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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE HUMANIDADES E SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

ANNA LUIZA ECARD EYNG

CAROLINA GRANITO DO CANTO PONTE

DILEMAS ÉTICOS NA PSICOLOGIA: NAVEGANDO PELOS DESAFIOS DA


PRÁTICA PROFISSIONAL

RIO DAS OSTRAS


2023
Introdução

Esse trabalho tem a finalidade de apresentar como a prática da psicologia é permeada


por uma série de dilemas éticos que demandam reflexão e tomada de decisão consciente.
Desde a manutenção da confidencialidade até a competência cultural, os psicólogos são
confrontados com questões complexas que exigem equilíbrio entre os princípios éticos
fundamentais e a busca pelo bem-estar dos clientes. Ao explorar esses dilemas e desenvolver
abordagens éticas, os profissionais da psicologia contribuem para uma prática responsável e
efetiva, fortalecendo o vínculo terapêutico e promovendo um ambiente de cuidado que
respeita a diversidade e a autonomia dos indivíduos.
É dever fundamental na prática do psicólogo que estes tratem os pacientes com
respeito e dignidade, mantendo sua privacidade, mas é preciso compreender que o código de
ética não se resume somente a isso. Nele estão contemplados uma série de normas para nos
instruir a como lidar com esses dilemas mais frequentes que podem surgir em nossa prática,
nos dando respaldo para as decisões que se aplicarão diante de nós. Pretendemos, portanto,
debater alguns dos principais dilemas éticos aos quais devemos nos atentar em nossa atuação.

Código de ética profissional

Pode-se entender que o código de ética atua como regulador e referencial da prática
profissional, assim, diz-se que a partir de um corpo de práticas, é possível atender às
demandas sociais, norteando-se por elevados padrões técnicos e pela existência de normas
éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus pares e com a
sociedade como um todo. O Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados
quanto às práticas do psicólogo, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo
acerca da sua práxis, que considerem a profissão como um todo e não em suas práticas
particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se restringem a práticas específicas
e surgem em quaisquer contextos de atuação por intermédio de equipes multi
transdisciplinares. Desse modo, se pode responsabilizar, pessoal e coletivamente, as ações e
suas consequências no exercício profissional, ou seja, é o norteador dos dilemas éticos
enfrentados cotidianamente.
Nesse sentido, o psicólogo deve basear o seu trabalho em alguns principios
fundamentais que atuem na promoção do respeito e da liberdade, da dignidade, da igualdade e
da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos
Direitos Humanos; visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das
coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. É esperado que o profissional atue
com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política,
econômica, social e cultural, além disso, buscando o contínuo aprimoramento profissional,
que contribuirá para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de
conhecimento e de prática, para promover a universalização do acesso da população às
informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da
profissão. Por isso, é imprescindível que o psicólogo considere as relações de poder nos
contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais,
posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.

Confidencialidade e privacidade

Em função do código de ética e da importância de se reconhecer os principais conflitos


éticos enfrentados, cabe abordar alguns dos deveres éticos do profissional da psicologia, como
a confidencialidade e privacidade, que é uma das questões principais relacionadas aos dilemas
éticos, principalmente no que se refere à quebra de sigilo profissional, ou seja, quando é
permitido e necessário quebrá-lo. Dessa maneira, expõe-se que a quebra de sigilo é feita
somente em situações de risco para o paciente ou terceiros, por exemplo intencionalidade de
crimes e situações que colocam a vida do próprio paciente e de outros em risco, por exemplo
quando há a intencionalidade de crimes que possam colocar a integridade física e a vida do
próprio paciente e de outros em risco ou por intimação judicial. No entanto - de acordo com o
Art. 9º e 10 - é dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio
da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no
exercício profissional e nas situações em que se configure conflito entre as exigências
decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código,
excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo,
baseando sua decisão na busca do menor prejuízo. Sendo que, em caso de quebra do sigilo
previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações
estritamente necessárias. Outro ponto relevante, é que - de acordo com o Art. 15 - em caso de
interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos, ele deverá zelar pelo destino dos
seus arquivos confidenciais, e se houver a extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo
responsável deverá informar ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a
destinação dos arquivos confidenciais, garantindo a privacidade dos pacientes.
Assim, conclui-se que a confidencialidade e o respeito à intimidade dos atendidos é
uma questão complexa que exige do profissional conhecimento acerca do código de ética e
das obrigações legais, bem como um olhar atento a dinâmica relacional com o paciente, a fim
de estabelecer vínculo de confiança, essencial para a evolução do tratamento, principalmente
porque muitas das situações admitidas, mesmo que sejam imorais socialmente, ainda são
protegidas pelo sigilo, e por isso não podem ser mencionadas, por isso surgem os dilemas
éticos de quebra que sigilo, que podem resultar inclusive em processos legais. Um exemplo
claro de dilema ético que pode ser mencionado é o caso de adolescentes que relatam
comportamentos autolesivos sem intenção suicida, e que apesar de serem menores de idade, a
comunicação aos pais pode ocasionar o rompimento do vínculo, e com isso fazer com que o
indivíduo dispense possíveis tratamentos, por isso, cabe ao profissional estabelecer um canal
aberto e seguro de comunicação para então abordar a necessidade de conversar sobre esses
comportamentos com um responsável de confiança, o que nao se aplica a tentativas de
suicídio que colocam em risco a vida do paciente. Sendo assim, cabe ao profissional estar
atento às necessidades do indivíduo e as possíveis redes de apoio que devem ser acionadas.

