CURSO: DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA/ NEUROPSICOPEDAGOGIA

DISCIPLINA: MÉTODOS, MODALIDADE E DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR

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 AULA 03 – PRODUÇÃO CIENTÍFICA POR MEIO DE NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS
Prof. Me. Felipe da Costa Negrão

VIVER,
NARRAR E
Objetivo Geral: Compreender os princípios FORMAR

da pesquisa (auto)biográfica, oportunizando o FONTES DE

exercício de auto-formação e conhecimento de PROJETOS DE RECOLHA DE
SI
DADOS
si.

MÉTODO COMO
(AUTO) ANALISAR
BIOGRÁFICO NARRATIVAS?
Esquema 01 – Conteúdos daAula
Fonte: Negrão (2021)
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AUTOBIOGRÁFICAS

PRA COMEÇAR A VIAGEM...

ME CONTE COMO TUDO COMEÇOU...

COMO VOCÊ CHEGOU ATÉ ESSE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO?
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AUTOBIOGRÁFICAS

PRA COMEÇAR A VIAGEM...

ME CONTE AONDE VOCÊ QUER CHEGAR...

QUAIS AS SUAS ASPIRAÇÕES FUTURAS? JÁ SABE O QUE FAZER PARA CHEGAR LÁ?
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AUTOBIOGRÁFICAS

VIVER, NARRAR E FORMAR

[...] Em suas experiências narrativas, transcendem as ações, a descrição
dos lugares, os gestos das pessoas, ocupando-se em valorizar as
experiências dos sujeitos. Para tanto, atribuem sentidos ao observado e
7%

significam o experenciado através da linguagem (Souza; Meireles, 2019).

36%

Um encontro consigo
64%
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AUTOBIOGRÁFICAS

VIVER, NARRAR E FORMAR

[...] Na pesquisa narrativa, cada sujeito, entendido como narrador,
valendo-se dos próprios recursos biográficos, possui um motivo que
organiza, integra, direciona e elege os elementos e acontecimentos que dão 7%

forma a sua narrativa, tornando-a única, original e irrepetível por conta

dos significados pessoais contidos em cada uma das histórias narradas
36%
(Souza; Meireles, 2019).

64%
[...] As narrativas (auto)biográficas, “centram-se nas trajetórias, percursos
e experiências dos sujeitos, são marcadas por aspectos históricos e
subjetivos frente às reflexões e análises construídas por cada um sobre o
ato de lembrar e narrar” (Souza, 2014).
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AUTOBIOGRÁFICAS

VIVER, NARRAR E FORMAR

A experiência
humana e suas
(re)significações
como estrutura
fundante do
processo de narrar.

A pesquisa narrativa constituiu-se como uma perspectiva fértil de investigação, permitindo romper com o antigo
paradigma entre o cientista e o objeto estudado, e, do mesmo modo, capturar, compreender e interpretar experiências
humanas, inscritas numa realidade subjetiva (olhar para si) e intersubjetiva (relação com o contexto).
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VIVER, NARRAR E FORMAR

“O primeiro momento de ‘transformação de uma vivência em experiência’ inicia-se no

momento em que prestamos atenção ao que se passa em nós e/ou na situação na qual estamos
implicados, pela nossa simples presença [...]” (Josso, 2002).

Os cenários e contextos que são

descortinados através da narrativa de si
inscrevem-se em experiências e
aprendizagens individuais e coletivas
(Souza; Meireles, 2019).
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Fonte(s) de recolha de dados em pesquisa narrativa

Entrevistas
Narrativas
Orais
Relatos

Pesquisa Narrativas Cartas

Narrativa Escritas
Diários
Narrativas
Imagéticas Ateliês
Biográficos
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ENTREVISTA NARRATIVA
• Constitui-se como um método e/ou técnica de pesquisa pertinente, buscando superar a
clássica dicotomia perguntas-respostas. [...] a entrevista narrativa é constituída por uma
situação que anima e provoca o entrevistado a contar sua história.

• A narrativa autobiográfica e “para narrador, lugar de reconstrução de saberes profissionais e

identitários e torna-se, por essa mesma razão, um método privilegiado para o pesquisador
ter acesso ao universo da formação e à subjetividade do adulto” (Passeggi, 1999).

• Nesse tipo de entrevista, os sujeitos falam de si e de seus percursos com detalhes,

disponibilizando informações importantes sobre suas existências.
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ATELIÊ

• É realizado em grupo, sendo estabelecido um “contrato”, para que o compromisso diante da

socialização dos relatos de vida seja preservado.

