Mateus 7: 21 traz uma mensagem clara: “Nem todo
aquele que diz: Senhor; Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
Deus, conversando com Ezequiel, claramente revela o que está contido
no coração das pessoas. Ele diz a Ezequiel que as pessoas vem à frente ouvir
as palavras do Senhor:
“Eles vêm a ti, como o povo costuma vir; e se assentam diante de ti
como o meu povo, ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois,
com a boca, professam muito amor mas o coração só ambiciona lucro”.
(Ezequiel 33: 31)
O autor de Hebreus cita: “Se ouvirdes a sua voz, não endureça o seu
coração” (Hebreus 4: 7). Um dos livros mais úteis escritos sobre o luta entre “o
eu estar em controle” e “Deus estar no controle” é “The Kingdom of Self” (O
Reino de Si mesmo) de Earl Jabay. Nesse livro, Jabay afirma que algumas
pessoas prefeririam se suicidar do que se submeter em obediência a Deus. Ele
diz que nós competimos com Deus, nós queremos ser o deus da nossa própria
vida, livres da direção e intervenção de Deus. Abaixo ele analisa a questão do
suicídio:
“O suicídio é o maior ato onde a pessoa tenta representar o papel de
Deus... quando qualquer pessoa tenta o suicídio, o que ela faz? Ela insiste em
ter o mundo na sua forma, e se ela não consegue ou não pode ter as coisas do
seu jeito, ela se mata.” (22)

Medo de se Submeter

Porque nós resistimos à rendição absoluta a Deus e nos recusamos a


permitir que Ele dirija nossas vidas de acordo com Seu plano? Um dos motivos
é que nós não confiamos completamente em Deus. Que nós somos pecadores,
a maioria de nós não negará. Nós sabemos que se recebêssemos o que
merecemos, as coisas poderiam estar muito mal. Não queremos dar a Deus
nenhuma chance de empatar o placar conosco.
Como Cristãos, ouvimos constantemente que Deus é amor e que Ele
não deseja nenhuma retribuição ou recompensa se nós livremente
confessarmos nossos pecados. Porém, nós também ouvimos outra história:
“Deus abate o orgulhoso.” O orgulhoso é disseminado, castigado,
envergonhado e destruído. Uma vez que todos nós temos orgulho, alguns de
forma aparente, muitos de forma escondida, existe um certo medo em relação
a como Deus vai reagir ao nosso orgulho. Alguns temem que, se Deus estiver
no controle, isso significa “adeus” ao seu bom emprego e seu lar seguro e um
“olá” para o campo de missões onde a vida seria no máximo “débil”. Nós
constantemente ouvimos que Deus promove mudanças nas vidas. Talvez nós
estamos confortáveis e não desejamos nenhuma mudança. Constantemente
81
nós ouvimos a afirmação: “Deus nos aceita como somos, porém, nos ama o
suficiente para não nos deixar onde estamos.” Nós queremos ditar a Deus o
que precisa ser mudado e atar Suas mãos de maneira que não haverá
momentos difíceis, nenhuma escolha difícil, nenhuma perturbação dentro de
uma diferente vida pacífica. Nós queremos estabelecer as regras, os limites e
as fronteiras da mudança.

Os Nossos Sentimentos são Válidos?

O que Deus fará conosco? Servir a Deus significa ter uma vida infeliz?
Ao olharmos para fé no capítulo anterior, nós vemos que precisamos ter um
entusiasmo com Deus, uma imagem positiva de Deus e um entusiasmo com o
trabalho dEle em nossas vidas. Todos nós aqui no ministério “New Hope”
(Nova Esperança) podemos testificar as mudanças que Deus fez em nossas
vidas. Pessoalmente, minha vida é muito diferente agora do que a vida que eu
tive há algumas décadas atrás, de forma que é quase irreconhecível. Porém,
Deus não requereu nada de mim que Ele não tivesse primeiramente me
preparado para aceitar, e Ele tem providenciado a força e o poder para a
mudança. Se Deus me colocou em alguma circunstância amedrontadora? Sim,
eu tenho que admitir que sim, porém, foi nessas circunstâncias que eu
testemunhei Sua salvação e livramento. Eu cheguei então a esperar e ter uma
certeza da proteção dEle, Seu amor “todo-abrangedor” e Seu manso Espírito.
Em vez de me sentir inseguro com relação a Deus, Ele tem através de
Sua fidelidade me dado segurança centenas de vezes maior do que eu tinha
antes. Com essa segurança, jorram alegria, paz e a disposição de servir. A
obediência a Deus não é uma coisa para ser temida; é fazer retornar um pouco
do amor que Deus tem derramado sobre nós. Ela pode ser simbolizada no ato
de devoção de Maria quando ela ungia os pés de Jesus numa demonstração
de amor, honra, gozo, conforme humildade. Ele havia encontrado tudo que
precisava, e sua vida estava então completa. Ela havia encontrado o
preenchimento.

Não se Engane

Se você estiver andando irresponsavelmente, falando muito e praticando


pouco no seu serviço a Deus e continuando em pecado, indo a bares gays,
praças, filmes pornográficos ou qualquer outro lugar impróprio, você não tem
nenhuma idéia do que você está perdendo. Você tem se rebaixado em troca de
lixo. Você pode ter tesouros preciosos que ainda não foram descobertos,
porém o caminho para essas coisas é o caminho de submissão e obediência.
Diariamente, sim, várias vezes durante o dia, a mesma chamada telefônica
chega até nosso escritório:
“Eu não posso me controlar. Eu tenho conhecido o Senhor desde jovem,
porém, eu não tenho nenhum poder para controlar meu envolvimento na vida
homossexual. Toda vez que eu cometo o ato, eu me odeio. Porém, sei que
brevemente estarei fazendo tudo de novo. Eu oro e não adianta nada; não há
nada que me controle. Mesmo que eu fira todos os que estão ao meu redor,
parece que não tem importância. Eu digo que eu não vou sair, e em dez
minutos, estou nas ruas à procura de um encontro.”
Por que não há nenhum poder? Porque a oração não funciona? O que
pode mudar uma situação como essa? Não ajuda nada dizer “O diabo fez com
que eu fizesse”. Nós precisamos tomar responsabilidade completa por nossa
ações. “Eu sou um pecador. Rneu coração é terrivelmente perverso, eu não
82
posso salvar a mim mesmo.” É vital que nós nos rendamos a Deus, que
desistamos do controle, que nós cessemos de travar nossa batalha com
nossas próprias forças. Nós precisamos dizer ao Senhor: “Senhor, eu não
posso. Eu sou um fracasso. Eu não tenho nenhuma forca vara controlar a mim
mesmo.”
Como você deve ter notado, esse é exatamente o oposto do conselho
dado pelos livros de auto-ajuda que dizem que nós somos deuses e que
podemos realizar qualquer coisa em que concentrarmos nossa mente. Nós
precisamos parar de confiar em nós mesmos e em nossas próprias ações. Ao
mesmo tempo que é essencial que nossa auto-independência seja confessada
a Deus, até que ela seja confessada para o povo de Deus, pouca coisa irá
acontecer. As outras pessoas precisam testemunhar nossa completa rendição.
É aqui que a oração intercessória é tão valiosa. E aqui que o time de apoio que
Deus nos deu, ocupa um papel importante em nossas vidas. Esse tipo de
confissão pode ser feita numa sessão íntima de grupo pequeno do tipo “estudo
bíblico do meio de semana” ou reunião de oração. As escrituras nos dizem
para nos submeter uns aos outros. Isso quer dizer que nós precisamos prestar
constas uns aos outros, e nada pode ser mais benéfico para nós do que essa
prestação de contas. Normalmente, Deus não respondeu nossas orações
porque se Ele tivesse, teria contribuído com o papel do nosso eu. O nosso “eu”
é bem mais destrutivo do que nossa dificuldade sexual. Nós não podemos
enxergar isso, mas é esse o motivo pelo qual Deus nos permite nos ensopar
em nosso pecado até que chegamos no “fim do poço”.
Nós temos algumas muralhas que precisam ser derribadas. Um homem
casado não quererá que sua esposa saiba de suas atividades homossexuais.
Ele diz que isso estragará seu casamento e que terminará num divórcio.
Porém, ele não conhece realmente sua mulher. Esposas não são cegas; elas
sabem quando um problema existe. Enquanto elas não podem apontar com
precisão o problema como a homossexualidade, elas estão muito bem
conscientes de que é um problema de pecado.
Elas são profundamente afetadas pelo problema e são vítimas sem
ajuda, uma vez que foram mantidas na escuridão. Elas dariam boas vindas a
qualquer resposta ao mistério. Ainda que elas se sentissem traídas, mal-
amadas e inadequadas; admitir o problema é o começo da solução. Por isso
elas ficam muito gratas quando são informadas sobre a questão. Qual é o
motivo real do marido não querer que sua esposa saiba? Orgulho, e o que
mais? Ninguém quer ser humilhado e admitir. “Eu estava errado; eu pequei
contra você. Eu quebrei nossos votos de matrimônio, eu sou um adúltero.”
Essas coisas não são fáceis de serem confessadas, porém até que
nosso pecado seja enfrentado cara a cara, o progresso será bloqueado. Não
existe nenhum caminho fácil para sair do pecado. Enquanto nós conselheiros
algumas vezes esperamos o pior nessas situações, nós não vimos o pior
acontecer. O que nós temos visto é alívio, o relacionamento de “uma só carne”
restaurado e marido e mulher participando de um objetivo em comum. Esses
resultados são extremamente positivos.

Propriedades de Deus

Uma parte vital da nossa submissão é reconhecer que nós somos


propriedades de Deus, que nossa vida é problema dEle, não nosso. Na
confissão, isso é um ponto importante. Nós desistimos do controle,
publicamente anunciamos o Senhorio dEle sobre nossa vida, e declaramos que
somos propriedades de Deus. Como propriedade dEle, nossa responsabilidade
83
deixa de ser nossa e passa a ser dEle. Muitos diriam. “Isso não é “colocar
minha responsabilidade sobre outros”? Será que nós não estamos
simplesmente substituindo “Deus permitiu isso” no lugar de “O diabo me fez
fazer isso”? Isso não é a mesma situação? Não, é muito diferente. Em algum
ponto, nós precisamos confiar em Deus. As escritura nos dão uma promessa
espantosa, uma promessa que parece muito boa para ser verdade. Porém está
lá para todos nós lermos:
“Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os
desejos da carne”. (Gálatas 5: 16 NVI)
Você acredita nisso? Será que isso é uma mentira? Será que isso é algo
condicional, ou seja, em alguma situação é verdade e em outras não? E
verdade para alguns, porém, não é verdade para outros? Não, isso é uma
verdade universal. Deus toma conta das coisas que pertencem a Ele. Somente
os que são submissos são propriedades dEle. Esses tiraram sua vontade
própria e a colocaram nos pés da cruz, renunciando ao seu próprio poder em
troca do poder dEle. Acredite, fé é essencial para submissão. Seria tolice se
submeter a alguém em quem nós não temos fé.
O que acontecerá quando você se submeter? Você andará sempre em
vitória? Talvez sim, talvez não. Alguns se renderam a Deus e nunca mais se
envolveram em práticas homossexuais. Foi ponto final. Deus tomou controle, e
apesar de que eles sentiram tentações vez ou outra, o poder para resistir
estava lá em porções amplas; a tentação perdeu o controle. Para outros,
rendição pode ser uma coisa temporária, uma coisa conveniente de se fazer
quando o problema alcança proporções esmagadoras. Eles se submetem por
um tempo, depois se afastam à medida em que o problema se acalma. Para
uma vitória que perdure, a rendição deve ser permanente, uma forma de viver.
Deus nos deu vontade livre. A qualquer momento nós podemos fugir do
controle de Deus nas nossas vidas. Talvez você tenha que render a sua vida
em todas as manhãs durante o tempo em que você viver. Tornar-se-á um
hábito, nas manhãs quando você se despertar, dizer: “Eu entrego minha vida à
você nesse dia.” Nosso tempo mais precário não será quando soubermos que
temos um problema que está fora de controle, mas quando as coisas estão
indo bem, quando Deus estiver respondido e o problema tiver sido resolvido. E
durante as boas fases que as maiores tentações aparecem no nosso caminho,
tomando mais uma vez o controle de nossas vidas. Nós temos um provérbio no
nosso ministério que não veio das Escrituras, porém nós temos certeza que
você o achará útil: “A profundidade da sua submissão vale a altura da sua
vitória.” Vamos deixar de temer ser submissos a Deus; passemos a enxergá-lo
como nosso Salvador, nosso libertador.
“Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor; que
nos criou. Ele é nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão.”
(Salmos 95: 6, 7)

E com Relação à Autoridade Humana?

A igreja à qual você pertence influenciará grandemente suas atitudes e


sua fé com relação a submissão à autoridade humana. O movimento de
renovação espalhou uma nova abordagem para a vida cristã. Uma hora
apenas nas manhãs de domingo não é mais suficiente. No mundo confuso de
hoje, muitos sentiram a necessidade para receber mais direção, mais
relacionamento cristão para evitar que o mundo ataque a vida espiritual deles.
Elos com a tradição foram quebrados, as coisas se fizeram novas. Havia
chegado o tempo de se envolver num cristianismo experimental. Algumas
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igrejas aboliram “o quadro de membros” e buscaram ser dirigidas pelo Espírito,
não tendo nenhum regulamento ou requerimento escrito. Outras seguiram u ma
direção inteiramente diferente e exigiram absoluto controle sobre seus
membros. Eu tenho em minhas mãos juramentos de fidelidade que pastores
requereram que os membros assinassem. Nós vimos o desastroso resultado
de um líder megalomaníaco no massacre onde houve mais de novecentas
vítimas na “Igreja dos Povos”. Isso significa que nós estamos livres de nos
submetermos à pastores e lideres? As Escrituras simplesmente nos dizem para
respeitar e honrar, porém não obedecer? À medida em que nós lemos a
passagem de Hebreus no começo de seu capítulo, nós vemos que não
podemos escapar da submissão às autoridades que Deus tem colocado sobre
nós.
Quem Deve Liderar?

