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Respiração e Consciência
- março 01, 2019
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Sumário
A informação contida neste artigo não deve levar o leitor a assumir que um
Nosso mundo está passando por uma mudança rápida e complexa nas
atividades sociais, econômicas e políticas. Os afazeres dos seres humanos
estão se tornando cada vez mais turbulentos e incertos, e precisamos aprender
novas formas de administrar essa incerteza e nos mantermos em dia com o ritmo
crescente da mudança. Assim sendo, cada um de nós é desafiado a fazer
ajustes apropriados para manter algum grau de estabilidade no mundo.
Nas culturas orientais existem duas abordagens principais para se trabalhar com
a respiração. A primeira utiliza a percepção da respiração para desenvolver um
foco de consciência plena, a segunda utiliza a respiração forçada ou
hiperventilação como uma forma de gerar experiências transformadoras, como
na Kundalini ou outras yogas. Nas culturas shamânicas orientais, geralmente
levam-se anos de treinamento, meditação, controle e conscientização sob a
orientação rígida de um professor, shaman, mestre ou guru, para que um
indivíduo esteja apto para utilizar a respiração e a energia do corpo (bio-energia)
para transformação pessoal.
Trabalhar com a respiração também pode abrir uma percepção para outras
realidades, e para outras dimensões de consciência. Nesta forma de intervenção
terapêutica, a arte está em saber integrar essas experiências na totalidade da
personalidade, e fazer isso de forma que seja saudável para o desenvolvimento
Padrões respiratórios
Existem dois padrões respiratórios básicos que pode ser útil compreender no
contexto da psicoterapia: hiperventilação e hipoventilação. Estes padrões são
duas polaridades em um continuum de padrões respiratórios que vão desde a
respiração ofegante até uma respiração muito superficial, limitada.
Olhando sob uma outra perspectiva, o que está realmente acontecendo é que a
respiração forçada gera um padrão de carga que mobiliza a ansiedade, de forma
que uma ansiedade crônica de baixo grau se torna aguda. Quando a
hiperventilação é levada a extremos, ela remove o controle do córtex e permite
que os efeitos ansiosos venham a inundar o sistema, levando a pessoa através
do estado ansioso. No entanto, a pessoa retorna à hipoventilação e a ansiedade
cresce novamente. Tipicamente, isto resulta em uma alternância entre os
estados de hipoventilação (ansioso) e hiperventilação (dissociado).
As pessoas que fizeram muito trabalho respiratório intenso irão, às vezes, criar
este padrão. Elas hipoventilam por um período de tempo, quase sem respirar, e
então trocam para a hiperventilação. Assim, o sistema não está regulando a si
mesmo e não está estável. Em lugar disso, os dois modos estão separados –
divididos entre si e desconectados. A respiração se torna disfuncional e
descoordenada do funcionamento geral do organismo.
Na prática pode ser útil gerar uma respiração suave à moderada de forma a
acessar diversos estados de afeto e consciência. Por exemplo, ao trabalhar com
a raiva de um paciente, um terapeuta pode fazer com que ele empurre a mão do
terapeuta com firmeza e expire enquanto empurra. Isto descarrega a energia
associada com a raiva. Contudo, o terapeuta não encoraja ou permite que o
paciente dramatize a raiva que ele sente. Desta forma, o terapeuta ajuda a
conter a expressão de sua experiência emocional.
Avaliação adequada
Como mencionado acima, o hipoventilador é caracterizado por um padrão de
evitar a carga. O paciente tem uma ansiedade subjacente da qual ele geralmente
não tem consciência, mas que, ainda assim, o guia inconscientemente. O
hipoventilador é levado a evitar excitação, tem uma tendência a minimizar o
Faz-se necessário ajudar o paciente a seguir lentamente, pois ele quer forçar,
deseja maior carga, intensidade, e experiência, e também será necessário ajuda-
lo a ultrapassar os bloqueios para alcançar um o alargamento e aprofundamento
no seu desenvolvimento pessoal. Por si próprio o paciente geralmente tentará
utilizar a respiração para satisfazer o padrão ao qual é adicto. A tarefa do
O objetivo aqui é deslocar a homeostase numa direção que possa acolher mais
vida. O paciente tenderá a dissociar conforme for se aproximando de qualquer
coisa semelhante a uma resposta de hiperventilação.
Quando falamos de uma experiência espiritual, talvez seja mais correto pensar
sobre as nossas áreas não desenvolvidas. A extensão dessas áreas irá então,
levar ao desdobramento de dimensões espirituais. É importante ter uma visão
desta experiência como um desenvolvimento e não apenas como uma prática
psicológica ou espiritual. É um processo evolutivo no desenvolvimento humano.
