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CURSO DE
PSICOLOGIA CLÍNICA
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
PSICOLOGIA CLÍNICA.
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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1. A PSICOLOGIA ENQUANTO CIÊNCIA (PSICOLOGIA CIENTÍFICA)
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Muito se tem discutido sobre o que vem a ser conhecimento científico. Uns
consideram que só deve ser reconhecido como Ciência aquele tipo de conhecimento
que se pode medir e quantificar. A Ciência deve auxiliar no sentido de predizer os
fatos. Todo e qualquer conhecimento que não se enquadre dentro das tabelas
estatísticas deve ser colocado fora dos parâmetros científicos.
Na verdade, o conceito de Ciência nunca foi uma unanimidade. Há várias
correntes de pensamento se debatendo entre si, como também outros tipos de
conhecimento lutando pelo reconhecimento de ser reconhecido como científico. Com
a Psicologia não haveria de ser diferente e há várias práticas alternativas se
autodenominando científicas dentro da prática psicológica.
Entre punições efetuadas pelo Conselho de Ética dos Conselhos Regionais
de Psicologia, muitas práticas hoje já são reconhecidas pelo Conselho Federal de
Psicologia. O exemplo mais claro é a acupuntura.
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Mas o que vem a ser Ciência? O que poderia ser considerado científico ou
não? Quais os critérios para que um conhecimento seja reconhecido como Ciência,
ao passo que outros não o são? Qual a diferença entre pensamento e Ciência?
A grande diferença entre o ser humano dos outros animais, pelo menos até
que se prove o contrário, é que a pessoa é capaz de pensar. Pensamos ou pelo
menos deveríamos pensar antes de agir. Ainda assim há aqueles que agem por
impulso e só pensam naquilo que fizeram depois.
Existem pensamentos simples, como aqueles que nos fazem preparar o café
da manhã, levar o filho à escola e realizar tarefas simples como escovar os dentes e
calçar os sapatos. Algumas dessas atividades são quase automáticas e
praticamente não refletimos sobre elas.
Há, contudo, cadeias de pensamentos bem mais elaboradas e que nos
fazem parar para refletir sobre elas. Esse tipo de pensamento utiliza-se da razão e
de cadeias lógicas para fazer sentido. Utiliza-se do pensamento racional para a
tomada de decisões importantes na vida, como a escolha profissional, por exemplo.
Dentre os tipos de pensamento existem aqueles rotineiros, comuns. Crê-se
em determinadas coisas apenas porque todo o mundo crê. Fazem parte desse
universo as crendices, as benzeduras, as superstições.
Muitas práticas são oriundas de um método denominado tentativas e erro.
Por exemplo, muitos chás são utilizados porque uma determinada pessoa fez uso
dele e ele não fez mal, sem que houvesse um fundamento, uma explicação lógica
para tal prática.
A crença no sobrenatural é outro exemplo. As festas populares são ricas em
rituais e precisam ser respeitadas, pois fazem parte da história de um povo. Os
índios possuem uma cultura muito rica e muitas drogas utilizadas por eles já tiveram
o seu valor científico comprovado.
Todos os tipos de pensamentos humanos têm o seu valor. Mas só a partir do
momento em que se pensa sobre os próprios processos de pensamento é que se dá
início àquilo que comumente denominamos de saber científico. A Ciência se mostra
principalmente como algo racional e sistemático. A Ciência utiliza métodos
específicos, a depender de objetivos previamente traçados.
Dentro da Psicologia Científica, para efeitos didáticos, é possível dividir a
sua história em fases, desde a Antigüidade, quando já havia muito conhecimento
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apreendido da experiência humana. Embora não sistematizado, até os dias atuais,
quando já existe um reconhecimento da Psicologia enquanto profissão e Ciência e já
há um volume considerável de material científico produzido.
Ao se falar em fase pré-científica, ou seja, aquela que foi do século XVI até
1879, havia rudimentos de uma psicologia ainda muito ligada à Filosofia. Essa foi
uma fase de rejeição às verdades absolutas implantadas pela igreja e de
questionamento sobre o pensar humano. A racionalidade se mostrava como traço
preponderante do pensamento, sobretudo por construir as suas bases na Grécia
Antiga, berço da civilização Humana.