Não foi intenção de Deus que os Cristãos fossem liderados por aí,
cegamente. Paulo instrui:
“Examine, teste e prove todas as coisas (até que você possa
reconhecer) o que é bom; (e quando reconhecer) segure firme”. (I
Tessalonicenses 5: 21*)
Novamente em I Coríntios 2: l5 “O homem espiritual experimenta todas
as coisas, (ou seja) ele examina, investiga, se informa, questiona e discerne
todas as coisas “.
Jesus, no capítulo 7 versículo 24 diz o seguinte para a multidão: “Não
julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos”. NVI
De que forma nós deveríamos julgar nossos lideres? Paulo nos deu o
critério que precisamos. É uma longa lista, e para satisfazê-la cem por cento
deveríamos alcançar a perfeição. Dessa forma, considere essa lista com o
amor e a graça de Deus em mente. De outra forma, não existiriam líderes de
forma nenhuma!
“É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só
mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não
deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacifico e não
apegado ao dinheiro. Ele deve governar bem sua própria família, tendo os
filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. (Se alguém não sabe governar sua
própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?) Não pode ser recém-
convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em
que caiu o diabo. Também deve ser de boa reputação perante os de fora, para
que não caia em descrédito nem na cilada do diabo.” ( I Timóteo 3: 2- 7 NVI)
Os lideres que eu tomei conhecimento tenham caído, em forma alguma
estavam nesse padrão. Alguns estavam interessados no dinheiro, outros não
tinham nenhum controle próprio e caíram na imoralidade. Outros eram
presunçosos e não servos como Jesus disse que os líderes deveriam ser.
Existem sinais suficientes de alerta quando os lideres estão fora da vontade de
Deus.

Por que Devemos Obedecer?

O pastor tem o direito de dizer a você qual carro comprar e qual


emprego aceitar? Essa é uma questão difícil de responder, porém a maioria
das pessoas diriam não, que isso está fora do alcance da direção espiritual.
Porém, muitas vezes, um pastor tem aconselhado uma moça a deixar o
emprego de garçonete ou dissuadido um homem, que não tem sido capaz de
satisfazer suas obrigações, de comprar um carro novo. Dessa forma, não é tão
85
fácil estabelecer sérios e pequenos regulamentos, como o que é espiritual ou o
que é mundano, As escrituras claramente admoestam o homem a prover o que
sua família necessita. Conselho pastoral que encoraja isso deve ser
considerado como conselho espiritual. O resultado final de todo e qualquer
aconselhamento deve ser que Deus é glorificado e que os princípios espirituais
sejam firmados; o Espírito Santo nos ajudará a testar todas as coisas. A carta
a Tiago oferece um alerta para aqueles que gostariam de ser líderes:
“Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem
que nós, os que ensinamos, se remos julgados com maior rigor.” (Tiago 3:
1)NVI.
Os lideres que prestam atenção a esse alerta e executam suas tarefas
com humildade e amor são dignos de honra dobrada. ( I Timóteo 5: 17)

E aos Outros?

As escrituras nos instruem a submeter uns aos outros. À medida em que


nós fazemos isso, nós estamos honrando a Cristo. Nós devemos nos submeter
aos nossos patrões, fazendo um bom trabalho “como se fosse para o Senhor”,
dando valor ao dinheiro que nós recebemos ( Efésios 6: 5-8).
Enquanto eu escrevo esse capítulo, um carpinteiro cristão está
substituindo algumas tábuas na nossa casa. Quando ele começou, eu disse a
ele que não queria as velhas tábuas removidas, mas que as novas tábuas
fossem colocadas sobre as velhas. Eu simplesmente havia acabado de falar
com ele e ele começou a arrancar as velhas tábuas. Ele abandonou o trabalho.
E incapaz de receber instruções. Eu sei que ele é extremamente pobre e me
pergunto se de alguma forma seu espírito rebelde tem alguma ligação com sua
pobreza.
“Deus faz que o solitário more em família; tira os cativos para a
prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril”. (Salmos 65: 6)
Nós devemos também nos submeter às autoridades civis. Leia Romanos
13: 1-7. A menos que as autoridades civis requeiram de nós desconsiderar
instruções das Escrituras, elas devem ser obedecidas. Se nós
desobedecermos porque isso viola nossa consciência, nós devemos, então,
estar prontos para aceitar as conseqüências de nossas ações. Os apóstolos
violaram leis civis, e eles pagaram com surras, prisões e a perda de suas
vidas. Todos nós sabemos que está vindo o tempo em que todos os cristãos
terão que recusar uma certa marca ou enfrentar a perda de sua salvação.
(Apocalipse 14: 9- 11)

Por que Submissão para a Pessoa Homossexual?

Por que nós colocamos um capítulo sobre submissão num livro que fala
sobre deixar a homossexualidade para trás? A pessoa homossexual enfrentou
traição pelas figuras de autoridade em muitos lados. Talvez eles estejam mais
precavidos com autoridade do que a maioria. Seus direitos civis foram
violados, e hoje eles percebem que há um segmento da igreja prontamente
com poder e influência para ver o que eles consideram seus direitos, roubado
através de recursos legais. Sim, a triste verdade é que os cristãos devem se
firmar contra qualquer forma de direitos especiais para os homossexuais. A
agenda deles é perigosa para nossa sociedade. Porém, nós precisamos nos
atentar para não roubar o direito deles concernente a todo cidadão comum.
Não será nenhum ajustamento fácil se render à autoridade espiritual.
Muitos casos vieram até nosso escritório em que uma pessoa gay procurou
86
aconselhamento com seu pastor e em conseqüência disso foi rejeitado por sua
igreja e despedido de seu trabalho. Algumas pessoas gays são literalmente
colocadas para fora de sua comunidade quando a palavra homossexualismo
se esparrama. É por esses motivos que muitos gays procuram um ambiente
urbano onde eles podem se inteirar completamente com o gueto homossexual.
Nesse lugar eles encontram segurança em empregos para homossexuais e
abrigo com outras pessoas que também são gays.
Um relacionamento de confiança deve ser edificado entre o pastor e a
pessoa que luta com a questão homossexual. Isso leva tempo para se
desenvolver e não pode ser forçado. A pessoa que foi homossexual precisado
conselho de seu pastor. Ela precisa de cuidado, compaixão e compreensão. O
pastor representa Cristo, e a visão do ex-homossexual com relação ao Senhor
dependerá grandemente do tratamento que ele recebe. O homossexual não
pode passar por cima da questão submissão e seguir em seu caminho
independente. Ela precisa de instrução, e ainda precisa de figura de
autoridade. Muitas vezes, ele encontrara sua necessidade profunda de ter a
figura do pai preenchida na forma dele. Fé e obediência não podem ser
separadas. A obediência vem da nossa fé, isso é o resultado natural da fé. O
Senhor deseja que os cristãos confiem e se submetam uns aos outros. Esse é
o alicerce da unidade cristã. Deixe a pessoa que foi homossexual se render em
submissão inteligente.

Questões
1. Descreva o que você tem gravado na sua memória com relação à
figura das autoridades.
2. Você tem dificuldade em se submeter ao senhorio de Cristo?
3. Discuta honestamente sobre sua obediência e/ou sua desobediência.
4. Para encontrar libertação, você está disposto a se humilhar perante
outros? Você já fez isso? Quais foram os resultados?
5. Você já percebeu que quando as coisas estão indo bem, você é
tentado a tomar novamente o controle da situação?
6. No passado você julgou os seus líderes? Qual foi a sua conclusão?
7. Quais conselhos você recebeu dos lideres de sua igreja? Bons?
Maus?

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CAPITULO TREZE

SUBSTITUIÇÃO

Despindo-se / Revestindo-se

Em todos os seus escritos. Paulo constantemente nos fala para nos


despirmos de algumas coisas da nossa vida e substituir tais coisas com as
atitudes e ações do novo estilo de vida. Nenhum capítulo ilustra isso melhor
que Colossensses 3.
“Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês:
imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a cobiça, que é idola tria.
É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na
desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam
viver nelas. Mas agora abandonem todas estas coisas; ira, indignação,
maldade, maledicência e linguagem indecente no seu falar. Não mintam uns
aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas
e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à
imagem do seu criador,” (CoIossensses 3: 5- 10 NVI).
Saltando para os versos doze e treze. Paulo nos fala do que devemos
nos revestir:
“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de
profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se
uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros.
Perdoem como o Senhor lhes perdoou.”
Substituição (nesse caso aqui), oferece a idéia de que uma coisa
empurra para fora ou desaloja outra. Paulo poderia ter parado com a lista de
coisas negativas, mas ele sabia que é impossível simplesmente tirar ou despir -
se de alguma coisa em nossa vida, sem colocar outra coisa para ocupar o
lugar desocupado. Não existe nenhum terreno neutro; nós estamos num
terreno entre duas forças opostas. Paulo diz em Romanos 12: 21:
“Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”.
Não é suficiente dizer, não seja vencido pelo mal. Se existir uma vaga,
aqui o mal irá preenchê-la. É um princípio bíblico que vácuos ou lacunas
devem ser preenchidos. Jesus falou aos seus discípulos em Mateus 12: 43- 45:
“Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos
procurando descanso e não encontra, diz: „Voltarei para a casa de onde saí‟.
Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem. Então vai e traz
consigo outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver ali.
E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim
acontecera a esta geração perversa”.
Isso deve ser um alerta suficiente para demonstrar que estamos numa
luta entre vida ou morte e que nós não podemos esperar vencer a batalha se
nós nos recusarmos a seguir as direções de Deus.

Interferência

Interferência é o termo técnico para substituição ou deslocamento. O


que tem relevância aqui é que um novo material que vem até sua mente
interfere no outro antigo que está lá e o empurra para fora dela. Pesquisas na
área de estudo e aprendizado têm sido feitas em Faculdades e os resultados
tem sido radiantes, apesar de que um tanto depressivos. No final de um
período de 30 dias, nós esquecemos 80 por cento de tudo o que aprendemos
88
no primeiro dia. Para os estudantes isso quer dizer “bomba” ou reprovação nos
resultados das provas. Isso implica que os estudantes devem tomar medidas
para neutralizar essa lei natural. Porém, para a pessoa que está deixando o
envolvimento na vida gay, esse princípio pode ser uma bênção. Uma vez que
nós perdemos informações velhas por causa do constante bombardeamento de
novas informações, as associações e o “fruto proibido” do estilo de vida
homossexual pode ser expulso. Isso coloca a responsabilidade diretamente
sobre nós.
“Até quanto nós queremos, mudar? Nós queremos apenas passar perto,
fazer o mínimo possível e esperar que nossa mudança seja dramática?”
É nossa obrigação edificar novas associações, novos caminhos de vida
e colocar novo material na nossa mente. Satanás segurará a velha vida
sempre à nossa frente e nós levarmos uma vida cristã preguiçosa. Ele estará lá
com seus desencorajamentos e suas acusações, falando-nos que não
conseguiremos.

Que Novo Material?

O novo material com qual nós precisamos encher nossa mente é tudo
aquilo que nós já abordamos no capítulo “Fazendo o que é Comum”: Estudo
bíblico, oração, cuidado para com os outros, comunhão, serviço e
memorização das Escrituras. Lembre-se, foi a Palavra o que Cristo usou contra
satanás e ele não a leu no livro. Jesus sabia que aquela passagem é uma
arma efetiva: você também precisa dessa armadura. E vital que tenhamos
ambos, interação espiritual e social com nossos companheiros cristãos. Essas
oportunidades deveriam ser experiências agradáveis, as quais nós ansiamos
ter novamente. Nós precisamos encontrar novos prazeres, como também
novas formas de viver. Oportunidades de se socializar não devem ser
negligenciadas.

Nossa Responsabilidade

É nossa responsabilidade verificar se as novas informações que nós


recebemos são coerentes com a nossa nova vida. Nós vivemos num mundo
que testemunha para o inimigo vinte quatro horas por dia. Ligue qualquer rádio
ou televisão e você encontrará uma saraivada de propaganda da nova
moralidade.
Em comédias você verá cristãos, particularmente pastores,
representados como idiotas pavoneados ou catadores de dinheiro,
sexualmente imorais, e hipócritas.
Gays na televisão são apresentados como pessoas superiores,
possuindo toda sabedoria e provando com esperteza que o homem
heterossexual é simplório. Eles são apresentados como papéis modelo para
todo mundo seguir.
Filmes mostrarão Jesus aprendendo com os gurus da Índia. Situações
éticas são representadas como verdades absolutas. Se um marido está traindo
sua esposa, ela então é livre para fazer o que quiser. Comédias dizem que
está tudo bem em zombar de pessoas que são diferentes.
Infelizmente, muito da mídia evangelista está apresentando uma falsa
doutrina, negando, na maioria, as verdades básicas do cristianismo. Será que
nós queremos sentar em frente da televisão ensopando-nos de decepção
satânica horas após horas? Na indústria de computadores o ditado é: entra
lixo/sai lixo. Eu estou dizendo aqui que nós não devemos nunca assistir filmes
89
ou ver TV? Claro que não, mas nós precisamos ter discernimento sobre o que
entra em nossa mente. Como cristãos nós temos a mente de Cristo, mas nós
podemos destruir nossa mente sã se a abrirmos para informações incorretas.
“Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se
do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados
no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante
a Deus em justiça e santidade provenientes da verdade”. ( Efésios 4: 22-
24NVI).

O que Nós Perdemos?

Nós perdemos as associações que são despertadas por músicas,


vestimentas e muitas outras coisas. Nós também começamos a perder o
conhecimento das “manhas” do estilo de vida gay. Nós perdemos nossa
habilidade de pegar parceiros usando formas não verbais. Naturalmente, à
medida em que o tempo passa, bares serão fechados, os cenários mudarão e
nós percebemos que parte do conhecimento que nós temos não tem mais uso.
Conforme progredimos na nossa vida Cristã, nós perdemos alguns dos fetiches
e “partealismo”¹² que tem sido sempre nossos “ligadores sexuais”.

O Princípio de Aprendizado

“É quase impossível lembrar de alguma coisa que não é interessante


para nós à primeira vista.” ( Tirado do livro: How to Study in College - Corno
estudar na Faculdade). (23)
No capítulo anterior nós falamos da necessidade de sermos
entusiasmados com o trabalho de Deus em nossa vida e de ter um entusiasmo
pela nova forma de vida. Se isso acontecer, você terá fome e sede da palavra
de Deus. Você será ansioso para que os dons espirituais funcionem em sua
vida. Você irá querer mais e mais de Deus. Por causa do seu interesse, você
estará adicionando montanhas do novo material ao que está gravado em sua
memória. E será esse volume de material que expulsará os desejos e as
tentações da velha vida.

O Segundo Princípio

“Nós Esquecemos as Coisas que São Contrárias à nossa Opinião.” (24)


Se estivermos em concordância com Deus que a homossexualidade é
errada e não está nos nossos interesses, então nós seremos receptivos ao
novo material que vem até nossa vida. Se nós formos ambivalentes ou mesmo
opostos à posição de Deus, a nova informação não encontrará nenhuma
moradia em nossas mentes, e, por causa disso, terá o seu poder roubado.

