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Análises de Riscos de Sucesso

Licenciado para Herbert - - Protegido por Nutror.com


Análises de
Riscos de
Sucesso
APP

APR

HAZOP

Daniel Wege

2015

www.hazoper.com

Licenciado para Herbert - - Protegido por Nutror.com


SUMÁRIO

1 Introdução ______________________________________ 5
1.1 Seus desejos realizados ___________________________ 7
1.2 Problemas a serem resolvidos _____________________ 8
1.3 Minha Jornada __________________________________ 12
1.4 Por que fazer análise de risco ____________________ 28

2 Conceitos ______________________________________ 31
3 Execução ______________________________________ 70
3.1 Equipe necessária _______________________________ 71
APP e APR __________________________________________ 76
3.2 HazOp__________________________________________ 87

4 Motivação ____________________________________ 104


5.1 Frase__________________________________________ 105
5.2 Revisão________________________________________ 105
5.3 Tarefa_________________________________________ 106
Anexos____________________________________________ 107
Agradecimentos ___________________________________ 108
Sobre o autor ______________________________________ 109

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Glossário __________________________________________ 111
Dados Bibliográficos ________________________________ 134

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1 Introdução

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Análises de Riscos de Sucesso

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Introdução

Esse livro tem como meta:

 Encurtar seu caminho para atingir resultados e


objetivos nas Análises de Riscos.
 Reduzir seu trabalho de descobrir ou procurar
informações sobre Análises de Riscos.
 Dar-te um método de análise de riscos que
funciona.
 Disponibilizar informações resumidas e prontas.
 Mostrar-te os passos a serem seguidos para uma
análise de riscos de sucesso.
 Ensinar-te a pensar e gerir orientado a riscos.

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Introdução

1.1 Seus desejos realizados


Este e-book ajudará você a melhorar a gestão de riscos
de seus projetos e processos através de uma linguagem
simples e objetiva para que você:

 Reduza as perdas causadas por eventos evitáveis;


 Reduza o tempo gasto “apagando incêndios”;
 Aumente a previsibilidade dos acontecimentos dos
projetos e processos;
 Aumente conhecimento da equipe sobre o
negócio;
 Aumente a integração e a motivações de equipes
de áreas diferentes para atingirem um resultado
comum.

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Introdução

1.2 Problemas a serem resolvidos


Se você trabalha com Projetos e Processos
provavelmente já passou por algum desses problemas,
como por exemplo:

 Não sei identificar um risco. Hoje em dia o termo


“Risco” é usado constantemente, mas geralmente
paramos para refletir sobre esse “inimigo em
comum” quando ele bate à nossa porta e daí as
soluções possíveis já não são as mais baratas e
muitas vezes tampouco permanentes, ou seja, é
um contínuo apagar de incêndios.

 Não sei como reduzir o risco que identifiquei.


OK, o Risco foi identificado e agora o que fazer
com ele? Simplesmente escrever que ele existe
não fará com que ele suma e colocar uma solução
genérica muito menos, alguns preferem passar a

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Introdução

diante pensar como se ele não existisse, mas para


quem deseja realmente gerenciar os riscos, deverá
levantar medidas para a sua redução ou controle.

 Minha equipe e/ou superiores não acham que


gerenciar riscos seja importante. Em um
ambiente agitado cheio de projetos com
cronogramas apertados e equipes sobrecarregadas,
parar para fazer a Gestão dos Riscos não parece
uma prioridade, a palavra de ordem é vender e
entregar. Porém, se engana quem acha que para
concluir esses dois itens da melhor maneira se
pode negligenciar os Riscos envolvidos nesse ciclo.
O pior risco é o desconhecido.

 Não tenho tempo para fazer gestão de riscos. Se


você não tem tempo para gerenciar os riscos, os
riscos terão tempo para gerenciar você. Pare e

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Introdução

pense em quanto tempo é gasto na sua empresa


resolvendo problemas que surgiram de última hora
e devem ser resolvidos para que tudo possa
continuar a andar, porém soluções feitas às
pressas geralmente não são as melhores, nem as
mais baratas, além de interromper o fluxo normal
dos processos, criando necessidade de forças-
tarefas, compras emergenciais, dentre outros
desconfortos. Gerenciar riscos é poupar tempo e
dinheiro no futuro.

 Cometemos os mesmos erros constantemente e


não temos históricos dos eventos. Mudança de
pessoal da equipe, mudança de tecnologia, curvas
de aprendizado dos novos projetos, ajustes e
falhas, metas de desempenho e pressão dos
superiores, tudo colabora para que todos estejam
ocupados 100% em atividades produtivas, mas
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Introdução

quanto tempo deveria ser empregado em


atividades preventivas? Confiar somente na cabeça
das pessoas para saber o que pode dar errado ou
dar certo, não parece ser prudente em um
ambiente como esse, aliás em Gestão de Riscos
veremos que as taxas de falha das pessoas
aumentam muito nessas condições.

 A Gestão de Risco é "para inglês ver”. Essa é uma


prática comum, porém existe um ALTO RISCO de
sua organização ter diversos problemas como
perda de dinheiro, tempo e quem sabe até vidas,
por esse tipo de comportamento, mas nunca é
tarde para pegar aquela Análise de Risco da
gaveta e tirar a poeira dela.

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Introdução

1.3 Minha Jornada

Eu também já passei por estes problemas,


trabalho com Gestão de Riscos desde 2004, prestei
consultoria para todo tipo de empresas desde um
pequeno negócio como um bar até grandes negócios
como a Petrobras (onde fiz a gestão de riscos de mais de
20 projetos), além disso já gerenciei diversos projetos,
educacionais, culturais, sociais, ambientais, obras civis
até projeto de software, fui funcionário e também tive
negócios próprios, e em todas as situações haviam riscos
que quando mal gerenciados levavam a situações não
muito confortáveis.

Mas eu vou te contar um pouco da minha


jornada...

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Introdução

No início da minha carreira trabalhei bastante com


controle de qualidade, inclusive participei de um projeto
de startup de uma grande multicional para uma fabrica
de cosméticos e naquela época era muito comum os
produtos estarem fora da especificação, termos
desperdício na linha de produção devido a falhas de
ajustes e a maioria das ações eram corretivas.
Houve um dia que tivemos que contratar mais de 100
pessoas para limpar frascos que transbordaram!

Até que um dia, ainda quando eu cursava Química na


UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), peguei
uma disciplina chamada QG636 Planejamento de
Experimentos e Otimização de Processos, na época
somente a UNICAMP e uma outra universidade na
Argentina possuia uma disciplina como esta, onde víamos
planejamento fatorial, modelagem e otimização,
utilizando estatística avançada.
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Introdução

Esse foi o meu chamado para prestar atenção aos


processos, mas eu já tinha minha rotina e fazer um
planejamento desse tipo era muito trabalhoso e
complexo, então não apliquei no meu trabalho.

Mas isso ficou na minha cabeça, a possibilidade de


encontrar um ponto ótimo de qualquer processo,
podendo integrar “n” dimensões em uma mesma
dimensão me empolgava.

Então comecei a procurar consultorias que tivessem algo


correlacionado ou parecido, até que eu achei!

A consultoria que achei tinha como dono um especialista


em gestão de riscos, daqueles que pesquisa de tudo e se
aprofundou em tudo relacionado com gestão de riscos e
tinha mais de 30 anos de experiência, para mim era o
lugar perfeito para eu absorver muito conhecimento.
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Introdução

E foi isso que fiz.

Durante 3 anos fiquei ao seu lado e fui aprendendo tudo


que ele podia me ensinar, participando das consultorias,
fazendo simulações e relatórios, ou seja, aproveitando
bem meu período de trainne.

Até que um dia eu achei que estava pronto, pedi


demissão e fui montar a minha própria consultoria e
então passei por diversas provações, adquiri aliados e
inimigos, como a crise de 2009, que reduziu tanto as
minhas consultorias que tive que procurar outro tipo de
fonte de renda.

Assim trabalhei em estratégias de franqueadores, em


gestão de obras civis, desenvolvimento de softwares e
muito mais, chegando a gerneciar meus próprios
projetos, aí me deparei com a “escuridão”, pois eu não
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Introdução

era mais um consultor que fazia as recomendações e ia


embora, eu ficava com o projeto até o fim e tive que
enfrentar sozinhos muitos inimigos (que falo mais a
frente).

Depois de enfrentar esses inimigos eu consegui chegar a


uma nova perspectiva na gestão, onde eu consegui unir
times e otimizar processos e métodos de gestão,
consegui aplicar e melhorar as técnicas de gestão de
riscos em gestão de projetos, seja ele qual for,
conseguindo gerar economia e previsibilidade.