Estrutura de caráter
Embora o material sobre estrutura de caráter citado a seguir tenha sido
desenvolvido originalmente por Reich, ele é extraído do modelo Bioenergético de
Lowen.
psicológico e muscular, que o distingue dos outros tipos. É importante notar que
esta é uma classificação de atitudes defensivas e não de pessoas. Reconhece-
se que nenhum indivíduo apresenta um tipo único, puro, e que todas as pessoas
em nossa cultura, combinam alguns ou todos esses padrões defensivos em sua
personalidade. A personalidade de um indivíduo, diferentemente de sua estrutura
Não existem dois indivíduos semelhantes, nem em sua vitalidade inerente nem
nos padrões de defesa originados nas experiências de vida. No entanto, faz-se
necessário classificar em tipos para que haja compreensão bem como clareza na
comunicação. Os cinco tipos são
denominados esquizóide, oral, psicopata, masoquista, e rígido. Estes termos são
utilizados por serem definições de transtornos de personalidade conhecidas e
aceitas na profissão psiquiátrica. Nossa classificação não transgride criterios
estabelecidos.
Estrutura de caráter oral: Dizemos que uma personalidade é oral quando ela
contém muitos traços típicos da infância, do período oral da vida. Esses traços
são fraquezas no aspecto da independência, uma tendência a amparar-se em
outros, uma agressividade diminuída e o sentimento interior de necessitar ser
cuidado, apoiado e protegido.
A estrutura de caráter define a maneira com que o indivíduo lida com sua
necessidade de amar, sua busca por intimidade e proximidade, e seu esforço
para obter prazer. Vistas por este ângulo, as diferentes estruturas de caráter
formam um espectro ou hierarquia, na qual num extremo está à
posição esquizóide, que suprime da intimidade e proximidade por serem muito
ameaçadoras, e no outro extremo está a saúde emocional, onde não há
contenção do impulso de buscar abertamente a proximidade e o contato. Os
diversos tipos de caráter se encaixam nesse espectro ou hierarquia conforme o
nível em que permitem a intimidade e o contato.
Modelo Bodynamic
Fundado por Lisbeth Marcher, a teoria Bodynamic é o resultado do trabalho de
um grupo de terapeutas Dinamarqueses que juntos estudaram, trabalharam e
desenvolveram por mais de 15 anos. A teoria combina a experiência de muitas
pessoas que trabalharam com um sistema poderoso, descobrindo e expandindo
seus limites continuamente. As distintas personalidades envolvidas nesse projeto
estão refletidas nos muitos aspectos da teoria. Um dos aspectos, a Psicologia de
Desenvolvimento Somático, realiza sua potência através da integração de novas
pesquisas no desenvolvimento psicomotor de crianças com sistemas de
psicoterapia profunda. Esta abordagem de desenvolvimento permite a ativação
direta de habilidades motoras não desenvolvidas (corpo) e recursos psicológicos
(mente).
Estas pessoas podem estar substancialmente presentes em seus corpos sem ter
os problemas encontrados nos indivíduos das primeiras estruturas. Quando sua
experiência começa a mudar, eles começam a desenvolver interesse na
espiritualidade e querem explorá-la. Os indivíduos da estrutura
de amor/sexualidade então, começam a abrir-se sexualmente, vivenciando amor
juntamente com sexualidade, como uma união espiritual. Eles se tornam mais
capazes de conectar com seus sentimentos e desejam um relacionamento mais
completo do que tinham anteriormente. Indivíduos da estrutura de vontade que
têm tentado vencer a barreira de suas tensões sexuais, ou realizadores que
estivessem tentando alcançar o orgasmo, começam a ceder. Uma sensação de
derretimento é um passo à frente positivo em seu desenvolvimento espiritual.
Seção 7: As Contra-indicações
Terapeutas não devem iniciar o trabalho respiratório com pacientes que possuam
uma úlcera estomacal ativa. No entanto, se o terapeuta puder utilizar a
respiração de maneira bastante sensível e prudente, é possível ajudar a aliviar
problemas estomacais e intestinais. Um dos testes de diagnóstico para epilepsia
é se o cérebro irá produzir ondas pontudas quando eles hiperventilam, mesmo
que seja por apenas algumas poucas respirações. Lupus é um transtorno auto-
imune caracterizado por um colapso e desorganização significativos do sistema
e, dessa forma, qualquer energia que seja introduzida deve ser da menor
dosagem possível caso contrário, o sistema se tornará mais desorganizado.
Resumo
Conclusões
Referências
Campbell, R. (1985).
Fisherman’s Guide to a Systems Approach to Creativity and Organization.
p. xi. Boston: New Science Library/Shambala.
Macnaughton, I. (1989).
Developing a design inquiry model by conducting a restropective design analysis.
Unpublished dissertation. San Francisco: Saybrook Institute.
Energy and Character, Vol. 24, No. 2. Also see page 64.
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