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SAÚDE MENTAL X DOENÇA MENTAL

Saúde mental: Saúde Mental é o equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as


exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas
emoções dentro de um amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real
e do precioso. É ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de
tempo e espaço. É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o legal e o
outro. (Dr. Lorusso); Saúde Mental é estar de bem consigo e com os outros. Aceitar as
exigências da vida. Saber lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis:
alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações.
Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário.

Doença mental: Os termos perturbação, distúrbio e doença combinam-se aos termos


mental, psíquico e psiquiátrico para descrever qualquer anormalidade, sofrimento ou
comprometimento de ordem psicológica e/ou mental. Os transtornos mentais são um
campo de investigação interdisciplinar que envolves áreas como a psicologia, a
filosofia, a psiquiatria e a neurologia. A doença mental aparece quando a pessoa que
sofre deixa de se relacionar de forma funcional com o mundo, a nível familiar, laboral
e/ou social.

TEORIA DO ESTRESSE

Acontecimentos biográficos (eventos da vida): são acontecimentos localizáveis no


tempo e no espaço, que exigem uma reestruturação profunda da situação de vida e
provocam reações afetivo-emocionais de longa duração. Esses acontecimentos podem
ser positivos e negativos e ter diferentes graus de normatividade, ou seja, de exigência
social. Exemplos são casamento, nascimento de um filho, morte súbita de uma pessoa,
acidente, etc;

Estressores traumáticos: é aquele em que, uma vez a ele exposto, o sujeito poderá
sofrer consequências psíquicas por um tempo longo, podendo chegara décadas, mesmo
após seu afastamento do mesmo. O evento traumático grave inclui aspectos
relacionados ao comprometimento da integridade física do próprio indivíduo ou de
outrem.

Estressores quotidianos: são acontecimentos desgastantes do dia a dia, que interferem


no bem-estar do indivíduo e que veem essas experiências como ameaçadoras, dolorosas,
frustrantes ou como perdas. São exemplos: problemas com peso ou aparência,
problemas de saúde de parentes próximos que exigem cuidados, aborrecimentos com
acontecimentos diários, níveis altos de som; (cuidados com a casa, aumento de preços,
preocupações financeiras, etc.);

Estressores crônicos: são (a) situações ou condições que se estendem por um período
relativamente longo e trazem consigo experiências repetidas e crônicas de estresse
(exemplos: excesso de trabalho, desemprego, etc.) e situações pontuais (ou seja com
começo e fim definidos) que trazem consigo consequências duradouras (Exemplo:
estresse causado por problemas decorrentes do divórcio).

RESPOSTA AO ESTRESSE: Selye (1959) observou que o estresse apresenta três


fases sucessivas, que representam o esforço, a persistência e a falência do mecanismo de
adaptação aos agentes estressores. A fase de alerta é caracterizada por reações do eixo
HPA em resposta ao evento estressor – trata-se de uma resposta de luta ou fuga que
objetiva a preservação da vida. A fase de resistência se apresenta quando o estressor
permanece presente por períodos prolongados ou se é de grande dimensão. O
organismo, então, tenta recuperar o equilíbrio homeostático. Na fase de exaustão, o
estresse ultrapassou a possibilidade de gerenciamento em virtude de o organismo ter
exaurido a sua energia adaptativa. Essa fase está associada ao aparecimento de diversos
problemas, tais como úlceras, gengivites, psoríase, hipertensão arterial, depressão,
ansiedade, problemas sexuais, entre outros. Lipp (2003) propôs uma fase intermediária
entre a resistência e a exaustão para o estresse emocional: a fase de quase-exaustão.
Cada fase envolve uma sintomatologia diferenciada, que é acompanhada de mudanças
hormonais correspondentes.

TEORIA DA CRISE

Argumenta que as situações de crise surgem em resultado de uma falha na socialização


e de dificuldades de resposta às circunstâncias, ou seja, as diferenças de funcionamento
entre os indivíduos estão em função dos suportes do meio e da disponibilidade de
moderadores par as situações de conflito. Apela para a oportunidade e importância da
intervenção que se pode situar nos diferentes níveis dos processos de confrontação e das
situações-problema.