Agora eu venho trazer de forma acessível e enxuta tudo o


que aprendi nessa jornada. Tudo isso para que que voc~e
também consiga aplicar esse conhecimento em seu dia-a-
dia e ajudar na concretização de minha missão de vida: A
expanção da cultura de prevenção e gestão de riscos no
Brasil.
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Introdução

Alguns dos problemas que enfrentei foram:

 É tanta coisa para controlar e pensar que nem


sei por onde começar. Principalmente em
empresas privadas com projetos de cronogramas e
orçamentos apertados, a palavra de ordem é
“Entregar a qualquer custo”, se faz horas-extras,
se leva trabalho para casa, todo mundo está
sempre ocupado realizando tarefas produtivas que
dificilmente alguém tem tempo para levantar os
riscos, e geralmente quem tem a visão dos riscos é
o mais ocupado, ou seja, nada é feito com relação
aos Riscos.

 Nada nunca sai exatamente como o planejado. E


quando se tem tempo para levantar os Riscos,
mesmo assim as coisas não saem como planejado,
é gasto muito tempo planejando, mais tempo

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Introdução

ainda controlando o que deve ser feito e mesmo


assim eventualidades acontecem e se não for por
um forte “jogo de cintura” da equipe, quase
sobrehumano, o projeto não sai como o esperado.

 As pessoas menosprezam os perigos e riscos. Ou


por falta de treinamento ou consciência sobre o
que está acontecendo, as pessoas tendem a
menosprezar os perigos e riscos, principalmente
quando é um processo realizado freqüentemente,
daí então é pior, pois se adquire confiança e se
relaxa no comportamento preventivo, aumentando
ainda mais a exposição (abrindo a guarda) e
consequentemente o risco de danos, sejam eles de
qualquer natureza.

 Passar sempre pelos mesmos problemas. Esse é


um incrível fenômeno da natureza: O eterno
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Introdução

retorno dos Problemas já resolvidos. O segredo é


que ele nunca foi resolvido de fato, ainda existe
uma causa-raiz não eliminada que está muito
longe do efeito, este último, sim, foi atacado.

 As pessoas mudam e os erros continuam a


acontecer. Tão incrível quanto o item anterior é
esse item. Como uma mão mágica que comanda os
eventos aleatórios dos projetos e processos,
apesar de serem eliminadas todas as pessoas que
se acreditava serem as causas dos problemas,
depois um tempo, magicamente, eles voltam a
acontecer.

E para resolver esses problemas tentei e vi algumas ações


que nunca resolviam bem meus problemas:

 Controle do controle. Essa parece ser uma


solução comum em grandes empresas que não
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Introdução

possuem um sistema de informações consistente.


Como cada dono de um processo ou atividade
controla as informações que lhe são relevantes, o
resultado final é um monte de gente com planilhas
controlando as mesmas coisas, porém se
compararem os controles os dados não coincidem,
então se cria um outro controle para controlar os
controles e é gasto um bom tempo depois gerando
relatórios da compilação disso tudo.

 Criação de manuais, normas, procedimentos e


processos. Eu mesmo já me vi como um viciado
em fazer manuais, principalmente depois de tirar
certificação de auditor ISO 9001, para eu mapear
detalhadamente os processos e escrever as
instruções de trabalho com passo-a-passo era a
solução para que tudo desse certo, o único
problema é que ninguém lê.
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Introdução

 Colocar os riscos por colocar. Já vi isso dezenas


de vezes em gerenciamento de projetos, “Risco do
Projeto: Atraso no cronograma e aumento do
orçamento”. Bem, quem conseguir gerenciar esses
riscos me avise, pois não consigo imaginar algo
mais genérico. Ou pior ainda, copiar os riscos de
outro sistema, projeto ou processo, isso é inferir
que o que você está fazendo é exatamente igual à
sua fonte de cópia.

 Só uma pessoa pensa em "todos" os riscos. Mais


um evento acredito que gerado pela super
ocupação da equipe. Uma pessoa fica responsável
pelos riscos, senta em sua mesa e pensa em todos
os riscos possíveis. Esse é o exemplo clássico de
como criar uma visão uni-dimensional dos riscos.
Se for um engenheiro de segurança pensando nos
riscos, o resultado será um, se for um
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Introdução

administrador, o resultado será outro, se for um


estatístico, outro, nunca será uma visão sistêmica.

 Reunião emergencial para resolução de


problemas. Finalmente o risco que deveria ter
sido identificado lá atrás se materializou e agora
está todo mundo desesperado para resolvê-lo.
Então, muitas vezes segue o seguinte cenário, o
chefe chama uma reunião, fala do problema e já
indica uma possível solução que lhe agrada. Depois
de algumas horas de discussão, a solução do chefe
é a aceita, mas mesmo assim ainda se sai da
reunião sem uma tarefa clara, um dono e uma
data de resolução.

Depois de passar por várias metodologias aplicadas em


diferentes tipos de projetos e processos, algumas ações
mostraram melhores resultados, como:

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Introdução

 Usar Equipe multidisciplinar. É impressionante


como pessoas de diferentes áreas possuem visões
diferentes e sua interação, se bem coordenada,
cria cenários e alternativas nunca possíveis com as
pessoas sozinhas.

 Fazer Brainstorm. Se essas pessoas de áreas


diferentes souberam pensar no impensável fica
melhor ainda, pois criam soluções inovadoras que
podem resolver as causas primordiais dos
problemas.

 Fazer reuniões eficientes. Reuniões eficientes


são diferentes das reuniões comuns, pois quando
elas acabam todos percebem que se está mais
próximo do fim do problema.

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Introdução

 Fracionar e limitar o objeto de análise. No nosso


mundo super conectado, infinito e dinâmico é fácil
escaparmos de onde estamos e perder o foco.
Começar por um pedaço, mas sempre lembrando
que ele faz parte de algo maior pode ser um
caminho.

 Criar donos para as ações. As ações, assim como


as medidas preventivas e protetivas não se
realizam sozinhas, precisa de “donos” que
comecem e terminem, e esses “donos” são
pessoas, indivíduos. Então quando ouvir em uma
discussão que “Nós fazemos” desconfie, pois
“Nós” não faz nada, quem faz sou “Eu”.

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Introdução

Com essas ações juntamente com outras técnicas e


muitos erros e acertos consegui alguns resultados
surpreendentes e nem foram tão difíceis, como por
exemplo:

 União e motivação conjunta de times antes


"inimigos". Times de departamentos diferentes
muitas vezes competem entre si, pois acham que o
outro é o responsável pelos problemas que
aparecem, mas existem formas de todos verem os
impactos de suas ações e a necessidade de fazê-
las bem. Isso cria um real senso de equipe que
trabalha junta em prol dos resultados de todos.

 Time com visão sistêmica e orientado a


prevenção. Através de um método de visualização
do sistema, seus objetivos e cada parte do que ele
é feito e como ela é efetada, as pessoas começam

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Introdução

a ter em mente todo o funcionamento do sistema,


por que ele existe e o que é importante nele,
facilitando assim, a tomada de decisão e a
comunicação entre todos.

 Economia de até 40% em investimentos. Com


uma visão sistêmica sobre qual a função do
sistema e qual é o valor que cada ação deve
agregar ao resultado final, as decisões começam a
ser priorizadas a partir desses critérios,
eliminando muitos itens supérfluos ou que não
teriam o resultado esperado, além da economia de
tempo do pessoal.

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Introdução

Por isso tudo é que eu quero te ensinar aqui Como fazer


Análises de Riscos, através dos 4 Passos da Gestão de
Riscos de Sucesso:

Interaja com as pessoas

Entenda o sistema

Consolide as hipóteses

Aja agilmente

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Introdução

1.4 Por que fazer análise de risco

CETESB

O Termo de Referência da CETESB P4.261 de Maio/2003


(Manual de Orientação para a Elaboração de Estudos de
Análise de Riscos), recomenda os seguintes passos:

1. Caracterização do empreendimento e da região;


2. Identificação de perigos e consolidação dos
cenários acidentais (APP e HAZOP);
3. Estimativa dos efeitos físicos e análise de
vulnerabilidade;
4. Estimativa de frequências;
5. Estimativa e avaliação de riscos;
6. Gerenciamento de riscos.

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Introdução

PETROBRÁS

A norma N-2782 (DEZ/2010) solicita a aplicação das


seguint es técnicas de acordo com as fases da instalação:

Tabela 1 - Técnicas Usualmente Aplicáveis às Diversas


Fases do Ciclo de Vida da Instalação Industrial.

Comissionament
o/ pré-operação
detalhamento
Projeto Básico

Construção e

Desativação
Projeto de
Conceitual

montagem

Operação
Projeto

Técnicas por Fases do Ciclo de Vida do


Empreendimento

Lista de verificação (Checklist) x x x x


E se? (What if?) x x
Análise Preliminar de Riscos (APR) x x x x x x
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP) x x x
Análise de Consequências x x x
Análise Quantitativa de Riscos (AQR/ QRA) x

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Introdução

SEU NEGÓCIO

61% das causas que geram 30% das perdas são desvios
identificáveis no HazOp.

Tabela 2: Relação de Eventos e Perdas.