Cinco correntes se mostraram influentes dentro dos germes de uma futura
psicologia científica e até hoje influenciam as escolas ou abordagens psicológicas.
São elas:
- O Empirismo Crítico que apresenta nomes de destaque como os de
Descartes, Locke e Kant. Dentro dessa linha de pensamento considerava-se fator de
suma importância que houvesse um pensamento racional, no qual fosse capaz de
quantificar e provar, através de experimentos, os fenômenos mentais. O termo
mente substitui o anteriormente utilizado, ‘alma’. Essa corrente filosófica daria
origem, dentro da Psicologia, à Psicologia Experimental, que utilizaria animais de
laboratório para reproduzir possíveis comportamentos humanos.
Mais tarde, foram realizadas cirurgias mentais, com a intenção de mudar o
comportamento do sujeito. A violência, assim como a alienação mental, eram frutos
de distorções cerebrais facilmente tratáveis com cirurgias.
Dessa corrente filosófica viriam todas as linhas que tentariam reduzir o
comportamento humano a fórmulas matemáticas e estatísticas. O Behaviorismo tem
uma forte base empirista. Sua linha mais radical elimina a possibilidade de estudar a
psique humana. Apenas o comportamento observável é capaz de ser estudado
dentro de parâmetros científicos.
- Outra corrente filosófica propunha que a razão provinha do somatório de
idéias simples. Pensamento de base fundamentalmente atomista se encontra
presente até os dias atuais através, por exemplo, do nosso sistema de ensino.
O profissional, para ser considerado bom precisa ter um profundo
conhecimento em uma determinada área. Daí decorre em cursos de especialização,
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mestrado e doutorado, o que afunila a visão do todo a tal ponto que se torna
praticamente impossível manter uma visão geral sobre o assunto.
Nas rotinas do trabalho em saúde, tem se tornado uma luta incessante a
implantação do trabalho interdisciplinar, pois a formação profissional estimulou o
estudo em grades, que por sua vez se fragmenta em disciplinas e estas em
unidades de ensino. É dito ao professor que ele “não pode fugir do assunto”.
Depois, é cobrado que esse profissional trabalhe em equipe interdisciplinar.
É possível? Essa forma de ver o mundo e de atuar vem do pensamento atomista,
que tem nomes de importantes defensores como Darwin, Mill e Spencer.
- O Materialismo Científico foi outra corrente filosófica que influenciou a
Psicologia. De acordo com esse pensamento, apenas aquilo que fosse quantificável
e observável valeria como objeto de estudo científico. Fazem parte desta corrente,
nomes como August Comte e Marx. A nossa Bandeira representa bem esse
pensamento, com o lema “Ordem e Progresso”. Ficaria fora daquilo que é
considerado científico o estudo das emoções, dos sentimentos, a história e tudo o
mais que pudesse de alguma forma, se relacionar com a dimensão subjetiva do ser.
- Husserl trouxe a Fenomenologia, pensamento que deu origem à
abordagem de mesmo nome, para a qual o que interessa é apenas a descrição do
fenômeno. Na abordagem originada desse pensamento, não se utiliza classificações
diagnósticas, visto que essa forma de agir dentro da Psicologia é considerada
preconceituosa para a Psicologia, ou seja, uma forma de rotular e discriminar o ser
humano.
As angústias fazem parte da experiência humana, portanto, impossível à
pretensão de querer curar as doenças. O ser humano é visto de forma única e a
dicotomia cartesiana é eliminada nessa perspectiva de pensamento, ou seja, não há
bem e mal, feio ou bonito, médico e paciente, mas um contexto que precisa ser
descrito e observado.
- O Romantismo origina uma corrente psicológica basicamente ingênua, na
qual todo o homem é essencialmente bom e está direcionado para a auto-realização
e auxílio mútuo. Se apresentar algum tipo de comportamento reprovável, não o faz
por sua culpa, mas é vítima de um sistema social injusto e perverso, que o impede
de ser bom. A abordagem Humanista deriva do Romantismo, por compartilhar dessa
perspectiva. Rosseau eternizou essa corrente com o “Mito do Bom Selvagem”.
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É considerado como período da Psicologia enquanto Ciência aquela que vai
de 1879 até os dias atuais e o seu marco inicial foi à criação do Primeiro Laboratório
de Psicologia Experimental do mundo, na Alemanha, por Wundt.
