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Outro ponto importante na gestão escolar é a autonomia que a escola possui e que estar
prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996. Através dessa
autonomia as escolas conseguem atender as especificidades regionais e locais, assim como as
diversas clientelas e necessidades para o desenvolvimento de uma aprendizagem de
qualidade.Com base nisso, podemos perceber que a gestão educacional é compreendida através
das iniciativas desenvolvidas pelos sistemas de ensino. Já a gestão escolar, situa-se no âmbito da
escola e trata das tarefas que estão sob sua responsabilidade, ou seja, procura promover o ensino
e a aprendizagem para todos.
Esta corrente afirma que a escola não é uma estrutura totalmente objetiva, calculável,
independente das pessoas, ao contrário, ela depende muito das experiências subjetivas das
pessoas e de suas interações sociais, ou seja, dos significados que as pessoas dão as coisas em
quanto significados socialmente produzidos e mantidos.
Pimenta (1993), fala que o resultado que a escola pretende é contribuir para o processo de
humanização do aluno-cidadão consciente de si no mundo, capaz de ler e interpretar o mundo no
qual está e nele inserir-se criticamente para transformá-lo - não se consegue pelo trabalho
parcelado e fragmentado da equipe escolar- à semelhança da produção de um carro, onde um
grupo de operários aperta cada parafuso, sempre da mesma maneira, conforme o que foi concluid
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fora da linha de montagem, mas sim com o trabalho coletivo. Neste, há contribuição de todos no
todo, e de todos no de cada um. A especialização de um não é somada a especialização de outro,
mas ela colabora com e se nutre da especialização do outro, visando a finalidades comuns.
A Gestão Administrativa é responsável tanto pela parte institucional, quanto pela parte física. A
parte institucional engloba os direitos e deveres, atividades de secretaria e legislação escolar. Por
outro lado, a parte física cuida de prédios, materiais e equipamentos da instituição de ensino. O
Plano Escolar e o Regimento Escolar têm enunciadas as diretrizes da Gestão Administrativa.
A gestão de Recursos Humanos é, sem dúvidas, o pilar mais crítico desta tríade.
Alinhar pessoas com expectativas e costumes distintos em direção ao cumprimento de uma mesma
meta ou de um mesmo objetivo, pode ser um desafio considerável. O Gestor de Recursos Humanos
deve ter a capacidade de orientar e treinar a equipe escolar e os alunos, em relação aos direitos,
deveres e atribuições cabíveis dentro do ambiente escolar. Se a execução da função deste gestor
falhar, pode ocorrer o fracasso de toda a formulação educacional planejada.
Sob a perspectiva democrática, a Gestão Educacional vem sendo compreendida como uma
oportunidade de desenvolvimento das instituições de ensino e de uma maior reflexão em áreas e
temas importantes no que se refere a educação. A visão democrática defende e aprecia o
desenvolvimento autônomo e participativo da instituição de ensino, onde os agentes educacionais
interagem ativamente de todas as etapas e processos pedagógicos. Esse desenvolvimento é
entendi, majoritariamente, como um processo contínuo, que tende a transformar positivamente a
sociedade que o cerca. Desse modo, é importante entender que a vontade de mudança na Gestão
Educacional, sem uma compreensão adequada do contexto que a cerca, não pode gerar os
resultados esperados, uma vez que se trata de um processo sistêmico complexo. Um outro fator
que contribui para a complexidade citada anteriormente é a ascensão de agentes políticos mal
intencionados à posição de gestor, que estão mais preocupados com interesses de cunho pessoal
ou mercadológicos do que com a auto condução da instituição.
Instituto Fayol ☎ 0800-591-5123
CNPJ: 21.878.207/0001-33 E-mail: contato@iecef.com.br
Av. Paulista, 1765, Conj. 71, 72, CV 7721. Site: http://www.iecef.com.br
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A Gestão Educacional Democrática não é um processo determinado e pronto, e sim um
processo contínuo de aprimoramento e adaptação.