Eventos Perdas (%) Causas (%)


Falhas Mecanicas 13 41
Falhas operacionais 17 20
Desconhecido 12 15
Falhas no processo 17 6
Natural 15 6
Erro de projeto 19 5
Sabotagem 7 7

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2 Conceitos

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Conceitos

 Sistema
o Um sistema (do grego sietemiun), é um
conjunto de elementos interconectados, de
modo a formar um todo organizado. É uma
definição que acontece em várias
disciplinas, como biologia, medicina,
informática, administração. Vindo do grego
o termo "sistema" significa "combinar",
"ajustar", "formar um conjunto".
o Todo sistema possui um objetivo geral a ser
atingido.

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Conceitos

 Intenção
o Define os parâmetros de funcionamento
normal da planta, na ausência de desvios,
nos nós-de-estudo.

 Agente Perigoso
o Elemento emissor/transmissor de perigo
o OHSAS 18001:2007
 Perigo - Fonte, situação ou ato com
potencial para o dano em termos de
lesões, ferimentos ou danos para a
saúde ou uma combinação destes.
 Exemplo de perigos - Torno
mecânico, forno de pintura em
operação, atividade de carga e
descarga de materiais, processo de
soldagem, etc.

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Conceitos

 Perigo
o Perigo existe.
o Perigo = Potencial de causar dano. Deriva
de um agente perigoso.
o NR 10: situação ou condição de risco com
probabilidade de causar lesão física ou dano
à saúde das pessoas por ausência de
medidas de controle.
o OHSAS 18001:2007: Fonte, situação ou ato
com potencial para o dano em termos de
lesões, ferimentos ou danos para a saúde ou
uma combinação destes.
o Exemplo de perigos - Torno mecânico, forno
de pintura em operação, atividade de carga
e descarga de materiais, processo de
soldagem, etc.

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Conceitos

 Risco
o Risco acontece.
o Risco = Probabilidade de uma causa x
Gravidade de um efeito
o Caso o efeito seja positivo, o risco será
positivo, por exemplo, jogando na loteria, o
risco é de ficar rico devido o recebimento
do prêmio.
o NR-10: capacidade de uma grandeza com
potencial para causar lesões ou danos à
saúde das pessoas.
o OHSAS 18001:2007: Combinação da
Probabilidade da ocorrência de um
acontecimento perigoso ou exposição(ões) e
da severidade das lesões, ferimentos, ou
danos para a saúde, que pode ser causada
pelo acontecimento ou pela(s)
exposição(ões).
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Conceitos

o Exemplo de riscos: cortar a mão, perder


uma perna, causar problemas na coluna,
matar por intoxicação todos os
trabalhadores da fábrica. Note que o risco é
o resultado ou a consequência do perigo.
Não existiriam riscos se não existissem
perigos.

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Conceitos

 Evento Perigoso - É a única intersecção entre o


risco e o perigo.

 Causa - São os motivos pelos quais os desvios


ocorrem. As causas dos desvios podem advir de
falhas do sistema, erro humano, um estado de
operação do processo não previsto.

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Conceitos

 Efeito - São os resultados decorrentes de um


desvio da intenção de operação em um
determinado nó-de-estudo.

 Cenário acidental - É definido como sendo o


conjunto formado pelo perigo identificado, suas
causas e cada um de seus efeitos.
(Derramamento de líquido no chão) devido
(preenchimento excessivo do copo pelo garçom),
gerando insatisfação do cliente.

 Worst Case - Pior hipótese, quanto a frequência e


efeitos.

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Conceitos

Quebra do copo, com derramamento de líquido


sobre o cliente, devido falha do garçom, gerando
perda do cliente e necessidade de reparo de danos
morais.

 Probabilidade/ Frequência - Probabilidade de


ocorrência da causa. Número de ocorrências de
um evento por unidade de tempo. Poderá ser
determinada pela experiência ou por banco de
dados.

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Conceitos

Tabela 3: Frequências de Eventos.


Frequência
Denominação (anual) Descrição
Conceitualmente possível, mas extremamente
EXTREMAMENTE improvável de ocorrer durante a vida útil do
REMOTA f < 10-4 processo/ instalação.
10-4 < f < Não esperado ocorrer durante a vida útil do
REMOTA 10-3 processo/ instalação.
10-3 < f < Pouco provável de ocorrer durante a vida útil do
IMPROVÁVEL 10-2 processo/ instalação.
10-2 < f < Esperado ocorrer até uma vez durante a vida útil
PROVÁVEL 10-1 do processo/ instalação.
Esperado de ocorrer várias vezes durante a vida
FREQUENTE f > 10-1 útil do processo/ instalação.

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Conceitos

Pode ser utilizada também uma escala descritiva para


facilitar a classificação, como por exemplo:

 Escala de frequência
 5 = Frequente = Diário
 4 = Provável = Semanal
 3 = Improvável = Mensal
 2 = Remoto = Anual
 1 = Extremamente remoto = Sem registro

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Conceitos

 Gravidade/ Severidade - Medida das consequências


dos efeitos.
A escala de gravidade de efeitos pode sem ser
concentrada em somente uma dimensão, como na
tabela 4, ou com múltiplas dimensões como na
tabela 5.

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Conceitos

Tabela 4: Gravidade de Efeitos com uma dimensão.

Categoria de severidade Efeitos

I – Desprezível Nenhum dano ou dano não mensurável.

Danos irrelevantes ao meio ambiente e à comunidade


II – Marginal
externa.
Possíveis danos ao meio ambiente devido a liberações de
substâncias químicas, tóxicas ou inflamáveis, alcançando
III – Crítica áreas externas à instalação. Pode provocar lesões de
gravidade moderada na população externa ou impactos
ambientais com reduzido tempo de recuperação.
Impactos ambientais devido a liberações de substâncias
químicas, tóxicas ou inflamáveis, atingindo áreas externas
IV – Catastrófica às instalações. Provoca mortes ou lesões graves na
população externa ou impactos ao meio ambiente com
tempo de recuperação elevado.
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Conceitos

Tabela 5: Gravidade de Efeitos com “n” dimensões.

Nível Segurança e Meio Danos à Interrupção de


saúde ambiente propriedade negócios
Catastrófico - - Necessidade - Perdas - Tempo de
Fatalidade(s) de cooperação superiores a parada
(≥3). de órgãos US$ 10 M. superior a 20
externos dias.
regionais e
estaduais de
emergência.

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Conceitos

Da mesma forma que a frequência, a gravidade também


deve ser desenvolvida através de uma escala.

 Escala
 5 = Catastrófico = 100
 4 = Critico = 80
 3 = Marginal = 60
 2 = Perceptível = 40
 1 = Imperceptível < 40 (Aconteceu o desvio,
mas o efeito é muito pequeno frente o
tamanho do sistema).

 Acidente - Evento específico não planejado e


indesejável ou uma sequência de eventos que
geram consequências indesejáveis.

 Incidente - É o quase acidente. Quando ocorreu o


evento perigoso, porém sem danos.

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Conceitos

 Pirâmide de Bird - Em 1969, um estudo sobre


acidentes industriais foi promovido por Frank E.
Bird Jr., que era Diretor de Serviços de Engenharia
para uma Companhia de Seguros dos Estados
Unidos. Ele estava interessado na relação entre
um acidente com lesão grave para 29 acidentes
com lesões menores e 300 incidentes (acidentes
sem lesão), relação esta que foi discutida em
1931, no livro “Prevenção de Acidentes Industriais,
de H.W.Heinrich, que referenciou a figura a
seguir:

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Conceitos

1 morte

10 perda menor

30 dano a propriedade

600 quase perda

6000 desvios de processo (?)

Figura 1: Piramide de Bird

 Gerenciamento de Risco - Processo de controle de


riscos compreendendo a formulação e a
implantação de medidas e procedimentos técnicos
e administrativos que têm por objetivo prevenir,
reduzir e controlar os riscos, bem como manter

47
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Conceitos

uma instalação operando dentro de padrões de


segurança considerados toleráveis ao longo de sua
vida útil.

Resumindo...

Atividade Perigosa

Riscos Associados

Redução de Redução de
Frequências Consequências
(Prevenção) (proteção)

Gerenciamento dos
Riscos

Figura 2: Processo resumido de Gerenciamento de Riscos.

48
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Conceitos

 Nó/ Ponto selecionado - São os pontos do


processo, localizados através dos fluxogramas da
planta, que serão analisados nos casos em que
ocorram desvios.

Dicas:

 Marque os nós de acordo com as


intenções dos equipamentos e/ou
acumulo de produtos.
 Use desenhos atualizados, se não
houver uma versão atualizada, não
realize o HAZOP.

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Conceitos

Figura 3: Desenho de processamento de bagaço.

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Conceitos

 Parâmetro - São os fatores ou componentes da


intenção de operação, ou seja, são as variáveis
físicas do processo.

 Palavra-guia - São aplicadas aos parâmetros de


processo, em cada nó-de-estudo, procura-se
descobrir os desvios passíveis de ocorrência na
intenção de operação do sistema.

 Desvio - São afastamentos das intenções de


operação, que são evidenciados pela aplicação
sistemática das palavras-guia aos nós-de-estudo.

 Detecção - Forma de perceber o desvio do


sistema.

