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ANATOMIA DOS SISTEMAS PÓS GERIATRIA

Maria, 70 anos

Vamos refletir sobre uma situação? 

 Maria, 70 anos, foi encaminhada para uma avaliação


fisioterapêutica. 
 Durante a avaliação ela relatou ter sido atleta durante
mais de 40 anos, participando de várias provas nacionais
e federais de maratona.

Com base nestas informações, qual será o tipo de fibra muscular com

maior predomínio, devido a todo o treinamento físico realizado

durante mais de 40 anos?

[Selecione o questionamento abaixo para continuar]

Entendendo os conceitos

Se respondeu que sim, excelente caminho! 


Você compreende que o  envelhecimento pode ser considerado
como um processo comum a todos os indivíduos. Portanto, é
fundamental que todo fisioterapeuta tenha conhecimentos
sólidos sobre a anatomia e a fisiologia a fim de entender como
atuar frente a tais situações.
Antigamente, os estudos sobre os sistemas orgânicos dos idosos
estavam muitas vezes limitados, pois eles tinham suas capacidades
laborais muito diminuídas ou até mesmo interrompidas. O que os
tornava não mais economicamente ativos para a sociedade em geral.
Atualmente, com o processo de envelhecimento ocorrendo em todo o

mundo e pelo fato que entre esta grande massa da população existe
uma boa parte dela ainda economicamente ativa, justifica-se a

realização de várias pesquisas sobre o tema abordando todos os

processos relacionados com o envelhecimento. É importante ressaltar

que existe uma grande diferença entre o que é senescência e senilidade.

Idoso economicamente ativo

Confira a diferença entre senescência e senilidade.

(Selecione os itens abaixo)


SE NE S C ÊN CI A

SE NI L I DA DE Grupo de alterações produzidas devido às


diversas afecções que acometem o idoso.

Senescência Grupo de alterações próprias do envelhecimento natural.

Na prática, o que pode ser observado é uma sobreposição destes dois


fenômenos, sendo fundamental saber identificar os dois possíveis erros
mais comuns de interpretação, que são:

(Clique nos números abaixo)

O estudo científico dos músculos é chamado de miologia. As vias


bioquímicas anaeróbicas utilizadas pelos músculos quando a demanda
energética é maior que a oferta de oxigênio são as mesmas utilizadas
pelas células há mais de 3,5 bilhões de anos, antes mesmo de o oxigênio
estar na atmosfera. 

Todos os movimentos do corpo humano são resultados da alternância


entre períodos de contração e relaxamento, sendo responsáveis por
cerca de 40 a 50% do peso corporal total do corpo, representando,
portanto, praticamente 50% da massa corporal adulta.
No corpo humano existem três tipos de músculo, veja na imagem ao

lado. Os músculos esquelético e cardíaco aparecem de forma estriada,

em função da disposição regular de suas proteínas (actina e miosina),

compondo os mecanismos contráteis que podem ser observados ao

microscópio óptico. Tanto o músculo cardíaco quanto o músculo

liso são regulados pelos neurônios, que fazem parte do sistema

autônomo (involuntário) e dos hormônios liberados por meio das

glândulas endócrinas.

Tipos de tecido muscular

O músculo  esquelético recebe esse nome devido à sua função, que é

proporcionar o movimento da maioria dos músculos e ossos.

Tal músculo é do tipo estriado. Assim, existem faixas mais escuras e

claras estriadas, o que proporciona um controle voluntário.

Ele representa uma grande parte de toda a massa corporal, utilizando,

em média, um quarto de todo o consumo de oxigênio durante a

situação de repouso. Ele aumenta, durante o exercício de grande

intensidade, para até 20 vezes mais.

Músculo  esquelético
Composição do músculo esquelético

Cada músculo esquelético pode ser considerado um órgão separado,

sendo composto por centenas de grupos de fibras denominadas

de unidades motoras. Cada uma delas é comandada por um

motoneurônio único. 

Cada um é constituído por muitas células musculares ou fibras

musculares, devido à forma alongada. Estas são compostas pelas

unidades funcionais do músculo estriado, as miofibrilas, e formam o

mecanismo responsável pela contração muscular, os filamentos

de actina e miosina.

Veremos as fibras musculares em detalhes ainda neste tópico.

Os músculos estão envolvidos pelo tecido conjuntivo, pelos vasos


sanguíneos e pelos nervos, que penetram nos músculos para realizar
suas funções. A seguir, vamos explorar o tecido conjuntivo.
Tecido conjuntivo (ou conectivo)

A função do tecido conjuntivo é envolver e proteger os músculos.


Existem três camadas de tecido conjuntivo, vamos conhecê-las?

(Clique nos itens abaixo)


EP I M Í S I O P ER I M Í S I O E ND O M Í S I O
Camada que envolve o músculo.

As três camadas se estendem e continuam além das fibras musculares,


formando os tendões, os ossos ou ainda outros músculos. 
Os tendões podem ser definidos como um cordão de tecido
conjuntivo denso, composto por feixes paralelos de fibras
colágenas que têm como função prender o músculo ao
periósteo de um osso ou a uma cartilagem. Os vários tendões
são chamados de aponeuroses.

Todos os tecidos conjuntivos vão envolver as fibras musculares como


também todos os músculos e os vasos sanguíneos. Enquanto isso, os
nervos penetram dentro dos músculos esqueléticos para que possam
exercer suas atividades nas fibras musculares.

Portanto, o tecido conjuntivo tem a função de envolver e proteger todo


o tecido muscular. Enquanto isso, a fáscia, que é uma faixa larga ou
uma lâmina de tecido conjuntivo fibroso, tem a função de envolver
todos os órgãos.
O tendão que está prendendo o músculo à parte não móvel do corpo é
chamado de origem. Enquanto isso, a outra parte que é móvel chama-
se inserção, sendo a parte mais distal.

Fibra muscular

A disposição das células no músculo esquelético é adequada para ser

capaz de gerar respostas quando estimuladas de maneira graduada e

controlada. Todas as células são paralelas entre si e muito longas.

Cada célula pertence a uma unidade motora, consistindo em todas as

células musculares ativadas pelo mesmo motoneurônio. Cada músculo

é constituído por muitas unidades motoras. Portanto, a força exercida

por um músculo individual é resultado do número de unidades

motoras ativadas e pela intensidade desta ativação.