A Gestão Educacional passa pela democratização da escola sob dois aspectos:
a) interno - que contempla os processos administrativos, a participação da comunidade escolar
nos projetos pedagógicos;
b) externo - ligado à função social da escola, na forma como produz, divulga e socializa o
conhecimento.
A ação de gerir, numa gestão de fato democrática não poderá ser de forma mecânica e/ou
catalisadora das determinações exteriores, seja do Ministério da Educação e/ou dos organismos
internacionais, dentre outros organismos reguladores, mas de ações advindas de participação ativa
e interna a instituição.
Para Dourado (2006) essa possibilidade requer gestores e instâncias colegiadas atuantes,
representativas dos interesses institucionais e não de seus próprios interesses pessoais e políticos.
Esses devem ser espaços de discussão, debate, proposições e decisões coletivas e
representativas do conjunto da instituição. Portanto, poderá ser um espaço de conflitos, se
considerarmos a existência de ideias divergentes, posicionamentos contrários, etc., caracteriś ticas
aceitáveis num processo democrático, onde o coletivo também apresenta especificidades, sendo
inconcebível ser um espaço do consenso em torno de interesses hegemônicos.
Dessa forma surge como crit́ ica ao movimento liberal de sociedade, que supõe a autonomia
da pessoa concebida abstratamente como livre e igual.
A participação visa formar pessoas na sua totalidade como membro de uma comunidade (SILVA,
2010, p.40). Para o autor a legitimidade do exercício democrático não centra nas opções ou
decisões individuais, competitivas e produtivistas, mas é, sobretudo, um produto coletivo, do
interesse comum e de todos. As proposições, ações, escolhas e decisões devem expressar
reconhecimentos de deveres, vontades, definidos coletivamente com companheirismos e
responsabilidades.
A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações:
Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Em certa medida, esta nova situação sugere o papel do último perfil de líder mencionado: o
que enfrenta problemas "intratáveis", cuja solução não é técnica, mas de engajamento e sintonia
com o grupo que está envolvido e que tem muito a ganhar com a superação do desafio.
No caso da escola, a qualidade da educação é interesse tanto da equipe escolar, quanto dos
alunos e de suas famílias (além do Estado, das autoridades educacionais e da nação como um
todo). Sua melhoria depende da busca de sintonia da escola com ela mesma e com seus usuários.
Uma escola de qualidade tem uma personalidade especial, que integra os perfis (aspirações e
valores) de suas equipes internas, alunos, pais e comunidade externa.
Desenvolvimento profissional de professores e funcionários. Estados planejaram investir em
programas de capacitação de professores e dirigentes escolares,Incluiu um programa de
capacitação em liderança de escolas estaduais inovador baseado na escola. O enfoque da
capacitação prático e não teórico. Os programas e seu material de apoio são desenvolvidos por
grupo de treinamento central. O objetivo dos estados participantes é reforçar o conteúdo de
capacitação e desenvolver escolas para demonstração. O fator crítico para o alcance do objetivo
do estado é de descentralizar o processo divisório das escolas. Por que incentivar o
desenvolvimento dos professores e funcionários.
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As duas razões principais para que se tenha uma forte ênfase ao desenvolvimento dos
funcionários e professores são: crescimento profissional e desenvolvimento pessoal.
Os funcionários devem se sentir motivados para treinar e aprender mais na área em que atua, isto
vai ser lucro para ambas as partes escola e funcionário.
Os diretores poderão crescer mais em seus projetos e desenvolver cada vez melhor seu "perfil",
sendo capaz de solucionar problemas com decisões certas.
Porque sem este desenvolvimento os diretores tomavam decisões baseadas apenas em
experiências e muitas vezes sem dinâmicas e sem percepção.
Estratégias participativas do desenvolvimento de pessoal.Tanto os professores como os gestores
devem ser envolvidos na concepção de programas de desenvolvimento de pessoal. Há cinco
elementos chave de urna abordagem participativa de desenvolvimento pessoal:
1 - Consultar o pessoal sobre o que consideram necessário para promover o seu próprio
crescimento e aprimorar o seu desempenho.