51
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Conceitos

 Efeitos Físicos:
o Incêndio - Tipo de reação química na qual
os vapores de uma substância inflamável
combinam-se com o oxigênio do ar
atmosférico e uma fonte de ignição,
causando liberação de calor.

o Explosão - Processo onde ocorre uma rápida


e violenta liberação de energia, associado a
uma expansão de gases acarretando o
aumento da pressão acima da pressão
atmosférica.

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Conceitos

o Bola de fogo (fireball) - Fenômeno que se


verifica quando o volume de vapor
inflamável, inicialmente comprimido num
recipiente, escapa repentinamente para a
atmosfera e, devido à despressurização,
forma um volume esférico de gás, cuja
superfície externa queima, enquanto a
massa inteira eleva-se por efeito da
redução da densidade provocada pelo
superaquecimento.

Figura 4: Bola de fogo da bomba atômica Trinity.

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Conceitos

o BLEVE - Do original inglês Boiling Liquid


Expanding Vapor Explosion. Fenômeno
decorrente da explosão catastrófica de um
reservatório, quando um líquido nele
contido atinge uma temperatura bem acima
da sua temperatura de ebulição à pressão
atmosférica com projeção de fragmentos e
de expansão adiabática.

Figura 5: Ilustração BLEVE.

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Conceitos

o Explosão de vapor confinado (CVE) - A


explosão de vapor confinado (CVE-Confined
Vapour Explosion) é o fenômeno causado
pela combustão de uma mistura inflamável
num ambiente fechado, com aumento na
temperatura e na pressão internas, gerando
uma explosão. Esse tipo de explosão pode
ocorrer com gases, vapores e pós. Neste
caso, grande parte da energia manifesta-se
na forma de ondas de choque e quase nada
na forma de energia térmica.

Figura 5: Ilustração de CVE.

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Conceitos

o Explosão de nuvem de vapor não-confinado


(UVCE) - A explosão de nuvem de vapor
não-confinado (UVCE-Unconfined Vapour
Cloud Explosion) é a rápida combustão de
uma nuvem de vapor inflamável ao ar livre,
seguida de uma grande perda de conteúdo,
gerada a partir de uma fonte de ignição.
Neste caso, somente uma parte da energia
total irá se desenvolver sobre a forma de
ondas de pressão e a maior parte na forma
de radiação térmica.

Figura 6: Imagem de UVCE.


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Conceitos

o Flashfire - Incêndio de uma nuvem de vapor


onde a massa envolvida não é suficiente
para atingir o estado de explosão. É um
fogo extremamente rápido onde todas as
pessoas que se encontram dentro da nuvem
recebem queimaduras letais.

Figura 7: Imagem de Flashfire.

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Conceitos

o Incêndio de poça (pool fire) - Incêndio que


ocorre numa poça de produto, a partir de
um furo ou rompimento de um tanque,
esfera, tubulação, etc.; onde o produto
estocado é lançado ao solo, formando uma
poça que se incendeia, sob determinadas
condições.

Figura 8: Imagem de Pool fire.

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Conceitos

o Jato de fogo (jet fire) - Fenômeno que


ocorre quando um gás inflamável escoa a
alta velocidade e encontra uma fonte de
ignição próxima ao ponto de vazamento.

Figura 9: Imagem de Jetfire.

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Conceitos

 Prevenção - Ação para evitar que a causa ocorra


ou reduzir sua probabilidade de ocorrência.

 Proteção - Ação para proteger o sistema do efeito.

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Conceitos

 Exposição - Possibilidade de um elemento ser


atingido pelo efeito.
Note que o valor de exposição tende a não ser
linear, pois quanto mais tempo uma se expoe a um
perigo, maior tende a ser a conduta perigosa.

Tabela 6: Probabilidade de Exposição.

Probabilidade de exposição ao perigo Valor


Contínuo 1
Frequente (diário) 0,6
Ocasional (semanal) 0,3
Incomum (mensal) 0,1
Raro (algumas vezes por ano e menos de 12) 0,05
Muito raro (anualmente) 0,02
Virtualmente sem exposição (menos de 0,01
1vez/ano)

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Conceitos

 HazOp - Analise de Operabilidade e Perigo (Hazard


and Operability Analysis)
Análise qualitativa, estruturada e sistemática de
um processo planejado, existente ou em operação,
a fim de identificar e avaliar problemas que
possam representar riscos. Desenvolvido para
analisar sistemas de processos químicos, hoje é
aplicado a diversos tipos de sistemas, inclusive
softwares. A HAZOP é uma técnica baseada em
palavras-guia e é realizada por uma
equipe multidisciplinar durante uma série
de reuniões.

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Conceitos

Tabela 7: Planilha de HAZOP.

HazOp
Sistema: Transferência de produto corrosivo com caminhão para o tanque
Desvio Causa Consequência Recomendação
Transbordo do tanque Instalação de medidor de nível
Falta de arqueamento do tanque
de ácido no tanque
Caminhão com quantidade de
Danos à estrutura do
produto maior do que o tanque Instalação de chave de nível
tanque.
comporta
Envio de nota fiscal do
Mais vazão
O tubo de inspeção não é vedado Danos aos equipamentos almoxarifado ao operador da
ETA para checar quantidades.
O dreno do tanque está entupido Geração de resíduos Elevar o tubo de inspeção
O dreno do tanque está mais alto Gastos na manutenção Vedar o tubo de inspeção
do que o topo do tubo de Gastos na
Relocar botoeiras
inspeção descontaminação

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Conceitos

 APR/ APP
o Análise Preliminar de Perigos (PHA -
Preliminary Hazard Analysis)
o Objetiva prever e identificar os perigos
envolvidos em determinado
empreendimento, tanto na fase de
implantação quanto na fase de operação,
com o intuito de eliminar, minimizar ou
controlar os riscos antes que estes se
materializem, exigindo gastos para o
replanejamento da planta do
empreendimento.

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Conceitos

Tabela 8: Planilha de APP/ APR.

APP
Sistema: Transferência de produto corrosivo com caminhão para o tanque
Perigo Causa Consequência Recomendações
Falha na vedação do Transbordo do tanque Vedar o tubo de inspeção com tampa
tubo de inspeção de ácido rosqueada e juntas "o-ring "
Danos à estrutura do
Trinca no tanque Manutenção periódica
tanque.

Ruptura do tanque Danos aos equipamentos Manutenção periódica


Vazamento de
Inspecionar a boca do caminhão, o
produto corrosivo Furo (10% Z) da
Geração de resíduos estado da linha e das válvulas antes
tubulação
de iniciar o proc.
Testar a estanqueidade do sistema
Ruptura da tubulação Gastos na manutenção
antes de iniciar o proc.
Falhas nas válvulas e Gastos na Submeter a mangueira a testes
conexões descontaminação hidrostáticos

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Conceitos

Tabela 9: Comparação Metodológica APP x HAZOP.

APP HAZOP
Metodologia Indutiva qualitativa

Objetivo Identificação de perigos genéricos Identificação de desvios operacionais

Fase inicial do projeto


Aplicação Revisão geral de segurança de unidades em operação
Modificações de unidades em operação

Identificação de todos os desvios


Fornece ordenação qualitativa dos
acreditáveis que possam conduzir a eventos
cenários acidentais identificados
perigosos ou a problemas operacionais
Resultados
Avaliação das consequências dos desvios
Qualitativos
Geram informações úteis para a Avaliação Quantitativa de Riscos

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Conceitos

Tabela 10: Vantagens x Desvantagens da APP e HAZOP.

APP HAZOP
Sistematicidade, flexibilidade
Informa as causas que e abrangência para
geram um dos eventos e identificação de perigos e
respectivas consequências problemas operacionais.
Obtenção de uma Maior entendimento, pelos
avaliação qualitativa da membros da equipe, do
severidade das funcionamento da unidade
consequências de em condições normais e,
Vantagens ocorrência dos cenários e principalmente, quando da

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Conceitos

do risco associado. ocorrência de desvios,


funcionando a análise de
forma análoga a um
"simulador " de processo.
Necessita de Equipe com
grande experiência em Avalia apenas as falhas de
várias áreas de atuação processo (T, P, Q, pH,...)
como: processo, projeto, para determinar as potenciais
Desvantagens manutenção e segurança. anormalidades de engenharia.

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Conceitos

Resumindo...

 APP = falha de equipamento (identifica perigos).


 HAZOP = falha de processo (identifica desvios do
processo).
 Nem todo desvio é um perigo, mas todo perigo é
um desvio.
 As técnicas APP/ APR pode ser considerada um
subconjunto da técnica HAZOP.

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3 Execução

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Execução

3.1 Equipe necessária

Antes de iniciar a execução em si, vejamos quais os


perfis necessários para as análises de riscos:

 Chefe do projeto
o Este normalmente é o engenheiro
responsável por manter os custos do
projeto dentro do orçamento. Ele deve ter
consciência de que quanto mais cedo
forem descobertos riscos ou problemas
operacionais, menor será o custo para
contorná-los. Caso ele não seja uma
pessoa que possua profundos
conhecimentos sobre equipamentos,
alguém com estas características também
deverá fazer parte do grupo.