Todos os músculos esqueléticos operam em pares oponentes. Ou seja,


um músculo qualquer não consegue retornar para seu comprimento de
repouso por si próprio após a contração. Isso porque dependerá de seu
músculo oponente ou então da força da gravidade.
A quantidade de fibras musculares esqueléticas que existem
em um indivíduo é determinada antes do nascimento. A maioria
dessas estas células sobrevive praticamente durante toda a
vida.
Os vários núcleos existentes de uma fibra muscular esquelética estão
localizados abaixo do sarcolema, a membrana plasmática de uma fibra
muscular. Existem milhares de invaginações do próprio sarcolema,
chamadas de túbulos T. Há também as cisternas terminais, que fazem
contato com o túbulo T, nos dois lados, formando uma tríade (duas
cisternas terminais e um túbulo T). Dentro das cisternas terminais,
existem grande quantidades de íons cálcio.
Miofilamentos

Dentro das miofibrilas, existem estruturas ainda menores, chamadas


de filamentos, com comprimentos de 1 a 2 µm. Há um filamento fino
chamado de actina e outro filamento mais grosso, chamado
de miosina. Ambos são fundamentais para que ocorra a contração
muscular e estão sobrepostos em menor ou maior grau, dependendo da
situação – ou seja, se o músculo está contraído ou relaxado.

O citoplasma ao redor dos miofilamentos é chamado de sarcolema. Os


miofilamentos em seu interior estão divididos em intervalos bastante
regulares chamados de sarcômeros. Cada sarcômero é separado pelo
disco Z, dividindo as células musculares em compartimentos.

Por meio do corte histológico longitudinal, podem ser observados


nestes discos cortados duas linhas:

(Clique nos cards abaixo)


Linha Z
Clique para virar
Nela, ficam presos os filamentos de actina.
Clique para virar
Linha M
Mantém os filamentos de miosina.
No microscópio eletrônico, podem ser observados dois tipos de faixa a

A e I, sendo que a banda A também pode ser chamada de escura e

compreende os filamentos de miosina mais as extremidades dos

filamentos de actina. Enquanto isso, a banda I também pode ser

chamada de clara e compreende os filamentos de actina.


Miofibrila

Miosina
O filamento de miosina é constituído por seis cadeias polipeptídicas,
sendo duas cadeias pesadas e quatro leves. As duas cadeias pesadas
enrolam-se uma em torno da outra, formando uma dupla hélice,
chamada de cauda. 

Filamento de miosina

Uma das extremidades de cada uma dessas cadeias pesadas é dobrada

nela mesma, formando então a cabeça. A outra parte onde existe o

enrolamento das duas cadeias uma na outra formará a cauda ou o

corpo.

No local onde existem as duas cadeias cabeças, é formada a chamada

ponte transversa ou ponte cruzada. É o local da molécula de miosina

que interagirá com a molécula de actina durante a contração

muscular.

Actina
O filamento de actina é composto por:
 Actina F.
 Actina G.
 Troponina.
 Tropomiosina.

Os dois filamentos de actina F estão unidos em α-hélice em ambas as

extremidades. Nestes dois filamentos de actina F, existem alguns

pontos onde a miosina pode ligar-se à actina durante o processo de


contração. Este local é chamado de sítio ativo. Neste local, temos a

actina G.

Nos momentos em que este sítio ativo ou actina G estão expostos, temos

a contração muscular. Quando estiver coberto, teremos o relaxamento

muscular. 

Filamento de actina

Existem três tipos de troponina que são:

(Clique nos sinais de + abaixo)


Troponina I
+

Troponina C
+

Troponina T
+

A ponte cruzada, ou ponte transversa, é um prolongamento da


molécula miosina que se liga à actina durante a contração muscular. A
teoria mais aceita para explicar o processo de contração é chamada de
teoria dos filamentos deslizantes. Ou seja, durante a contração
muscular, o que realmente acontece é o deslizamento destas moléculas,
e não o encurtamento.
Etapas da contração muscular

Todo este processo de contração é dividido em seis etapas.

(Clique no botão abaixo)


INICIAR 
Etapas da contração muscular 1
1.a Etapa – Exposição do sítio ativo
Nesta etapa, o potencial de ação já chegou e provocou a liberação do
cálcio que estava armazenado nas cisternas terminais dentro do
retículo sarcoplasmático. Este cálcio que está circulante dentro do
citosol atuará junto com a troponina C e expor o sítio ativo. A
molécula de energia trifosfato de adenosina (ATP) já foi quebrada e a
energia ainda encontra-se armazenada para ser utilizada
posteriormente. 

Etapas da contração muscular 2


2.a Etapa – Ligação da molécula de miosina com a actina

Nesta etapa, a molécula de miosina já se encontra em contato com a


molécula de actina. No entanto, ainda não houve a movimentação, ou
seja, o tracionamento. A energia ainda encontra-se armazenada.

Etapas da contração muscular 3


3.a Etapa – Tracionamento da molécula de miosina com a
actina

Nesta etapa, ocorre a movimentação, ou seja, o tracionamento da ponte


transversa ou ponte cruzada da molécula de miosina com a molécula
de actina. Durante tal movimento, a energia que estava armazenada é
utilizada durante este processo.

Etapas da contração muscular 4


4.a Etapa – Desconexão

Nesta etapa, ocorre a desconexão da ponte transversa ou ponte


cruzada da molécula de miosina com a molécula de actina.
Etapas da contração muscular 5
5.a Etapa – Reenergização

Nesta etapa, ocorre a reenergização. Ou seja, uma nova molécula de


ATP é quebrada e inicia novamente todo o processo, deste a primeira
até a quinta etapa.
Etapas da contração muscular 6
6.a Etapa – Remoção dos íons cálcio
Nesta última etapa, todos os íons cálcio que ainda estavam circulantes
são removidos de volta para a cisterna terminal. A tropomiosina, junto
com a troponina T, volta a cobrir o sítio ativo, e o músculo entra então
em relaxamento ou repouso.
Você conheceu as 6 etapas da contração muscular. Se desejar revê-las
clique no botão abaixo.
INICIAR NOVAMENTE

Assista a um vídeo que irá ajudá-lo a entender todo este processo:


(Acesse o link e confira)
A contração muscular
Fibras musculares

Existem dois tipos de fibras musculares que são:

(Clique nos sinais de + abaixo)

De modo semelhante aos músculos esqueléticos que operam em pares


oponentes, os músculos liso e cardíaco irão depender da pressão
interna para que ocorra o movimento ou o estiramento de volta ao
comprimento original após a contração.
No próximo tópico, você vai conhecer mais detalhes do músculo
cardíaco. Vamos lá?