Consentimento informado

Ademais, outro ponto relevante é o consentimento informado, essencialmente quando


trata-se dos dilemas éticos relacionados ao processo de obtenção do consentimento informado
dos pacientes, que precisam ser informados de forma clara e compreensível acerca dos
procedimentos e os possíveis benefícios e riscos envolvidos, bem como a possibilidade de
quebra de sigilo, já mencionado, em situações estabelecidas no código de ética. Logo, cabe ao
profissional estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do usuário
ou beneficiário de serviços de Psicologia previamente, como estabelecimento de um preço;
fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes
ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional; informar, a quem de direito, os
resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for
necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário; Orientar a quem
de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços
psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do
trabalho. Em adição, cabe ressaltar que - de acordo com o Art. 13 - no atendimento à criança,
ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial
para se promoverem medidas em seu benefício, e no caso de não se apresentar um
responsável legal, o atendimento deverá ser efetuado e comunicado às autoridades
competentes, sendo que é da responsabilidade do psicólogo os encaminhamentos sugeridos. O
consentimento é essencial para o início dos procedimentos psicológicos, e sem ele não pode
haver atendimento, por exemplo como é o caso de menores de idade que buscam tratamento
mas não possuem autorização do responsável. Dito isso, cabe ao profissional buscar meios de
garantir o consentimento, quando julgar necessário prosseguir com o pedido, valendo-se de
conversas com os responsáveis ou em casos mais graves por meio de dispositivos legais,
como o Conselho Tutelar.

Relações duais e múltiplos papéis

Em consonância, outra possibilidade de dilema ético são as relações duais e múltiplos


papéis, como é o caso de psicólogos que realizam acompanhamentos psicológicos apesar de
possíveis ligações emocionais e afetivas que poderiam inviabilizar o tratamento, como
relações familiares, românticas ou de amizade, já que o fator de imparcialidade e neutralidade
para análise crítica não é possível. Portanto,- de acordo com o Art. 2º- é vedado ao psicólogo
estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro que tenha vínculo com o atendido,
uma relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado, além de ser
perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais,
atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos
resultados da avaliação. Dessa forma, existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo
recusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente. Nesse
caso, exemplificando, o atendimento de duas ou mais pessoas que possuem algum tipo de
vínculo afeta diretamente o resultado do tratamento, já que pode ser que o profissional escute
mais de uma versão do mesmo acontecimento, o que faria com que a posição do psicólogo de
neutralidade fosse afetada, abrindo espaço para mais de uma interpretação, impedindo a
análise criteriosa individual de cada percepção dos indivíduos e seus reflexos na
subjetividade.