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Execução

 Coordenador
o Definir a equipe
o Reunir informações atualizadas, tais
como: fluxogramas de engenharia,
especificações técnicas do projeto, etc
o Distribuir material para a equipe
o Programar as reuniões
o Encaminhar aos responsáveis as sugestões
e modificações oriundas da análise.

 Líder
o Explicar a metodologia a ser empregada
aos demais participantes
o Conduzir as reuniões e definir o ritmo de
andamento das mesmas

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Execução

o Cobrar dos participantes as pendências de


reuniões anteriores.
o Preferencialmente, ser independente da
planta ou projeto que está sendo
analisado.
o Prestar atenção meticulosa aos detalhes
da análise.

 Relator
o Pessoa que tenha poder de síntese para
fazer anotações, preenchendo as planilhas
e formulários de forma clara e objetiva.

 Especialistas
o Pessoas que estarão ou não ligadas ao
evento, mas que detêm informações sobre

73
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Execução

o sistema a ser analisado ou experiência


adquirida em sistemas similares.

 Chefe da unidade ou engenheiro de produção


o Engenheiro responsável pela operação da
planta.

 Supervisor-chefe da unidade
o É a pessoa que conhece aquilo que de fato
acontece na planta e não aquilo que
deveria estar acontecendo.

 Engenheiro de pesquisa e desenvolvimento


o Responsável pela investigação dos
problemas técnicos e pela transferência
dos resultados de um piloto para a fábrica.

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Execução

 Engenheiro de processos
o Geralmente é o engenheiro que elaborou o
fluxograma do processo. Deve ser alguém
com considerável conhecimento na área
de processos.

 Engenheiro de automação
o Devido ao fato de as indústrias modernas
possuírem sistemas de controle e proteção
bastante automatizados, este engenheiro
é de fundamental importância na
constituição da equipe.

 Engenheiro eletricista
o Se o projeto envolver aspectos
importantes de continuidade no
fornecimento de energia, principalmente

75
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Execução

em processos contínuos, esta pessoa


também deverá fazer parte do grupo.

 Engenheiro de manutenção
o Responsável pela manutenção da unidade.
Responsável pela instrumentação: é
aquela pessoa responsável pela
manutenção dos instrumentos do processo,
que pode ser executada tanto por
engenheiros de automação como por
eletricistas, ou por ambos.

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Execução

APP e APR

A APR é uma técnica indutiva estruturada para


identificar os principais perigos e situações acidentais,
suas possíveis causas e consequências, avaliar
qualitativamente seus riscos, analisar as salvaguardas
existentes e propor medidas adicionais (recomendações).

De acordo com DE CICCO e FANTAZZINI (1994b), a


Análise Preliminar de Riscos (APR) consiste no estudo,
durante a fase de concepção ou desenvolvimento
prematuro de um novo sistema, com o fim de se
determinar os riscos que poderão estar presentes na sua
fase operacional.

A APR é, portanto, uma análise inicial


"qualitativa", desenvolvida na fase de projeto e

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Execução

desenvolvimento de qualquer processo, produto ou


sistema, possuindo especial importância na investigação
de sistemas novos de alta inovação e/ou pouco
conhecidos, ou seja, quando a experiência em riscos na
sua operação é carente ou deficiente. Apesar das
características básicas de análise inicial, é muito útil
como ferramenta de revisão geral de segurança em
sistemas já operacionais, revelando aspectos que às
vezes passam desapercebidos.

A APR teve seu desenvolvimento na área militar,


sendo aplicada primeiramente como revisão nos novos
sistemas de mísseis. A necessidade, neste caso, era o
fato de que tais sistemas possuíam características de alto
risco, já que os mísseis haviam sido desenvolvidos para
operarem com combustíveis líquidos perigosos. Assim, a
APR foi aplicada com o intuito de verificar a possibilidade
de não utilização de materiais e procedimentos de alto
78
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Execução

risco ou, no caso de tais materiais e procedimentos


serem inevitáveis, no mínimo estudar e implantar
medidas preventivas.

Para ter-se uma ideia da necessidade de


segurança, na época, de setenta e dois silos de
lançamento do míssil intercontinental Atlas, quatro deles
foram destruídos quase que sucessivamente. Sem contar
as perdas com o fator humano, as perdas financeiras
estimadas eram de US$ 12 milhões para cada uma destas
unidades perdidas.

A APR não é uma técnica aprofundada de análise


de riscos e geralmente precede outras técnicas mais
detalhadas de análise, já que seu objetivo é determinar
os riscos e as medidas preventivas antes da fase
operacional. No estágio em que é desenvolvida podem
existir ainda poucos detalhes finais de projeto e, neste
79
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Execução

caso, a falta de informações quanto aos procedimentos é


ainda maior, já que os mesmos são geralmente definidos
mais tarde.

Os princípios e metodologias da APR consistem em


proceder-se uma revisão geral dos aspectos de segurança
de forma padronizada, descrevendo todos os riscos e
fazendo sua categorização de acordo com a MIL-STD-882.
A partir da descrição dos riscos são identificadas as
causas (agentes) e efeitos (consequências) dos mesmos, o
que permitirá a busca e elaboração de ações e medidas
de prevenção ou correção das possíveis falhas
detectadas.

A priorização das ações é determinada pela


categorização dos riscos, ou seja, quanto mais
prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deve
ser solucionado.
80
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Execução

Desta forma, a APR tem sua importância maior no


que se refere à determinação de uma série de medidas
de controle e prevenção de riscos desde o início
operacional do sistema, o que permite revisões de
projeto em tempo hábil, no sentido de dar maior
segurança, além de definir responsabilidades no que se
refere ao controle de riscos.

Segundo DE CICCO e FANTAZZINI (1994b), o


desenvolvimento de uma APR passa por algumas etapas
básicas, a saber:

a) Revisão de problemas conhecidos: Consiste na busca


de analogia ou similaridade com outros sistemas, para
determinação de riscos que poderão estar presentes no
sistema que está sendo desenvolvido, tomando como
base a experiência passada.

81
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Execução

b) Revisão da missão a que se destina: Atentar para os


objetivos, exigências de desempenho, principais funções
e procedimentos, ambientes onde se darão as operações,
etc. Enfim, consiste em estabelecer os limites de
atuação e delimitar o sistema que a missão irá abranger:
a que se destina, o que e quem envolve e como será
desenvolvida.

c) Determinação dos riscos principais: Identificar os


riscos potenciais com potencialidade para causar lesões
diretas e imediatas, perda de função (valor), danos à
equipamentos e perda de materiais.

d) Determinação dos riscos iniciais e


contribuintes: Elaborar séries de riscos, determinando
para cada risco principal detectado, os riscos iniciais e
contribuintes associados.

82
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Execução

e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de


riscos: Elaborar um brainstorming dos meios passíveis de
eliminação e controle de riscos, a fim de estabelecer as
melhores opções, desde que compatíveis com as
exigências do sistema.

f) Analisar os métodos de restrição de danos: Pesquisar


os métodos possíveis que sejam mais eficientes para
restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos
gerados caso ocorra perda de controle sobre os riscos.

g) Indicação de quem levará a cabo as ações corretivas


e/ou preventivas: Indicar claramente os responsáveis
pela execução de ações preventivas e/ou corretivas,
designando também, para cada unidade, as atividades a
desenvolver.

83
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Execução

A APR tem grande utilidade no seu campo de


atuação, porém, como já foi enfatizado, necessita ser
complementada por técnicas mais detalhadas e
apuradas. Em sistemas que sejam já bastante
conhecidos, cuja experiência acumulada conduz a um
grande número de informações sobre riscos, esta técnica
pode ser colocada em by-pass e, neste caso, partir-se
diretamente para aplicação de outras técnicas mais
específicas.

A Figura 10 apresenta um fluxograma com as etapas de


aplicação da metodologia de APR.

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Execução

Definição de objetivos/
premissas da APP/APR

Caracterização do
sistema/subsistema

Identificação dos perigos

Causas Detecção/ Salvaguardas Efeitos

Frequência do Cenário Severidade/ Gravidade

Ir para o próximo cenário


Avaliação do Risco

Risco tolerável?

Não

Recomendações de
medidas adicionais

Figura 10: Fluxograma para Aplicação de APR.

85
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Execução

A APR deve ser registrada em uma planilha. Para


esse registro, pode ser utilizado o modelo apresentado.
Para cada sistema analisado, o cabeçalho da planilha de
registro da APR, normalmente, contém os seguintes
campos:
a) unidade: Unidade Operacional seguida da identificação
da instalação de processo que está em análise;
b) sistema: identificação do sistema ou etapa que está
em análise;
c) subsistema: identificação do subsistema ou tarefa que
está em análise (quando aplicável);
d) identificação dos documentos utilizados na análise,
incluindo revisão e data de emissão;
e) data de realização da APR.