Tópico 3 - 
Músculo cardíaco

O músculo cardíaco, como o próprio nome diz, está presente

apenas no coração. É um músculo estriado. Sua contração (sístole) e

seu relaxamento (diástole) são involuntários, apresentando uma

importante característica, que é a autorritmicidade, ou seja, a


capacidade para gerar os potenciais de ação espontaneamente e

repetidamente. 

As células musculares apresentam uma estrutura chamada de discos


intercalares, elas possibilitam que os potenciais de ação sejam
propagados de uma fibra muscular cardíaca para outra a seguir. Os
batimentos cardíacos são iniciados por meio de um estímulo gerado no
nodo sinoatrial que, em condições fisiológicas, irá contrair em torno de
75 vezes por minuto. Devido à sua propriedade de excitação, tal
estímulo é propagado para todo o coração, por meio das vias especiais
de excitação e condução do estímulo cardíaco, que serão mostradas em
detalhes mais a frente.
Ciclo cardíaco

Existem duas fases referentes à contração cardíaca. 

Diastole Uma é o período de relaxamento, chamada de diástole - em


que há o enchimento de sangue no coração.
Sístole

E a outra, de contração, chamada de sístole – neste momento,


ocorre o esvaziamento de sangue dentro do coração. 
O

O ciclo cardíaco é definido como o início de um batimento cardíaco até


o início do batimento cardíaco seguinte, sendo originado por meio de
uma geração espontânea de um potencial de ação no nodo sinusal. Este
irá propagar tal estímulo para o coração como um todo.
Durante todo o ciclo cardíaco irão ocorrer alterações tanto de pressão

quanto de volume em cada fase. O que provoca o término de uma fase

é o mesmo que inicia a fase seguinte. Vamos estudar agora todas estas

alterações com relação ao ventrículo esquerdo. 


Ciclo cardíaco

O ciclo cardíaco divide-se em quatro fases:

(Clique nos sinais de + abaixo)


Fase I – Enchimento rápido e lento
+

Fase II – Contração isovolúmica ou isovolumétrica


+

Fase III – Fase de ejeção rápida e lenta


+

Fase IV – Relaxamento isolúmico ou isovolumétrico


+

Agora, observe as vias especiais de excitação e condução cardíaca: 

Vias especiais de excitação e condução cardíaca


Elas são divididas da seguinte maneira:
 Nodo sinoatrial ou nodo sinusal.
 Vias internodais.
 Nodo atrioventricular.
 Feixe de His.
 Fibras de Purkinje.
No próximo tópico, vamos falar do músculo liso e suas
características. Siga em frente!

Histologia do tecido muscular liso

O músculo liso está localizado nas paredes de todas as estruturas

internas ocas, como os vasos sanguíneos, as vias respiratórias e os

órgãos localizados nas cavidades abdominal e pélvica. Este nome deve-

se ao fato de que, ao observá-lo ao microscópio, não existem estrias.


Por isso, é chamado de liso. A contração neste tipo de músculo é

sempre involuntária.

Histologia de uma fibra muscular lisa

Existem dois tipos de músculo liso:

(Clique nos sinais de + abaixo)


Músculo liso visceral
+ Está presente nas camadas que estão nas paredes das pequenas

artérias, veias e vísceras ocas, como também no estômago, nos

intestinos, no útero e na bexiga. O músculo liso também apresenta

a autorritmicidade, uma vez que as fibras irão se comunicar

através das junções comunicantes, fazendo com que os potenciais

de ação sejam difundidos por toda a rede.

Músculo liso multiunitário

O tecido muscular liso multiunitário consiste em fibras individuais.


Cada uma tem seus próprios neurônios motores terminais, com as
junções comunicantes entre as fibras, que são vizinhas.
 
Neste caso, o estímulo de uma fibra multiunitária irá produzir
apenas a contração daquela única fibra. Enquanto isso, o estímulo
de uma fibra visceral irá produzir a contração de muitas fibras
adjacentes.
+

No próximo tópico, confira o comparativo das características e


propriedades de cada tipo de músculo estudado até aqui:
esquelético, liso e cardíaco. E também as quatro propriedades
especiais dos músculos para manter a homeostasia.
Principais características e propriedades
A seguir, veja na tabela o resumo das principais características dos
três tipos de tecido muscular.

Fonte: adaptada de Tortora, 2011.


Todos estes tipos de músculos apresentam algumas propriedades
semelhantes entre si, mas diferem quanto à anatomia microscópica
e à localização e ao controle executado pelos sistemas endócrino e
nervoso.

Os músculos possuem quatro propriedades especiais que têm a


finalidade de manter a homeostasia, ou seja, o equilíbrio do corpo.

(Clique nos itens abaixo)


E X C I T AB I L I D AD E
E L É T RI C A C ON TR AT I L I D AD E E X TE NS I BI L I DA DE E L AS TI C
I D AD E
A excitabilidade elétrica é uma propriedade comum tanto para os
músculos quanto para os neurônios. Consiste na capacidade de
responder a certos estímulos por meio dos sinais elétricos chamados de
potenciais de ação.

Os potenciais de ação podem ser originados no tecido muscular, como


por meio do marca-passo cardíaco, mais conhecido como nodo
sinoatrial, ou ainda através de estímulos químicos como os
neurotransmissores. Estes são liberados por neurônios, hormônios ou
alterações do pH.

ALTERAÇÕES DO SISTEMA CARDIO RESPIRATÓRIO

O envelhecimento apresenta várias alterações no sistema

cardiorrespiratório, principalmente em:

 Vasos
 Músculo cardíaco
 Valvas cardíacas
 Caixa torácica
 Pulmão

Com relação às alterações presentes no sistema cardiovascular, são


exemplos os vasos, sobretudo a aorta. Normalmente, na juventude
existe uma grande quantidade de fibras elásticas nas paredes, junto
com as fibras musculares e colágenas.

No envelhecimento, observa-se uma diminuição de fibras elásticas na


parede da aorta associadas a um aumento das fibras colágenas, além
de deposição de sais de cálcio. Também pode ser observado um
aumento do diâmetro interno da aorta para compensar o
enrijecimento da parede arterial, reduzindo os efeitos hemodinâmicos
da alteração da textura da parede.