Dohrenwend (1978), partindo da Teoria da Crise, definiu como um dos objetivos da


Psicologia Comunitária, a compreensão do processo pelo qual o stress gera perturbações
emocionais e considerou como fundamental o conceito de adaptação que descreveu
como sendo o aumento no índices de ajustamento entre o individuo e as exigências ou
os constrangimentos do meio. O processo de adaptação pode ser facilitado pelo
alargamento do nicho proporcionado pelo ambiente ou pelo aumento das competências
individuais.

O termo adaptação social, parece implicar que o indivíduo deve ajustar-se a um


determinado sistema social, o que implica transações estruturadas entre o indivíduo e o
meio. Como os acontecimentos vitais podem ameaçar a disponibilidade de recursos e
provocar rutura nas transições sociais em curso tendem a requerer uma resposta
adaptativa. Um número elevado de situações de rutura, requer processos de adaptação
significativos de modo a permitir a sobrevivência, o indivíduo pode correr o risco de
ficar desprovido dos meios para participar nas trocas de bens e serviços, facto que pode
conduzir a novas situações de rutura e consequentemente ao isolamento social.

A adaptação pode envolver dimensões biológicas, sociais, de auto-referência ou


valorativas pelo que um determinado estado de adaptação é também uma situação
específica e temporária, novas situações de rutura podem surgir em resultado de outros
fatores de stress ou mudanças no ambiente, por isso, inevitavelmente, períodos de
adaptação alteram com períodos transitórios de desequilíbrio.

SUICIDIO

suicídio está relacionado ao aumento do número de transtornos mentais na nossa


sociedade, tais como a depressão, o alcoolismo, o transtorno bipolar, o transtorno
borderline e transtornos de ansiedade, etc.

Outro fator que contribui para o crescimento do suicídio é que na sociedade moderna há
muito pouco espaço para o sofrimento e para o acolhimento de quem sofre.

As exigências de felicidade, sucesso, riqueza nunca foram tão intensas. Aquele que
sofre, que não está bem, não encontra espaço nem acolhimento para expressar o que
sente na maioria das vezes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) prospectou que em 2030 a depressão será a


segunda causa mais importante de incapacitação dos indivíduos.

Ainda há muito preconceito e desinformação sobre as doenças/transtornos mentais


como a depressão e outros mais.

Sim, doença, pois muitos ainda acreditam que não se trata de uma doença. É
interessante ressaltar que a depressão não é “frescura”, “falta de coragem”, “falta de
Deus”, “fraqueza”, ou qualquer outra coisa.

Depressão é uma doença. Como tal, precisa de tratamento adequado, assim como todos
os demais transtornos. Ninguém escolhe adoecer de uma gripe, ninguém escolhe estar
deprimido.

EMERGÊNCIA PSIQUIATRICA

Qualquer situação de natureza psiquiátrica em que existe um risco significativo (de


morte ou injúria grave) para o paciente ou para outros, necessitando de uma intervenção
terapêutica.

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

Os transtornos de personalidade são um grupo de doenças psiquiátricas em que a pessoa


tem um padrão de pensamento e comportamento bastante rígido e mal ajustado. Sem
tratamento, que envolve psicoterapia e medicamentos, o problema costuma ter longa
duração e causa sofrimento e dificuldade nos relacionamentos pessoais e em outras
áreas.

Os transtornos de personalidade são classificados em categorias que têm características


comuns. Embora seja comum reconhecer traços de si mesmo em diferentes transtornos
de personalidade, quem tem o problema possui a maior parte das características de um
transtorno específico.
Transtornos excêntricos ou estranhos

Transtorno de personalidade paranoide - pessoas com esse transtorno tendem a


desconfiar dos outros e achar que vão ser enganadas. Por causa disso, elas podem ser
hostis ou emocionalmente desapegadas.