Nessa primeira fase da Psicologia enquanto Ciência, e até para afirmar-se
enquanto tal, seu estudo era baseado em fórmulas físico-matemáticas e utilizava-se
da terminologia médica, de forma mais específica, a fisiológica.
Essa fase é marcada pela busca de estruturas imutáveis e universais,
provavelmente para tentar encontrar respostas baseadas na anatomia humana a
questões de outro âmbito. Os escritos freudianos são de certa forma, considerados
estruturalistas, na medida em que representam muito bem as estruturas da
consciência, em níveis de consciente, pré-consciente e inconsciente.
Outra ramificação preocupa-se muito mais com o dinamismo, o
funcionamento mental, portanto, é denominada de Funcionalista. Baseia-se na
linguagem da fisiologia para encontrar respostas aos estudos da percepção humana.
Não diria que nessa época surgiriam as escolas ou abordagens psicológicas,
mas que as correntes filosóficas tomariam forma de pensamento psicológico, o que
seria conhecido como abordagens. Não há uma abordagem pura, mas cada
abordagem fundamenta-se no pensamento de determinados filósofos e suas
escolas.
O Behaviorismo é uma das mais conhecidas abordagens psicológicas e tem
o seu norte no pensamento positivista de Comte. Sem dúvida, foi à primeira escola
organizada, fundamentando as suas estruturas no Positivismo.
Ela foi reconhecida utilizando em termos a psicofísica de Wundt, embora não
se ocupe muito em teorizar, pois já se inicia com experiências que visam entender o
comportamento humano como algo produzido por determinados condicionantes.
O comportamento torna-se, portanto, para essa Escola, fruto de pequenas
ações aprendidas ou excluídas, a partir de estímulos ambientais. Tem-se claro,
portanto, a visão atomista daquilo que seria denominada de estudo do
comportamento humano.
A Psicologia se restringe ao estudo daquilo que é observável. Destacam-se
nomes como Skinner e Watson.
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Em relação à Psicanálise, ainda é questionada quanto à sua cientificidade.
Resultado claro disso é que a grande maioria dos cursos de Formação em
Psicanálise, ainda não são reconhecidos pelo MEC.
Como amplamente divulgado, o Pai da Psicanálise foi o médico psiquiatra e
psicanalista Sigmund Freud, no início do séc. XX. Duas grandes apropriações
realizadas pela Psicanálise foram a descoberta do inconsciente, ou seja, aquilo que
acaba por determinar ações do sujeito sem que se tenha acesso às suas reais
causas e a descoberta da sexualidade infantil. Determinante da maioria das ações e
atitudes da vida adulta, a depender da gratificação ou privação da satisfação dessas
necessidades da vida infantil.
Para Freud, a libido, energia sexual, é multifocal e permeia toda a vida
psíquica do sujeito, podendo ser canalizada para vários aspectos e não apenas para
a vida sexual em si. Este talvez seja o maior equívoco dos críticos dessa abordagem
psicológica.
Quando Freud se refere ao falo, por exemplo, que não está se referindo ao
órgão sexual masculino, mas ao poder que ele representa. Por utilizar uma
linguagem ‘sexualizada’, reduzem sua teoria às questões sexuais. Coube a Jung
ampliar esse discurso, incluindo aí mitologia e antropologia.
Fazem parte de temas importantes da Psicanálise o Complexo de Édipo,
Inconsciente, Atos Falhos, Hermenêutica dos Sonhos, etc.
Por se tratarem de temas tão subjetivos, ainda hoje se pergunta se a
Psicanálise realmente funciona. O certo é que a Psicanálise propõe a cura pela fala
e imortalizou a figura do analista e do divã. Se tornando um importante passo para o
autoconhecimento e oportunidade rara para proporcionar um encontro com o eu e
parar em meio a tanta correria dentro desse sistema produtivo-capitalista em que se
vive.
A Psicanálise permeia áreas como a Hospitalar, discursos do cinema, das
letras, das artes, organizacional, psicodrama, escolar, ou seja, onde são realizadas
análises de algum tipo de discurso, certamente aí estará a Psicanálise.
São várias as escolas advindas da Psicanálise, dentre elas: as de Jung,
Reich, Klein, Anna Freud, Adler, etc.