Lembre-se que a Metade do Processo não Funciona

Nós sabemos que a mente não pode ser impedida de trabalhar; ela
trabalha vinte quatro horas por dia. Mesmo quando nós dormimos, nossa
mente está em alerta, filtrando as coisas insignificantes, e pronta para nos
empurrar para o estado de vigilância diante de qualquer sinal de perigo. E inútil
tentar simplesmente tirar alguma coisa de nossa mente. Quanto mais nós
lutamos contra os pensamentos homossexuais, mais intensos eles se tornam.
Não temos condição de funcionar ou trabalhar num espaço vazio. Muitos
homossexuais ouviram de seus pastores, “pare de ser homossexual ”. Porém,
90
eles não podem simplesmente “parar”. O caminho para sair da
homossexualidade é um processo, e, é necessário que haja muita ajuda,
encorajamento e apoio. O caminho “para sair ou deixar” envolve aprendizado e
uma forma de vida completamente nova.

Deus, eu Lhe Dou Permissão

Algumas boas novas! Parte do processo para ganharmos uma mente


renovada é da responsabilidade de Deus. Sim, nós temos decisões a tomar,
decisões difíceis. Sim, somos nós é que devemos cortar relacionamentos com
aqueles que nos têm segurado em pecado. Sim, deixar o estilo de vida
homossexual e a orientação gay talvez seja a tarefa mais difícil da sua vida
inteira. Porém, existe uma luz no final do túnel. Virão tempo em que o
sofrimento findará e findará para nos dar a força e o poder para nos tomar
vitoriosos. Aqui está a promessa dEle:
“E depois de vocês terem sofrido um pouco de tempo, o Deus de toda
glória - Que doa todas as bênçãos e favor - Que chamou vocês para a Sua
glória eterna em Jesus Cristo, Ele mesmo, completará e fará de você aquilo
que você deve ser, estabelecendo e alicerçando você seguramente, e
fortalecendo e estabilizando você”. ( II Pedro 5: 10* Bíblia Amplificada)
“Isso é uma notícia boa, ou não é?” Deus traz a mudança. Ele somente
nos pede para consentir em Seu trabalho e dar a Ele permissão para
movimentar-se em nossa vida. Se você viveu no estilo de vida gay, você está
bem familiarizado com uma vida desajustada. Deus promete a você uma vida
“tranqüila”. Que bênção! Você sabe que alegria é ser o que “nós devemo s
ser”? Deus tem um plano para nossas vidas, nós ficávamos no caminho dEle e
não permitíamos aquele plano ser cumprido: agora, porém, nós podemos
começar novamente, nós podemos ser o que nós fomos feitos para ser.
Louvado seja Deus!
Por causa da nossa vontade livre, Deus não fará Suas mudanças em
nós sem nossa permissão. Ele está presente, sempre, porém Ele nos espera
aproximar dele. Em Salmos 107 nós lemos:
“Os que se assentaram nas trevas e nas sombras da morte, presos de
aflição e em ferros, por se terem rebelado contra a palavra de Deus e haverem
desprezado o conselho do Altíssimo, de modo que lhes abateu com trabalhos o
coração - caíram e não houve quem os socorresse. Então, na sua angústia,
clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações. Tirou-os das trevas
e das sombras da morte e lhes despedaçou as cadeias. Rendam graças ao
Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos
homens!” (Salmos 107: 10- 15).
Esse Salmo maravilhoso contém uma verdade muito importante, nós
precisamos clamar ao Senhor! Nós clamamos, Ele responde. Breve nós
aprenderemos que Deus tem preparado caminhos, (Deus é um Deus de
ordem) e nós precisamos aprender esses caminhos e nos tomarmos
obedientes a seus comandos. Controlar suas próprias mentes e pensamentos
vai além da habilidade da maioria das pessoas. A menos que Deus intervenha,
provavelmente não acontecerá. Foi prometido a nós uma mente sã. (II Timóteo
1: 7). À medida em que nós entregamos todas as nossas atitudes, desejos e
objetivos para a limpeza diária de Deus, um processo de renovo acontecerá.

Interferência - Como Ela Funciona

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Nossa mente trabalha como um computador: ela está constantemente
colocando informações dentro de categorias. Se você alimenta sua mente com
alguma coisa destrutiva, ela colocará isso junto com um empilhado de material
similar que já estava lá. À medida em que a pilha cresce, ela aumenta em
poder. Para aquilo que estamos falando, isso reverte todo o processo de
“substituição”. Em vez de se livrar de atitudes velhas e padrões de
comportamento, você com isso os reforça e dá a eles poder para perturbar sua
nova vida. Isso é o que acontece quando a pessoa que foi homossexual
tropeça sexualmente. Retornando para o velho reduto, uma vez mais, ouvindo
conversações homossexuais, e revivendo velhas associações que a música
traz à tona, ocorre um renovo de vida para as forças destrutivas de sua vida.
Muito estrago é trazido para seu desejo e capacidade de relacionar-se em uma
nova forma com pessoas do mesmo sexo.
Tudo isso gera desesperança, um sentimento de fracasso, ou seja, que
as coisas nunca vão realmente mudar. Mesmo se um encontro sexual não tiver
acontecido, simplesmente, o retorno ao velho ambiente expõe a pessoa a
“vibrações” que podem influenciar fortemente e reforçar velhas atitudes e
desejos. Deus sempre nos perdoa quando nós tropeçamos, porém isso não
põe de lado a pena que as nossas ações trouxeram sobre nós. Nós temos
tolamente dado a satanás espaço em nossa vida, e podemos estar certos que
ele usará essa oportunidade na maior extensão possível. Eu tenho
aconselhado muitas pessoas que expressam pesar por causa dos seus
tropeços. Eles vêm até Deus com quebrantamento, e Deus sara e restaura
aquela pessoa. Deus é nosso Resgatador, Ele vem ao nosso socorro. Porém,
se nós continuarmos a tropeçar, a andar contrariamente aos planos de Deus,
nós nos tornamos insensíveis às coisas dEle. Depois de uma queda, eu
também tenho percebido pessoas que parecem entorpecidas. Elas não sentem
mais nenhum remorso, nenhuma convicção de pecado por aquilo que elas
fizeram. A lascívia delas as instiga para longe de Deus. Satanás fez seu
trabalho, ele os separou de Deus e do poder que vem de Deus. Nós
precisamos manter uma visão precisa com relação a tropeçar. Deus não
deseja que andemos em contínua culpa ou que achássemos que tudo está
perdido. Porém, quando Deus nos dá um caminho de livramento da tentação ,
vamos cuidadosamente considerar o que seriam as conseqüências de nossa
queda e a cadeia de danos que ela poderia causar.

Artificialidade: Pode ser Substituída?

Recentemente uma amiga minha que trabalha como garçonete


(Correção: Eu agora sou casado com essa “amiga”!) mencionou para mim que
ela tem visto vidas mudando na frente “do nariz” dela. Não, ela não estava
falando do tipo de mudança que Deus traz, mas de um tipo diferente de
mudança. Ela trabalha num lugar onde há muitos homossexuais entre os
clientes. Numa questão de poucos meses, ela observou jovens rapazes tendo
um volume progressivo de gestos femininos e artificialidade ou simulação. Por
que isso acontece? A pessoa que é insegura e anseia ser aceita fará grande
esforço para aceitar qualquer imagem que traga o resultado desejado. Se
aceitação é afirmação requer uma mudança no seu maneirismo ou gestos, isso
então parece um preço pequeno a ser pago para receber essa longa busca de
resultados. É uma das muitas “trocas” que as pessoas estão dispostas a fazer
para ter suas necessidades satisfeitas.
Muitas pessoas acham o primeiro encontro sexual totalmente repulsivo,
porém eles estão dispostos a fazer a barganha: sexo em troca de aceitação.
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Enquanto sexo e aceitação se misturam e se tornam sinônimos, o sexo se
torna prazeroso. Artificialidade ou simulação não é nada mais do que um
anúncio e uma tentativa enganosa de encontrar afirmação. Eles poder ser
substituídos? Certamente que sim! Eles são comportamentos aprendidos e
podem ser desaprendidos, expulsos por uma nova forma de vida.
Porém, afetações são maneirismos artificiais e algo completamente à
parte de efeminação. A maioria das pessoas e mesmo muitas pessoas gays
não sabem que existe uma diferença. Muitas pessoas gays cresceram
efeminadas devido a elas não terem tido nenhum modelo masculino, O único
modelo que eles tiveram foi a mãe ou outra mulher na família. O que é artificial
pode ser imediatamente mudado, porém a afeminação ou afeminismo levará
muito mais tempo para mudar e mudará somente quando a pessoa encontra
modelos apropriados para copiar. Os cristãos podem ser muito grossos e
condenadores de pessoas gays que estão no processo de mudança. Eles
esperam resultados imediatos, O que eles não sabem é que eles poderiam ser
um grande beneficio trazendo as mudanças que eles desejam tanto ver. Deus
começa a fazer Seu processo de mudança dentro da pessoa e isso pode não
ser aparente ou visível por um longo período de tempo.
Renaldo era um membro regular do nosso grupo “não precisa ser
membro” de sexta-feira à noite. Quando ele chegou até nós, ele “não
funcionava muito bem”. Em três meses nós vimos mudanças inacreditáveis.
Renaldo passou a “reviver” e era um dos nossos melhores membros
participativos, sempre compartilhando o que estava acontecendo na sua vida.
Numa noite de sexta-feira ele veio ao grupo de certa forma desencorajado e
atordoado. Seus amigos cristãos que não eram homossexuais o haviam
desafiado. Eles disseram: “Você tem ido a essa reunião há três meses e nada
tem acontecido, o que há de errado com você?” O grupo inteiro ficou surpreso,
questionando se esses amigos que não eram homossexuais eram todos cegos,
ou que tipo de super milagre eles estavam esperando.

Despir-se! Revestir-se

Seria impossível listar aqui todas as coisas que precisam ser despidas e
as quais que devem ser substituídas, porém eu citarei algumas que eu
considero importante:
Ambivalência: Eu já tenho dito que a idéia de opção à homossexualidade
deve ser firmemente fechada. Nós não podemos nos despir de alguma coisa,
de que nós não estamos totalmente convencidos ser prejudicial ao nosso
caminhar cristão. A ambivalência deve ser vista como um inimigo da mudança.
Posicionar-nos firmemente em nossa fé é a única escolha que nós temos.
Música: Muitos discordam de que nós devemos desistir da música
mundana, porém existe uma grande cura na música cristã que expressa louvor,
gozo e o poder de Deus. Muitas das nossas associações estão conectadas
com músicas. A música cristã nos dará associações novas e positivas que
edificarão nossa fé.
Auto-Piedade: Auto-piedade indica centralização em si mesmo, O “eu”
no trono de nossa vida destruirá nossas vidas. Nossas prioridades devem ser
corrigidas; Deus e seus interesses devem ser o número um. Quando isso
acontece, nós recebemos de Deus e muita cura passa a existir.
Imaturidade: Imaturidade significa muitas coisas: Uma delas é
escapismo ou fuga da realidade, que é o ato de evitar ás provações e as
tribulações que trazem crescimento na nossa vida. E recusar a tomar aquelas

93
decisões difíceis. Maturidade é às vezes ficar do lado de Deus e contra outros
e, freqüentemente contra nossos próprios desejos egoístas.
Medo: Foi nos dado poder sobre o inimigo. Não é nosso poder, mas o
poder de Cristo. Nós devemos usar esse poder, e não escondê-lo com medo
do inimigo. Vamos ser responsáveis! Pois Deus não nos deu espírito de
covardia ( II Timóteo 1: 7)
Ressentimento: O perdão inclui perdoar os outros e também a nós
mesmos. Ira, hostilidade, ressentimento e o desejo por retaliação não têm
nenhum lugar na vida cristã.

Dispa-se da Velha Identidade

Talvez a coisa mais difícil de se despir seja a identidade homossexual. A


maioria acha que qualquer identidade é melhor do que nenhuma identidade.
Dentro daquela identidade existia um vínculo com outros, uma reciprocidade
que deve ser quebrada. A vida gay é uma subcultura com seus próprios
regu1amentos e moralidade. Ela tem profundamente afetado o pensamento
das pessoas homossexuais e essa programação deve agora ser expulsa e
substituída por princípios bíblicos. A identidade mantinha conforto e segurança,
porém ela agora precisa ir embora. Ela precisa ser rejeitada e a identidade
crista deve ser assumida.

Construindo Um Novo Estilo de Vida

A maior parte desse livro descreve o processo de construção de uma


nova vida. Enquanto nós vemos a velha vida como uma fonte de prazer,
aceitação, entretenimento e uma âncora para nossa identidade, mudança não
acontecerá. As trevas devem sair e a luz deve entrar. Erros devem ser
substituídos pela verdade. O novo estilo de vida é edificado nas pequenas
coisas. Ele requer um espírito positivo, dando boas vindas a Jesus em todas as
áreas de nossas vidas. Requer-se mais do que uma pequena quantidade de
coragem (a qual Deus dá livremente) para caminhar sobre o desconhecido,
encorajar decisões difíceis e edificar um relacionamento dependente da
pessoa de Jesus Cristo. Deus disse que Ele dará livremente sabedoria para
todo aquele que pedir a Ele. (Tiago 1: 5) Vamos pedir e obter a sabedoria para
deixar de lado o velho e reconhecer o valor do novo.

A Igreja - Uma Parte Essencial do Novo Estilo de Vida

Nós tentamos encontrar preenchimento com nossos próprios meios. Nós


fracassamos; agora, nós devemos aceitar o caminho de Deus. Ainda que longe
de ser perfeita, a Igreja é o instrumento de Deus para trazer aceitação,
afirmação e preenchimento. Nosso novo estilo de vida entrelaçado com a vida
da igreja.
Questões

1. Descreva as vezes que você tentou substituir alguma coisa na sua


vida.
2. Alguma vez você foi capaz de parar de pensar sobre determinada
coisa? Você foi bem sucedido?
3. Descreva como você tem construído novas associações.
4. Você alguma vez pensou sobre proteger sua mente? Descreva.

94
5. O que você faz quando as associações do passado são demais para
você?
6. Descreva as vezes que você reforçou comportamentos destrutivos na
sua vida.
7. Você experimentou algum “entorpecimento” em relação ao pecado em
sua vida? Descreva.
8. Você está consciente da questão da “artificialidade”? Você está
disposto a permitir que os outros falem a você o que eles vêem?
9. Que trocas você fez? Descreva.
10. Você aceitou o rótulo “Gay” na sua vida? Você está disposto a deixar
essa identidade ir embora?