Transtorno de personalidade esquizoide - provoca falta de interesse em relações sociais.


Quem tem o problema é indiferente às interações sociais.

Transtorno de personalidade esquizotípica - pode levar a um comportamento excêntrico,


pensamentos e crenças incomuns ou bizarras, sentimento de desconforto em ambientes
sociais e dificuldade para ter relacionamentos íntimos.

Transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares

Transtorno de personalidade antissocial – quem tem o transtorno não reconhece os


sentimentos e necessidades de outros. Também pode repetidamente mentir, agredir,
roubar e ter comportamentos ilegais.

Transtorno de personalidade histriônica - pessoas com este transtorno são altamente


emotivas e dramáticas, têm uma necessidade excessiva de atenção e aprovação e podem
usar a aparência física para consegui-la.

Transtorno de personalidade borderline - as características principais incluem o medo


do abandono, relacionamentos intensos e instáveis, explosões emocionais extremas,
comportamento autodestrutivo e sentimento crônico de vazio.

Transtorno de personalidade narcisista - são as pessoas com autoestima inflada e


necessidade de admiração. Elas costumam ter pouca empatia ou preocupação com os
outros e têm fantasias de sucesso, poder ou beleza.

Transtornos ansiosos ou receosos

Transtorno de personalidade esquiva - pessoas que evitam a interação social e são


extremamente sensíveis aos julgamentos negativos dos outros; elas podem ser tímidas e
isoladas socialmente e ter sentimentos de inadequação.

Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva - são pessoas preocupadas com


regras e ordem e que valorizam o trabalho acima de outros aspectos da vida; são
perfeccionistas e têm uma necessidade de estar no controle. É importante não confundir
com o transtorno obsessivo-compulsivo, que é uma forma de transtorno de ansiedade.

Transtorno de personalidade dependente - causa necessidade de ser cuidado e medo de


estar sozinho, além de dificuldade de separar-se de seus entes queridos ou tomar
decisões por conta própria. Quem tem o problema pode ser submisso e tolerar relações
abusivas.
RAPS

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) propõe um novo modelo de atenção em saúde


mental, a partir do acesso e a promoção de direitos das pessoas, baseado na convivência
dentro da sociedade. Além de mais acessível, a rede ainda tem como objetivo articular
ações e serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade.

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)

São pontos de atenção estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Unidades


que prestam serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, constituído por equipe
multiprofissional que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente
atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com
necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja
em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. São substitutivos ao
modelo asilar, ou seja, aqueles em que os pacientes deveriam morar (manicômios).

Modalidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)

CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e


persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões
com pelo menos 15 mil habitantes.

CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e
persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões
com pelo menos 70 mil habitantes.

CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e


persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões
com pelo menos 70 mil habitantes.

CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em


transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo
menos 70 mil habitantes.

CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas
faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de
substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.

CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e


observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e
outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.

Urgência e emergência: SAMU 192, sala de estabilização, UPA 24h e pronto socorro

São serviços para o atendimento de urgências e emergências rápidas, responsáveis, cada


um em seu âmbito de atuação, pela classificação de risco e tratamento das pessoas com
transtorno mental e/ou necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas
em situações de urgência e emergência, ou seja, em momentos de crise forte.

Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT)

São moradias ou casas destinadas a cuidar de pacientes com transtornos mentais,


egressos de internações psiquiátricas de longa permanência e que não possuam suporte
social e laços familiares. Além disso, os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs)
também podem acolher pacientes com transtornos mentais que estejam em situação de
vulnerabilidade pessoal e social, como, por exemplo, moradores de rua.

Unidades de Acolhimento (UA)

Oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento 24h/dia, em ambiente


residencial, para pessoas com necessidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas, de ambos os sexos, que apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou
familiar e demandem acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório. O
tempo de permanência nessas unidades é de até seis meses.

