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JÚRI DA COMARCA DE
Mário de Brito, já devidamente qualificado, nos autos do processo, em epigrafe, na ação que
lhe move a justiça pública, como incurso n a sanção do artigo 12 1, §2 °, inciso IV, do Código
Penal , vem por seu advogado infra -assinado, tempestivamente, à presença de Vossa
Excelência, pela complexidade do caso , apresentar alegações f in ai s, com
fundamento nos artigos 403, §3° e 394, §5° do Código de Processo Penal, na forma de
MEMORIAIS pelas razoes de fato e direito a seguir expostos:
DOS FATOS
Mario de brito foi denunciado pela prática de homicídio qualificado, segundo o ministério
público, o acusado passava por uma ponte, ocasião em que encontrou a vítima Dionísio, seu
suposto pai. Começaram então a discutir, ocasião em que Mario teria disparado tiros contra a
vítima, tiros estes que a levaram a óbito.
Durante a instrução, foram ouvidas 8 testemunhas de acusação e 8 testemunhas de defesa. As
testemunhas de acusação e a vítima, que negava ser pai do acusado. Também disseram que
havia ação de investigação de paternidade em andamento. As testemunhas assistiram a tudo de
uma distância de cerca de um quilometro e não puderam informar maiores detalhes da luta
entre ambos.
Já as testemunhas de defesa disseram que o acusado simplesmente se defendeu do avanço da
vítima, que vinha em sua direção empunhando uma espada. Disseram ainda que Mario estava
no chão quando disparou os tiros contra a vítima, que estava em cima dele. Informaram, por
fim, que o acusado e a vítima já brigavam há bastante tempo e que as discussões e agressões
entre eles eram constantes.
O acusado, em seu interrogatório apresentou a versão das testemunhas, embora
Tenha sido ou vido n a audiência antes delas. Ao final da instrução, a acusação requereu a
pronúncia de Mário por homicídio consumado qual i ficado em razão da surpresa à vítima, que
impossibilitou a sua defesa, com fundamento n o artigo 121, parágrafo 2º, inciso IV, do Código
Penal.
I-DO DIREITO