86
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Execução

3.2 HazOp

Análise qualitativa, estruturada e sistemática de


um processo planejado, existente ou em operação, a fim
de identificar e avaliar problemas que
possam representar riscos. Desenvolvido para
analisar sistemas de processos químicos, hoje é aplicado
a diversos tipos de sistemas, inclusive
softwares. A HAZOP é uma técnica baseada em palavras-
guia e é realizada por uma equipe multidisciplinar
durante uma série de reuniões.
A Análise de Perigos e Operabilidade é uma
técnica para identificação de perigos projetada para
estudar possíveis desvios (anomalias) de projeto ou na
operação de uma instalação.
O HazOp consiste na realização de uma revisão da
instalação, a fim de identificar os perigos potenciais
87
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Execução

e/ou problemas de operabilidade por meio de uma série


de reuniões, durante as quais uma equipe
multidisciplinar discute metodicamente o projeto da
instalação. O líder da equipe orienta o grupo através de
um conjunto de palavras-guias que focalizam os desvios
dos parâmetros estabelecidos para o processo ou
operação em análise.
Essa análise requer a divisão da planta em pontos
de estudo (nós) entre os quais existem componentes
como bombas, vasos e trocadores de calor, entre outros.
A equipe deve começar o estudo pelo início do
processo, prosseguindo a análise no sentido do seu fluxo
natural, aplicando as palavras-guias em cada nó de
estudo, possibilitando assim a identificação dos possíveis
desvios nesses pontos.

88
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Execução

Alguns exemplos de palavras-guias, parâmetros de


processo e desvios, estão apresentados nas Tabelas 12 e
13.
A equipe deve identificar as causas de cada desvio
e, caso surja uma conseqüência de interesse, devem ser
avaliados os sistemas de proteção para determinar se
estes são suficientes. A técnica é repetida até que cada
seção do processo e equipamento de interesse tenham
sido analisados.
Em instalações novas o HazOp deve ser
desenvolvido na fase em que o projeto se encontra
razoavelmente consolidado, pois o método requer
consultas a desenhos, P&ID's e plantas de disposição
física da instalação, entre outros documentos.

89
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Execução

Tabela 12 - Palavras-guias
Palavra- Significado
guia
Não Negação da intenção de
projeto
Menor Diminuição quantitativa
Maior Aumento quantitativo
Parte de Diminuição qualitativa
Bem como Aumento qualitativo
Reverso Oposto lógico da intenção de
projeto
Outro que Substituição completa

90
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Execução

Tabela 13 – Parâmetros, palavras-guias e desvios


Parâmetro Palavra-guia Desvio
Não Sem fluxo
Fluxo Menor Menos fluxo
Maior Mais fluxo
Reverso Fluxo reverso
Pressão Menor Pressão baixa
Maior Pressão alta

Temperatura Menor Baixa temperatura


Maior Alta temperatura
Nível Menor Nível baixo
Maior Nível alto

91
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Execução

Os principais resultados obtido do HazOp são:


 Identificação de desvios que conduzem a eventos
indesejáveis;
 Identificação das causas que podem ocasionar desvios
do processo;
 Avaliação das possíveis conseqüências geradas por
desvios operacionais;
 Recomendações para a prevenção de eventos
perigosos ou minimização de possíveis conseqüências.

A Figura 5 apresenta um exemplo de planilha utilizada


para o desenvolvimento da análise de perigos e
operabilidade.

92
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Execução

Palavra- Parâmetro Desvio Causas Efeitos Observações e


Guia
Recomendações

Figura 5: Planilha de HAZOP.

93
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Execução

Início Fim

Selecionar um nó do
N Último nó?
processo

Explicar a intenção do
S
projeto do nó

Selecionar um parâmetro
N Último parâmetro?
de processo

Aplicar palavra-guia ao
N Última palavra-guia?
parâmetro
S

Listar causas do desvio (s/


salvaguarda)

Propor recomendação Não Eficaz?

Identificar as
consequências dos desvios
(s/ salvaguardas)

Identificar detecção/ Avaliar a adequação e


salvaguardas eficácia das salvaguardas

Figura 11: Fluxograma de Aplicação de HazOp.

94
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Execução

Check-list de Análise de Risco


Sistema:
ok Lista
Listar participantes necessários
Listar documentos existentes
Agendar reunião
Realizar 2 a 3 reuniões por semana
Realizar reunião de no máximo 4 horas
Realizar reunião com no máximo 7 pessoas
Realizar reunião em local isolado
Enviar documentos para time
Imprimir desenho ou fluxogramas
Levar canetas preta, azul, vermelha e verde
Levar fita adesiva
Levar computador
Levar planilha de análise
Levar projetor ou TV
Pedir para desligarem celulares
Definir o limite do sistema
Apresentar o seu funcionamento
Apresentar o objetivo da reunião
Anotar premissas de análise
Executar análise
Anotar participantes presentes
Concluir análise
Enviar resultados aos interessados
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Obstáculos e
Superações

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Obstáculos e Superações

Nesses anos de consultoria já trabalhei com clientes de


todo tipo, desde o prestativo que praticamente fazia a
análise sozinho até aqueles que tentam impedir que eu
fizesse a análise, para todos os casos é sempre um bom
aprendizado.

Então, eu listei alguns pontos que identifiquei como


sendo mais recorrentes nas minhas consultorias e
acredito que poderão te ajudar e fique atento quando
ouvir qualquer uma das frases abaixo, pois é uma pista
da qualidade da participação das pessoas no processo de
análise:

 1 minutinho já volto.
Primeira ação que identifica alguém que está na
reunião, mas não acha que ela seja importante.

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Obstáculos e Superações

 Aqui fazemos desse jeito.


Frase emitida por quem tem medo de mudar.

 Como ninguém conhece tudo, todo mundo


participa.
Cuidado! Ter um monte de gente em uma reunião
pode ser uma péssima ideia, pois não vai se
concluir nada e só gastar tempo.

 É tão complexo que não sabemos por onde


começar.
De fato os processos geralmente são complexos,
mas para isso existem técnicas a serem adotadas
para a sua análise (inclusive veremos nesse livro).

 Esse item e igual aquele outro, é só copiar.

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Obstáculos e Superações

Geralmente igual em processos e projetos é bem


difícil de ocorrer, então se atente com cópias, pois
pode estar criando suposições e premissas
inexistentes, e suas decisões serão feitas a partir
delas.

 Isso não acontece aqui.


Tem certeza absoluta? É a pergunta que eu faço
quando me dizem isso.

 Já fiz um monte dessas análises.


Essa frase geralmente é emitida por quem acha
que não precisa aprender nada de novo.

 Não tem o documento, mas eu posso fazer um


esboço.

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Obstáculos e Superações

Péssima ideia fazer isso. Pode parecer que se vai


adiantar o processo de análise, mas na verdade se
está “empurrando com a barriga”, pois esse
“esboço” deveria estar disponível a todos os
participantes com antecedência.

 Não temos tempo para isso.


Quem não tem tempo para fazer gerenciar o risco, fará
com que o risco tenha tempo para ele, e no final das
contas será necessário mais tem0-po ainda “apagando
incêndios”.

 O "as built"/ “as is” está desatualizado, mas


serve.
NÃO SERVE! Pois fazer uma análise sobre um
documento desatualizado é certeza de se ter

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Obstáculos e Superações

retrabalho, pois todas as suas recomendações e ações


estão sendo construídas sobre a areia.

 O fulano não veio, mas vamos tocar sem ele.


Se fulano era importante e não foi, a reunião não deve
continuar, pois estará faltando um ponto de vista.

 O sistema não tem fim.


Não é possível analisar todas as relações existentes de
sistemas complexos, mas é possível limitar partes do
sistema para analisá-lo melhor.

O inimigo em comum aqui é a pressa em se terminar


logo de fazer a análise e a suposição que juntando
algumas pessoas durante algumas horas será obtido como
resultado uma excelente análise de riscos.

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Obstáculos e Superações

As pessoas vão à reunião para fazer a análise de


riscos, mas estão despreparadas, ou seja, ainda
precisarão aprender sobre o sistema e os problemas
durante a reunião. Isso quando acreditam que sua
participação é importante, pois na maioria das vezes
quem está fisicamente na reunião, está mentalmente
vendo seus e-mails e ao invés de ajudar na resolução do
problema, atrapalha, pois constantemente interrompe o
fluxo de pensamento de quem participa para perguntar o
que está acontecendo (Já viu isso acontecer?).

O que deve ser feito nesses momentos é aplicar as


técnicas de reuniões eficientes e brainstorming que
juntas criam um ambiente fértil para a rápida discussão
do problema e definição de sua resolução, reduzindo o
tempo de reunião pela metade e duplicando o QI do
time.

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Obstáculos e Superações

Com a aplicação dessas duas técnicas, hoje em dia


minhas reuniões duram 15 minutos e o próprio time
discute, validas hipóteses, cria os planos de ações e
retiram seus impedimentos de execução.

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4 Motivação

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Motivação

5.1 Frase
O pior Risco é o desconhecido.

5.2 Revisão
Tudo está bem quando não se sabe o que está
acontecendo.

Faça as pessoas verem o que pode dar errado e


pensarem nas soluções com antecedência.