As Unidades de Acolhimento são divididas em:

Unidade de Acolhimento Adulto (UAA): destinada às pessoas maiores de 18 (dezoito)


anos, de ambos os sexos; e

Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI): destinada às crianças e aos


adolescentes, entre 10 (dez) e 18 (dezoito) anos incompletos, de ambos os sexos.

As UA contam com equipe qualificada e funcionam exatamente como uma casa, onde o
usuário é acolhido e abrigado enquanto seu tratamento e projeto de vida acontecem nos
diversos outros pontos da RAPS.

Ambulatórios Multiprofissionais de Saúde Mental

Os Ambulatórios Multiprofissionais de Saúde Mental são serviços compostos por


médico psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo,
enfermeiro e outros profissionais que atuam no tratamento de pacientes que apresentam
transtornos mentais. Esses serviços devem prestar atendimento integrado e
multiprofissional, por meio de consultas.

Funcionam em ambulatórios gerais e especializados, policlínicas e/ou em ambulatórios


de hospitais, ampliando o acesso à assistência em saúde mental para pessoas de todas as
faixas etárias com transtornos mentais mais prevalentes, mas de gravidade moderada,
como transtornos de humor, dependência química e transtornos de ansiedade, atendendo
às necessidades de complexidade intermediária entre a atenção básica e os Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS).
Comunidades Terapêuticas

São serviços destinados a oferecer cuidados contínuos de saúde, de caráter residencial


transitório para pacientes, com necessidades clínicas estáveis, decorrentes do uso de
crack, álcool e outras drogas.

Enfermarias Especializadas em Hospital Geral

São serviços destinados ao tratamento adequado e manejo de pacientes com quadros


clínicos agudizados, em ambiente protegido e com suporte e atendimento 24 horas por
dia. Apresentam indicação para tratamento nesses Serviços pacientes com as seguintes
características: incapacidade grave de autocuidados; risco de vida ou de prejuízos
graves à saúde; risco de autoagressão ou de heteroagressão; risco de prejuízo moral ou
patrimonial; risco de agresão à ordem pública. Assim, as internações hospitalares devem
ocorrer em casos de pacientes com quadros clínicos agudos, em internações breves,
humanizadas e com vistas ao seu retorno para serviços de base aberta.

Hospital-Dia

É a assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para


realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que
requeiram a permanência do paciente na Unidade por um período máximo de 12 horas.

O que é Reabilitação Psicossocial?

A reabilitação psicossocial é compreendida como um conjunto de ações que buscam o


fortalecimento, a inclusão e o exercício de direitos de cidadania de pacientes e
familiares, mediante a criação e o desenvolvimento de iniciativas articuladas com os
recursos do território nos campos do trabalho, habitação, educação, cultura, segurança e
direitos humanos.

TRANSTORNOS DE HUMOR

Transtorno Afetivo Bipolar : O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância,


em um mesmo indivíduo, de períodos onde há uma elevação do humor e aumento de
energia e atividade (episódios maníacos) com outros períodos onde há rebaixamento do
humor e diminuição de energia e atividade (episódios depressivos). Em função da
alternância entre esses dois episódios, o transtorno é classificado como bipolar. Entre os
episódios, há um período de humor normal e a incidência em ambos os sexos é
aproximadamente igual.

Os episódios maníacos geralmente começam abruptamente, e duram em média ao redor


de 4 meses. Os episódios depressivos duram ao redor de 6 meses e ambos
freqüentemente se seguem a situações de estresse ou traumas mentais, podendo ocorrer
em qualquer idade. Para serem diagnosticados como episódio maníaco ou episódio
depressivo, devem perdurar por no mínimo duas semanas.
Sintomas

O episódio depressivo é caracterizado pelos seguintes sintomas:

· Humor deprimido, energia reduzida; Perda de interesse e prazer; Concentração e


atenção reduzidas; Auto-estima e autoconfiança reduzidas; Idéias de culpa e inutilidade;
Perturbações do sono; Visões pessimistas do futuro;Podem estar presentes idéias
delirantes e alucinações.

