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s
1 Especialização em
se um leque de possibilidades para uma nova condição de bem estar.
re
Psicopedagogia pela
Possíveis momentos de alegria, cuidando do corpo, energizando e limpando-
Faculdade de Filosofia
o das toxinas do achar que não se pode ter alegria, apesar da fibromialgia.
to
Ciências e Letras de
Caruaru, Brasil. Professora
Palavras- Chave: Fibromialgia, Dor, Exercícios bioenergéticos.
au
da Associação Caruaruense
de Ensino Superior , Brasil.
2 Psicóloga.
Faculdade
Have a good mood despite fibromyalgia
s
Osman Lins. Libertas
do
Clínica-Escola.
Abstract: Talking about pain is not easy, so it is difficult to be joyful in pain.
However, we must continue seeking ways to survive this pain in a more
o
balanced way. With bioenergetic exercises, the fibromyalgia sufferer can
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have some moments of joy, being more in touch with his body and being able
to seek what causes him joy, relaxing the muscles and giving his life a more
va
and cleaning it from the toxins of finding that one cannot have joy despite
fibromyalgia.
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Introdução
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sensações de não dar conta do viver diante de tanta dor. São dores difusas espalhadas
por todo o corpo, que não aparecem em exames como o raio X, a ultrassonografia e
tantos outros, dificultando o diagnóstico em tempo hábil, para um tratamento que
diminua os sintomas. Normalmente, é um diagnóstico demorado em virtude da
necessidade de descartar, pelo médico, outras possíveis doenças. E por ser demorado
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mais equilibrada. Dentre as possibilidades na busca por um melhor viver, a
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bioenergética tem como objetivo “[...ajudar o indivíduo a retomar sua natureza primária
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que se constitui na sua condição de ser livre, seu estado de ser gracioso e sua qualidade
de ser belo. ]”. (LOWEN, 1982, P. 38).
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Com os exercícios da bioenergética, o portador de fibromialgia pode ter alguns
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momentos de alegria, por estar mais em contato com o próprio corpo e por poder buscar
o
o que lhe provoca alegria, relaxando os músculos e dando a sua vida um sentido mais
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Sentir dores contínuas pelo corpo, sem uma causa aparente, incômodos
emocionais, falta de disposição e mau humor têm levado muitas pessoas aos
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consultórios médicos nos dias atuais. Na maioria das vezes, o diagnóstico é confuso e
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estresse. Desencadeada ou não pelo emocional, a dor, qualquer que seja ela, é real e,
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exatamente por ser invisível aos olhos dos outros, agrava ainda mais o lado emocional
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do paciente, exatamente por mexer com a credibilidade de quem relata o que sente.
Entre 1824 a 1841, muitos médicos chamaram de “fibrosite” os múltiplos
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sintomas causados por uma inflamação nas fibras (Martinez, 1998). Porém, de lá para
cá, muitos reumatologistas começaram a discordar desse nome. A troca da
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nomenclatura aconteceu mediante discussões médicas que incluíam dúvidas acerca do
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que vinha associado a essas dores, exatamente pelo aparecimento de outros sintomas e
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queixas vindas dos pacientes. Em 1981, foi proposto, então, o termo fibromialgia, sendo
considerada uma síndrome e não uma doença, exatamente por ser caracterizada por um
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“[...] junção de três termos: o latim fibra (ou tecido fibroso), o prefixo grego
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mio, que diz respeito aos músculos, e algia, originário do grego algos, que
significa dor. Refere-se à presença crônica de dor músculo-esquelética difusa,
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p. 03)
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não houve uma causa ou causas precisas que pudessem desencadear essa síndrome.
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Pode-se dizer que alguns fatores podem culminar nela, tais como términos de
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relacionamentos, perdas, problemas em casa ou profissionais, bem como traumas
infantis ou acidentes, além de outras situações, podem desencadear a síndrome ou
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agravar ainda mais os sintomas já apresentados. Porém, pode-se dizer que o gatilho
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mais forte é o que se refere aos traumas psicológicos, exatamente por deixarem mais
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sensível a pessoa, sendo a depressão e ansiedade comuns para os fibromiálgicos. “[...É
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por isso que a dor tende a parecer mais intolerável quando estamos tensos, estressados,
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modulação da dor.]”. (Goldenberg, 2014, p. 21). Havendo uma diminuição dos níveis de
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serotonina na medula, bem como excesso de agentes que enviam informações de dor e
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mulheres e crianças que sofreram algum tipo de abuso sexual ou físico. O interessante é
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Para identificar essa síndrome, o profissional médico realiza o exame físico e
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clínico, solicitando vários exames para descartar outras doenças, inclusive
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reumatológicas. Através de exames negativos mais a avaliação clínica, o profissional
diagnostica a fibromialgia.