• Objetivam favorecer a construção de um projeto pessoal, a partir da biografização e

heterobiografização.

• Ao tomar como recurso os marcadores temporais (passado-presente-futuro) espera-se que o

sujeito se projete naquilo que quer ser e proponha a si, em um espaço e tempo definidos,
um projeto pessoal profissional.
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MEMORIAL DE FORMAÇÃO – ATELIÊS BIOGRÁFICOS

Promove o exercício de interpretação do

Provoca a reflexão e o exercício do percursos formativos, consubstanciando
autoconhecimento, proporcionando o essa ação através da escrita.
diálogo entre processo de formação e
experiências daqueles que elaboram uma Heurística Hermenêutica
narrativa de si.
A necessidade de
refletir sobre a própria
existência, sempre em
diálogo com outros, se
Autopoiética faz ação indispensável
Relaciona-se com a capacidade que cada para a formação
autor-ator tem de recriar a vida e se docente.
reinventar através do texto escrito.
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COMO ANALISAR AS NARRATIVAS?

• Análise compreensiva-interpretativa.

• O momento da análise reverte-se de fundamental importância, tendo em vista a centralidade

nas histórias, experiências e narrativas dos sujeitos colaboradores em processo de pesquisa
e/ou formação quando socializam suas histórias de vida-formação-profissão.

• O movimento de autoanálise permite que o sujeito construa seu próprio ponto de vista
sobre si e sobre o mundo, implicando numa disposição de compreensão e interpretação de
suas aprendizagens ao longo da vida.
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MÉTODO (AUTO)BIOGRÁFICO

O método (auto)biográfico, nas pesquisas educacionais, possibilita que venha à tona uma
informação de primeira ordem, para conhecer de modo mais profundo o processo educativo.
Ele é um dispositivo que permite ao professor refletir sobre sua vida profissional e, assim,
apropriar-se da experiência vivida, além de adquirir novas compreensões sobre si com base no
desenvolvimento pessoal e profissional (Bolívar, Domingo e Fernández, 2001).

Os estudos (auto)biográficos estimulam os professores a se apresentarem por eles

mesmos, em lugar de subordinar suas vozes aos propósitos acadêmicos de rigor científico, e
servem de catalizadores para compreender a riqueza e a indeterminação de suas vidas e de seu
trabalho (Bolívar, Domingo e Fernández, 2001).
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PROJETOS DE SI

Os projetos de si decorrem de análises sistemáticas dos projetos que uma pessoa tinha em uma
determinada época ou dos planejamentos atuais em relação ao futuro (Moura; Nacarato, 2019).

ME CONTE COMO TUDO COMEÇOU...

COMO VOCÊ CHEGOU ATÉ ESSE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO?

ME CONTE AONDE VOCÊ QUER CHEGAR...

QUAIS AS SUAS ASPIRAÇÕES FUTURAS? JÁ SABE O QUE FAZER PARA CHEGAR LÁ?
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ATIVIDADE FINAL DA DISCIPLINA

Produzir um texto auto(biográfico) sobre o seu projeto de si, a partir da

seguinte questão-central: O que tenho a contar de mim, a respeito de
vivências/experiências decorrentes de minha história de vida que
contribuem para o desejo de ser um(a) profissional da docência
universitária/Neuropsicopedagogia?

- Usar o Template;
- Realizar leituras sobre narrativas
(auto)biográficas;
- 3 laudas completas (mínimo);
- Apresentação Oral (14.05);
- Entrega via e-mail (15.05).
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REFERÊNCIAS

MOURA, J. F.; NACARATO, A. M. Narrativas revelando projetos de si na trajetória de formação docente. Revista
Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, v. 4, n. 12, p. 1125-1140, 26 dez. 2019.
SIMAS, V. F.; PRADO, G. DO V. T.; DOMINGO SEGOVIA, J. Tornar-se professora: o saber da experiência na pesquisa
narrativa. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, v. 4, n. 12, p. 991-1004, 26 dez, 2019.
SOUZA, E. C. de.; MEIRELES, M. M. de. Viver, narrar e formar: diálogos sobre pesquisa narrativa. In: NAKAYAMA, B.
C. M. S.; PASSOS, L. F. (Org.). Narrativas, pesquisa e formação de professores: dimensões epistemológicas,
metodológicas e práticas. Curitiba: CRV, 2019.