O episódio maníaco é caracterizado pelos seguintes sintomas:

· Euforia ou alegria patológica; Taquipsiquismo, Agitação psicomotora; Exaltação;·


Logorréia; Perturbações do sono; Podem estar presentes delírios de grandeza ou de
poder e alucinações.

Depressão

O termo depressão tanto pode ser utilizado como sinônimo de uma reação “normal” de
tristeza, como pode significar uma síndrome, isto é, um agrupamento de sintomas. Ou
pode ainda tratar-se de uma patologia, classificada como um transtorno de humor
(afetivo), onde os sintomas devem causar um sofrimento clinicamente significativo,
com prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes
da vida do indivíduo.

Na depressão, o humor vital independe da vontade da pessoa. Além disso, as


manifestações depressivas são muito variáveis e extremamente dependentes da estrutura
psíquica da pessoa, da sua particularidade. A cultura também apresenta grande
influência na forma como a depressão será vivida e comunicada. Portanto, é
indispensável que o indivíduo que manifeste sintomas depressivos, procure ajuda
especializada. .

Definição

A Depressão se caracteriza por uma alteração do Humor Vital, fazendo com que o
indivíduo vivencie alterações em suas funções afetivas, intelectivas e cognitivas. Pode
apresentar um ou mais episódios depressivos e com curso variável.

Sintomas- humor deprimido- perda de interesse e prazer- diminuição ou aumento do


apetite- insônia terminal ou hipersonia- agitação ou retardo psicomotor- fadiga ou falta
de energia, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada- diminuição da
capacidade de pensar, concentrar-se ou tomar decisões- pensamentos de morte; ideação
suicida; tentativas de suicídio
Para que seja diagnosticado um Episódio Depressivo Maior, 5 ou mais dos sintomas
devem estar presentes por, pelo menos, um período de 2 semanas, representando uma
alteração significativa do funcionamento anterior da pessoa. Sendo que um dos
sintomas deve ser o humor deprimido ou a perda de interesse ou prazer.

Os sintomas citados acima dizem respeito a forma típica da Depressão. Entretanto,


alguns deprimidos podem apresentar sintomas ansiosos (Pânico, fobias...) e
somatiformes: Depressão Atípica.

TRANSTORNOS ALIMENTARES

A anorexia nervosa é caracterizada por um medo irreal de ganhar peso ( Anorexia


nervosa). As pessoas que apresentam o transtorno passam fome a ponto de prejudicar
sua saúde. Embora a anorexia signifique perda do apetite, as pessoas com anorexia
nervosa podem não perder o apetite.

O transtorno alimentar restritivo evitativo é caracterizado pela ingestão de quantidades


muito pequenas de comida e/ou por evitar ingerir certos alimentos sem a preocupação
quanto à forma física ou peso que é típica em pessoas com anorexia ou bulimia nervosa
( Transtorno alimentar restritivo evitativo).

O transtorno da compulsão alimentar periódica é caracterizado pela ingestão de


quantidades de comida maiores do que a maioria das pessoas ingeriria em um tempo e
circunstâncias semelhantes ( Transtorno da compulsão alimentar periódica). As pessoas
sentem perda do controle durante e após a compulsão alimentar.

A bulimia nervosa é caracterizada por episódios de ingestão rápida de grandes


quantidades de alimentos, seguidos por tentativa de compensar o excesso de alimentos
consumidos (por exemplo, por purgação – Bulimia nervosa).

A purgação é o vômito autoinduzido ou a má utilização de laxantes ou enemas.

Pica é a ingestão de coisas que não são alimentos ( Pica).

A ruminação é a regurgitação de alimentos após a ingestão ( Transtorno da ruminação).


A regurgitação, ao contrário do vômito, pode ser voluntária.

Os transtornos alimentares são muito mais frequentes em mulheres, sobretudo nas mais
jovens, do que em homens.

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