Estas alterações, em função dos processos arterioscleróticos, também


estão presentes nas:
 Artérias
 Arteríolas
 Carótidas
 Coronárias

Assista ao vídeo a seguir, ele será de fundamental importância para


que você consiga entender com detalhes este importante assunto:
(Acesse o link e confira)
Aterosclerose

Todas as mudanças relatadas devem à diminuição da elasticidade da


parede arterial. Elas ocasionam alterações na bomba cardíaca.

Conheça outras alterações.

(Clique nos sinais de + abaixo)


Aumento da massa cardíaca
+ Existe um aumento da massa cardíaca no coração humano nos

homens de, aproximadamente, 1g/ano e nas mulheres, 1,5g/ano.

Além disso, observa-se maior aumento da espessura do septo

interventricular do que do ventrículo esquerdo


Redução da massa do ventrículo esquerdo
+ A massa do ventrículo esquerdo pode até sofrer diminuição em
decorrência do envelhecimento. O que vai depender é o estilo de
vida adotado pelo idoso. Portanto, o sedentário geralmente irá
apresentar maior redução da massa cardíaca do que o indivíduo
que pratica alguma atividade física.

A redução da massa do ventrículo esquerdo está associada a uma


diminuição do número de miócitos. Enquanto isso, o aumento da
massa está associado, portanto, com um aumento do número de
miócitos.

Acúmulo de gordura
+ O local onde existe maior acúmulo de gordura no coração do

idoso é nos átrios. No entanto, na maioria dos casos não existe

intercorrência clínica. Existe também a presença de fibrose nos

idosos mais frequentemente nos átrios.

Alterações nas valvas


+ Há ainda alterações nas valvas, principalmente a mitral e a

aórtica. As alterações encontradas na valva mitral são a

calcificação e a degeneração. A calcificação está presente em

mais de 50% dos idosos com idosos por volta dos 80 anos, sendo

mais frequente nas mulheres.

Alterações nas artérias coronárias


+ Quanto às artérias coronárias, as alterações apresentadas são

características do processo de envelhecimento natural do idoso,


não sendo, portanto, geralmente muito expressivas. A alteração

mais frequente nestes casos é a tortuosidade dos vasos, sobretudo

quando existe redução no tamanho dos ventrículos. Além disso,

em muitos casos as artérias coronárias estão dilatadas.

Calcificação das artérias epicárdicas


+ Outra alteração comum é a calcificação das artérias epicárdicas,

estando também associada nos idosos com mais de 90 anos a

calcificação das valvas aórtica e mitral.

Com relação às alterações no sistema respiratório, as principais


alterações observadas são:
 Nariz
 Cartilagens costais
 Articulações costoesternais
 Pulmão

No envelhecimento fisiológico, pode ser observado um aumento


progressivo das cartilagens. Assim, há:

(Selecione os cards abaixo)


1
Clique para virar
Aumento de 0,5 cm no nariz tanto no comprimento quanto na
largura.
Clique para virar
2
Junção das cartilagens costais com o osso esterno.
3
Cartilagens da traqueia e dos brônquios sendo calcificadas.
4
Maior rigidez na articulação do manúbrio com o esterno.
Todas estas alterações vão deixar a caixa torácica com menor
mobilidade. Os músculos lisos vão sendo substituídos por tecido
conjuntivo, o que leva à perda de sua distensibilidade.
Existe também diminuição da superfície alveolar, devido ao
enfraquecimento muscular, além da fibrose e da calcificação de todas
as estruturas do tórax. No idoso, ocorre também maior atividade do
músculo diafragma na tentativa de compensar a perda da elasticidade
torácica.

Elementos da marcha

Idosa caminhando

Os elementos da marcha alterados com o envelhecimento são:

(Clique nos sinais de + abaixo)


Velocidade da marcha
+ A velocidade da marcha, também conhecida como velocidade da
caminhada, permanece estável até por volta dos 70 anos de idade,
declinando posteriormente a cada década em 15% para a
velocidade normal. Enquanto isso, para a velocidade máxima, a
perda é de 20%. A velocidade da marcha pode ser utilizada para
prever a mortalidade e o número de hospitalizações do idoso ou as
condições crônicas que ele se encontra.

Os idosos com mais de 75 anos e que possuem uma marcha mais


lenta têm maior probabilidade de morrerem, em média, seis anos
antes dos idosos que apresentam velocidade de caminhada
normal. Uma das principais razões para a velocidade da marcha
estar reduzida está relacionada com a diminuição do comprimento
da passada. Ou seja, a distância a partir do apoio do calcanhar ao
próximo passo, a força da panturrilha, está diminuída em grande
parte dos idosos, o que provoca um mecanismo compensatório por
meio do flexor do quadril e dos músculos extensores.

Cadência
+ A cadência está relacionada com o número de passos por
minuto. Esta variável não se altera com o envelhecimento. Cada
indivíduo tem uma cadência favorita e que possui uma íntima
relação com o comprimento dos membros inferiores.

Os indivíduos com maiores estaturas apresentam passos mais


longos com cadência mais lenta. Enquanto isso, os mais baixos
têm os passos mais curtos com uma cadencia mais rápida.

Tempo de duplo apoio


+ O tempo de duplo apoio compreende exatamente ao período em que
ambos os pés estão no chão durante a deambulação. Assim, é
considerado como a posição mais estável capaz de mover o centro de
massa para frente. Este tempo tende a aumentar com o avançar da
idade. 

O tempo de duplo apoio pode variar em termos percentuais de 18%


para os adultos jovens. Enquanto isso, para os idosos saudáveis está
por volta de 26%. 

Este tempo aumentado do duplo apoio irá diminuir a fase chamada de


balanço que compreende o momento em que a perna avançará. Então,
ocorre o encurtamento do comprimento da passada. Existe uma
tendência de os idosos, quando estão em superfícies que não são
regulares ou então escorregadias, aumentarem mais ainda o tempo de
duplo apoio, pois têm medo que ocorram quedas.

Postura da marcha
+ Existe uma discreta alteração da postura da marcha no
envelhecimento. Os idosos caminham em posição ereta, sem
inclinação para frente, porém eles caminham com maior rotação
pélvica anterior. Também se observa um aumento da lordose
lombar. 

Estas alterações posturais estão relacionadas com o


enfraquecimento dos músculos abdominais e dos flexores de
quadril associados ao acúmulo de gordura abdominal. Os idosos
tendem também a caminhar com as pernas rodadas lateralmente
rotadas (dedos do pé para fora) em cerca de 5°.