É percebida a falta de algo novo em torno do conhecimento psicanalítico,
pois o que se vê são repetições daquilo que já foi dito e feito.
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Quanto a Gestalt, há desacordos quanto a se tratar de uma escola definida.
Ela é mais aceita como um conjunto de conhecimentos que veio auxiliar a Psicologia
a ter uma visão mais total do ser humano. Algo que contemplasse as várias
dimensões do ser e não apenas uma pequena parte fragmentada.
Atualmente, muito graças a Gestalt, o ser humano é contemplado, dentro
das mais diversas áreas da Psicologia, em suas dimensões físicas (comportamentos
e somatizações), social, cognitiva, emocional e até mesmo a espiritualidade já se
mostra como algo a não ser ignorado dentro das quatro paredes de um consultório,
por exemplo.
Já existem estudos científicos do benefício da fé para a proporção do bem-
estar humano. A Gestalt utiliza idéias de Koehler, Sartre, Merleau-Ponty e Husserl.
Um importante ramo ou área da Psicologia trabalha com o desenvolvimento
humano e baseia-se principalmente nas idéias de Piaget e Vygotsky. É a Psicologia
do Desenvolvimento, aplicável em clínicas, hospitais e escolas, principalmente.
Estudos sobre maturação cognitiva, relação entre linguagem e
aprendizagem e o papel social entre todo esse processo fizeram parte do discurso
desses brilhantes pensadores.
Suas reflexões permanecem bastante atuais e tem gerado inúmeros debates
acalorados. Enquanto para uns as idéias de ambos se excluem, para outros elas
apenas se complementam.
Carl Rogers, por sua vez, trouxe para a Ciência psicológica a concepção
filosófica de humanismo, exaltando o ser humano como o autor mais importante da
sua própria existência. Apregoava ser a pessoa mais importante que qualquer
sistema psicológico.
Essa grande quantidade de escolas acabou gerando ferrenhos adeptos de
uma ou outra. Daria-se novamente a fragmentação e as guerras entre profissionais e
estudantes, que acabariam por defender esta ou aquela posição. Isso gerou muita
rivalidade e facções. Pouco se podia perceber que a pluralidade de escolas e
pensamentos só enriqueceria o estudo da alma humana. Era necessário somar e
não dividir. Quanto mais conhecimento teórico, melhor poderia ser a prática ou as
práticas psicológicas.
Aos poucos, o sistema quase partidário dentro das academias, aquele que
forma discípulos deste ou daquele pensador, cede lugar a um novo profissional de
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Psicologia, aquele denominado ‘eclético’ e ainda criticado por muitos, por ser
considerado indefinido em sua posição teórica.
Seguindo a tendência atual do saber e fazer científicos, o profissional da
Psicologia começa a atuar por temática, a depender da necessidade do paciente ou
cliente, da pessoa que procura atendimento psicológico.
É um profissional que pode ser considerado especialista e generalista ao
mesmo tempo, pois necessita ter um conhecimento muito aprofundado sobre todo o
saber psicológico, para ser tão generalista a ponto de entender a necessidade de
seu paciente.
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Como em qualquer outra prática científica, a pesquisa psicológica visa
quatro finalidades básicas: Descrição, explicação, predição e controle. A descrição é
o objetivo básico de qualquer Ciência. Os psicólogos reúnem fatos a respeito do
comportamento e do funcionamento mental, a fim de formarem quadros precisos e
coerentes destes fenômenos. (DAVIDOFF, 1983).
Quando é extremamente difícil ou impossível usar estratégias diretas,
recorrem a testes, entrevistas, questionários e outras táticas indiretas que têm
menos probabilidade de serem exatas. Depois, faz-se necessário estabelecer uma
relação de causa e efeito. Estas explicações se transformam em hipóteses. Quanto
aos princípios básicos que norteiam a pesquisa psicológica, podem ser citados os
seguintes, dentre outros:
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prova inadequada. Estes cientistas não devem adiantar como evidências noções
populares, suas próprias idéias plausíveis, as especulações de cientistas eminentes
ou pesquisas de opinião a respeito deste ou daquele tópico. Todas estas estratégias
se apóiam apenas em conjecturas e não em observação direta;
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disciplinar compromissado com o conflito moral na área da saúde e da doença dos
seres humanos e dos animais não-humanos, seus temas dizem respeito a situações
de vida que nunca deixaram de estar em pauta na história da humanidade..."