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Uma vez diagnosticada, começa-se a luta pelo controle dos sintomas da
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síndrome. Pois não há uma cura, mas uma cura funcional, que significa dizer que muitas
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pessoas podem ter os sintomas amenizados sem que eles atrapalhem o fibromiálgico de
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abranger ainda mais os meios de libertação de tudo o que pudesse aprisionar a alma no
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o que ocorre na mente reflete o que está ocorrendo no corpo, e vice-versa.]”. (LOWEN,
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1985, p. 11).
Lowen experimentava no próprio corpo a necessidade de expurgar o que não era
saudável e o que o impedia de ser alegre e feliz com ele mesmo, como o medo, a raiva,
a angústia, tensões emocionais que acabavam sendo cristalizadas no próprio corpo em
forma de couraças. (LOWEN, 1997). Esses exercícios foram desenvolvidos, através dos
trabalhos terapêuticos realizados com seus pacientes, ao logo de 20 anos, tendo como
efeito intervir na energia, humor e no trabalho de cada indivíduo.
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Os exercícios não resolviam os problemas de ordem emocional, mas
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possibilitavam o aumento da vitalidade e capacidade de vivenciar o prazer. Esses
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exercícios de bioenergética, à medida que eram criados e vivenciados por Lowen, o
certificavam ainda mais da importância de libertar o corpo dos traumas vividos. De
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acordo com esse objetivo, podemos dizer que os exercícios podem ajudar o portador de
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fibromialgia a passar pelas dores difusas de uma maneira mais equilibrada e saudável,
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apropriando-se do seu corpo e das dores sentidas nele, compreendendo seu
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funcionamento e respeitando seus limites. Pois “os sentimentos são a vida do corpo
assim como os pensamentos, a vida da mente.” (LOWEN, 1982, 131).
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relaxando o corpo. Lowen descreve esses exercícios como uma imersão numa aventura
de autodescoberta, facilitando a compreensão do próprio corpo, aumentando o nível de
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corpo, tendo como eixo principal ajudar o indivíduo a retomar sua natureza primária que
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se constitui na condição de ser belo, no sentido de ser feliz. Mas, Lowen em paralelo
aos exercícios nos deixou a explanação da importância da respiração e do grounding,
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também criado por ele. “Na bioenergética, grounding significa fazer a pessoa entrar em
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contato com o chão.” (LOWEN, 1990, p. 169). O grounding pode ser feito deitado, em
pé ou sentado. Em pé, o paciente precisa estar com a coluna alinhada, braços soltos ao
longo do corpo, pernas separadas com os joelhos alinhados à pélvis e fletidos. Sentado,
coluna alinhada e pés separados. Deitado, coluna alinhada, pernas separadas e pés com
o dedão apontando para o queixo. Estar em grounding é estar em seus próprios pés,
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bioenergética, criado por Lowen.
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“O banco de bioenergética usado agora é uma adaptação do banco de madeira
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para cozinha usado originalmente. Um ou dois cobertores enrolados são
amarrados ao banco. Nós usamos cobertores de exército porque, enrolados,
ficam mais firmes. O banco tem 60 cm de altura e os cobertores enrolados
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acrescentam outros 15 ou 20 cm. Como sua versão original, o banco tem as
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pernas abertas e ligadas por cruzetas que dão uma base sólida e larga.”
(LOWEN, 1985, p. 147)
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Os exercícios com o banco ajudam no trabalho corporal a colocar para fora
sentimentos reprimidos guardados como a tristeza, a raiva, o medo, além de alongar os
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músculos contraídos das costas. “[...Ajuda a respirar mais profundamente sem se fazer
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“[…O exercício básico é deitar-se com as costas sobre o banco, com o rolo
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de dor ou alegria, tensão ou angústia, tristeza ou raiva, medo ou pavor para todas as
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pessoas, principalmente para as pessoas portadoras de fibromialgia, exatamente por
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ajudar a melhorar as tensões musculares que provocam dores intensas e que atrapalham
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ou impedem as expressões corporais espontâneas que revelam saúde e bem-estar. Por
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isso, Lowen criou vários exercícios, todos com o mesmo objetivo, ajudar o paciente a
do
viver melhor com o seu corpo. o
“[... A prática regular do exercício, entretanto, ajuda bastante no sentido de
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manter a pessoa em contato com seu corpo, de fazê-la sentir seus distúrbios,
compreendendo-lhes o significado. Além disso, ajuda-a a manter a sensação
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Os exercícios e a terapia não vão curar o fibromiálgico, mas poderão servir para
entender inibições, bloqueios inconscientes, experiências infantis dolorosas e algumas
ra
dores, que aparentemente não apresentam uma causa atual, mas que estão manifestas no
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expressando sentimentos que foram reprimidos, dando uma nova roupagem ao seu
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existir e ser.
A palavra alegria vem do latim alacritas ou alacer, que significa animado, vivaz,
contente. A alegria pode ser sentida de várias maneiras e expressas de diferentes modos.