Movimento articular
+ Não existe uma alteração significativa do movimento articular com a
idade. A flexão plantar do tornozelo está diminuída ao final de fase de
apoio, ou seja, um pouco antes do outro pé decolar. O movimento geral
do joelho não é alterado. Tanto a flexão quanto a extensão do quadril
estão inalteradas, mas ocorre um aumento da adução. O movimento
pélvico está reduzido em todos os planos.

Os idosos devem ser questionados sobre a sua marcha, com perguntas


como:

Avaliação da marcha
+ Para a avaliação da marcha, convém a existência de um local

onde exista um corredor, com quase nenhum movimento e um

cronômetro. Todos os dispositivos de assistência ou apoio para o

idoso irá fornecer a estabilidade. No entanto, vão afetar a marcha.

Os andadores, na maioria dos casos, acabam levando a uma

postura flexionada e marcha descontínua, principalmente nos

casos em que não existem rodas.

O equilíbrio pode ser avaliado por meio da mensuração do tempo em


que o idoso fica com o apoio em ambos os pés em posição paralela
(calcanhar aos dedos). O normal deve ser abaixo de 0,5 segundos.

Por meio do cronômetro, pode ser avaliada a velocidade da marcha.


Os idosos devem caminhar uma distância fixa, geralmente entre 6 a 8
m, na velocidade preferida do indivíduo. A velocidade normal da
marcha varia de 1,1 a 1,5 m/s nos idosos saudáveis. A cadência é
avaliada por meio de passos/min, variando com o comprimento da
perna em torno de 90 passos/min para adultos altos (1,83 m) para
cerca de 125 passos/min para adultos baixos (1,5m).
Confira, a seguir, os dispositivos existentes de assistência para a
marcha.

Dispositivos de assistência para a marcha

Os principais dispositivos de assistência para a marcha são:

(Clique nos itens abaixo)


AN DA DO R
O andador acaba reduzindo tanto a força quanto a dor na
articulação dos idosos com artrite mais do que com o uso da
bengala. Fornece também boa estabilidade lateral e proteção
moderada contra as quedas para frente, porém não evita as quedas
para nos idosos que possuem problemas de equilíbrio.

BE NG AL AS

As bengalas são bastante úteis para os idosos que apresentam dor


devido à artrite na articulação do joelho ou quadril ou com neuropatia
periférica nos pés. 

Tais dispositivos devem ser utilizados no lado oposto da perna fraca ou


que apresenta dor. A altura correta da bengala deve garantir uma
flexão de 20 a 30° do cotovelo quando se apoia a mão no bastão.

No próximo tópico, veja as recomendações de prevenção.


Prevenção
No atendimento a um idoso, sempre que possível indique que ele faça
caminhadas regulares para garantir maior qualidade de vida, por meio
de um estilo de vida mais saudável. 

Um programa de caminhada, em média, de 30 minutos por dia pode


ser considerado como a melhor atividade para manter a mobilidade. 
Outra possibilidade também é a realização de várias caminhadas mais
curtas, o que acaba equivalendo a uma caminhada de 30 minutos. 
Você pode recomendar também que o idoso aumente a velocidade da
marcha e a duração da caminhada após alguns meses de prática.

Agora, assista a um vídeo que irá ajudá-lo bastante a entender como


pode ser realizado este treino:
(Acesse o link e confira)
Fisioterapia para idosos – treino de marcha e equilíbrio

Sistema digestório

O sistema digestório é formado por vários órgãos, tais como:

 Boca
 Língua
 Dente
 Faringe
 Laringe
 Esôfago
 Pâncreas
 Fígado e vesícula biliar
 Intestino delgado
 Intestino grosso

Sistema digestório

Confira, a seguir, o detalhamento de cada um.


Língua
A principal função da língua é guiar e moldar os alimentos, conduzindo todo o processo
digestivo. Tem importante atuação no paladar de todos os indivíduos, possibilitando que
todos sintam os sabores dos alimentos por meio de suas papilas gustativas. Assim,
também papel fundamental na comunicação por meio da fala.

Com o envelhecimento, ocorre a perda ou a atrofia das papilas gustativas, deixando-as


lisas e planas, provocando a diminuição do paladar e, consequentemente, uma
importante diminuição no prazer quanto á alimentação. Isso acarreta no idoso uma
língua saburrosa.
A língua saburrosa deve-se ao acúmulo de restos alimentares, bactérias e células mortas

no dorso da língua. Nestes casos, a língua apresenta-se áspera, com modificação na

coloração. O idoso acaba sentindo alterações no paladar, sendo considerado com um dos

principais responsáveis pelo mau hálito. 

A saburra serve de alimento para as bactérias proteolíticas, uma vez que no processo de

metabolização produzem alguns gases responsáveis pelo mau hálito.

Língua saburrosa

Glândulas salivares
A função das glândulas salivares é liberar a saliva para dar início ao processo de
digestão dos alimentos, proporcionando a facilitação da mastigação e da deglutição por
meio da umidificação. A saliva também tem a função de combater todas as bactérias
presentes na boca, protegendo-a contra infecções. Neste processo, também se realiza a
umidificação dos lábios e da língua.

Com o envelhecimento, ocorre uma importante queda na produção da saliva, conhecida


como xerostomia (boca seca). Ela torna todos os constituintes mais concentrados,
aumentando a viscosidade, com alteração e perda da sensação de textura dos alimentos,
secura nos lábios, assim como prejuízo na mastigação e no processamento do bolo
alimentar.
Dentes
Os dentes apresentam função mecânica, cortando e triturando todos os alimentos, além
de transformar em menores porções com a função de facilitar a digestão.

Com o envelhecimento, as principais alterações nos dentes são:

(Clique nos cards abaixo)


1
Clique para virar
Fragilidade.
Clique para virar
2
Maior probabilidade de perdas, o que obriga, na maioria dos
casos, a utilização de próteses.
3
Aparecimento de trincas e desgastes que irão modificar o molde
do dente.
4
Escurecimento do esmalte.
5
Desvios para frente ou para os lados.
6
Aparecimento de cárie de raiz.
7
Ausência de dentes (edentulismo).
Esôfago
O esôfago mede, aproximadamente, 25 cm de comprimento e 3 cm de largura. Assim, é
um órgão oco, tendo como função transportar os alimentos da boca até o estômago por
meio de contrações musculares próprias (movimentos peristálticos). 