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participar da pesquisa ou não, sem jamais ser induzido a participar. O cientista deve
estar alerta ao risco de sedução que o poder científico exerce.
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setor, religião ou gênero. Devem ser avaliados tanto aspectos éticos quanto a
qualificação dos respectivos pesquisadores.
Psicologia do Esporte:
www.ead.pucrs.br/cursos/listartodos.php
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A grande maioria vive quase que na miséria absoluta. Todo esse ambiente
favoreceu o nascimento da Psicología do Esporte, pois o Esporte é considerado um
dos maiores fenômenos de massa e tem requerido pesquisadores das mais variadas
áreas, pois a tecnología empregada é quase sempre a tecnologia de Ponta.
Pesquisadores da Antroplogia, Sociología e Filosofia têm feito parte deste universo,
como também das áreas da Medicina, Engenharia, Fisiologia e Biomecânica, dentre
tantos outros.
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Isso inclui a avaliação, diagnóstico, intervenção ou simplesmente a análise
do contexto esportivo incluindo o comportamento do grupo ou indivíduo praticante da
atividade. Faz parte dessa perspectiva a necessidade de realizar ações
prognósticas, ou seja, de tornar predizível possíveis resultados. Isso é realizado
dentro de uma certa probabilidade estatística. (J. Azevedo Marques & S. Junishi,
2000; S. Figueiredo, 2000; M. Markunas, 2000; S. Martini, 2000).
Psicologia Ambiental
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Extraído de www.usp.br
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conhecimento teórico da área, sob o modelo da pesquisa-ação.
Psicologia Organizacional
bp3.blogger.com/.../s320/8522103437.jpg
Fordismo:
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- Modo de desenvolvimento dos países capitalistas (hegemônico após a 2ª
Guerra Mundial)
- Pacto social:
* Papel do trabalhador: obediência às prescrições dos organizadores.
* Conseqüência: aumento de produtividade.
* Recompensa: manutenção de uma norma salarial e aumentos periódicos
atrelados aos ganhos de produtividade obtidos.
Psicologia Industrial:
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Psicologia Industrial, influenciada pela escola de relações humanas da
administração, se preocupa:
Psicologia Organizacional:
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- Dissociação geográfica do fordismo: exportação da montagem
desqualificada para países estáveis do 3º mundo.
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- Associada a uma escolarização maciça da classe trabalhadora.
- Criam-se:
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Psicologia Hospitalar
www.delboniauriemo.com.br/qualidade_parcerias.php
Definição
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• 1054- Matilde Neder dá inicio à Psicologia Hospitalar no Brasil
desenvolvendo uma atividade na Clínica de Ortopedia e Traumatologia da USP.
1974- Belkis Wilma Romano Lamosa implanta o Serviço de Psicologia no Instituto do
Coração, Faculdade de Medicina da USP, que só abriria para a população em 1977.
Psicologia Hospitalar
Psicologia Escolar
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www.ufmg.br/.../cursos/psicologia.htm
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Durante a década de 50, o panorama muda. Começa-se a duvidar da
aplicabilidade educativa das grandes teorias da aprendizagem, elaboradas durante a
1ª metade do século XX. Prenuncia-se uma crise.
Surgem outras disciplinas educativas tão importantes à educação quanto a
psicologia, e esta precisa ceder espaço.
Na década de 70, assume o seu caráter multidisciplinar que conserva até
hoje.
Não mais é considerada como a psicologia aplicada à Educação.
Atualmente, a Psicologia da Educação é considerada um ramo tanto da Psicologia
como da Educação, e caracteriza-se como uma área de investigação dos problemas
e fenômenos educacionais, a partir de um entendimento psicológico.
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Atualmente, rejeita-se a idéia de que a Psicologia da Educação seja
resumida a um simples campo de trabalho da Psicologia; ela deve, ao contrário,
atender simultaneamente aos processos psicológicos e às características das
situações educativas.