2 - Retribuir eu reconhecer o tempo dedicado à participação em atividades de desenvolvimento de
pessoal
3 - utilizar os quatro princípios de programas de capacitação eficazes. Esses princípios são:
a) Envolver os participantes na apresentação de concertos, idéias, estratégias e técnicas.
b) Planejar a aplicação dos conceitos acima.
c) Dar aos participantes feedback sobre o uso de novos conceitos.
d) Permitir que os participantes aplicassem seus novos conhecimentos.
4 - Certificar-se de que o diretor da escola está presente e participar de todos os programas
realizados em serviços.
5 - Acompanhar a utilidade de cada atividade de desenvolvimento profissional, apôs a realização
da mesma.
No caso das Universidades, observa-se que as atuais políticas de gestão, no curso da Reforma
do Estado, são influenciadas pelas teorias modernizadoras difundidas pelos organismos
internacionais e consentidas internamente.
Estas perpassam pelo planejamento eficiente, pela avaliação produtivista, pela descentralização
administrativa como mecanismo de aquisição de recursos financeiros junto ao mercado.
Contraditoriamente, observa-se que apesar de documentos oficiais como a LDB 9.394/96, dentre
outros, anunciarem a gestão democrática por meio das instâncias colegiadas, na prática ainda
predomina a centralização no gestor/gerente além do que os conselheiros expressam uma
representação de si mesmos e não dos interesses do grupo ou segmento universitário que
representam, não expressando o compromisso com a coletividade. Isso é perigoso para a
democracia por centrar a liderança num sujeito individual, além do que atrela a liderança colegiada
A gestão gerencialista é o modelo ideal para a polit́ ica neoliberal, sendo concebida como:
[...] gerenciamento, submetendo a educação em todos os niv́ eis aos ditames da racionalidade
técnica, fundada nos critérios da eficiência e competitividade que instrumentalizam a universidade
à lógica de mercado (GROPPO, 2006, p.08).
Nesta concepção a gestão coloca as universidades num grande dilema.
Enquanto instituições são utilizadas para atingir o niv́ el de capitalização necessária para a
expansão do mercado, transformando-se numa grande empresa prestadora de serviços para esse
mercado capitalista, onde o exercício democrático da participação é mera expressão da legislação,
como anunciamos anteriormente.
Esse modelo de gestão vinculado à lógica de mercado respalda formas de avaliação com
vistas ao controle de resultados e comparação de produção com o estabelecimento de ranques,
por meio de divulgação pública de resultados alcançados. Outro aspecto que realça na lógica
neoliberal é que dificilmente observamos acontecer processo de avaliação do órgão de gestão,
considerando seus vários aspectos. Ao mesmo tempo em que sobre a gestão e a instituição recaem
as responsabilizações pelo fracasso ou sucesso dos resultados, o que desresponsabiliza o Estado.
Neste sentido, Bresser Pereira (2006, p.07) afirma que “Na administração pública gerencial [...]
novas formas passam a ser empregadas: a responsabilização por resultados, a competição
administrada e o controle social por organizações da sociedade civil.” Além do que os gestores são
cobrados por meio de “Contrato de gestão” para que a instituição produza cada vez mais. Diante
das cobranças pelo alcance de metas estabelecidas,
Os gestores tenderão a criar mecanismos de controle cada vez mais severo e formas de
gestão supostamente mais eficientes e eficazes para garantir as condições necessárias à obtenção
de bons resultados acadêmicos e educacionais. É também por isso que a ideologia organizativa
designada por gestão da qualidade total (nascidas nas empresas lucrativas e agora transpostas
para as organizações educativas e de saúde) pode transformar a escola no novo mercado,
incrementando os mecanismos de controle e vigilância sobre os seus atores educativos (JANELA
AFONSO, 2010, p.14).
Neste sentido, a autonomia e a gestão estão vinculados à cobrança de prestação de contas dos
resultados produtivistas, pautados na concepção de qualidade total. Sobre essa produção e seu
resultado é exercido controle, fator este que aproxima as instituições do modelo de grupo
empresarial.