Em ambas as extremidades, existem estruturas musculares que têm a função de


controlar a abertura destes canais. O esfíncter esofágico superior abre-se quando o
alimento chega à faringe. Enquanto isso, o esfíncter esofágico inferior abre-se quando
está próximo da transição entre o esôfago e estômago.

As alterações observadas com o envelhecimento são:


 Diminuição da pressão do esfíncter.
 Maior incidência de refluxo e hérnia de hiato.
 Redução do movimento peristáltico e relaxamento inconstante do esfíncter
esofágico inferior.
 Engasgo.
 Disfagia.
 Sensação de retenção de alimento na garganta.
Estômago
O estômago está localizado entre o esôfago e o intestino delgado, É um órgão curvo,
com o formato de um em saco. Sua função consiste em misturar os alimentos com os
sucos digestivos, para formar uma pasta espessa, chamada de quimo, sendo então
direcionada ao intestino delgado, com a finalidade de continuar todo o processo da
digestão. Na membrana mucosa, são produzidos o ácido clorídrico, as enzimas
digestivas e o muco.

Bactéria Helicobacter Pylori

Com o envelhecimento, há:


 Diminuição na produção de ácido clorídrico, o que prejudica o processo
da digestão.
 Elevação do tempo de esvaziamento gástrico, especialmente para
líquidos.
 Menor resistência da mucosa gástrica a agressões externas.
 Diminuição do fluxo sanguíneo para a mucosa gástrica.
 Aumentando do risco de úlceras.
 Aumento da prevalência da bactéria H. pylori.

Pâncreas
O pâncreas é uma glândula e faz parte tanto do sistema digestório quanto do endócrino.
Tem a função de produzir o suco pancreático que atua no processo digestório, sendo
também responsável pela produção dos hormônios como a insulina, o glucagon e a
somatostatina.

Com o envelhecimento, podem ser observados:

 Aumento dos níveis de insulina no sangue, porém a sensibilidade ao


hormônio está diminuída levando a diabetes tipo 2 e intolerância à
glicose.
 Discreta redução na produção de lipase e bicarbonato.
 Diminuição no peso do órgão, com parte de seu tecido substituída por
colágeno.
 Propensão a doença biliar
 Propensão a cálculos biliares.

Pâncreas

Fígado
O fígado é considerado a maior glândula do corpo humano, tendo muitas funções. Entre
elas, as principais são:

(Clique nos números abaixo)

Com o envelhecimento, podem ser observadas as seguintes alterações:


 Alteração da metabolização de drogas e nutrientes.
 Redução do fluxo sanguíneo hepático em torno de 35%, o que leva à redução na
excreção de substâncias tóxicas.
 Diminuição do peso e do volume com redução da massa celular funcionante.
 Diminuição da velocidade de regeneração.
 Redução de síntese e degradação de proteínas.
 Redução da secreção de albumina em até 20% e de colesterol.
Intestino delgado

Intestino delgado

O intestino delgado mede de 6 a 8 m de comprimento e tem cerca de 3 cm de diâmetro,

podendo ser considerado com um tubo, sendo formado por três porções diferentes:

 Duodeno
 Jejuno
 Íleo

É nesta parte do sistema digestório que existem os principais e os mais importantes


processos digestivos. Ali, várias enzimas atuarão sobre carboidratos, proteínas e
gorduras, com a finalidade de dividir em partes ainda menores, para que possam ser
absorvidas por meio das paredes intestinais e distribuídas por todo o organismo pela
circulação sanguínea.

Aqui, também ocorre a absorção de várias vitaminas e minerais, tendo importante papel
no sistema imunológico.
Com o envelhecimento, observam-se as seguintes mudanças:
 Redução das vilosidades intestinais.
 Diminuição na absorção de algumas vitaminas, ferro, cálcio e vitamina D. 
 Predisposição a diarreia e osteopenia.
 Pequena redução na função imunológica intestinal. 
 Possibilidade de aumento do tempo de trânsito intestinal, o que leva a
constipação.
Intestino grosso
A porção final do tubo digestivo corresponde ao intestino grosso, medindo
aproximadamente 1,5 metros. Tem como principais funções:

(Clique nos cards abaixo)


 1
Clique para virar
Absorção da água, sais minerais e aminoácidos.
Clique para virar
2
Armazenamento temporário dos resíduos da digestão, preparando os dejetos
para a sua eliminação.
Com o envelhecimento, são observadas as seguintes mudanças:
 Diminuição da percepção anorretal.
 Perda do tônus da parede muscular, o que leva a um peristaltismo lento.
 Maior chance de constipação e frequente uso de laxantes.
Vesícula biliar
A função da vesícula biliar é atuar no armazenamento e na liberação dos sais biliares.

Com o envelhecimento podem ser observados:

(Clique nos cards abaixo)


1
Clique para virar
Aparecimento de cálculos biliares (colecistite).
Clique para virar
2
Aterosclerose, principalmente pela redução na produção de bile, que em
menores concentrações dificulta a degradação de colesterol e gorduras.

Reto e ânus
O reto tem início no fim do intestino grosso, terminando no ânus. Na maioria dos casos,
o reto está vazio, uma vez que as fezes são armazenadas mais acima, no cólon
descendente. 

No momento em que o cólon descendente está cheio, as fezes vão passar para o reto,
estimulando a defecação. O ânus é uma abertura existente no fim do trato
gastrintestinal, no qual os dejetos saem do organismo. Há um anel muscular (esfíncter
anal) que mantém o ânus fechado depois.

Com o envelhecimento, podem ser observadas as seguintes modificações:


 Alterações da musculatura do esfíncter anal, com espessamento e redução da
força muscular.
 Propensão à incontinência fecal, devido a fatores como déficit cognitivo ou
acidente vascular cerebral (AVC).
 Constipação intestinal frequente, que pode causar hemorroida e fissura anal.

Confira o resumo dos órgãos do sistema digestório e suas respectivas funções.


(Adaptado de Tortora, 2011.)

(Clique nos sinais de + abaixo)


Boca
+

Língua
+

Glândulas salivares
+
Dentes
+

Esôfago
+

Estômago
+

Pâncreas
+

Fígado
+

Intestino delgado
+

Intestino grosso
+

Vesícula biliar
+

Alimentação

Os alimentos são fundamentais para a vida, pois fornecem a energia necessária


para a formação de novos tecidos, a reparação de tecidos lesados e a
sustentação para as reações químicas necessárias. 

Também são fontes de energia para todas as reações químicas que ocorrem em todas as
células.