95
CAPÍ T ULO QUATORZE

ANDANDO NA LUZ

“Ande na luz como Ele está na luz”. (I João 1: 7)


O que Significa: “Andar na luz”?

Jesus é conhecido como a “Luz”. Ele é a “Luz” dos homens. Nós


devemos nos tomar os “filhos da Luz”. Andar na luz tem muito a ver com a
conduta de nossas vidas. Deve ser o desejo do nosso coração, o querer ser
igual a nosso Salvador. Ele é nosso exemplo. Esse desejo não é nenhum
sonho fútil, porque ele nos tem dado auxilio na nossa caminhada na forma do
Espírito Santo. E propósito do Espírito guiar nossas vidas na direção de Cristo,
em conformidade com Sua palavra e direções.
Nós lemos em alguns capítulos atrás que se nós andarmos no Espírito
não satisfaremos os desejos da carne. Esse andar é um andar pela fé,
confiando que Deus providenciou para nós um caminho de escape para todas
as tentações e provações. Às vezes, nossa fé será severamente testada, Deus
prometeu isso em sua Palavra. Porem, se nós permitimos o Espírito Santo
dirigir, dando a Ele a permissão para controlar nossa conduta, nós estaremos
surpresos com a vitória que teremos em nossa vida.
Em Efésios 5: 15 nos foi dito para olharmos cuidadosamente a maneira
que caminhamos. Nenhuma dessas maneiras é automaticamente dirigida para
os cristãos. O Espírito Santo deve ser convidado, Ele nunca empurrará a forma
dEle sem permissão. Muitos de nós desejaríamos que Ele assim o fizesse,
porém Ele é o Espírito da Graça. Por causa disso, suas palavras em nossas
vidas são mansas e persuasivas. Nós precisamos segui-lo e desejar seu
controle. Quando convidado. Ele colocará em ordem nossa conduta e nos
separará das coisas do mundo. Há alguns princípios ingredientes desse andar
na luz:

• Desejar ser como Jesus:


• Ser fiel e leal a Cristo:
• Buscar ser um cristão maduro;
• Desejar chegar à completa estatura como cristãos:
• Estar disposto a “participar da corrida”, sabendo que precisamos gastar
tempo na preparação;
• Esquivar-se ou fugir do vício sexual;
• Controlar nosso corpo em pureza, colocando em ordem nossa
conversa.
João tem uma palavra dura para aqueles que se recusam a andar na
luz, ainda que eles possam professar conhecer a Cristo.
“Se afirmamos que temos comunhão com ele mas andarmos nas trevas,
mentimos e não praticamos a verdade”. ( I João 1: 6)
João continua dizendo que somente cristãos que estão na luz têm
comunhão uns com os outros. Nós temos alguma coisa em comum, Jesus
Cristo. Você deveria desejar estar com companheiros cristãos, se você não
deseja, então você deveria examinar a si mesmo cuidadosamente e em
oração. Matthew Henry resume tudo isso muito bem quando ele diz:
. “Aqueles que caminham, demonstram que conhecem a Deus, que eles
têm recebido do Espírito de Deus, e que a imagem divina é impressa em suas
almas.”

96
Suportando a Tentação

Muitas vezes, quando a pessoa que é gay vem até Jesus, ela encontra
descanso da sua tentação. O Senhor pode providenciar um período em que a
pessoa que luta com a questão homossexual se torna firmemente sólida antes
do teste começar. Alguns pensam que essa condição vai durar para sempre e
se tornam bastante desencorajadas e desiludidas quando as tentações
reaparecem depois de terem estado ausentes durante semanas ou meses.
Como é que a pessoa homossexual deve reagir diante das tentações
renovadas?
A tentação normalmente nos pega inconscientes. Estamos envolvidos
em alguma atividade, estando completamente absorvidos naquilo que estamos
fazendo e então, de repente, como um relâmpago no céu, nós estamos tendo
fantasia, ou somos atraídos por alguma coisa visual que nos estimula. Como
um vendedor, satanás sabe o poder do impulso. Se ele puder nos pegar fora
da guarda, ou seja, despreparados, ele tem uma chance melhor de nos fazer
tropeçar do que se nós estivéssemos prontos para batalhar e ter toda nossa
aradura no lugar.
Satanás nunca aceita responsabilidade pelos dardos que ele atira em
nós. Quando nós de repente temos um “flashback” ou vemos alguma coisa que
começa a movimentar uma fantasia, ele nos leva a ser infiéis ao nosso Senhor.
Regularmente nós somos enganados. Nós aceitamos os pensamentos como
se fossem nossos e aceitamos a responsabilidade por eles. Porém, será que
esses pensamentos são mesmos nossos? Será que devemos aceitar
responsabilidade por eles? Somente se os aceitamos como nossos. Sempre
existe um minuto de brecha quando nos podemos aceitar ou rejeitar a idéia.
Nós precisamos fazer um julgamento rápido. Esse pensamento, ou essa coisa
para a qual eu estou olhando, é coerente com minha nova vida e honra a
Deus? Ou isso tem sido designado para me separar de Deus e do poder do
Espírito Santo para mudar-me? Se estivermos bem conscientes de que isso
vem do inimigo, todos nós temos o poder no mundo para rejeitá-lo. Nós não
devemos aceitá-lo como algo que seja nosso.
Leonard trabalhava em um escritório no centro de São Francisco. Ele me
disse que fez amizade com alguém que ele admirava grandemente. Esse
homem (com o qual ele fez amizade) vinha todos os dias em certa hora para
pegar alguns materiais. Foi depois de que Leonard foi transferido para outro
departamento que ele percebeu que estava fitando seu tempo de folga para
café no momento em que ele sabia que encontraria seu amigo. Um dia ele
disse a si mesmo: “O que eu estou fazendo?” Ele questionou o relacionamento,
O que foi que o atraía naquela pessoa? Ele percebeu que era o corpo dele,
bem esculpido, e roupas apertadas que proviam o combustível para a vida de
sua fantasia durante o resto do dia. Ela sabia que esse relacionamento era
incoerente com a nova vida que ele queria, e mesmo que tenha sido uma
decisão difícil, ele deixou de ir atrás daquele encontro. Ele disse que teve que
orar muito para não fazer aquela caminhada até o corredor precisamente no
momento certo (ou errado).

Lidando com Nossas Reações

Regularmente me perguntam: “Como eu devo lidar com minha reação


em direção de outros homens?” Para muitas pessoas essa área está
totalmente fora do alcance: eles não encontram nenhuma vitória de forma
alguma. Parece que não existe nenhum poder para resistir. Eles têm
97
disposição para responder a todo homem atraente que vêem. “O que eu faço
com meus olhos?” é uma pergunta que eu ouço quase todos os dias. Nossas
reações não mudam da noite para o dia. Elas são resultados de anos, até
mesmo um condicionamento que durou a vida toda. Não e uma coisa fácil
construir novas reações ou respostas, porem isso pode ser feito, e deve ser
feito, se quisermos viver uma vida de vitória.
Para edificar novas respostas, nós precisamos estar conscientes das
nossas velhas respostas. Muitas vezes nós inconscientemente seguimos
velhos modelos ou hábitos. Para aqueles que tem a coragem, uma verificação
com os amigos pode revelar nosso sucesso ou fracasso em certas áreas.
Normalmente eles são mais conscientes dos nossos olhos perambulastes do
que nós somos. Uma decisão rápida prevê a tentação de fazer avanço em
nossa mente. Qualquer ação atrasada da nossa parte dá a satanás a brecha
que ele está procurando. Quando você tem certeza de que satanás está lhe
tentando, siga o conselho Bíblico: “Foge das paixões da mocidade” ( II Tim 2:
22). As dores terríveis da tentação estão na indecisão. Nós queremos, mas
não podemos ter. Se nós edificarmos um padrão de indecisão, nós teremos
sempre que passar pelos tormentos que a ambivalência traz.
Jake confessou ao nosso grupo que ele enfrentava um tempo difícil ao
passar na porta de um bar gay que era seu favorito. Toda vez, ao passar perto,
ele andava devagar, prolongando a decisão. Depois de passar por algumas
quadras, ele dava a volta, retornando e passava pelo processo de tomar a
decisão toda de novo. Tudo isso desencorajava-o e o impedia de conhecer a
recompensa de viver uma vitoriosa vida cristã, ainda que ele nunca tivesse se
dado ao ponto de entrar. Ele havia edificado um padrão de indecisão. Se ele
tivesse edificado um padrão de rápida decisão de acordo com a vontade de
Deus, ele não passaria pelo tormento e não ficaria cheio de culpa e auto-
condenação.
Quando nós somos tentados, é importante que paremos todas as coisas
e nos façamos essas perguntas:

• O que eu estou fazendo?


• Para onde isso vai me levar?
• O que quero realmente?

Ao fazer isso, nós estaremos menos propícios a tomar uma decisão


insensata e impulsiva da qual nos arrependeremos no futuro. Nós
perceberemos que realmente não queremos colocar em risco tudo que Deus
tem feito por nós em nos envolver em algum encontro sexual impessoal. A
maioria não está procurando fazer contatos, mas está envolvida numa simples
comparação. Existe ainda uma área de insegurança na vida deles. Eles
desejam ser como as pessoas atraentes que eles vêem. Todos os seres
humanos se comparam com outros para estabelecerem seu valor próprio.
Quando aquela insegurança desaparece, muito da tentação também
desaparecerá. O que é deixado, não é nada mais que um hábito, uma resposta
ou reação condicionada que perdeu seu significado. Toda essa área é
simplesmente um dispositivo de satanás para trazer desencorajamento e
negativismo. Provérbios nos fala para olhar para a frente e não nos desviarmos
de um lado para outro, e isso é um bom conselho (Provérbios 4: 25- 27). À
medida em que nós quebramos o hábito de olhar, a importância dele diminuirá.
Brevemente nos perceberemos que o habito foi quebrado. As coisas que nós
alimentamos crescem as que nós deixamos passar fome murchará e morrerá.

98
Inibições Dadas por Deus

Nós nascemos com certas inibições dadas por Deus que foram
planejadas para nos proteger de um estilo de vida destrutivo. Antes de sermos
capazes de nos envolver em algum comportamento que nossa consciência nos
diz ser errado, nós precisamos destruir essas barreiras que Deus
propositalmente colocou no nosso interior para nos proteger. Para entrar no
estilo de vida gay nós tivemos que derrubar muitas muralhas interiores. Agora
que deixamos aquele estilo de vida. Deus restaurará essas muralhas se nos ø
permitimos a Ele que o faça. Essa reconstrução leva tempo e não acontece da
noite para o dia. Chegará o dia em que você mais uma vez terá repulsa pelo
comportamento sexual desviado.

Convicção X Culpa

O que acontece depois que tropeçamos, seja física ou mentalmente? O


Espírito Santo traz condição de pecado a nós. Nós ficamos bem conscientes
de que entristecemos o Espírito. À medida em que nos arrependemos e nos
humilhamos diante de Deus Ele quer que recebamos Seu perdão e
continuemos em nosso caminhar cristão. Eu tenho percebido que o Espírito
Santo traz sempre uma mensagem de encorajamento: “Sim, você pecou, mas
se você for cuidadoso nessa área, você pode evitar pecar da mesma forma
novamente.” Ele sempre nos mostra como consertar a situação para que nós
não a repitamos. Porém, nas acusações de satanás, eu não consigo encontrar
tal encorajamento. A palavra de satanás para mim é de total condenação e
sem esperança. Essa é a forma pela qual eu consigo distinguir a mensagem. O
Espírito Santo traz uma mensagem construtiva; satanás trás uma mensagem
destrutiva. Satanás sabe que o sentimento de culpa trará os resultados que ele
deseja: Ele nos levará a cair novamente. Precisamos ter certeza de quem nós
estamos ouvindo. O Espírito Santo está sempre chamando-nos de volta para
Deus; satanás está sempre tentando nos separar de Deus.

