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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA

REAÇÕES DE CARACTERIZAÇÃO

Aluna: Maria Bethania de Britto Valença

Recife, 22 de Janeiro de 2007.


INTRODUÇÃO

As reações de caracterização são provas bioquímicas que se realizam


para a identificação de microrganismo.

O objetivo desta apostila é apresentar algumas técnicas bioquímicas


que se utilizam com maior freqüência na identificação de bactérias.
→ REAÇÕES IMVIC

São muito utilizadas na identificação de bactérias conhecidas como


enterobactérias.

1) Prova do indol

Determina a capacidade de um organismo de desdobrar o indol da


molécula triptófano. Está técnica está baseada na formação do complexo de
cor vermelha quando o indol reage com o grupo aldeído do p-
dimetilaminobenzoaldeído.

Após adicionar o reativo de Kovac’s nos tubos de ensaio contendo os


microrganismos: Escherichia coli (no tubo de nº 13) e Enterobacter aerogenes
(no tubo de nº 24), respectivamente observou-se:

No tubo nº 13: O meio ficou totalmente enegrecido logo, concluímos que


o teste deu negativo.

No tubo nº 24: Apresentou a formação de um anel na superfície de cor


amarronzado logo, concluímos que o teste deu positivo.

2) Prova do vermelho de metila

Comprova a capacidade de um organismo de produzir e manter estáveis


produtos finais da fermentação da glicose e vencer a capacidade
amortiguadora do sistema. É uma prova qualitativa da produção de ácidos.

Após adicionar o vermelho de metila, observou-se:

No tubo contendo o microrganismo nº 13 (Escherichia coli): O meio ficou


levemente avermelhado, logo o meio apresentou uma baixa concentração de
íons hidrogênio. Portanto,o teste deu positivo.

No tubo contendo o microrganismo nº 24 (Enterobacter aerogenes): O


meio ficou fortemente avermelhado, o que evidencia uma forte concentração
de íons hidrogênio. Logo,concluímos que o teste deu positivo.

3) Prova de Voges-Proskauer
Determina a capacidade de alguns microrganismos de produzir um
produto final neutro, o acetilmetilcarbinol (acetoína).

O tubo com o microrganismo nº 13 (Escherichia coli): Houve a formação


de um anel avermelhado que se estendia desde a superfície até o fundo do
tubo. Logo o teste deu positivo.

O tubo com o microrganismo nº 24 (Enterobacter aerogenes): Houve a


formação de um anel de cor alaranjado o que evidencia que o teste deu
positivo.

4) Prova de citrato

Baseia-se na capacidade de certas bactérias em utilizar o citrato como


única fonte de carbonato para o metabolismo, provocando alcalinidade.

No tubo contendo o microrganismo nº 13 (Escherichia coli): O meio ficou


turvo, ou seja, o teste deu positivo o que significa que o microrganismo
utiliza citrato como única fonte de carbono.

No tubo contendo o microrganismo nº 24 (Enterobacter aerogenes): O


meio permaneceu inalterado o que evidencia que não houve crescimento do
microrganismo, logo o teste deu negativo.

→ PROVA DE FERMENTAÇÃO DOS HIDRATOS DE CARBONO


E PRODUÇÃO DE ÁCIDOS

Determina a capacidade de um organismo de fermentar (degradar) um


hidrato de carbono específico incorporado a um meio básico, produzindo
ácido, ou ácido com gás visível.

No tubo contendo o microrganismo nº 13 (Escherichia coli): Tanto no


meio de glicose quanto no meio contendo a sacarose evidenciamos a retenção
de gás no tubo de Durhan, o que nos leva a conclusão de que o teste deu
positivo.

No tubo contendo o microrganismo nº 24 (Enterobacter aerogenes): Tanto


no meio contendo sacarose quanto a glicose observou-se a retenção de gás
dentro do tubo Durhan, logo podemos concluir que o teste de positivo.

→ PROVA DE LIQUEFAÇÃO DA GELATINA


Determina a capacidade de um organismo de produzir enzimas do tipo
proteolítico (gelatinases) que se liquefazem a gelatina.

No tubo com o microrganismo nº 2 (Staphulococcus Aureus): Após deixar


no gelo por alguns minutos a gelatina se apresentou com uma consistência
sólida, logo o teste deu negativo.

No tubo com o microrganismo nº 19 (Proteus sp) : Após deixar no gelo


por alguns minutos a gelatina se solidificou ,logo o teste deu negativo.

→ PROVA DA AMILASE

Determina se o microrganismo contem a enzima amilase que hidrolisa o


amido.

Após adicionarmos iodo nas placas de petri, observamos que:

No tubo com o microrganismo nº 1 (Bacillus Subtilis): O meio onde se


encontrava o microrganismo ficou claro o que significa que o mesmo utiliza
amido como fonte de carbono para o seu crescimento. Logo o teste deu
positivo.

No tubo com o microrganismo nº 19 (Proteus sp) : O meio onde se


encontrava o microrganismo ficou com uma cor marrom o que nos possibilita
dizer que nesse local existia amido parcialmente hidrolisado, portanto, para
esse microrganismo o teste deu negativo.

→ PROVA NO MEIO DO LEITE

É utilizado para diferenciar organismos sobre a base de suas múltiplas


reações metabólicas em m meio lácteo.

No tubo contendo o microrganismo nº 19 (Proteus sp) : O meio fico azul,


portanto podemos dizer que o microrganismo utiliza lactose do meio para
produção de substância apenas de caráter neutro ou básico. Logo ocorreu o
fenômeno da alcalinidade.

No tubo que tinha iogurte: O meio ficou amarelo, logo algum organismo
presente possuia a enzima redutase que reduz o tornasol a uma leucobase.
Daí dizemos que ocorreu a redução do tornasol.
→ PROVA NO MEIO DE KLIGER

É usado para determinar a capacidade de m organismo atacar um hidrato


de carbono específico incorporado em um meio de crescimento básico, com
produção o não de gases, junto com a determinação de possível produção de
ácido sulfídrico (SH2). Havendo produção do ácido sulfídrico, a reação que
rege essa produção é:

FeSO4 + H2S FeS ↓ + H2SO4

Dividindo o resultado em dois grupos, temos:

1) Teste de liberação de gases

No tubo contendo o microrganismo de nº 02 (Staphulococcus Aureus): O


meio não apresentou cavidades (rachaduras) no cultivo em profundidade,
com isso podemos concluir que o teste deu negativo.

No tubo com o microrganismo de nº 05 (Salmonella sp) : O meio não


apresentou rachaduras no cultivo em profundidade,logo concluímos que o
teste deu negativo.

2) Teste para a formação de H2S

No tubo com o microrganismo de nº 02 (Staphulococcus Aureus): O meio


permaneceu com coloração inalterada, logo o teste deu negativo.

No tubo com o microrganismo de nº 05 (Salmonella sp) : O meio se


apresentou com ma coloração enegrecida,portanto o teste deu positivo.

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