Ela tem como base a liberdade que permite a expressão desse sentimento, contrário à
tristeza. É difícil ver uma pessoa que se diz alegre mostrando um semblante quieto e
apático. Torna-se perceptível a alegria, exatamente pelas expressões eufóricas, variando
apenas a intensidade de acordo com a subjetividade e jeito de ser de cada pessoa. Esse
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sentimento permite ao corpo uma sensação de prazer e leveza, favorecendo o
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relaxamento dos músculos, bem como o aflorar de outros sentimentos benéficos para
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uma vida mais saudável.
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“A tensão muscular crônica é o lado físico da culpa, porque representa as
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injunções do ego contra certos sentimentos e atos. Alguns indivíduos que
sofrem de tais tensões crônicas efetivamente sentem sua culpa, mas a maioria
não tem consciência de sentir-se culpada nem do motivo de sua culpa.
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Efetivamente, a culpa é o sentimento de não ter o direito de ser livre, de fazer
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o que se quer. De modo geral, é a sensação de não estar à vontade em seu
próprio corpo, de não se sentir bem.” LOWEN, 1997, p. 22)
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provocando nesse mesmo corpo mais dor. Para o fibromiálgico esse processo se torna
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tolerância às situações cotidianas, fazendo com que o estresse emocional perdure por
mais tempo. Diante disso, ressalta-se a necessidade de buscar meios que favoreçam a
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diminuição dessa tensão. Pois, “[...As emoções positivas, como alegria e felicidade,
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A fibromialgia não tem cura, mas pode acontecer a diminuição dos vários
sintomas apresentados, como a insônia, a falta de concentração, irritação, enxaqueca
dentre outros, através de exercícios físicos, escolhidos de acordo com a preferência do
paciente, dietas e medicamentos, como duloxetina, especialmente quando há depressão
associada. Tem também a pregabalina e a gabapentina que são os mais usados, atuando
123 REVISTA LATINO-AMERICANA DE PSICOLOGIA CORPORAL
No. 8, p. 115-127, Outubro/2019 – ISSN 2357-9692
Edição eletrônica em http://psicorporal.emnuvens.com.br/rbpc
Revista Latino-Americana de Psicologia Corporal 124
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Ser alegre não é algo impossível, uma vez que,
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“Uma pessoa saudável se sente bem, a maioria do tempo, com as coisas que
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faz, seus relacionamentos, seu trabalho, sua recreação e seus movimentos.
Ocasionalmente, seu prazer alcança a alegria e pode mesmo chegar ao êxtase.
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Ocasionalmente, também experimentará dor, tristeza, desgosto e
desapontamento. Contudo não ficará deprimida.” (LOWEN, 1983, p. 17 e 18)
do
Mas, onde encontrar alegria, se nem mesmo disposição se tem? É preciso
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perceber que é um conjunto e que tudo está interligado. É importante o fibromiálgico
querer a melhora, fazendo o possível para não se enclausurar dentro de si, negando a se
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apenas respirando e sentindo que se está vivo. Por isso, a urgência em se conhecer, para
poder identificar o que lhe apraz e o que lhe dá prazer, para então escolher o que é
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Conclusão poética
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levantar e sorrir, na incerteza de qual pedaço de si vai doer mais. Porém, com a terapia,
medicações e exercícios de bioenergética, abre-se um leque de possibilidades para uma
nova condição de bem estar. Possíveis momentos de alegria, cuidando do corpo,
energizando e limpando-o das toxinas do achar que não se pode ter alegria, apesar da
fibromialgia.
Poema dedicado a todas as pessoas portadoras de fibromialgia.
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Oh Fibromialgia Alguém me ajude por favor
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Grito de dor e agonia
Fibromialgia quem é você? O que fazer da minha vida
Dor aguda ou crônica Se não consigo mostrar
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De partes moles ou duras A causa de tanto sofrer
Que se esconde do doutor Que atrapalha a minha lida.
Não querendo aparecer
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Mas que teima em doer. Fibromialgia, fibromialgia
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E melhor me conhecer
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Bom humor não consigo ter Que a bioenergética
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Força para trabalhar nem pensar Me ensine a respirar sem sofrer
Exercícios me cansam Provocando em mim mais saúde
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Vou enlouquecer. Buscando não adoecer.
Eis a minha sina.
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Referências
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osteoporose e a fibromialgia podem ser motivadas por fatores físicos, externos e até
emocionais. Revista cuide da sua saúde, São Paulo, ano 02, n. 04, 2019.
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MARTINEZ, José Eduardo. Fibromialgia, Uma Introdução. São Paulo: EDUC, 1998.
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LOWEN, Alexander. Alegria: a entrega ao corpo e à vida. São Paulo: Summus, 1997.
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para pacientes com fibromialgia: acolhimento e humanização. Physis [online]. 2017,
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vol.27, n.4, pp.1309-1332. ISSN 1809-4481. http://dx.doi.org/10.1590/s0103-
73312017000400023.
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