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Relatórios das Aulas Práticas

GLICEMIA

1. Introdução
A glicose é um monossacarídeo e é a principal fonte de energia para as
células. A glicose pode ser derivada da nutrição exógena ou do metabolismo
glicolítico endógeno, o qual converterá o glicogênio, novamente em glicose, e
esta entrará na corrente sanguínea e será novamente utilizada.
Os valores de glicose fora do padrão, principalmente em processos
crônicos, trazem consequências negativas como degeneração progressiva e
falência de órgãos importantes. A melhor maneira de reduzir as complicações
associadas às alterações na glicemia é tentando manter seu nível em
concentrações normais, e para isso se faz necessário realizar medições da sua
quantidade. As concentrações de glicose no sangue, denominadas glicemia,
devem permanecer dentro de uma faixa de segurança que em jejum podem estar
entre 60 e 100 mg/Dl.
Concentrações abaixo de 60 mg/dL não são suficientes para abastecer as
necessidades orgânicas podendo causar quedas de pressão arterial com possíveis
vertigens, seguidas de perda de consciência. A glicemia também não deve subir
demasiadamente por alguns motivos, como: a glicose pode exercer uma pressão
osmótica no liquido extracelular o que pode causar a desidratação da célula;
grandes quantidades de glicose na corrente sanguínea podem provocar sua
excreção na urina; provocará uma diurese renal com perda de líquidos e
eletrólitos pela urina; aumentos de glicose circulante, em longo prazo, podem
causar lesões em muitos tecidos, sobretudo nos vasos sanguíneos, isto porque a
glicose se une quimicamente ao grupo amino das proteínas sem a ajuda de
enzima, processo denominado de glicolação não enzimática e relaciona-se
diretamente com a concentração de glicose no sangue. As concentrações de
glicose sanguínea podem sofrer variações caso o individuo tenha uma
deficiência na produção ou na utilização de insulina, hormônio que é excretado
pelo pâncreas que tem função de carrear a glicose circulante no sangue,
proveniente da digestão dos alimentos ingeridos, para dentro das células.
A falta de homeostasia do metabolismo da glicose ocasiona quadro
clinico de diabetes mellitus sendo esta, a mais importante patologia que envolve
o pâncreas endócrino, sendo uma das principais caudas de morbidade na
população geral. Sabe-se que 90% das pessoas convivem com o diabetes do tipo
2, ou não-dependentes de insulina, 8% a 9% do tipo 1, ou dependentes de
insulina, de origem autoimune, e 1% a 2% portadores de diabetes secundário ou
associado a outras síndromes, é diagnosticado pela concentração de glicose
plasmática. Como, em geral, a glicose plasmática se eleva após uma refeição, os
valores de referencia normais e o nível diagnóstico são definidos em relação ao
momento de consumo de alimentos ou consumo de uma quantidade de glicose
específica durante um teste oral de tolerância à glicose. Após uma noite de
jejum, os valores de glicose abaixo de 110 mg/dL são considerados normais e
acima de 126 mg/dL definem uma condição intermediária denominada
tolerância diminuída à glicose em jejum. Os níveis de glicose plasmática ao
acaso não devem ser maiores do que 200 mg/dL. Um nível de glicose plasmática
duas horas pós-prandial entre 14 e 199 mg/dL define uma condição conhecida
como tolerância diminuída à glicose. Um nível acima de 200 mg/dL define
diabetes mellitus.
A determinação da glicose é útil no estabelecimento do diagnóstico e
monitoração terapêutica do diabetes mellitus, na avaliação de distúrbios do
metabolismo de carboidratos, no diagnóstico diferencial das acidoses
metabólicas, desidratação, hipoglicemias e na avaliação da secreção
inapropriada de insulina.

2. Objetivo
O objetivo desta prática foi determinar a glicemia em um voluntário de
jejum e pós-jejum e um voluntário em repouso e após a realização de atividade
física.

3. Metodologia
Dois experimentos foram realizados para testar a ação dos hormônios
hiperglicemiantes na manutenção da taxa de glicemia do sangue.
Foram necessários dois voluntários para a realização do experimento.
Cada um submetido a diferentes situações para avaliar se há uma variação
considerável na taxa de glicemia de cada um após um período de tempo.
Para o primeiro voluntário, a taxa de glicemia foi medida com a
utilização do kit de medição de glicose. Após a higienização das mãos e o calço
das luvas, com o auxilio de um algodão e álcool, realizou-se a higienização
correta do local que foi utilizado para a coleta de amostra de sangue. O valor foi
registrado pelo medidor de glicemia. Após o registro do valor, o voluntário foi
submetido a exercícios físicos. Ao finalizar os exercícios, foi feita novamente a
medição da glicemia. O segundo valor registrado e compararam-se ambos os
valores para verificar se houve ou não variação na taxa de glicemia no sangue do
voluntário.
Para o segundo voluntário, a taxa de glicemia foi medida com a
utilização do kit de medição de glicose. Após a higienização das mãos e o calço
das luvas, com o auxílio de um algodão e álcool, realizou-se a higienização
correta do local utilizado para a coleta de amostra de sangue. O valor foi
registrado pelo medidor de glicemia. Após o registro do primeiro valor, o
voluntário consumiu algum tipo de alimento e permaneceu em repouso. Após o
período em repouso foi medido novamente a glicemia. O segundo valor
registrado foi comparado com o primeiro para verificar se houve ou não variação
na taxa de glicemia no sangue do voluntário.
4. Resultados
A medição da concentração de glicose sanguínea dos voluntários foi
realizada no inicio e no termino do experimento, alguns minutos após a primeira
medição. Foi construída uma tabela, com o objetivo de apresentar os valores
registrados. Não foi feita nenhuma analise estatística dos dados.

Inicial Final
Voluntário 01 73 mg/dL 82 mg/dL
Voluntário 02 106 mg/dL 109 mg/dL

No primeiro voluntario, é possível observar que houve um aumento na


taxa de glicemia após atividade física. Esse aumento na concentração de glicose
sanguínea se deve ao fato do organismo, que se em atividade física, ativa vias de
gliconeogênese e principalmente de glicogenólise, devido ao glicogênio ser o
primeiro estoque de glicose do organismo.
No segundo voluntário, é possível observar que houve um aumento na
concentração de glicose sanguínea após o consumo de alimentos. Esse aumento
é esperado após uma refeição.

5. Conclusão
O primeiro experimento permitiu observar que mesmo depois da
realização de atividades físicas, não houve queda significativa nas taxas de
concentração de glicose no sangue. Uma explicação plausível para tal resultado
é que ao realizar atividade física o hormônio adrenalina é liberado, fazendo com
que ele sinalize para que ocorra o processo de glicogenólise e consequentemente
mantenha os níveis de glicose no sangue dentro dos níveis esperados.
O segundo experimento permitiu observar que o consumo de glicose
após jejum, aumenta a concentração de glicose no sangue para valores acima do
considerado normal para uma pessoa saldável, porém, esse aumento é esperado
visto que após um período de tempo após a ingestão de glicose, o organismo
tende a regular a glicemia através do hormônio hipogliceminante insulina.

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