Relações terapêuticas na era digital

Vivemos em uma era extremamente digitalizada, onde boa parte das relações humanas
acabam perpassando também, quando não inteiramente, os ambientes virtuais. Essas questões
atravessam as relações terapêuticas atuais, que cada vez mais têm adentrado esses espaços.
Com o surgimento de novas tecnologias, os psicólogos têm cada vez mais possibilidades, e
demandas, por tratar pacientes a distância, tornando-se capazes de oferecer uma alternativa
conveniente e eficiente para aqueles que não podem comparecer a uma consulta presencial ou
que desejam ampliar seu leque de escolhas em relação ao profissional. Apesar dos grandes
avanços que vieram juntamente à era digital, o uso dessas tecnologias na prática psicológica
também traz consigo uma série de dilemas éticos que precisam ser considerados.
Um dos principais dilemas éticos associados ao uso das tecnologias na prática
psicológica é o armazenamento seguro de dados dos pacientes. Segundo a resolução nº 4, de
26 de março de 2020, artigo 2º, o código de ética que rege nossa atuação deve ser estritamente
seguido independente do ambiente onde o atendimento é realizado, e isso garante ao paciente
o direito ao sigilo - salvo pontuais exceções - e todos os direitos já estabelecidos, mesmo em
ambiente virtual. O psicólogo que se propõe adentrar essa esfera deve considerar os riscos
para garantir que os dados coletados permaneçam seguros. Torna-se fundamental que
utilizemos sistemas de armazenamento seguros e que sigamos as melhores práticas de
segurança cibernética para proteger essas informações que são coletadas. Além disso, é
importante esclarecer com o paciente sobre como suas informações estão sendo utilizadas e
protegidas. Também é de vital importância que, como profissionais, nos atentemos para o
condicionamento do código de ética ao nosso cadastro no portal e-psi, para que nossa prática
seja devidamente regulamentada.
Outro dilema ético que surge com o uso de tecnologias digitais na terapia é a questão
da confidencialidade. Ao usar a terapia online, por exemplo, é possível que outras pessoas
possam ter acesso às conversas entre o psicólogo e o paciente, tanto da parte do psicólogo, se
este não se atentar para o local onde realizará estes atendimentos, quanto da parte do paciente,
que pode não ter disponibilidade para um ambiente adequado à terapia. Em casos com
adolescentes, por exemplo, seria importante considerar se o atendimento online não seria uma
tentativa dos responsáveis de violar a questão do sigilo. Com tudo isso pontuado, é necessário
que o psicólogo avalie caso a caso quando é, ou não, adequado permanecer com este formato
de atendimento, compreendendo que devemos sempre prezar pela prática mais ética e segura
para todas as partes envolvidas.
Ademais, seria importante considerar a possibilidade de que pacientes possam encobrir
fatores importantes para o processo terapêutico, e que facilmente seriam observados em
atendimentos presenciais. Fatores como um desprendimento físico, que poderia alertar para
depressão, ou marcas de autolesões são indicativos importantes de alguns casos que poderiam
passar despercebidos. Com isso retomo a necessidade de que haja uma análise do caso, pois
dificilmente casos graves seriam recomendados ao modelo remoto de atendimento, e o
psicólogo, como o profissional qualificado da relação, deve saber o momento de pontuar e
insistir por essas questões.

Competência cultural e diversidade

Ao lidar com as complexas questões da mente humana, que frequentemente aparecem


para nós na prática da psicologia, é fundamental considerar a influência da cultura e a
diversidade presente em cada indivíduo. É nosso papel reconhecer, respeitar e zelar pelas
diferenças culturais, evitando preconceitos e discriminação. Devemos compreender que a
cultura desempenha um papel crucial no desenvolvimento do indivíduo, moldando suas
crenças, valores, comportamentos e percepções do mundo. Ela é a lente pela qual aquela
pessoa percebe o mundo, e o filtro que utilizaremos a todo tempo para compreendermos sua
realidade. Quando atendemos clientes de diferentes origens culturais, é essencial reconhecer e
compreender a influência da cultura no funcionamento psicológico daquela pessoa, mas
também é preciso reconhecer essas influência em nossa própria escuta, para que assim
possamos agir de forma ética para com nosso cliente e garantir seus direitos de igualdade,
liberdade, dignidade e integridade.
A competência cultural é um aspecto crucial da prática psicológica, uma vez que lidar
com a diversidade cultural apresenta dilemas éticos que devem ser cuidadosamente
considerados. Entre esses dilemas, o viés cultural é um fator que pode afetar nossa avaliação e
interpretação das experiências e comportamentos dos clientes. É importante reconhecer que
cada profissional tem seu próprio viés cultural, e que não reconhecer o aparecimento dessas
questões pode levar a diagnósticos equivocados, intervenções inadequadas e falta de
compreensão em relação às ações daquele indivíduo, podendo nos levar ao equívoco de
estereotipar ou até mesmo agir de forma a propagar o preconceito. É essencial considerar a
singularidade de cada cliente, evitando julgamentos precipitados. Também devemos
considerar as barreiras linguísticas e comunicacionais, que são desafios importantes quando se
trata de competência cultural na prática psicológica. A comunicação efetiva é fundamental
para um trabalho terapêutico de qualidade, porém, considerando um país diverso como o
nosso, as diferença de faixa etária, a influência cultural e os diferentes estilos de comunicação,
podem haver algumas dificuldades, e é necessário que, como profissionais, nos esforcemos
para compreender da melhor forma possível a comunicação do cliente, sem tentarmos impor a
ele nossa própria forma de expressão.
Além disso, a efetividade das intervenções terapêuticas está diretamente relacionada à
sensibilidade cultural. Quando as abordagens terapêuticas são adaptadas às necessidades
específicas do cliente e são culturalmente sensíveis, elas se tornam mais eficazes. Ao
considerar as diferenças culturais nos tornamos aptos a escolher estratégias e técnicas
terapêuticas mais apropriadas e relevantes para cada cliente, melhorando os resultados do
tratamento.