Definição de Psicopedagogia:
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Aprendizagem é a aquisição de novos comportamentos, que são
incorporados ao repertório individual de cada pessoa, que deverá apresentar, desse
modo, capacidades e habilidades não existentes anteriormente. Além de adquirir
comportamentos novos, através da aprendizagem, uma pessoa poderá também
modificar comportamentos anteriormente adquiridos (ROCHA).
“Aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo
já maturo, que se expressa, diante de uma situação-problema, sob a forma de uma
mudança de comportamento em função da experiência; envolve os hábitos que
formamos os aspectos de nossa vida afetiva e a assimilação de valores culturais,
além dos fenômenos que ocorrem na escola” (JOSÉ & COELHO).“A aprendizagem é
parte de um processo social de comunicação - a educação” - e apresenta os
seguintes elementos:
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“Uma aprendizagem mecânica, que não vai além da simples retenção, não
tem significado nenhum” (JOSÉ & COELHO).
Ensino X Instrução
ENSINAR: fazer com que as pessoas aprendam; fazer com que outros
saibam, adquiram conhecimentos ou mudem atitudes. A aprendizagem é seu
produto final.
INSTRUIR: manipular deliberadamente o ambiente de outros, para torná-lo
capaz de aprender, sob condições específicas (aprendizagem escolar). Este é um
conceito ultrapassado. Desta diferença entre ensinar e instruir pode-se dizer que
existem dois tipos de aprendizagem: informal e formal.
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A Aprendizagem e a Psicologia da Educação: Aprendizagem Informal e
Formal
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seus alunos. O conteúdo consiste na análise crítica de problemas reais e sociais. O
aluno é ativo em sua aprendizagem.
DOMÍNIOS DA APRENDIZAGEM
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O sensório-psiconeurológico (sensações, desenvolvimento neuropsicológico
e maturação neurológica).
PRINCÍPIOS DA APRENDIZAGEM
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repertório de conhecimentos e de experiências que o indivíduo já possui indo
construir sua bagagem cultural.
6º princípio: “processo integrativo e dinâmico” - esse processo de
acumulação de conhecimentos não é estático. A cada nova aprendizagem o
indivíduo reorganiza suas idéias, estabelece relações entre as aprendizagens, faz
juízos de valor.
FATORES DA APRENDIZAGEM
Saúde física e mental: para que seja capaz de aprender, a pessoa deve
apresentar um bom estado físico geral; deve estar gozando de boa saúde, com seu
sistema nervoso e todos os órgãos dos sentidos. As perturbações na área física,
como na sensorial e na área nervosa poderão constituir-se em distúrbios da
aprendizagem. Febre, dores de cabeça, disritmias (ausências mentais) são
exemplos disto.
Motivação: é o fator de querer aprender; o interesse é a mola propulsora da
aprendizagem. O indivíduo pode querer aprender por vários motivos: para satisfazer
a sua necessidade biológica de exercício físico e liberar energia; por ser estimulada
pelos órgãos dos sentidos, através de cores alegres; por sentir-se inteligente e bem
consigo mesmo ao resolver uma atividade mental; por sentir necessidade de
conquistar uma boa classificação na escola (status social e pessoal, admiração).
Prévio domínio: domínio de certos conhecimentos, habilidades e
experiências anteriores, possuindo relativa vantagem em relação aos que não o
possuem.
Maturação: é o processo de diferenciações estruturais e funcionais do
organismo, levando a padrões específicos de comportamento. A maturação
neurológica se dá por etapas sucessivas e na mesma seqüência (Leis céfalo-caudal
e Próximo-distal). A maturação cria condições à aprendizagem, havendo uma
interação entre ambas.
Inteligência: capacidade para assimilar e compreender informações e
conhecimentos; para estabelecer relações entre vários desses conhecimentos; para
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criar e inventar coisas novas, com base nas já conhecidas; para raciocinar com
lógica na resolução de problemas.
Concentração e atenção: capacidade de fixar-se em um assunto/tarefa.
Desta capacidade dependerá a facilidade maior ou menor para aprender.
Memória: a retenção da aprendizagem é aspecto essencial à aprendizagem,
pois quando a pessoa precisar de um conhecimento ela deverá ser capaz de
resgatá-los da memória, usando os conhecimentos anteriormente adquiridos. No
entanto, quem aprende está sujeito a esquecer o que aprendeu. O esquecimento se
dá por vários motivos: pela fragilidade ou deficiência na aprendizagem, causada por
estudo ineficiente, falta de atenção; pela tentativa de evocação do fato memorizado
através de um critério diferente do usado na fixação da aprendizagem; pelo desuso
das informações; por um componente emocional que não permite a memorização da
informação ou a 'esconde' no subconsciente.