Masturbação

Entre todas as questões que freqüentemente confrontam o ex-


homossexual (e cristãos em geral), essa deve ser a mais incômoda. A
masturbação parece ser uma batalha que tem poucos ganhadores. Cristãos
contam-me que vão em busca de livros em livrarias cristãs à procura de
alguma coisa sobre este problema, com todo medo de que alguém olhe sobre
os ombros deles descobrindo o que estão lendo ou perguntem se eles
precisam de ajuda. Se o problema da masturbação fosse embora, iria também
uma grande porcentagem de todas as nossas chamadas telefônicas e cartas.
Enquanto masturbação parece ser nosso maior problema, será que é mesmo?
Sendo bem similar aos atos homossexuais, porém não sendo um
indicador de orientação homossexual, a masturbação é um sintoma de um
problema muito mais profundo. Ela reflete conflitos interiores e necessidades
não preenchidas. Ela traz um momento de conforto num mundo hostil. Como
nossa prática homossexual, ela é motivada por necessidades não sexuais na
maioria das vezes, porém, no caso masculino, existe uma produção natural de
fluído que fica acumulado no sistema reprodutivo. Essa produção pode trazer
um desejo profundo de alívio sexual sem nenhum encorajamento pecaminoso
por traz dele. Deus é quem desenhou nosso corpo e Ele providenciou uma
forma para o alívio desses fluídos numa forma natural. Se nós estivermos
99
andando, no Espírito, teremos a paciência e o domínio-próprio que precisamos
durante essas fases.
Para a maioria das pessoas a questão não é. “Por que eu masturbo?”
mas “Como eu posso parar de masturbar?” É possível ganhar vitória
permanente sobre a masturbação? Primeiro, deixe-me responder com um
positivo “Sim”! É possível ter vitória sobre a masturbação, porém, ela não virá
através da nossa própria força ou através de nossos votos de cessar. Nós não
devemos destacar a masturbação entre nossos outros problemas e concentrar
toda nossa energia em lidar com ela. O controle sobre a masturbação vem
somente quando o Espírito Santo está também controlando todas as outras
áreas de nossas vidas. Como nós dissemos anteriormente, quando você anda
no Espírito, você não está satisfazendo os desejos da carne. É muito difícil
você ter vitória específica sobre masturbação enquanto outras áreas de sua
vida continuam fora da vontade de Deus. Libertação da necessidade de auto-
manipulação é somente uma parte da inteireza que Deus nos dá quando
estamos completamente rendidos a Ele.
Se a maioria das pessoas fosse honesta, elas teriam que admitir que
dizem querer ser livres da masturbação, mas no coração delas estão
segurando firme o ato e resistirão a todas as tentativas para separar-se dele.
Como a última “fortaleza” de expressão sexual, eles se apegam à ela,
indispostos de tentar vencê-la de forma firme porque pode ser que elas sejam
bem-sucedidas.
A masturbação é um pecado? À medida que nós revemos literaturas
cristãs, nós encontramos algumas pessoas que declaram não ter nenhum
sentimento de culpa com relação à masturbação e a vêem como um presente
de Deus. Porém, para a maioria de nós, não há nenhuma dúvida de que é
pecado. Nossa escravidão à ela indica que é pecado. Deus pode ter falado
conosco pessoalmente e nos mostrado que é errado. Talvez a evidência mais
óbvia de que ela é pecado é como ela nos separa de Deus. “Mas as vossas
iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus”. ( Isaias 59: 2) A
masturbação nos separa de Deus? Nós sabemos que sim. Quem pode se
comunicar com Deus enquanto envolvido em masturbação? Na verdade
poucos. As fantasias que acompanham a masturbação também violam as
pa1avras de Cristo sobre pensamentos lascivos. (Mateus 5: 28)
A masturbação destaca nossas necessidades profundas. Ela surge,
insegurança frustração e auto-piedade. É um caminho não apenas de conforto
a nós mesmos mas de demonstrar nossa insatisfação com outros que se
recusam a satisfazer nossas necessidades. E quase uma forma de se dizer:
“Eu não preciso de você”: Isolamento solidão e rejeição reproduzem
masturbação assim como também a inveja que se materializa em fantasia.
Quando nós encontramos nossa segurança em Deus e quando sentimos Seu
amor e Sua aceitação, nós simplesmente nocauteamos um dos principais
pilares da masturbação. Quando nós temos comunhão com outros cristãos e
temos segurança do amor deles e cuidado, nós não teremos então nenhuma
necessidade de nos “chocar” no isolamento. A aceitação deles expulsará a
inveja e auto-gratificação para fora de nossas vidas. Nós descobriremos que
não precisamos do que os outros têm, porque Deus nos fez especiais e únicos,
completamente diferentes uns dos outros. O inimigo não mais será capaz de
usar a inveja como um apoio em nossa vida. Nós podemos então desfrutar dos
“dons” ou presentes dos outros sem ciúmes. À medida em que o princípio da
substituição é colocado em prática em sua vida em todas as áreas, a
masturbação será uma das coisas que serão expulsas. Lembre-se que quanto
mais você se preocupa com ela, mais poder você dá a ela. É melhor entregá-la
100
a Deus. Você admite a Deus que você é impotente com relação à ela, dando a
Ele permissão para removê-la de sua vida e diligentemente sirva ao Senhor no
melhor possível dentro de suas capacidades.

Recebendo Afeição

Grande parte deste livro foi devotada ao encorajamento de receber


afirmação de pessoas do mesmo sexo. Quer dizer então que afirmação inclui
afeição? Em caso positivo, até que ponto nós podemos aceitar afeição de
nossos irmãos cristãos (ou irmãs?) Nós temos necessidades legítimas de
afirmação, mas será que nós temos direitos legítimos de afeição? Quando
Deus disse. “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2: 18), Ele quis
somente dizer que o homem deveria ter uma esposa, ou isso também incluiu
amigos para o homem? Para isso, precisamos ler o que Paulo escreveu. Em
Colossenses, capítulo dois, o desejo de Paulo é que todos os cristãos sejam
ligados uns aos outros em laços de amor. Ele nunca pensa nos cristãos como
seres isolados, mas como parte de um grupo. Eu acredito que é seguro dizer
que Deus planejou que tivéssemos relacionamentos próximos uns com os
outros. Certamente, Jesus, nosso “papel modelo”, teve relacionamentos bem
próximos com outros homens. Nós não podemos exigir afeição, mas nós
podemos dar afeição e no ato de doar nós simplesmente recebemos.

Koinonia

Muitas igrejas usam essa palavra Grega como o nome de seus grupos
de comunhão. Se eles soubessem, porém, que essa palavra significa, entre
outras coisas, “intimidade”, eles talvez dariam um novo nome para seus
grupos. Como cristãos, a maioria de nós não sabe como lidar com intimidade:
ela é uma coisa amedrontadora e ameaçadora. É melhor não expressar
nenhuma intimidade do que ultrapassara linha para o lado da sensualidade.
Porém, onde está a linha? Com que extensão os Cristãos deveriam entrar nos
relacionamentos com toques?

Medo de Afeição

Para muitas pessoas que estão saindo do estilo de vida homossexual,


toque significa estimulação e sensualidade. Por causa disso, eles evitam a
todo custo qualquer tipo de relacionamento íntimo. Quando abraçados, eles se
congelam, com medo de que sejam estimulados. Se eles ficarem sexualmente
excitados, então o sentimento de culpa e auto-condenação os ataca e eles
sentem que desonraram um santo de Deus. Então, o que nós deveríamos fazer
se tocar outros cristãos produz estimulação?
Primeiro, confie que Ele irá fazer o possível para você receber afeição
de ambos, mesmo e oposto sexo. Ele prometeu “fazer de nós aquilo que
devemos ser” ( I Pedro 5: 10). Isso responsabilidade de Deus, e Ele trará isso
à tona. Você no deveria temer afeição nem usa-la para estimulação. Aprenda a
repreender satanás quando ele acusa você do tipo errado de amor.
Lembre-se novamente, que naquilo que habitamos, aumentará em
poder. Se nós habitamos ou permanecemos no nosso medo e na possibilidade
de queda, essas coisas exercerão controle sobre nós. Se nós tivermos uma
visão positiva que Deus está de fato trabalhando e que nós brevemente
seremos capazes de ter relacionamentos que são íntimos porém de acordo

101
com a visão de Deus, isso passará. Não fuja de situações íntimas. Porém use
toda a sabedoria que Deus livremente supre.

Fronteiras e Limites

Deus voluntariamente nos ama, e nosso amor deve voluntariamente se


exteriorizar para nossos irmãos e irmãs em Cristo. Se todas as pessoas com
as quais você está “dependurado” e simpatizado são jovens, atraentes ou
bonitos: e do mesmo sexo que você, então encare a situação. Você não
deveria estar com medo de estar afeiçoado a esse tipo de pessoa, porém você
também não deve estar afeiçoado exclusivamente a esse tipo. Verifique se
você não está usando o mesmo padrão que usava na sua velha vida.
Cada pessoa é única, sem igual, especial, e todos nós temos limites
variados. Se você percebe que está fazendo alguém tropeçar, então considere
isso e não se force a essa pessoa. Encontre uma outra maneira de demonstrar
afeição a ela. Muitos homossexuais têm uma condição chamada “fome de
pele”: ou seja, eles têm um desejo insaciável de contato de pele. Isso originou-
se cedo na infância quando foi negada a eles essa forma de afeição.
Essa aflição não pode ser resolvida com longos períodos de abraços
como muitos acreditam. Ela se originou de uma raiz não sexual e somente
pode ser solucionada em formas não sexuais. A sensualidade não é a cura
para a sensualidade. Não importa o tempo em que se está envolvido no
comportamento sensual, ele nunca traz solução para si, ele somente tende a
aumentar em intensidade. Eu acredito que abraços deveriam ser dados quando
completamente vestidos, preferivelmente quando outras pessoas estão por
perto em um contexto espiritual Existe mais do que abraços no que se refere a
afeição, mesmo que eles sejam importantes. Orar de mãos dadas ou colocar
um braço no ombro da outra pessoa é também uma forma de se afirmar a ela.
Nós não devemos correr da afeição, mas devemos usar sabedoria e buscar
tudo o que Deus deseja que tenhamos. A afeição é uma parte vital do processo
de cura.

Quais Deveriam Ser Meus Alvos?

Em nosso ministério, freqüentemente somos perguntados: “Vocês fazem


os homossexuais se tornarem heterossexuais?” Nossa resposta é, “Não, nós
apenas apontamos o caminho em direção a inteireza em Cristo.” A palavra
homossexual é envolvida em conotações mundanas. O mundo destruiu o plano
ou o “design” de Deus para a heterossexualidade, e o que nós vemos é uma
condição caída. O que a maioria das pessoas estão procurando é: “Os e x-
homossexuais desenvolvem lascívia pelo sexo oposto?” Apesar de que alguns
psicólogos cristãos avançam com a idéia de lascívia sadia, eu acredito que
Deus nunca usa pecado para nos mudar. O conselho de que o homossexual
deveria comprar pornografia heterossexual e tentar desenvolver interesse pelo
sexo oposto é contrário ao padrão e ao plano de Deus para o sexo e
casamento. O resultado desse tipo de mudança seria a auto-gratificação
encontrada em relacionamento que usam outros por prazer.
Os ex-homossexuais desenvolvem interesse pelo sexo oposto? Sim, de
fato eles desenvolvem. Mas é simplesmente isso, interesse, não lascívia. Eles
passam a enxergar que a completude não pode nunca ser obtido através de
um homem, mas que Deus projetou a mulher para trazer o preenchimento que
eles procuraram por longo tempo e nunca encontraram. Uma mulher e família
estão dentro do alcance do homem ex-homossexual. Deus satisfaz o desejo do
102
nosso coração, e, se é esse o seu desejo, Deus o satisfará (Salmos 21:2). O
que normalmente acontece é que o ex-homossexual encontra uma pessoa do
sexo oposto, a qual ele pode amar profundamente, mas ele não desenvolve
lascívia por toda mulher pela qual ele passa perto. Nós sabemos que Deus nos
leva à totalidade em Cristo, que ele nos conduz, e nos faz permanecer ao
caminho da maturidade, ao preenchimento das necessidades e das lacunas
em nossas vidas. Nossa habilidade de lidar com um casamento é somente
uma parte desse processo de amadurecimento.

Cresça!

Não foi eu quem disse, foi Paulo. Em Efésios, no capítulo quatro, nos foi
dito para pararmos de sermos crianças, levados de um lado para o outro, mas
para crescer em Cristo, vivendo como filhos da luz. O amadurecimento não é
um processo fácil. Ele requer algumas decisões sérias e que você se posicione
a favor dessas decisões quando todas as coisas estão dizendo para você
ceder e pegar o caminho mais fácil. Por que nós devemos amadurecer, por que
nós devemos passar por coisas dolorosas? Por vários motivos: Um é que esse
é o único caminho para encontrar paz e gozo interior, os quais nos carregarão
quando passarmos por muitas privações. (Tiago 1:2). Ele vem somente através
da obediência.
Um outro motivo muito importante é que, a menos que estejamos
crescendo, nós estamos em grande perigo de retomar às coisas velhas. A
reincidência passa a ser uma coisa sutil. Antes que nós nos tornemos
conscientes de que nosso relacionamento com Deus não é a mesma coisa de
antes, a separação já aconteceu. Não existe nenhum confortável terreno do
meio para os cristãos. Satanás não nos permite descansar. Ele usa todo
terreno no nosso caminhar como uma oportunidade para nos distrair e tapar
nossa visão. Como cristãos nós não temos nenhuma imunidade à dor e
sofrimento. Nós desejamos que tivéssemos, porém Deus permite que os
cristãos sofram. Nós não somos melhores que nosso Mestre, e Ele sofreu.
(Mateus 10:24-25). Nós sabemos, contudo que há sempre um propósito por
detrás do sofrimento. Nós não podemos sempre ver esse propósito, mas nós
precisamos confiar em Deus e que ele somente permite o que é beneficio para
nos e para o Seu Reino. Nós sabemos que sofrimento produz a maturidade em
nós que não pode vir de nenhuma outra fonte. Existe outro motivo para
amadurecimento que permanece em mistério, porém as Escrituras nos dizem
que um dia nós julgaremos o mundo. ( I Coríntios 6: 2) Antes que nós
possamos julgar os anjos, nós precisamos ter feito algumas decisões sábias,
nós precisamos ter feito alguns sábios e difíceis julgamentos aqui e agora.
Andar na luz é andar em sabedoria, abandonando o caminho fácil e fazendo o
que agrada a Deus.

Levante-se e Brilhe!

“Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor


nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os
povos; mas sobre si aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre
ti”. ( Isaías 60: 1 e 2)
Quando nós então conhecemos Cristo, nós passamos a ver as coisas
através dos olhos dEle. O Espírito Santo altera nosso ponto de vista, nossas
atitudes mudam, nossos desejos mudam, e nós podemos então ver as coisas
através de uma perspectiva completamente nova. Cristo abre nossos olhos: A
103
neblina que nos ludibriava e nos cegava da verdade foi dissipada. Nós
podemos enxergar através ou além das decepções satânicas. Se uma vez nós
encontramos afirmação no estilo de vida gay, nós passamos a vê-la como
realmente ela era: uma completa decepção, ou pelo menos, uma substituição
maltrapilha do que Deus deseja nos dar. Nós encontramos um caminho
melhor! Vamos nos regozijar na nossa boa sorte. Vamos andar permeados de
poder O poder que nos trouxe nova vida é o mesmo poder que ressuscitou
Cristo dentre os mortos (I Coríntios 6: 14).

Seja Santo

De certa forma, ser santo parece estranho para nós nos dias de hoje.
Parece um pouco fora de moda, ou mesmo um tanto farisaico. Qualquer um
que diz “Eu sou santo”, imediatamente é tirado de seu pedestal. Porém, nos foi
dito para sermos santos porque sem santidade ninguém verá ao Senhor.
(Hebreus 12: 14). Então está nos sendo dito para sermos alguma coisa que
nós não entendemos completamente e que parece estranho para nós. Porém,
santidade não deveria ser um mistério. A santidade é alinhada ou colocada em
sincronia com os desejos de Deus. É andando em um correto relacionamento
com Deus, confiando nEle e recebendo dEle a força para ter uma vida de
vitória. Santidade é obediência a Deus, mas mais que isso, é concordar que a
obediência traz paz com Deus e paz conosco mesmos.