Abuso e violência

É muito comum na prática da psicologia nos deparamos com casos de abuso e


violência. Esses casos trazem consigo dilemas éticos complexos que exigem uma análise
cuidadosa de nossas responsabilidades profissionais. Um desses dilemas envolve a obrigação
de relatar situações de risco e garantir a segurança de todas as partes envolvidas. Embora a
confidencialidade seja um pilar fundamental da relação terapêutica, o bem-estar e a segurança
dos indivíduos em perigo devem ser priorizados. Para esses casos, o artigo 10 do código de
ética estabelece:
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes
do disposto no Art. 9o e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código,
excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de
sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

Portanto, nossa primeira tarefa seria a notificação para a vigilância sanitária, e o


segundo seria, em terapia, tentar levar a pessoa a denunciar por conta própria, entendendo
que, a depender dos riscos envolvidos, pode ser necessário que façamos esse papel quando a
vítima não estiver em condições psicológicas de fazê-lo.
Temos como responsabilidade ética o dever proteger a vida e o bem-estar de nossos
clientes, e a obrigação de relatar a situação às autoridades competentes para que esse bem
estar seja garantido pode entrar em conflito com o princípio da confidencialidade que rege
nossa profissão. Por esse motivo é necessário deixar bem claro desde o princípio que existem
leis que nos obrigam à quebra desse sigilo em casos como este, demonstrando que nosso
objetivo é garantir a segurança da pessoa afetada. É importante que tentemos informar e obter
o consentimento do cliente sempre que possível, respeitando sua autonomia, mas também é
necessário avaliar quando será necessário quebrar o sigilo independente disso. No fim, nosso
trabalho sempre deve visar a segurança e o cuidado integral de todos os envolvidos.
Conclusão

Diante da complexidade dos dilemas éticos presentes na prática da psicologia, torna-se


evidente que a reflexão e a tomada de decisões conscientes são fundamentais para orientar os
profissionais nesse caminho. Desde a manutenção da confidencialidade até a escolha de
quebrar ou não este sigilo, os psicólogos enfrentam desafios que exigem um equilíbrio
cuidadoso entre os princípios éticos e a busca pelo bem-estar dos clientes.
Através da exploração desses dilemas éticos e do desenvolvimento de abordagens
éticas, os psicólogos desempenham um papel essencial na promoção de uma prática
responsável e efetiva. Ao enfrentar as questões relacionadas à confidencialidade,
demonstramos a importância de criar um ambiente seguro e de confiança, no qual os clientes
se sintam à vontade para compartilhar suas experiências mais íntimas. Essa base ética sólida
fortalece o vínculo terapêutico e cria uma fundação para o crescimento e a cura.
Ao final, entendemos que, em nossa prática, enfrentaremos dilemas éticos complexos
que requerem de nós a capacidade de escolher bem em prol do cuidado do outro, e somente
por meio do equilíbrio entre os princípios éticos fundamentais e a busca pelo bem-estar dos
clientes, é que seremos capazes de contribuir para uma prática responsável e efetiva da
psicologia. Fortalecendo os vínculos terapêuticos, respeitando a diversidade e a autonomia
dos indivíduos e criando um ambiente de cuidado que promova o desenvolvimento pessoal e
o bem-estar psicológico.

Referências

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional dos Psicólogos,


Resolução n.º 10/05, 2005.

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