FATORES NEUROENDÓCRINOS
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O hipotálamo é destacado como o local controlador do sistema endócrino.
Podemos considerar o hipotálamo como um centro integrador de mensagens,
controlando a função da glândula hipófise na produção e liberação dos hormônios de
todas as glândulas do organismo e possibilitando a criança explorar seu potencial
genético, de desenvolvimento e de aprendizagem. Neuro-Hormônio
Adenocorticotrófico - ACTH: é liberado pelo hipotálamo; sua secreção acompanha
um ritmo circadiano gerado por um ritmo cerebral intrínseco, ligado a alteração de
luz (dia e noite), sono, estresse físico e emocional.
FATORES AMBIENTAIS
NUTRIÇÃO
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Deve-se fornecer energia à criança para atender às necessidades de
metabolismo basal; ação dinâmico-específica dos alimentos; perda calórica pelos
excretos; atividade muscular; crescimento. Para que a aprendizagem também seja
beneficiada, a nutrição do indivíduo deve ser balanceada e saudável. Essa energia
é, então, transmitida através dos macro nutrientes: Vitaminas; proteínas; hidratos do
carbono; sais minerais; gorduras.
VARIÁVEIS SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAIS
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Outro aspecto importante, diz respeito ao ambiente familiar, que comporta
elementos diversos, de ordem psicológica particular, mas também de ordem cultural
segundo o nível intelectual, os conhecimentos adquiridos através dos pais, a
herança dos costumes, etc. Acima de tudo, intervém a relação afetiva precoce da
mãe com a criança desde os primeiros instantes da vida.
A qualidade dessa ligação afetiva condiciona em grande parte o
relacionamento da mãe e, conseqüentemente, a qualidade de sua conduta com a
alimentação, proteção física, estímulo psíquico e cultural da criança. A carência
afetiva consiste na falta de carinho e de solicitação afetiva materna, perturbando ou
mesmo impedindo o vínculo mãe e filho, determinando o aparecimento de uma
síndrome complexa com reflexos no seu desenvolvimento neuropsicomotor, no
crescimento e no estado emocional, e por conseqüência, na aprendizagem.
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Inspetor e disciplinador: sente-se o distribuidor e o executor da justiça;
Valoriza desempenhos, classifica alunos, promove-os e rebaixa-os. É o grande
responsável pela conduta em sala de aula, faz o papel de inspetor. Julga o certo e o
errado, administrando recompensas e punições.
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acessível e compreensivo, deixando o aluno contar suas dificuldades e problemas
em um meio neutro. O excesso ocorre quando o professor usufrui satisfação
primária à resposta afetiva do aluno para com ele. Gera-se um conflito entre o papel
de professor e de amigo.
Psicologia Jurídica
Extraído de sinalizando.blogspot.com/2007/06/psicologia-j...
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descoberta da solução. Descobrindo as causas das desordens, sejam elas mentais
e/ou comportamentais (criminosas, neste caso), também se pode determinar uma
pena justa, tendo em conta que estes casos são muito particulares e assim devem
ser tratados em tribunal.
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seres humanos, complexos pela sua própria essência, com as mesmas técnicas
empregadas por aquilo que é exato, quantificável?
Era o impulso que faltava para que fossem realizados inúmeros estudos
sobre memória, sensação e percepção, o que aumentou ainda mais a interface entre
a Psicologia e o Direito. Os instrumentos da Psicologia legitimam, de certa forma, as
práticas jurídicas, ratificando, ou não, as suas tomadas de decisão.
Torna-se, então, fundamental, que a Psicologia aja abrindo uma brecha para
que as práticas jurídicas tenham outro olhar, menos repressivo e mais acolhedor,
vigilante das práticas que privilegiem os direitos humanos.
Cabe ao psicólogo, então, uma atenta observância de que não lhe é dada à
função de julgar, ditar normas e regras, regulando a relação do homem com a
sociedade e favorecendo práticas de controle social, mas sim utilizar laudos periciais
para favorecer a liberdade e a solidariedade humana. Atuando de forma o mais
flexível possível, sempre para o bem do ser humano e não para endossar práticas
repressivas que favoreçam determinadas partes.