Viva Agora Como uma Pessoa Livre

“Você será chamado por um novo nome” ( Isaias 62: 2). Andar na luz,
ser uma pessoa santa e levar uma vida de vitória parece muito para se pedir.
Se você honestamente reviu sua vida, você pode pensar que nada disso está
acontecendo e que você ainda está tropeçando em muitas formas. Talvez você
esteja inseguro de onde você está indo e com medo de qualquer tipo de
sofrimento. Porém, não existe mais nenhuma necessidade de esperar por mais
poder em sua vida antes de você começar a viver como uma pessoa livre.
Como cristão, você foi liberto. Você não é mais escravo do pecado. A porta de
prisão está destrancada. Se você escolher permanecer lá, amedrontado de
sair, isso não altera o fato de que você agora tem sua liberdade. A maioria de
nós nos tornamos intimidados por satanás, que desistimos de viver uma vida
de vitória. Nós temos um novo nome e esse nome não é mais “escravo” ou
“prisioneiro”, mas sim “homem livre”. Claro, você pode escolher permanecer
em prisão, mas agora você não precisa mais. Uma vez você não tinha
nenhuma escolha, você foi pego pelas coisas desse mundo e está debaixo do
poder daquele que o controla. Mas agora, você está debaixo da autoridade e
do poder de Deus, controlado pelo Espírito Santo (Romanos 8: 7-11).
Será que você tem que esperar até que você se sinta liberto? Será que
nós precisamos edificar em nós algum tipo de confiança em nós mesmos antes
que exercitemos nossa liberdade? Não, nossa liberdade é um fato, quer
sintamos ou ajamos como livres ou até mesmo queiramos recebê-la. Você não
tem que esperar até que você não tenha mais nenhuma reação em direção à
pessoas do mesmo sexo: você não tem que esperar até que você sinta atração
pelo sexo oposto. As coisas são diferentes agora. Elas nunca mais serão as
mesmas novamente. Uma vez que seus olhos tenham sido abertos, o
comportamento encontrado no pecado não é nunca o mesmo e a compulsão
para pecar foi quebrada. Sua libertação chegou.

104
Questões

1. Desde que você aceitou a Cristo, os seus olhos foram abertos e agora
você enxerga as coisas de acordo com as perspectivas dEle? Descreva as
mudanças.
2. Você experimentou tempos de descanso da tentação? Você pensava
que isso seria uma condição permanente?
3. O inimigo usa a ferramenta do impulso em você? Descreva.
4. É uma batalha, para você, controlar os seus olhos?
5. Você tem um molde de indecisão? Descreva.
6. Você tem prazer na tentação? Você a usa para compensar o tédio?
7. As suas atrações estão ligadas à insegurança? Explique.
8. Você está consciente das paredes que você teve que derrubar para
inteirar-se no estilo de vida gay? Descreva-as.
9. Que limites e barreiras você tem estabelecido com relação à afeição?
10. Descreva sua visão com relação ao casamento.

105
CAPÍTULO QUINZE

RESUMO DOS PASSOS PARA DEIXAR A HOMOSSEXUALIDADE

Um: Tomando a Decisão

Deus falou pessoalmente com você sobre homossexualidade em sua


vida? Você leu as passagens bíblicas relacionadas à homossexualidade? Você
acredita que a homossexualidade é contrária ao plano de Deus?
Essa não é uma decisão para ser tomada levianamente porque ela
alterará todo o resto de sua vida. Uma vez feita, a melhor coisa para você é
posicionar-se firme em sua decisão uma vez que a inconstância é a pior das
coisas, trazendo culpa, medo e confusão.
Essa decisão deve ser feita por você mesmo, ela não deve ser feita para
agradar a ninguém. Se você responder às insistências de outra pessoa, mais
tarde você poderá negar a responsabilidade pela decisão e se ver a si mesmo
como um estranho entre dois mundos. Essa decisão é digna de tempo e
esforço. Procure Deus, ore e jejue diante dessa decisão. Não seja precipitado,
conheça o custo, pese-o. Porém também conheça as bênçãos: paz com Deus
e uma nova vida.

Dois: Quebrantamento

A mudança nasce do quebrantamento. Se você está convencido que a


homossexualidade é pecado e que você tem entristecido o Espírito Santo
através de suas ações então um profundo desgosto por causa de suas ações,
então um profundo desgosto por causa de suas ações deve vir a seguir. Deve
existir um abandono de seus velhos caminhos, seus desejos e sua vontade
ouça as palavras de Tiago:

“Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de vocês! Limpem as


mãos, pecado e purifiquem o coração, vocês que têm a mente dividida.
Entristeçam-se lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria
por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor; e ele os exaltará”. ( Tiago 4: 8-10
NIV)

Antes de encontrarmos paz e alegria, deve existir um tempo de desgosto


(ou sofrimento). Existem sacrifícios que devem ser feitos. Deus honra as coisas
das quais nos desistimos por causa dEle. Esses sacrifícios devem ser feitos
com alegria uma vez que o que vem em troca é todo a nosso favor.

Três: A Necessidade de Um Salvador

Bastante conectado com o quebrantamento está o reconhecimento da


necessidade de um Salvador. Devemos admitir que não conseguimos mudar a
nós mesmos, que nós temos fracassado em viver uma vida santa e que Cristo
é a única pessoa que pode trazer mudança à nossa vida. O quebrantamento
deve ser completo de tal forma que nós não mais tenhamos nenhum desejo de
retomar o controle de nossa vida, mas sim, permitir que o Espírito Santo a
lidere. A vitória está na dependência de Jesus.

Quatro: Fazendo o Comum

106
Deus quer que agreguemos a um corpo de crentes. Uma vez que
tenhamos tomado a decisão de deixar a homossexualidade para trás, nós
precisamos procurar o amor e o apoio do povo de Deus. Nós falamos sobre as
dificuldades em se encaixar dentro de uma igreja, porém deve existir uma
persistência e uma determinação para se ter o seu lugar certo no meio do povo
de Deus. A oração intercessória é vital para trazer até você nova vida e um
andar vitorioso, e pode vir somente de outros cristãos. Para se estar ”Em
Cristo” e ser parte de Cristo, nós precisamos também estar e fazer parte de
Seu Corpo, a igreja.

Cinco: Guerra Espiritual

Satanás não se posicionará negligentemente enquanto nós criamos um


novo estilo de vida conforme os planos de Deus. Ele tentará roubar cada nova
verdade, trazendo dúvida, incredulidade e confusão. Porém, nós temos poder
de ressurreição. A nós foi dado poder sobre o inimigo. Nós precisamos
bravamente colocar esse poder para trabalhar, não dando nenhum terreno a
ele, repreendendo-o e não dando a ele nenhuma base para usar contra nós.
Nós precisamos aprender quando nos posicionar e enfrenta-lo e quando fugir.
Como templo do Espírito Santo, nós precisamos guardar o nosso corpo de toda
forma de imoralidade. (I.Coríntios 3: 17). Se nós falharmos nós precisamos
aceitar o perdão de Deus rejeitar as acusações satânicas e seguiras
convicções Espírito Santo.

Seis: Retendo uma Imagem Correta de Deus

É necessário que se veja e como E1e é realmente: sua majestade, Seu


poder ilimitado e Seu amor eterno. Nossas falsas concepções com relação a
Deus devem ir embora, elas bloqueiam o poder de Deus de trabalhar em
nossas vidas. Deus nos ajuda conforme nós tentamos aprender com Ele. À
medida em que nós desejamos obedecer ao primeiro mandamento, amar a
Deus com nosso ser, Ele na sua grande misericórdia faz isso possível;

“Então me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar -


me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei
achado de vós, diz o Senhor e farei mudar a vossa sorte.., e tornarei a trar-vos-
ei ...do exílio.” ( Jeremias 29: 12- 14)

Sete: Retendo uma imagem correta com Relação aos Outros

Parte do quebrantamento é a convicção de que nós temos usado


egoisticamente outras pessoas para nossa própria gratificação. Deve existir
uma admissão que nossa imagem com relação aos outros tem sido incorreta,
deformada e torcida pelo deus desse mundo. Deus disse que Ele considera o
Seu povo como suas jóias preciosas e de tesouros de valor impagável, e assim
devemos ser. Nós precisamos firmar essa visão mesmo quando outros são
imperfeitos, e fazem coisas que nos ferem ou respondem em formas não
cristãs. Deus nos amou antes de achegarmos-nos a Ele, e Ele ama os outros
da mesma forma. No capítulo do Amor, I Coríntios 13, nos foi dito que o amor
não é egoísta, não guarda arquivo dos erros de outros e se regozija na
verdade.

Oito: Retendo uma Imagem Correta de Nós Mesmos


107
Deus nos ama com um amor eterno, para Ele nós temos valor e somos
dignos. Isso não é sempre fácil de entendermos, especialmente quanto nós
tropeçamos de alguma forma, O amor de Deus não é determinado por nossas
ações. Deus tem bons filhos, e também tem filhos que são maus algumas
vezes, mas o amor dEle continua sem nunca diminuir. Deus escolheu correr o
risco de nos amar. Ele sabe que nós não seremos sempre filhos obedientes,
que nós falharemos e magoaremos Seu coração. Porém, sabendo todas essas
coisas com antecedência, todas as coisas que nós fizemos e todas as coisas
que nós vamos fazer, Ele comprometeu consigo mesmo em nos amar. Nós
devemos nos valorizar e amar a nós mesmos com Seu amor. De nenhuma
outra forma nosso valor poderá ser estabelecido. Ele poderá refletir o amor
dEle através do seu povo mas ainda assim é Seu amor. Deus nos deu
propósito e significado em nossas vidas, Ele nos chamou para o Seu serviço.
Vamos nos regozijar no fato de que nós temos um trabalho a fazer pelo Seu
Reino. Na nossa hora mais negra nós nunca somos cortados do Seu poder e
do Seu amor. (Romanos 8: 35-39).

Nove: O Principio da Fé

As escrituras são claras em nos dizer que nós devemos andar em fé. A
incredulidade bloqueia tudo o que Deus quer fazer para nós. Mudança nunca
acontecerá quando somos um povo de mente dupla. Nós vimos que fé é bem
mais que simplesmente um reconhecimento de que Cristo vive. E uma fé ativa
e positiva, uma segurança de que Ele está vivo agora e vivendo em nós,
dando-nos instrução e direção. Fé é confiar nossas vidas a Deus, tendo a
certeza de que mudança virá e que Deus fará o que o mundo considera
impossível.

Dez: Submissão

A submissão é vital para a pessoa ex-homossexual. As velhas atitudes


rebeldes devem ir embora: prestar contas a outra pessoa faz parte do processo
de cura. Nós não devemos nos submeter simplesmente a Deus, deixando de
lado nossos próprios planos e desejos, mas nós devemos também nos
submeter àqueles que representam á Deus. Submissão é morte para o
interesse próprio e nascimento para os interesses de Deus. À medida em que
os objetivos de Deus se tornam nossos objetivos, à medida em que
alcançamos os outros, nossas próprias necessidades e vazios são
preenchidos. Deus sabe que um vaso vazio não pode transbordar, então Ele
enche nosso vaso com águas vivas e nós encontramos preenchimento.
Submissão significa obediência, e conforme nós construímos um
relacionamento de amor com Deus, a obediência fluirá daquele
relacionamento.

Onze: Submição

As escrituras nos falam claramente que nós somos salvos pela graça.
Porém também nos foi dito que nós devemos produzir frutos compatíveis com
nosso arrependimento, que é conduzir nossas vidas numa maneira digna
refletindo um coração mudado (Lucas 3:8). Enquanto nós somos salvos pela
graça, nós temos definitivamente uma parte a representar no nosso
amadurecimento como cristãos. Regularmente nos foi dito para sermos
108
diligentes e seguir a santidade. A velha vida, as atitudes, as associações, as
correntes que nos seguram não serão quebradas a menos que exerçamos
pressões sobre elas e as expulsemos de nossas vidas. A substituição é
claramente de nossa responsabilidade. Nossa vida mudará ao ponto de
encorajarmos outras pessoas, preenchendo nossas mentes com as coisas de
Deus... Se nós necessitamos de sabedoria sobre quais coisas devem ser
mudadas. Deus também suprirá isso com abundância (Tiago 1:5).

Doze: Andando na Luz

Enquanto nós andamos através das nossas tarefas diárias, nós


precisamos edificar a percepção de que Deus está trabalhando em nossas
vidas minutos após minutos, dia após dia. As escrituras nos falam para
orarmos incessantemente (I Tessalonicenses 5:17). Claro que certamente não
temos como estar de joelhos o dia inteiro. Nós precisamos trabalhar e ganhar
nossa vida, porém nós podemos estar em comunicação constante com Deus.
Isso pode ser melhor descrito como tendo a certeza da presença de Deus. Nós
sabemos que o Espírito Santo e nós conheceremos os desejos de Deus. Isso
acontecerá mais e mais à medida em que nos tornamos “sintonizado” em
Deus. Algumas vezes, nós teremos que decidir ente nossos desejos e os
desejos de Deus, mas bem no fundo no nosso interior nós saberemos o que
nós devemos fazer. Ainda que tenhamos que passar através da tempestade,
nós sabemos que Deus vai à nossa frente, preparando o caminho.
Andar na luz é saber que nós nunca estamos sozinhos. É reconhecer
que Deus nos mudou, está no processo de nos mudar, e continuará a nos
mudar até que nós nos posicionamos do lado dEle. Nós devemos nos regozijar
no que Deus tem feito por nós.

“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, há


de completá-la até o dia de Cristo Jesus”. (Filipenses 1:6 NIV)

Questões

1. Descreva os acontecimentos que levaram você a fazer a decisão de


deixar o estilo de vida gay.
2. Essas pessoas estão orando por você? Descreva.
3. O que lhe foi ensinado sobre guerra espiritual? Descreva.
4. Descreva o tempo em que você entrou em contato com a majestade
de Deus.
5. Como que você lida com relacionamentos com pessoas difíceis? O
amor incondicional parece impossível para você?
6. É difícil para você se ver como Deus o vê?
7. Que coisa encoraja a sua fé mais que qualquer outra?
8. Descreva o tempo quando Deus encheu você, e então você pôde ser
usado para encher outra pessoa.
9. O que permanece da velha vida que ainda lhe causa problema?

109
CAPÍTULO DEZESSEÍS

FALANDO PARA O HOMOSSEXUAL NÃO CRISTÃO

Você merece ser parabenizado se você persistiu até aqui nesse livro
cristão. Não há nenhuma dúvida de que parte dele, e ainda grande parte,
expressa idéias que são estranhas para você. Que os cristãos deveriam
alegremente desistir de suas vidas por Jesus e procurar o controle dEle pode
ser bastante contrário ao seus alvos de encontrar independência completa.
Rendição talvez não seja a idéia que você tem a respeito de vitória. Porém,
deixando de lado toda rejeição dessa idéia, vamos dar uma olhada mais de
perto.

Uma Carta Pessoal para Você

Querido amigo.