Os alimentos não podem ser utilizados como fontes de energia imediatamente após seu
consumo, devendo ser primeiramente ser decompostos em moléculas bem menores.
Elas podem atravessar as membranas plasmáticas de todas as células. Tal processo é
chamado de digestão. Enquanto isso, a passagem das moléculas menores para o sangue
e a linfa chama-se absorção.

O sistema digestório pode ser dividido em dois grupos:


 Trato gastrintestinal.
 Órgãos acessórios da digestão.
Funções básicas do sistema digestório
O sistema digestório realiza seis funções básicas, vamos conhecê-las?

(Clique no botão abaixo)


INICIAR 
1
Ingestão
Corresponde à introdução de todos os alimentos e líquidos na boca.
1

2
Secreção
Diariamente, todas as células no interior das paredes gastrintestinais, como também dos
órgãos acessórios da digestão, irão secretar, em média, sete litros de água, ácidos,
tampões e enzimas no interior do trato.
1

3
Mistura e propulsão
No músculo liso, existe a alternância da contração e do relaxamento nas paredes do trato
gastrintestinal, com a finalidade de misturar o alimento e as secreções, empurrando-os
para o ânus. Esta função do trato gastrintestinal, tanto de mover quanto de misturar todo
o material ao longo de toda a extensão, é chamado de motilidade.
1

4
Digestão
A digestão compreende todos os processos químicos e mecânicos que decompõem o
alimento ingerido em partículas menores. A digestão divide-se em mecânica e química.
Na digestão mecânica, os dentes irão tanto cortar quanto triturar todos os alimentos
antes da deglutição. Posteriormente, os músculos lisos presentes no estômago e no
intestino delgado irão misturar os alimentos, fazendo que todas as moléculas do
alimento sejam dissolvidas e misturadas por completo junto com todas as enzimas
digestivas.

A digestão química está relacionada com a decomposição das grandes moléculas, como
os carboidratos, os lipídios e as proteínas e o ácido nucleico presentes no alimento para
moléculas menores. Todas estas reações são catalisadas pelas enzimas digestivas
produzidas nas glândulas salivares, na língua, no estômago, no pâncreas e no intestino
delgado, catalisando todas as reações.
1

5
6

5
Absorção
Todos os líquidos secretados, as pequenas moléculas e os íons, todos produtos da
digestão, irão penetrar nas células epiteliais que revestem o lúmen do trato
gastrintestinal. Todas as substâncias absorvidas passarão para o líquido intersticial e,
posteriormente, para o sangue ou ainda para a linfa, circulando para as células do corpo.
1

6
Defecção
Neste momento, todos os resíduos e as substâncias difíceis de dirigir ou indigestas,
bactérias, células que foram desprendidas do revestimento do trato gastrintestinal e os
materiais digeridos, ou seja, que não foram absorvidos, sairão do corpo por meio da
defecação. Todo este material digerido é chamado de fezes.
1

6
Summary
Você conheceu as seis funções básicas do sistema digestório. Se desejar revê-las clique
no botão abaixo.
1

INICIAR NOVAMENTE

Agora que você já conheceu as funções, vamos falar das principais alterações e
mudanças que ocorrem no sistema digestório em função do envelhecimento.

(Clique nos itens abaixo)


NO SISTEMA DIGESTÓRIO EM GERAL NA PARTE SUPERIORNO
INTESTINO DELGADO
As principais mudanças do sistema digestório que ocorrem com o envelhecimento são:

 Diminuição dos mecanismos secretores.


 Diminuição da motilidade dos órgãos digestivos.
 Perda da resistência e do tônus do tecido muscular e de suas estruturas
de sustentação.
 Alterações na retroalimentação relacionadas com a liberação de enzima
e hormônio.
 Diminuição da resposta à dor e às sensações internas.

Ainda podem ser observados com o envelhecimento:


 Problemas na vesícula biliar.
 Cirrose.
 Pancreatite aguda.
 Constipação.
 Hemorroidas.
 Doença diverticular.

Sistema genital
Para falar do sistema genital, vamos
dividir o assunto
em masculino e feminino, pois cada um
tem características e patologias
diferentes.
Sistema genital masculino
A seguir, conheça as principais patologias que acometem o aparelho genital masculino.

Aparelho genital masculino


Próstata
A próstata envolve uma boa parte da uretra. Os distúrbios da próstata estão relacionados
com qualquer infecção, aumento ou ainda um tumor que obstrui o fluxo da urina.

Próstata

Considera-se a prostatite crônica uma das infecções crônicas mais presentes nos idosos.

Ao exame, a próstata está aumentada, mole e sensível, sendo que o contorno da

superfície apresenta-se irregular.

O câncer de próstata é considerado como uma das principais causas de morte, chegando
a superar o câncer de pulmão. O antígeno prostático específico é produzido pelas células
epiteliais da próstata, estando aumentado nos idosos que estão com a próstata
aumentada. Assim, é considerado como um sinal de infecção, um aumento benigno ou
um câncer de próstata.

Existem dois tipos de exames para avaliar a próstata:

(Clique nos itens abaixo)


EXAME DE SANGUEEXAME DIGITAL RETAL
O exame de sangue tem a função de medir o antígeno prostático específico, chamado
de PSA.

Os tratamentos para o câncer de próstata são os seguintes:


 Cirurgia.
 Crioterapia.
 Quimioterapia.
 Radiação.
 Terapia hormonal.
Disfunção erétil
Considera-se como disfunção erétil a falta de capacidade para ejacular, alcançar ou
manter a ereção durante um período de tempo suficiente para uma boa relação sexual.
Uma grande parte destes casos está relacionada com a baixa quantidade de óxido nítrico
liberado durante a ejaculação. Sua função é relaxar o músculo liso das arteríolas do
pênis e do tecido erétil.
A função dos medicamentos nestes casos é exatamente proporcionar maior
relaxamento do músculo liso por meio da liberação do óxido nítrico. 
Existem várias outras causas relacionadas com a disfunção erétil, tais como:
 Diabetes melito.
 Anormalidades do pênis.
 Sífilis.
 Distúrbios vasculares (artérias ou obstruções venosas).
 Transtornos neurológicos.
 Cirurgia.
 Deficiência de testosterona.
 Fármacos (antidepressivos, anti-histamínicos, anti-hipertensivos, nicotina e
tranquilizantes).
 Fatores psicológicos (ansiedade ou depressão).
Sistema genital feminino
Vamos abordar agora quais são as principais patologias que acometem o aparelho
genital feminino. 
Câncer de mama

A incidência do câncer de mama é muito alta. Em cada oito mulheres, uma apresenta

grande chance de ter este tipo de câncer.