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Motivação

5.3 Tarefa
Faça uma reunião de análise de risco de um
sistema pequeno com seus colegas para exercitar.

Pode ser qualquer sistema, um copo, um mouse,


um software, qualquer coisa, desde que você passe pelo
check-list apresentado.

Exercitando várias vezes essa prática a


organização começará a pensar sistemicamente e querer
se prevenir.

Use um dos fluxogramas das técnicas e as planilhas


e comece já.

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Anexos

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Agradecimentos

Agradeço a minha querida esposa Fernanda


Romano Wege que me incentivou, me ouviu
e teve paciência quando eu mais precisei
durante o tempo em que eu estava
escrevendo esse livro.

Agradeço aos amigos e colegas que


opinaram e criticaram sinceramente esse
trabalho e todos aqueles que estão por vir.

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Sobre o autor

Sou o Daniel Wege e eu ajudo gestores a mitigarem riscos


conquistando assim maior segurança em seus negócios.
Trabalho desde 2004 em gerenciamento de riscos de
projetos e processos e já atuei em empresas como
Petrobras, Comgas, Gas Brasiliano, Votorantim, Wal-
Mart, Wizard, Unicamp, Louis Dreyfus, Ripasa e Unilever.
Foram projetos desde análises preliminares até
programas completos de gerenciamento de riscos e
planos de ação de emergência, nos setores de Óleo &
Gás, Papel & Celulose, Pesticidas & Fertilizantes,
Químicos & Petroquímicos, Obras Civis e até Softwares.
E depois de muito "quebrar a cabeça" e estudar,
desenvolvi algumas técnicas otimizadas para fazer o

109
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processo de gestão de riscos ser mais prático e eficaz que
podem ser conferidas em www.hazoper.com.

Estou sempre pesquisando e aplicando novas técnicas


tanto de gestão quanto de riscos e no site
www.hazoper.com você tem os produtos gerados para te
ajudar na gestão de riscos.

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Glossário

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 Acidente: Evento específico não planejado e
indesejável, ou uma sequência de eventos que
geram consequências indesejáveis.

 Análise de riscos: Estudo quantitativo de riscos


numa instalação industrial, baseado em técnicas
de identificação de perigos, estimativa de
frequências e consequências, análise de
vulnerabilidade e na estimativa do risco.

 Análise de vulnerabilidade: Estudo realizado por


intermédio de modelos matemáticos para a
previsão dos impactos danosos às pessoas,
instalações e ao meio ambiente, baseado em
limites de tolerância estabelecidos através do
parâmetro Probit para os efeitos de sobrepressão
advinda de explosões, radiações térmicas
decorrentes de incêndios e efeitos tóxicos

112
Análises de Riscos de Sucesso

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advindos da exposição a uma alta concentração de
substâncias químicas por um curto período de
tempo.

 Auditoria: Atividade pela qual se pode verificar,


periodicamente, a conformidade dos
procedimentos de operação, manutenção,
segurança e treinamento, a fim de se identificar
perigos, condições ou procedimentos inseguros,
para verificar se a instalação atende aos códigos e
práticas normais de operação e segurança;
realizada normalmente através da utilização de
checklists, podendo ser feita de forma programada
ou não.

 Avaliação de riscos: Processo pelo qual os


resultados da análise de riscos são utilizados para
a tomada de decisão, através de critérios

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Análises de Riscos de Sucesso

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comparativos de riscos, para definição da
estratégia de gerenciamento dos riscos e
aprovação do licenciamento ambiental de um
empreendimento.

 BLEVE: Do original inglês Boiling Liquid Expanding


Vapor Explosion. Fenômeno decorrente da
explosão catastrófica de um reservatório, quando
um líquido nele contido atinge uma temperatura
bem acima da sua temperatura de ebulição à
pressão atmosférica com projeção de fragmentos e
de expansão adiabática.

 Bola de fogo (fireball): Fenômeno que se verifica


quando o volume de vapor inflamável,
inicialmente comprimido num recipiente, escapa
repentinamente para a atmosfera e, devido à
despressurização, forma um volume esférico de

114
Análises de Riscos de Sucesso

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gás, cuja superfície externa queima, enquanto a
massa inteira eleva-se por efeito da redução da
densidade provocada pelo superaquecimento.

 Concentração letal 50 (CL50): Concentração


calculada e estatisticamente obtida de uma
substância no ar que ingressa no organismo por
inalação e que, em condições bem determinadas,
é capaz de causar a morte de 50% de um grupo de
organismos de uma determinada espécie. É
normalmente expressa em ppm (partes por
milhão), devendo também ser mencionado o
tempo de duração da exposição do organismo à
substância.

 Curva F-N: Curva referente ao risco social


determinada pela plotagem das frequências
acumuladas de acidentes com as respectivas

115
Análises de Riscos de Sucesso

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consequências expressas em número de
fatalidades.

 Curva de isorisco: Curva referente ao risco


individual determinada pela intersecção de pontos
com os mesmos valores de risco de uma mesma
instalação industrial. Também conhecida como
“contorno de risco”.

 Dano: Efeito adverso à integridade física de um


organismo.

 Diagrama de instrumentação e tubulações (P &


ID's): Representação esquemática de todas as
tubulações, vasos, válvulas, filtros, bombas,
compressores, etc., do processo. Os P & ID's
mostram todas as linhas de processo, linhas de
utilidades e suas dimensões, além de indicar

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Análises de Riscos de Sucesso

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também o tamanho e especificação das tubulações
e válvulas, incluindo toda a instrumentação da
instalação.

 Dispersão atmosférica: Mistura de um gás ou


vapor com o ar. Esta mistura é o resultado da
troca de energia turbulenta, a qual é função da
velocidade do vento e do perfil da temperatura
ambiente.

 Distância à população fixa (dp): Distância, em


linha reta, da fonte de vazamento à pessoa mais
próxima situada fora dos limites da instalação em
estudo.

 Distância segura (ds): Distância determinada pelo


efeito físico decorrente do cenário acidental
considerado, onde a probabilidade de fatalidade é

117
Análises de Riscos de Sucesso

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de até 1% das pessoas expostas.

 Dose letal 50 (DL50): Quantidade calculada e


estatisticamente obtida de uma substância
administrada por qualquer via, exceto a pulmonar
e que, em condições bem determinadas, é capaz
de causar a morte de 50% de um grupo de
organismos de determinada espécie.

 Duto: Qualquer tubulação, incluindo seus


equipamentos e acessórios, destinada ao
transporte de petróleo, derivados ou de outras
substâncias químicas, situada fora dos limites de
áreas industriais.

 Efeito dominó: Evento decorrente da sucessão de


outros eventos parciais indesejáveis, cuja
magnitude global é o somatório dos eventos

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individuais.

 Empreendimento: Conjunto de ações,


procedimentos, técnicas e benfeitorias que
permitem a construção de uma instalação.

 Erro humano: Ações indesejáveis ou omissões


decorrentes de problemas de sequenciamento,
tempo (timing), conhecimento, interfaces e/ou
procedimentos, que resultam em desvios de
parâmetros estabelecidos ou normais e que
colocam pessoas, equipamentos e sistemas em
risco.

 Estabilidade atmosférica: Medida do grau de


turbulência da atmosfera, normalmente definida
em termos de gradiente de temperatura. A
atmosfera é classificada, segundo Pasquill, em seis

119
Análises de Riscos de Sucesso

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categorias de estabilidade, de A a F, sendo A a
mais instável, F a mais estável e D a neutra. A
classificação é realizada a partir da velocidade do
vento, radiação solar e percentagem de cobertura
de nuvem; a condição neutra corresponde a um
gradiente de temperatura da ordem de 1ºC para
cada 100 m de altitude.

 Estimativa de consequências: Estimativa do


comportamento de uma substância química
quando de sua liberação acidental no meio
ambiente.

 Estudo de impacto ambiental (EIA): Processo de


realização de estudos preditivos sobre um
empreendimento, analisando e avaliando os
resultados. O EIA é composto de duas partes: uma
fase de previsão, em que se procura prever os

120
Análises de Riscos de Sucesso

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efeitos de impactos esperados antes que ocorra o
empreendimento e outra em que se procura
medir, interpretar e minimizar os efeitos
ambientais durante a construção e após a
finalização do empreendimento. O EIA conduz à
uma estimativa do impacto ambiental.

 Explosão: Processo onde ocorre uma rápida e


violenta liberação de energia, associado a uma
expansão de gases acarretando o aumento da
pressão acima da pressão atmosférica.

 Explosão de vapor confinado (CVE): A explosão


de vapor confinado (CVE-Confined Vapour
Explosion) é o fenômeno causado pela combustão
de uma mistura inflamável num ambiente
fechado, com aumento na temperatura e na
pressão internas, gerando uma explosão. Esse tipo

121
Análises de Riscos de Sucesso

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de explosão pode ocorrer com gases, vapores e
pós. Neste caso, grande parte da energia
manifesta-se na forma de ondas de choque e
quase nada na forma de energia térmica.