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culpados ou inocentes, nem fazer aquilo que cabe ao juiz: tomar a decisão final em
cada processo. Ao psicólogo cabe apenas auxiliar-lhe na tomada de decisão.
É preciso estar atento, pois não existe uma verdade absoluta inteira, mas
sempre parcial e relativa. O psicólogo sempre terá apenas o olhar de um dos
prismas da questão, jamais uma visão total. Cautela é fundamental. O jogo de poder
pertence ao mundo jurídico. Não cabe ao psicólogo assumir posições, seja de
defesa ou de acusação, apenas de análise do discurso e auxílio à reflexão, para a
tomada de decisão.
Num jogo de guarda dos filhos, por exemplo, cabe ao psicólogo não se
deixar seduzir pela tendência jurídica de ceder à mãe o direito do pátrio poder, mas
discutir, inclusive, que os pais também têm perfeita competência de criar bem os
seus filhos.
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que falsas denúncias intencionais de abuso sexual de pais contra seus próprios
filhos surgem como um método para se impedir a visitação e o pedido de guarda.
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Segundo a teoria de Breuer, que logo foi incorporada e melhor descrita por
Freud, as doenças mentais provinham de conflitos que estavam localizados na
mente da pessoa, e não necessariamente de problemas biológicos. Breuer
acreditava que através da hipnose a pessoa poderia driblar censuras que a
impediriam de lembrar certos fatos (os traumas), e assim melhorar sua idéia de tais,
ou vivenciar experiências. Freud depois descreveu esse estado como catarse. Freud
discordava quanto à eficiência da hipnose, e em contrapartida desenvolveu a técnica
da livre associação. Foi aí que a Psicologia Clínica nasceu, porque trouxe a cura
pela palavra.
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Hoje em dia há muitas linhas de pensamento em psicologia: as mais
famosas são a Psicanálise a Psicologia Analítica, a Análise do comportamento ou
Behavorismo de Skinner e a Fenomenologia. Esta última nasceu dos pensamentos
de Sartre, Husserl, e tem seus expoentes na psicologia representados por Rollo May
(existencialista) e Fritz Pearls (Gestalt Terapia).
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movimentos científicos mais conservadores que se constituem como grupos de
influência e que possibilitam a manutenção da performance deste tipo de modelo.
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O discurso do indivíduo é o portal de acesso ao seu interior. Esse discurso é
"decifrado" na relação estabelecida entre o psicólogo, o cliente é quem faz o pedido
para a consulta. O pedido de ajuda é por si só, revelador. A intervenção da
psicologia clínica reporta-se, pois, a uma metalinguagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS...
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As áreas mais conhecidas desta criação científica são, como já vimos, entre
outras, a Psicologia Social, a Psicometria, a Psicologia Experimental (nisto
englobando a linha comportamental), a Psicologia do Desenvolvimento, a Psicologia
Metafísica, a Neuropsicologia, a Psicopatologia. Esses estudos criam teorias que
são utilizadas na Psicologia Aplicada, que como o nome diz, é a aplicação dos
construtos teóricos em áreas específicas.
O terapeuta não pode utilizar métodos que não estejam em estudo científico,
aprovado pelo Conselho, como utilizar Florais de Bach, regressão a vidas passadas,
homeopatia, terapia bioenergética, entre outros. Ao usar estes métodos, o terapeuta
é proibido de utilizar-se do título de psicólogo.
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práticas devem atender a normas de conduta ética estipuladas pelo Conselho de
Psicologia.
Necessidades da multidisciplinaridade
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Comitês de Bioética trazem esta multidisciplinaridade, agindo sobre
problemas corriqueiros e controversos. Estes comitês são formados por muitas
outras correntes do conhecimento, além do psicólogo. São médicos, enfermeiros,
advogados, fisioterapeutas, físicos, teólogos, pedagogos, farmacêuticos,
engenheiros, terapeutas ocupacionais e pessoas da comunidade onde o comitê está
inserido. Eles decidem aspectos importantes sobre tratamento médico, psicológico,
entre outros.
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GLOSSÁRIO
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