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O livro Feminismo em comum: para todas, todes e todos, de Marcia Tiburi, tem
como objetivo contribuir com o debate de gênero, a partir de uma reflexão teórica
comprometida com um projeto de sociedade e de Estado democrático. Desse modo,
apresenta a relevância do feminismo, enquanto movimento político capaz de conduzir
uma leitura crítica da realidade, como um possível caminho para a promoção da
equidade. Como a autora afirma, “O feminismo está aí para ajudar as pessoas a se
perguntarem sobre os jogos de poder envolvidos em sua própria vida” (TIBURI, 2018,
p. 29).
Márcia Tiburi é Doutora em filosofia, professora universitária, artista plástica
e colunista da revista Cult. Com uma linguagem didática, analisa, neste livro, as
desigualdades de gênero e assinala a importância da produção de novas práticas de
resistência, a fim de “retirar o feminismo da seara das polêmicas infindáveis e
enfrentá-lo como potência transformadora” (TIBURI, 2018, p. 8).
Na introdução, Tiburi menciona que no título utiliza a letra “e” para identificar
o gênero não binário, “de modo a não criar barreiras para a acessibilidade do conteúdo
por deficientes visuais” (TIBURI, 2018, p. 11). Os 17 capítulos são apresentados de
forma objetiva e procuram refletir sobre questões centrais do feminismo, enquanto
instrumento de um processo mais amplo de emancipação social. Nesse sentido afirma:
Todas porque quem leva essa luta adiante são as mulheres. Todes porque o
feminismo liberou as pessoas de se identificarem somente como mulheres
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Especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família pela Faculdade do Vale do Jaguaribe
(FVJ). Graduada em Serviço Social pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Lattes:
http://lattes.cnpq.br/9867155332294471. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2291-041. E-mail:
macianafreitas@hotmail.com.
R. Inf. Cult., Mossoró, v.1, n.2, p. 175-178, jul./dez. 2019. E-ISSN: 2674-6549.
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[…] o feminismo nos dá uma biografia. Ele é a narrativa de si, auto avaliação
crítica e autocrítica das mulheres. A narrativa daquelas pessoas que não
tiveram narrativa, que não tiveram direito de uma história. Por meio dessa
história que vem sendo construída e que tem um longo caminho pela
frente, o feminismo nos dá a chance de nos devolver ao nosso tempo, aos
nossos pensamentos, ao nosso corpo (TIBURI, 2018, p. 103).
REFERÊNCIA
TIBURI, M. Feminismo em comum: para todas, todes e todos. Rio de Janeiro: Rosa dos
Tempos, 2018. 126 p.
R. Inf. Cult., Mossoró, v.1, n.2, p. 175-178, jul./dez. 2019. E-ISSN: 2674-6549.