Como você, eu tive uma longa vida lutando com a questão homossexual.
Eu sei o que significa se sentir diferente, ser rejeitado e causar dor às outras
pessoas por causa de minha orientação. A despeito do que muitos podem
pensar, nós não simplesmente um dia decidimos ser homossexuais. Sua
opinião em como você se tomou homossexual pode diferir da minha e isto não
tem importância, mas eu acredito que você irá concordar comigo que você não
pediu isso. Nós vivemos num mundo imperfeito e coisas injustas acontecem.
Não há nenhuma dúvida de que você travou uma batalha com os impulsos
homossexuais, depois se adentrou e decidiu que nunca poderia vencer. Era
impossível mudar e você teve que aceitar o que você era.
Sim, para nós é uma batalha impossível, uma batalha que nós nunca
venceremos. Isso nos levou a cometer muitos erros que tem enlarguecido a
distância entre nós e o mundo heterossexual. O primeiro erro é aceitar nossa
orientação e defender nossa forma de vida.
Aceitar a homossexualidade de uma pessoa e promovê-la é chamar o
bom de mal e o mal de bom. É destrutivo e nos tranca dentro de uni estilo de
vida que traz infelicidade e engano.
Enquanto nossos interesses sexuais se desenvolveram e nós olhamos
para pessoas do mesmo sexo para satisfazer nossas necessidades, nós
encorajamos nossas reações e enlarguecemos a dimensão da nossa aflição.
Precisamos aceitar responsabilidade por alimentar nosso problema. Outro erro
é ter fechado a opção para uma vida heterossexual. Nós abraçamos as
correntes que nos prendiam e abandonamos qualquer idéia de liberdade. A
maioria de nós evitou todo e qualquer tipo de inteiração com a sociedade que
encorajou um desenvolvimento heterossexual.
Então, onde você está hoje? Talvez você tenha encontrado seu
ajustamento: você está relativamente feliz no estilo de vida gay. Você pode
pensar que não haja nenhuma diferença entre você e o seu “sósia”
heterossexual, nem para melhor nem para pior. Se lhe fosse oferecida
liberdade do seu estilo de vida homossexual, você provavelmente, em primeiro
lugar, não acreditaria, e, segundo, não iria querer fazer o ajustamento agora,
uma vez que as coisas estão confortáveis na forma em que você está.
Nós aprendemos a viver dentro dos parâmetros que nos são dados. Até
que a motivação para mudança venha às nossas vidas, nós continuamos como
nós estamos. Porém, existe uma pessoa que entra em nossa vida, alguém que
nos chama quando podemos então ouvir o chamado. Essa Pessoa que chama
110
é Aquele que nos fez em primeiro lugar. As escrituras dizem que Deus nos
conhecia antes que fôssemos concebidos. Aceite você isso ou não, Deus não
nos criou homossexuais. Não é plano dEle que continuemos num estilo de vida
contrário ao seu padrão para o ser humano. Deus viu que nós estávamos
vivendo em pobreza de espírito assim também como em pobreza de paz e
alegria. Ele enviou Jesus para viver nesse mundo. Jesus viu nossa condição e
Ele chorou sobre ela. Essa condição estava bem longe daquilo que Ele
intencionava para nós.
Jesus viu que nós não poderíamos ajudar a nós mesmos, que se
deixados sozinhos, nós todos nos auto-destruiríamos. Ele sabia que para nós
era uma batalha impossível. E por esse motivo que Ele nos chamou a Ele. Ele
disse que andará do nosso lado, provendo a força e o poder que nós
precisamos para voltar para Seu caminho perfeito. Ele não disse que nós não
sofreríamos enquanto as mudanças estivessem sendo feitas, mas Ele disse
que nunca nos deixará ou abandonará. Ele nos guiará quando passarmos por
momentos difíceis.
Às vezes em sua vida, Jesus o chamará. Isso pode ser agora, pode ser
mais tarde. Mas Ele chama toda pessoa em um ponto da vida dela. Responder
ao chamado significa render-se totalmente, reconhecer que você precisa de
ajuda e humildemente aceitar a mão dEle enquanto Ele lhe tira do buraco.
Jesus fez isso por mim muitos anos atrás, e eu nunca me arrependi
disso sequer um dia desde então. Quando nós vivemos sem preenchimento e
paz interior, nós nos tornamos indiferentes à existência dEle. Mas uma vez que
nós O tenhamos encontrado, nós percebemos que havíamos perdido alguma
coisa muito importante e nunca voltaríamos para nossa velha vida.
O fato de se tornar cristão o assusta? Você imediatamente tem medo da
idéia de ter que desistir do sexo? Claro que é assustador; sempre nos causa
inquietude o fato de enfrentar o desconhecido. Todos os ex-homossexuais
tiveram que enfrentar isso. Muitos, porém, descobriram que o medo deles não
faz sentido. Deus deu a eles uma nova experiência, que é a do sexo dentro da
vontade de Deus: sexo dentro do matrimônio. Outros descobriram que o
“celibato” não é uma palavra suja. Deus providencia o dom do celibato para
aqueles que não estão prontos para o casamento. Até então, eu encontrei
prazer alegria em levar uma vida celibatária. Isso pode parecer estranho,
porém Deus toma conta daqueles que pertencem a Ele. Ele não nos
atormenta, mas derrama ricas bênçãos do Seu coração.
Eu o encorajo a procurar um amigo cristão e a perguntar-lhe sobre
Jesus. Descubra o que significa ter alguém cujo amor que ele tem por você é
eterno, alguém que não veio para condená-lo ou julgá-lo, mas para levantá-lo e
não o colocar para baixo. Jesus é o irmão que nós nunca tivemos o amante
que nós nunca poderíamos encontrar. Ele é alguém que se importa. Você
talvez o rejeite, mas enquanto você viver, Ele nunca o rejeitará. Ele oferece
uma nova forma de vida, nos termos dEle. Considere isso, eu fui e serei
eternamente grato a Ele por isso.
No amor dEle.

Frank Worthen
Março de 1984

“Rejeitado pelos homens, mas escolhido por Deus e precioso para Ele” (I
Pedro 2:4).

111
CAPITULO DEZESSETE

O ÚLTIMO CAPÍTULO

Eu escrevi dezesseis capítulos; minha parte está acabada. O último


capítulo pertence a você. Nesse ponto, você pode fechar o livro, direcionar a
sua mente para alguma outra coisa e considerar o que foi dito como pura doce
ilusão de pensamento. Talvez você deseje que fosse verdade o fato de que
você pode deixar o seu homossexualismo para trás, porém você ainda acredita
que isso é impossível. Em algum lugar no seu coração, de alguma forma Deus
está dizendo, “Confie em Mim!” Qualquer um que vem a Mim de forma alguma
eu lançarei fora” João 6:37.
Talvez você seja um cristão sem nenhum poder em sua vida, dirigido por
atos compulsivos, incapaz de controlar suas emoções e seus desejos. Ou
talvez você nunca conheceu a Cristo, o libertador, e ache que o Cristianismo é
algo difícil de ser compreendido. Em qualquer uma dessas situações em que
você esteja, as Escrituras dizem, “Hoje é o dia de sua salvação” II Corintios
6:2). Seja hoje o dia de sua salvação ou o dia de sua rededicação a Cristo, por
favor, junte-se a mim na oração do pecador:

A oração do Pecador

“Nosso Pai Eterno, eu tenho pecado contra Você. Eu agora confesso no


meu coração, e eu confessarei publicamente, que Jesus Cristo é o Senhor. O
ressurreto Filho de Deus, ressurgido dentre os mortos para trazer nova vida e
libertação do maligno. Eu renuncio a satanás e o poder que ele exerceu sobre
minha vida.

EU AGORA ACEITO JESUS COMO MEU SALVADOR E SENHOR


PESSOAL.
Eu confio no Senhor para me guardar e me proteger de toda influência.
Ensine-me os seus caminhos; me ajude a ter autoridade sobre o inimigo em
seu nome. Eu dou-lhe permissão para se mover em minha vida, e fazer as
mudanças que o Senhor deseja fazer. Eu peço que o Seu Santo Espírito venha
habitar em mim, trazendo-me força e trazendo-me todo o poder de que preciso
para resistir à tentação. Eu declaro, agora, que tendo pedido isso ao Senhor e
tendo recebido Jesus como meu Senhor e Salvador, não sou mais a pessoa
que eu fui. Eu sou unia nova criatura em Cristo, eu não sou mais controlado
pelo meu passado. Eu nasci novamente. Eu tenho nova vida. Eu fui liberto do
meu pecado. Louvado seja o Senhor Jesus! Tudo isso eu peço e declaro no
nome de Jesus. Amém”

Nesse dia eu dediquei (redediquei ) minha vida para Jesus.

Nome: ________________________________________Data:___________________

Agora é necessário que o seu passado não mais controle seu presente
ou seu futuro. Você pode nessa hora se sentir liberto. Todos os seus pecados,
mesmo aqueles que você cometeu alguns minutos atrás, foram perdoados.
Você tem um novo começo. Mesmo que você não sinta nada, alguma coisa
aconteceu; você não é mais a mesma pessoa. Deus declarou você justificado
diante dos olhos dEle. Você é tão limpo quanto um bebê que acaba de nascer.
Deus diz: “Toda aquela lascívia, todos aqueles atos sexuais, todas as coisas
112
sujas que você fez, eu as joguei no mar do esquecimento. Eu vejo você como
puro; eu restaurei a sua virgindade. Nesse dia eu declaro você imaculado,
intocado, virgem”.
Satanás está lá torcendo seus próprios dedos; “o que aconteceu com
meu escravo? Quem quebrou as algemas dele? O que aconteceu aqui? Bem,
vai me custar apenas alguns minutos para consertar isso. Eu direi a ele que
nada aconteceu, não é possível haver mudança para ele, que ele não serve
para Deus, que Deus nem sequer o ouve ! Isso não foi real! Não existe
nenhuma esperança para mudança. Ele acreditará em mim porque ele tem
sempre me ouvido e feito o que eu sempre quis que ele fizesse”.
Esteja consciente, Jesus disse que satanás tentará roubar de você. “O
diabo vem e rouba a Palavra dos seus corações, para que eles não acreditem
e sejam salvos.” (Lucas 8:12) Porém isso não precisa acontecer. Como filho de
Deus, você agora tem o poder para resistir a satanás. O jugo dele sobre você
está quebrado. O poder dEle se foi. Nesse ponto, o único poder que ele pode
exercer sobre você é o poder que você estiver disposto a dar a ele. Você pode
acreditar nas mentiras dele, ou você pode renunciar a ele todas as vezes que
ele tentar persuadir você para não seguir a Cristo. Você entrou numa zona de
batalha, porém, você tem todo o poder que existe para ser um vencedor, um
vitorioso.

Construindo Seu Time de Apoio

Agora; que você tomou o passo importante de fé e colocou sua vida nas
mãos de Jesus, você precisa se relacionar com o povo de Deus. Se você já
tem uma igreja, então vá até seu pastor e diga a ele sobre sua decisão e ou
sobre sua rededicação. Descubra quais atividades estão disponíveis em sua
igreja e de que forma você pode apoiar o trabalho da igreja.

Minha igreja é:_________________________________________________________

Hoje eu conversei com


Pastor:________________________________________________________________
Data:_________________________________________________________________

Eu me tomei membro da minha igreja nesse dia:

Data:_________________________________________________________________

É importante que você não seja apenas um visitante em sua igreja, mas
que você faça parte como membro. Você deve ser uma parte vital para a
igreja. Seus dons e talentos são necessários. Ir à igreja somente nos
Domingos não é suficiente; faça parte de um grupo de meio de semana.
Comece a compartilhar suas dificuldades e necessidades. Envolva-se também
em atividades sociais.
“Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se
arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento.” (Lucas 15:3)

113
CAPITULO DEZOITO

SERÁ QUE VOCÊ DEVERIA FAZER PARTE DE UM PROGRAMA


RESIDENCIAL?

Absolutamente a forma mais efetiva de descartar a velha forma


pecaminosa de vida e abraçar uma nova, é fazer parte de um programa
residencial. Muitos dos fatores-chave na formação e desenvolvimento do estilo
de vida homossexual são tratados dentro de um programa de um ano. Para
sermos seguidores fiéis de Cristo, nós precisamos aprender uma nova forma
de nos relacionarmos com ás pessoas do mesmo sexo. Constantemente, a
sedução foi a ferramenta para fazer novas amizades e desenvolver novos
relacionamentos. Um programa residencial guiará você dentro de novas formas
de se relacionar, as quais estão de acordo com a vontade de Deus. A
afirmação que você procurou por um longo tempo, porém nunca percebida,
pode ser encontrada dentro de uma família residencial.
Uma ligação para Exodus América Latina trará a informação que você
precisa o número e a localização de programas residenciais na América Latina
e América do Sul.

Exodus Latino America


Casilla 17-08-8633
Quito-Ecuador
Cópias desse manual em Espanhol pode ser adquirido também nesse
mesmo endereço.

O que é o Ministério New Hope

Sediado em San Rafael. Califórnia, esse ministério oferece muitas


formas de alcançar os outros, porém aqui, nós descreveremos o programa
residencial. Começando em 31 de Dezembro de cada ano, o programa corre
durante todo o calendário anual até mais ou menos o dia 15 de Dezembro.
Esse programa é para cristãos que fizeram o compromisso de seguir a Cristo e
estão procurando edificar uma nova vida com Ele. Apesar de que alguem do
nosso material envolve linhas de pensamento psicológico, o programa é
CENTRALIZADO EM CRISTO. Louvor, Oração e Adoração são ingredientes
chaves. É requerido que os membros do programa trabalhem período integral
durante a semana e que sejam capazes de pagar por seu programa. Todas as
sessões de estudos ocorrem durante as tardes ou durante os finais de
semana. Aqui, é oferecido para os membros do programa um ambiente sadio
no qual é examinado e trabalhado através de muitas questões “entrelinhas” do
seu problema homossexual. Os membros não são tirados do “mundo”, mas são
ensinados a como viver uma nova vida enquanto estão ainda no “mundo”.
O “New Hope” é composto por funcionários que passaram por lá. Eles
estão disponíveis por causa da disposição deles de servir e do desejo de
caminhar ao lado de outros à medida em que eles deixam a homossexualidade
para trás. Eles desejam sinceramente que aqueles que estão presos na
homossexualidade encontrem a nova experiência alegre que eles encontraram.
Enquanto o caminho para fora dá homossexualidade não é fácil, entretanto, é
uma grande aventura. Fazer parte de uma família de cristãos em que todos
estão procurando crescimento e mudança, pode ser uma experiência brilhante
e encorajadora.