E é bem maior após a menopausa. Infelizmente, o câncer de mama não é doloroso,

passando muitas vezes despercebido durante muito tempo pela maioria das mulheres,

sendo descoberto na maioria dos casos após estar bem avançado. Portanto, convém, ao

aparecimento de qualquer nódulo independentemente do tamanho, procurar

imediatamente o médico de sua confiança.

Câncer de mama

É fundamental, para a detecção dos tumores, realizar exames periódicos, como


a mamografia e o autoexame das mamas. Outro exame também muito utilizado
nestes casos é a ultrassonografia.
Os principais fatores que podem aumentar o câncer de mama são:
 História familiar de câncer de mama (principalmente nos casos de mãe ou irmã).
 Mulheres nulíparas (que nunca deram à luz).
 Filhos após os 35 anos.
 Câncer anterior em uma mama.
 Exposição à radiação ionizante.
 Ingestão excessiva de álcool.
 Tabagismo.

O tratamento para o câncer de mama engloba as seguintes formas:

(Clique nos cards abaixo)


1
Clique para virar
Terapia hormonal.
Clique para virar
2
Quimioterapia.
3
Radioterapia.
4
Remoção do tumor e dos tecidos vizinhos.
Após a cirurgia de retirada, costuma ser indicado o tratamento por meio da
radioterapia e da quimioterapia, a fim de destruir todas as células cancerígenas.
Existem vários tipos de quimioterápicos que têm a função de diminuir os possíveis
riscos de reincidência ou mesmo a progressão da doença.
Câncer de ovário

Aparelho genital feminino

Após os casos de câncer de mama, o câncer de ovário é considerado a principal causa de

morte das doenças ginecológicas, sendo descoberto na maioria dos casos quando a

metástase está além dos ovários.

Os principais fatores de riscos associados ao câncer de ovário são:

 Alimentação com poucas fibras.


 Alimentação rica em gorduras.
 Deficiência da vitamina A.
 Exposição prolongada a asbesto.
 História familiar de câncer de ovário.
 Idade maior que 50 anos.
 Mulheres brancas são mais suscetíveis.

Conheça os sinais e sintomas do câncer de ovário no estágio inicial e final.

(Clique nos sinais de + abaixo)


Estágio inicial
+

Estágio final
+

Câncer de colo do útero


Este câncer inicia-se por meio de alteração na forma, além de crescimento e quantidade
de células presentes no colo. Tais células podem retornar ao normal ou ainda evoluir
para um câncer. Uma boa parte dos casos pode ser descoberta nos estágios iniciais por
meio do Teste de Papanicolau.

Realiza-se o Teste de Papanicolau com a finalidade de prevenir o câncer de colo do


útero. O teste recebeu este nome em homenagem ao médico grego Geórgios
Papanicolaou (1883-1962), considerado o pai da citologia.

O exame é bem simples e não é dolorido, sendo oferecido sem nenhum custo em todo o
sistema público de saúde brasileiro por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sistema urinário

Sistema urinário masculino

O sistema urinário consiste em dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. A

principal função do sistema urinário é realizada pelos rins. Enquanto isso, as outras

partes do sistema urinário são desempenhadas basicamente para realizar a passagem e o

armazenamento.

As alterações no envelhecimento encontradas nos rins são as seguintes:

 Diminuição do tamanho do tamanho do rim.


 Diminuição do fluxo sanguíneo.
 Menor filtração do sangue.
A massa de ambos os rins diminui por volta de 200g em um idoso de 80 anos, em

comparação com um jovem de 20 anos. É uma redução de, aproximadamente, 1/3.

Sistema urinário feminino

Ocorre também uma diminuição do fluxo renal e das taxas de filtração em torno de 50%
por volta dos 70 anos de idade. Em torno dos 80 anos de idade, por volta de 40% dos
glomérulos não estão mais atuando. Portanto, há uma importante diminuição na
reabsorção e na filtração.

Com o envelhecimento, algumas doenças renais ficam mais frequentes como:


 Inflamações crônicas dos rins.
 Inflamações agudas dos rins.
 Cálculos renais

Como os idosos normalmente não têm mais tanta sede, são bem frequentes os
casos de desidratação. 

Podem ser observadas também alterações na bexiga urinária, assim como a redução do
tamanho e da capacidade muscular, ocorrendo um enfraquecimento.

As infecções mais comuns do trato urinário são:

(Selecione os sinais de + abaixo)


Poliúria
+Sistema urinário

Sistema urinário masculino

O sistema urinário consiste em dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. A

principal função do sistema urinário é realizada pelos rins. Enquanto isso, as outras

partes do sistema urinário são desempenhadas basicamente para realizar a passagem e o

armazenamento.

As alterações no envelhecimento encontradas nos rins são as seguintes:

 Diminuição do tamanho do tamanho do rim.


 Diminuição do fluxo sanguíneo.
 Menor filtração do sangue.
A massa de ambos os rins diminui por volta de 200g em um idoso de 80 anos, em

comparação com um jovem de 20 anos. É uma redução de, aproximadamente, 1/3.

Sistema urinário feminino

Ocorre também uma diminuição do fluxo renal e das taxas de filtração em torno de 50%
por volta dos 70 anos de idade. Em torno dos 80 anos de idade, por volta de 40% dos
glomérulos não estão mais atuando. Portanto, há uma importante diminuição na
reabsorção e na filtração.

Com o envelhecimento, algumas doenças renais ficam mais frequentes como:


 Inflamações crônicas dos rins.
 Inflamações agudas dos rins.
 Cálculos renais

Como os idosos normalmente não têm mais tanta sede, são bem frequentes os
casos de desidratação. 

Podem ser observadas também alterações na bexiga urinária, assim como a redução do
tamanho e da capacidade muscular, ocorrendo um enfraquecimento.

As infecções mais comuns do trato urinário são:

(Selecione os sinais de + abaixo)


Poliúria
+É a produção excessiva de urina.
Nictúria
+É a micção excessiva durante a noite.

Disúria
+Corresponde à micção dolorosa.

Hematúria
+Corresponde à presença de sangue na urina.

Pode haver também o aumento na frequência de micção, retenção urinária ou


incontinência.

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