 Explosão de nuvem de vapor não-confinado


(UVCE): A explosão de nuvem de vapor não-
confinado (UVCE-Unconfined Vapour Cloud
Explosion) é a rápida combustão de uma nuvem de
vapor inflamável ao ar livre, seguida de uma
grande perda de conteúdo, gerada a partir de uma
fonte de ignição. Neste caso, somente uma parte
da energia total irá se desenvolver sobre a forma
de ondas de pressão e a maior parte na forma de
radiação térmica.

 Flashfire: Incêndio de uma nuvem de vapor onde


a massa envolvida não é suficiente para atingir o

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Análises de Riscos de Sucesso

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estado de explosão. É um fogo extremamente
rápido onde todas as pessoas que se encontram
dentro da nuvem recebem queimaduras letais.

 Fluxograma de processo: Representação


esquemática do fluxo seguido no manuseio ou na
transformação de matérias-primas em produtos
intermediários e acabados. É constituída de
equipamentos de caldeiraria (tanques, torres,
vasos, reatores, etc.); máquinas (bombas,
compressores, etc.); tubulações, válvulas e
instrumentos principais, onde devem ser
apresentados dados de pressão, temperatura,
vazões, balanços de massa e de energia e demais
variáveis de processo.

 Frequência: Número de ocorrências de um evento


por unidade de tempo.

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Análises de Riscos de Sucesso

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 Gerenciamento de riscos: Processo de controle de
riscos compreendendo a formulação e a
implantação de medidas e procedimentos técnicos
e administrativos que têm por objetivo prevenir,
reduzir e controlar os riscos, bem como manter
uma instalação operando dentro de padrões de
segurança considerados toleráveis ao longo de sua
vida útil.

 Incêndio: Tipo de reação química na qual os


vapores de uma substância inflamável combinam-
se com o oxigênio do ar atmosférico e uma fonte
de ignição, causando liberação de calor.

 Incêndio de poça (pool fire): Incêndio que ocorre


numa poça de produto, a partir de um furo ou
rompimento de um tanque, esfera, tubulação,

124
Análises de Riscos de Sucesso

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etc.; onde o produto estocado é lançado ao solo,
formando uma poça que se incendeia, sob
determinadas condições.

 Instalação: Conjunto de equipamentos e sistemas


que permitem o processamento, armazenamento
e/ou transporte de insumos, matérias-primas ou
produtos. Para fins deste manual, o termo é
definido como a materialização de um
determinado empreendimento.

 Jato de fogo (jet fire): Fenômeno que ocorre


quando um gás inflamável escoa a alta velocidade
e encontra uma fonte de ignição próxima ao ponto
de vazamento.

 Licenciamento ambiental: Procedimento


administrativo pelo qual o órgão ambiental

125
Análises de Riscos de Sucesso

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competente licencia a localização, instalação,
modificação, ampliação e a operação de
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos
recursos ambientais, consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar a degradação
ambiental, considerando as disposições legais e as
normas técnicas aplicáveis ao caso.

 Limite Inferior de Inflamabilidade (LII): Mínima


concentração de gás que, misturada ao ar
atmosférico, é capaz de provocar a combustão do
produto, a partir do contato com uma fonte de
ignição. Concentrações de gás abaixo do LII não
são combustíveis pois, nesta condição, tem-se
excesso de oxigênio e pequena quantidade do
produto para a queima. Esta condição é
denominada de “mistura pobre”.

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Análises de Riscos de Sucesso

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 Limite Superior de Inflamabilidade (LSI): Máxima
concentração de gás que, misturada ao ar
atmosférico, é capaz de provocar a combustão do
produto, a partir de uma fonte de ignição.
Concentrações de gás acima do LSI não são
combustíveis pois nesta condição, tem-se excesso
de produto e pequena quantidade de oxigênio para
que a combustão ocorra. Esta condição é
denominada “mistura rica”.

 Perigo: Uma ou mais condições, físicas ou


químicas, com potencial para causar danos às
pessoas, à propriedade ao meio ambiente ou à
combinação desses.

 Planta: Conjunto de unidades de processo e/ou


armazenamento com finalidade comum.

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Análises de Riscos de Sucesso

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 Plano de ação de emergência (PAE): Documento
que define as responsabilidades, diretrizes e
informações, visando a adoção de procedimentos
técnicos e administrativos, estruturados de forma
a propiciar respostas rápidas e eficientes em
situações emergenciais.

 Ponto de ebulição: Temperatura na qual a


pressão interna de um líquido iguala-se à pressão
atmosférica ou à pressão à qual está submetido.

 Ponto de fulgor: Menor temperatura na qual uma


substância libera vapores em quantidades
suficientes para que a mistura de vapor e ar, logo
acima de sua superfície, propague uma chama, a
partir do contato com uma fonte de ignição.

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Análises de Riscos de Sucesso

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 População fixa: Pessoa ou agrupamento de
pessoas em residências ou estabelecimentos
industriais ou comerciais, presentes no entorno de
um empreendimento. Vias com grande circulação
de veículos, como rodovias, grandes avenidas e
ruas movimentadas, devem ser consideradas como
“população fixa”.

 Pressão de vapor: Pressão exercida pelos vapores


acima do nível de um líquido. Representa a
tendência de uma substância gerar vapores. É
normalmente expressa em mmHg a uma dada
temperatura.

 Probabilidade: Chance de um evento específico


ocorrer ou de uma condição especial existir. A
probabilidade é expressa numericamente na forma
de fração ou de percentagem.

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Análises de Riscos de Sucesso

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 Probit: Parâmetro que serve para relacionar a
intensidade de fenômenos como radiação térmica,
sobrepressão e concentração tóxica com os danos
que podem causar. O Probit (unidade de
probabilidade) é uma variável randômica com
média 5 e variância 1. O valor do Probit é
relacionado a uma determinada porcentagem
através de curvas ou tabelas.

 Programa de gerenciamento de riscos (PGR):


Documento que define a política e diretrizes de
um sistema de gestão, com vista à prevenção de
acidentes em instalações ou atividades
potencialmente perigosas.

 Relatório ambiental preliminar (RAP):


Documento de caráter preliminar a ser
apresentado no processo de licenciamento

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Análises de Riscos de Sucesso

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ambiental no Estado de São Paulo. Tem como
função instrumentalizar a decisão de exigência ou
dispensa de EIA/RIMA para a obtenção da Licença
Prévia.

 Relatório de impacto ambiental (RIMA):


Documento que tem por objetivo refletir as
conclusões de um Estudo de Impacto Ambiental
(EIA). Suas informações técnicas devem ser
expressas em linguagem acessível ao público,
ilustradas por mapas com escalas adequadas,
quadro, gráficos e outras técnicas de comunicação
visual, de modo que se possam entender
claramente as possíveis consequências ambientais
e suas alternativas, comparando as vantagens e
desvantagens de cada uma delas.

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Análises de Riscos de Sucesso

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 Risco: Medida de danos à vida humana, resultante
da combinação entre a freqüência de ocorrência e
a magnitude das perdas ou danos (consequências).

 Risco individual: Risco para uma pessoa presente


na vizinhança de um perigo, considerando a
natureza da injúria que pode ocorrer e o período
de tempo em que o dano pode acontecer.

 Risco social: Risco para um determinado número


ou agrupamento de pessoas expostas aos danos de
um ou mais acidentes.

 Rugosidade: Medida da altura média dos


obstáculos que causam turbulência na atmosfera,
devido à ação do vento, influenciando na
dispersão de uma nuvem de gás ou vapor.

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Análises de Riscos de Sucesso

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 Sistema: Arranjo ordenado de componentes que
estão interrelacionados e que atuam e interatuam
com outros sistemas, para cumprir uma tarefa ou
função num determinado ambiente.

 Substância: Espécie da matéria que tem


composição definida.

 Unidade: Conjunto de equipamentos com


finalidade de armazenar (unidade de
armazenamento) ou de provocar uma
transformação física e/ou química nas substâncias
envolvidas (unidade de processo).

133
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Dados Bibliográficos

AGUIAR, L.A.A. et al. A Termelétrica de Santa Cruz:


Laboratório Químico e Operações com Produtos Químicos
na Área Industrial. Monografia do curso de Especialização
em Eng. de Segurança do Trabalho UFRJ. Rio de Janeiro,
2001.

AIChE. Guidelines for Chemical Process Quantitative Risk


Analysis (2nd Edition). Center for Chemical Process
Safety/AIChE, 2000.

CETESB. Manual de orientação para a elaboração de


estudos de análise de riscos. São Paulo, 2003.

ISO/IEC Guide 73 / 2002 - Risk Management Vocabulary


Guidelines for use in standards (International

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Análises de Riscos de Sucesso

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Organization for Standardization / International
Electrotechnical Commission Guide 73).

Kletz.T. HAZOP and Hazan: Identifying and Assessing


Process Industry Hazards. Third Edition, Institution of
Chemical Engineers, 1992.

PETROBRÁS. Norma N-2782 – Técnicas Aplicáveis à


Análise de Riscos Industriais

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