114
Programa Trabalha?

Normalmente é extremamente difícil viver a vida santificada para a qual


nós fomos chamados enquanto estivermos ainda no ambiente que
originalmente favoreceu o nosso problema homossexual. O fato de mudar para
San Rafael, era si mesmo, é normalmente uma grande ajuda para quebrar
relacionamentos pecaminosos e romper com parceiros. Aqueles que se
envolvem no PROGRAMA ESPIRITUAL podem esperar que Deus irá trabalhar
nas feridas profundas do seu passado. Eles devem estar preparados para
permitir Deus trazer quebrantamento, limpeza, e novos caminhos de vida os
quais resultarão em um vida mais feliz e mais madura. A atenção do programa
não é focalizada diretamente na sexualidade em vez disso, é projetado para
trazer as raízes profundas e entranhadas das questões não sexuais até a
superfície para que os desejos homossexuais produzidos por essas questões
possam ser resolvidos.

O que Eu Devo Esperar Desse Programa?

No final do primeiro ano, você deve ter todas as ferramentas no lugar


para viver uma vida de vitória. Não espere cura completa nesse curto período
de tempo. Você será, porém, capaz de levar uma vida de vitória ao aplicar os
princípios aprendidos. Muitos continuaram em vitória e nunca retomaram para
a vida homossexual. Para aqueles que precisam de ajuda adicional, um
segundo ano é também oferecido. Para aqueles que têm tido a visão de ajudar
outros, um ano de treinamento para líderes é oferecido. Nosso grupo de
trabalho tem a esperança de que você tenha um relacionamento com Cristo
até o término do programa bem mais íntimo do que você tem experimentado.

O que é Esperado de Você?

Para serem aceitos, os candidatos devem ter no coração o desejo de


mudança e ser capazes e dispostos de se comprometerem a si mesmos com o
programa por um período de um ano. E requerido dos membros que consigam
um emprego de período integral na área de San Rafael e que sejam capazes
de se manterem. Será esperado que você dê prioridade máxima e deixe de
lado outros objetivos de sua vida, O programa requer uma grande quantidade
de tempo quando você estará em sessões de ensino, tempo de estudo, oração
e louvor. A intensidade é quase a mesma de um curso universitário.

Instalações

O programa está localizado na Casa Emmanuel no centro de San


Rafael. Essa “casa” é, na verdade, três apartamentos conectados e tem
capacidade para acomodar 14 homens em quartos divididos. A instrução é
similar a uma casa de fraternidade cristã onde existe uma atmosfera familiar. A
participação nos dias de semana é requerida e todos os membros auxiliam na
manutenção e cuidado da casa.

Quais áreas de Estudo são Cobertas?

• O Poder de Cristo de mudar vidas


• O coração de Pai que Deus tem
• Dons Espirituais e Guerra Espiritual
115
• Perdão
• Raízes e Causas da Homossexualidade
• Vício Sexual
• Relacionamentos em Grupo e Interação
• O Processo de Mudança
• Auto-imagem e Nossa Imagem com Relação aos Outros
E muitos outros tópicos (92 sessões de estudos durante o ano)

Como eu me Candidato?

O programa é aberto para receber os documentos para seleção durante


3 meses no ano - junho, julho, agosto. Durante esses meses você deve enviar
a quantia de $20.00 que não será devolvida a fim de receber o pacote com os
formulários para se candidatar ao programa. Os documentos completamente
preenchidos devem ser enviados para o escritório do New Hope até 15 de
Setembro. Para ser aceito você deve visitar nossas instalações para uma
entrevista pessoal, a qual também permitirá que você veja de antemão o
programa funcionando (o que pode ser impedido caso apresente um motivo).
Quando toda a documentação for recebida, a diretoria de admissão irá rever as
fichas e tomar a decisão. Os candidatos são informados com relação à decisão
depois da primeira semana em outubro. As datas para mudança são 29 e 30
de Dezembro. Nenhuma chegada com atraso será aceita para o programa.

Nosso Lema

O ministério New Hope se baseia no padrão de Deus com relação à


justiça e santidade, as quais declaram que a homossexualidade é pecado, mas
também afirmam que o amor dEle e Seu poder remidor é capaz de trazer
inteireza e restauração completa para a pessoa, incluindo a sexualidade dele
ou dela. Escreva-nos ou nos Ligue Para Maiores Detalhes

NEW HOPE MINISTRIES


P.O. BOX 10246
San Rafael. CA 94912-0246
Telefone: 415-453-6475
Fax: 415-455-9758

Para adquirir esse livro em Espanhol:


EXODUS LATINOAMERICA
Casula 17-08-8633
Quito-Ecuador

Escritório do Exodus no Brasil:


EXODUS BRASIL
Um Setor de Exodus América Latina
Caixa Postal 106.075
Niterói. RI 24.232-970

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CAPÍTULO DEZENOVE

ESCRITURAS DE ESPERANÇA

“Acaso para o Senhor há cousa demasiadamente difícil?” Gênesis 8:14)


“ De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus. e o acharás, quando o
buscares de todo o teu coração e de toda a sua alma.” (Deuteronômio 4:29)
“Não temais tendes cometido todo este mal; no entanto, não vós
desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR de todo coração.
Tão somente, pois, temei ao SENHOR e servi-o fielmente de todo o
vosso coração; pois vede quão grandiosas cousas voz fez.” (I Samuel
12:20.24)
“Por que quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para
mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele;” (II Crônicas
16:9)
“Porque, se vós vos converterdes ao SENHOR, vossos irmãos e vossos
filhos acharão misericórdia perante os que os levaram cativos e tornarão a esta
terra: por que o SENHOR, vosso Deus, é misericordioso e compassivo e não
desviará de vós o rosto, se vos converterdes a ele.” (II Crônicas 30:9)
“Contudo, o justo segue o seu caminho, e o pura de mãos cresce mais e
mais em força.” (36 30:9)
“O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença: estando ele à minha
direita, não serei abalado.” (Salmos 16:9)
“Pois tu, Senhor, és bom e compassivo; abundante em benignidade para
com todos os que te invocam.” (Salmos 86:5)
“Os que se assentaram nas trevas e nas sombras da morte, presos de
aflição e em ferros, por se terem rebelado contra a palavra de Deus e haverem
desprezado o conselho do Altíssimo, de modo que lhes abateu com trabalhos o
coração - caíram, e não houve quem os socorresse. Então, na sua angústia,
clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações. Tirou-os das trevas
e das sombras da morte e lhes despedaçou as cadeias. Rendam graças ao
SENHOR por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos
homens! Pois arrombou as portas de bronze e quebrou as trancas de ferro.”
(Salmos 107:10-16)
“Grande paz têm os que amam a tua lei: para eles não há tropeço.”
(Salmos 119:165)
“[O SENHOR] Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não
tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exausto
caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com
asas como águias, correm e não se fatigam.” (Isaias 40:29-31)
“Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas.
Eis que faço nova, que está saindo à luz; porventura não o percebeis? Eis que
porei um caminho no deserto e rios, no ermo.” (Isaias 43:18-19)
“Eu, eu mesmo, sou o que apago as, mas transgressões por amor de
mim e dos teus pecados não me lembro.” (Isaías 43:25) .
“Eis que sou o SENHOR, o Deus de todos os viventes; acaso, haveria
cousa demasiadamente maravilhosa para mim?” (Jeremias 32:27)
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do
pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava
enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu própri o Filho em
semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito,
condenou Deus, na carne, o pecado.” Romanos 8:1-3)
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“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas
já passaram; e eis que se fizeram novas.” (II Coríntios 5:17)
“Todavia o SENHOR é fiel: ele vos confirmará e guardará do Maligno.” (II
Tessalonicenses3:3)
“Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso
para socorrer os que são tentados”(Hebreus 2:18)
“Por que não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as cousas, à nossa
semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente,
junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça
para socorro em ocasião oportuna.” (Hebreus 4:15-16)
“...O Senhor sabe livrar da provação os piedosos.” (II Pedro2:9)
“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos
apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória,” (Judas 24)

EPÍLOGO

“O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os


passos.” (Provérbios 16:9)
No tempo em que o manuscrito desse livro estava sendo preparado,
Frank não estava ciente de que o Senhor brevemente traria uma mulher para
sua vida, que se tomaria sua esposa e parceira no ministério. Em 24 de
Novembro de 1984. Frank casou-se com Anita Thomas, que agora trabalha
lado a lado com ele no Ministério “New Hope”. Desde que eles se casaram,
Frank e Anita têm feito um grande número de viagens juntos, fazendo palestras
e encorajando novos ministérios.
Frank não é mais o “celibatário feliz”, como ele era chamado pelo jornal
local, porém, está se regozijando na sua nova vida e em tudo o que um
casamento oferece.

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CAPÍTULO VINTE

NOTAS FINAIS

1. Masters & Johnson, Human Sexuality, (Sexualidade Humana). p. 319.


(LIA 300.01)
2. Ibid., p. 320
3. SIECUS. Sexuality and Man, (O homem e a Sexualidade), Scribners,
1970, p. 74. (LIA) 306
4. McNeill, John J.,S. J. The Church and the Homosexual, (A Igreja e o
Homossexual), Sheed Andrews and McMeel, Inc., Kansas City. l976.p. 14.
5. Ibid, pp. 1,2
6. Ibid., p.2.
7.Scanzoni, Letha and Molleakott, Virginia Ramsey, Is the Homosexual
my Neighbor? (O Meu irmão é Homosexual?)
Harper & Row. 1978, pp.60,61
8. McNeill.p 52
9. Scanzoni and Mollenkott.
10. McNeiII, p. 52.
11. Boswell, John. Christianity, Social Toleranca and Homossexuality.
(Cristianismo, Tolerância Social e o Homossexualismo), Universidade de
Chicago Press, 1980, p. 107.
12. Furnish, Victor Paul, The Moral Teatching of Paul, (O ensino moral
de Paulo), Abingdon Press, Nashville, 1979, p. 69.
13. Associação Psiquiátrica Americana, Diagnostic and Statistical
Manual of Mental Desorders, (Manual Estatístico e Diagnóstico de Desordem
Mental) terceira edição, 1981 . p. 281.
14. Alcoholics Anonymous, (Alcoólicos Anônimos) Alcoholics Anonymous
World Services, Inc., New York. 1955, p59.
15. Moberly, Elizabeth R., Psychogencesis, the Early Development of
Gender Identity, (Psicogênese, Desenvolvimento precoce da Identidade
Sexual) Routledge & Keegan Paul Limited, London, 1983, p31.
16. Moberly. Elizabeth R., Homosexuality; A new Christian Ethic,
(Homossexualismo; Unta Nova Ética Cristã), James Clarke, Cambridge. 1983,
p. 17.
17. Fromm, Erich, The Art of Loving, (A Arte de Amar), Colophen Books,
Harper & Row, New York, 1956, p. 56.
18. Hatterer, Lawrence J., MD., Changing Homossexuality in the Male,
(Mudando o Homossexualismo na Pessoa do Sexo Masculino). McGraw-Hill
Book Company, New York 1970, p. 15.
19. Johnson, Barbara, Where does a Mother go to Resign? (Para onde
uma mãe vai para se demitir?) Bethany House, Minneapolis, 1979.
20. Swindoll, Charles R., Three Steps forward, Two Steps back, (Três
Passos para Frente, Dois Passos para Trás), Thomas Nelson Pubs., 1980, p.
74.
21. Thorkelson. Lori, The Lordship of Christ, (O Senhorio de Cristo),
Love in Action
22. Jabay, Earl. The Kingdom or Self. (O Reino do Eu), Logos
International, New Jersey, 1974 pp. 4,5.
23. Pauk Walter, How to Study in College. (Como estudar na Faculdade),
Segunda Edição, Houghton Mifflin Company, Boston, 1974, P.62
24. lbidi p.56.

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As passagens citadas na Bíblia Amplificada foram traduzidas pelo
tradutor, visto que essa verso não foi editada em Português até o presente
momento.
1 Um ministério para ex-homossexuais fundado nas Filipinas por Frank
Worthen depois do Love In Action nos Estados Unidos.
a abusadores de si mesmos com outras pessoas, ou usam outras
pessoas para se abusarem.
2 Coito em Português
3 ou, “Foi assim que Deus falou?
4 Amor em Ação
5 Nova Esperança
6 Ver capítulo dezoito.
Usaremos o termo “caçar” para descrever o ato de sair à busca de um
parceiro sexual através de passeios de carros, longas esperas ou longas
caminhadas em diferentes lugares, o que normalmente resulta num encontro
sexual anônimo.
Todos os versículos referentes à Bíblia Amplificada foram traduzidos
pelo tradutor visto que a Bíblia Amplificada, ate o presente momento, não foi
editada em Português.
7 Usei essa expressâo “Louco” para não minimizar o que o autor usou
em inglês “to dote‟ que poderia ser traduzido como: adorar, ser louco por,
idolatrar, etc.
A mesma ideia de uma união heterossexual onde o homem deixará pai e
mãe e se unirá a uma mulher tornando-se ambos uma só carne.
8 Expressão americana usada para descrever um relacionamento
codependente. O estudo sobre “Codependencia” está recente nos Estados
Unidos e muito pouco conhecido no Brasil. É um tento abrangente, mas
basicamente aborda a questão de adição ou vício a substancia química,
pessoas, comportamento, situações e etc, em conseqüência de um
relacionamento familiar doentio, Se alguém estiver interessado em conhecer
mais do assunto, eu indico o livro “Love is a Choice - Recovery for
Codependent Relationships” (O Amor ê Uma Escolha - Recuperação para
relacionamentos codependenses) de Dr. Robert Hemfelt, Dr. Frank Minisrth e
Dr. Paul Meier publicado nos Estados Unidos por Guideposts®. Ou
Codependent no more (Codependente nunca mais) de Melody Beattie
publicado também nos Estados Unidos por Harper/Hazelden.
9 Outra expressão americana para descrever o relacionamento em que
um indivíduo é atraído por outra pessoa ou situação e quando se aproxima
dele, é repetido por algum tipo de desconforto encontrado, mesmo diante da
atração. “Aqui ele é descrito pela figura da mariposa ou de algum inseto na
noite que é atraído pela beleza da chama do fogo ou luz, mas que uma vez em
contato, se repele imediatamente pelo calor ou queimadura que pode trazer
para Si”.
10 Nos feriados, os clientes envolvidos no programa viajam para visitar
seus familiares.
11 Termo usado para descrever o ato em que o homossexual sai à
busca de um parceiro procurando nos ruas, bares e/ou outros lugares propícios
para se encontrar algum parceiro sexual disponível.
12 atração por partes especificas do corpo de uma outra pessoa
13 Nova Esperança

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