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O jornal Diário de Pernambuco noticiou, em junho de 2020, a morte de uma

criança de apenas 5 anos que, após o distanciamento do agente responsável por seu
cuidado, acabou caindo do 9º andar de um prédio. Nesse contexto, é perceptível que é
grave e ainda recorrente o quadro de abandono de incapaz no Brasil, sendo esse um ato
criminoso provocado pela falta de conhecimento legal acerca do assunto, bem como pela
ingerência do Estado em abrigá-los. Logo, faz-se necessário o estabelecimento de debates.

Dado o exposto, vale mencionar que o número de pessoas que desconhecem a


funcionalidade da lei de tratamento dos incapazes é crescente no país. Isso fica evidente
ao se analisar dados do jornal Folha de São Paulo, em 2019, o qual afirmou que cerca de
44,5% da população brasileira não conhece ou nunca leu tal transcrição normativa a
respeito do direito dos indivíduos com incapacidade. Dessa forma, é possível concluir que
a ausência de informação acerca do amparo de crianças, idosos ou deficientes aumenta a
probabilidade de abandono por parte dos familiares, trazendo à tona um perigoso cenário
de danos psicológicos irreparáveis à essas pessoas. Assim, é fulcral a criação de uma
política de conscientização.

Ademais, convém ressaltar que o Estado oferece poucas opções de acolhimento às


pessoas com algum tipo de incapacidade, dependendo, quase exclusivamente, dos abrigos
filantrópicos. Isso pode ser observado por meio da pesquisa feita pelo Departamento de
Polícia do Idoso de São Paulo, em 2019, a qual evidenciou que mais de 83.000 idosos
vivem em asilos, sendo que apenas 5,5% são atendidos por rede pública, relevando uma
negligência governamental a esse inaptos, uma vez que, não dispondo de pontos
acolhedores, esse grupo estará mais vulnerável a ir para as ruas ou ficar sozinho na sua
casa. Desse modo, é crucial à ampliação desses locais de abrigo para, assim, não haver um
abandono de incapaz.

Portanto, são necessárias medidas orquestradas para a resolução dessa


problemática. Assim sendo, as redes midiáticas, a exemplo os canais televisivos e os
jornais, devem divulgar informações sobre o abandono de incapaz, por meio de
propagandas, a fim de informar os perigos desse ato criminoso e minorar esse imbróglio.
Outrossim, o Governo Federal precisa ampliar a totalidade de pontos acolhedores, por
intermédio de recursos da União para a construção desses espaços e, com isso,
proporcionar acolhimento aos indivíduos com alguma incapacidade.

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