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Como

I N T E R P R E TA R

S O NeH O S
VISÕES
PERRY STONE
BV Films Editora Ltda.
Rua Visconde de Itaboraí, 311
Centro | Niterói | RJ | 24.030-090
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Charisma House, Strang Company. Originalmente publicado
em inglês sob o título How to Interpret Dreams and Vision.
©2011 by Perry Stone.
Translated and use by permission of Strang Communications
Company. All Rights Reserved.
Available in other languages from Strang Communications, 600
Rinehart Road, Lake Mary, FL 32746 USA.
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DIREÇÃO EXECUTIVA
Claudio Rodrigues Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9610/98. É expressamente
proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios,
COEDITOR sem o devido consentimento por escrito.
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ADAPTAÇÃO CAPA
Marlon Jesus As passagens bíblicas utilizadas nesta obra foram, marjoritariamente, da
Nova Versão Internacional (NVI), salvo indicação específica. Todos os direitos
DIAGRAMAÇÃO reservados.

Larissa Almeida
REVISÃO GRÁFICA
Sebastião Souza
Os conceitos concebidos nesta obra não, necessariamente, representam a
TRADUÇÃO opinião da BV Books, selo editorial BV Films Editora Ltda. Todo o cuidado e
esmero foram empregados nesta obra; no entanto, podem ocorrer falhas por
Christiano Titoneli
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REVISÃO TEXTUAL
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Paula Maricato
Roseli Ferreira
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Amanda Porto BV Films Editora ©2013.

STONE, Perry.
Como Interpretar Sonhos e Visões: Entendendo os Sinais e a Direção de Deus.
Rio de Janeiro: BV Books, 2013.

ISBN 978-85-8158-022-7
1ª edição Fevereiro | 2013
Impressão e Acabamento Rotaplan Gráfica
Categoria Vida Cristã

Impresso no Brasil | Printed in Brazil


DEDICATÓRIA

N ão posso deixar de dedicar este livro ao homem que


representou a maior influência na minha vida e ministério, meu pai,
Fred Stone. Sua vida e ministério foram de uma integridade impecável. Ele
era conhecido entre seus amigos como um homem consagrado e espiritual
que ainda acreditava que o Senhor falava aos Seus filhos – por meio da Pa-
lavra de Deus e das manifestações do Espírito Santo. Em sua adolescência,
Deus já o visitava em sonhos e visões para, muitas vezes, alertar determina-
das pessoas sobre um perigo iminente e, em outros momentos, para trazer
uma palavra de sabedoria a algum servo de Deus em fases difíceis. Ao longo
deste livro, falarei sobre algumas das marcantes visitações que ele recebeu a
fim de ilustrar questões importantes reveladas na Escritura.
Em várias ocasiões, os sonhos do meu pai salvaram vidas de familiares,
que ouviam cada um dos conselhos que ele dava e obedeciam às orienta-
ções de seus sonhos. Essa unção de receber avisos espirituais por meio de
sonhos e visões começou a marcar também a minha vida logo no início
do meu ministério. Precisamos entender plenamente como se dá esse pro-
cesso de receber a revelação dos céus e de compreender as mensagens do
nosso Pai Celestial, pois a Bíblia nos diz que nos últimos dias Deus nos vi-
sitará em sonhos e visões. Que a reflexão vinda das páginas deste livro abra
um novo caminho de conhecimento e entendimento, para que possamos
discernir como Deus cuida e dirige nossos passos e de que forma, em nossa
vida diária, Ele nos revela proteção, direção e sabedoria espiritual.
SUMÁRIO

Introdução 9
1 Os Últimos Dias – Tempo de Rasgar o Véu 17
2 A Importância do Sonho 31
3 Por que Alguns Sonhos se Concretizam mais Tarde? 43
4 Pesadelos e Sonhos Impuros 61
5 Falsos Profetas e Falsos Sonhos 77
6 Vozes do Além X Visões Proféticas 91
7 Pode um Aviso Recebido em Sonho Ser Alterado pela Oração? 107
8 Aprendendo a Ouvir os Avisos que Sua Esposa Recebe em Sonho 113
9 O Significado de Sonhar com um Ente Querido que se Foi 127
10 Quando o Sonho se Repete 145
11 Quando os Anjos Aparecem em Sonho 153
12 O Uso de Simbolismo: Por que Deus não Deixa Tudo mais Claro? 167
13 Quatro Tipos de Visão Espiritual 187
14 Sonhos: O Grande Propósito das Revelações para os Dias de Hoje 197
Conclusão: Sonhos e Visões – A Voz Íntima de Deus 215
Apêndice: Definição do Simbolismo Bíblico nos Sonhos 221
Notas 241
INTRODUÇÃO

E m junho de 1996, tive uma experiência espiritual que


foi confirmada depois como aviso de um futuro ataque terrorista con-
tra os Estados Unidos. Eu estava ministrando na Assembleia de Deus de
Brooksville, Flórida, e, naquela linda tarde de domingo, fui almoçar na casa
de um irmão da igreja. Após a refeição, pedi licença para deitar um pouco e
descansar, pois me veio um cansaço terrível. Eram quase três horas quando
deitei na cama, tentando ler um pouco a Bíblia. Em minutos, a Bíblia ficou
embaixo da minha cabeça e logo entrei num sono profundo.
De repente, aquele cochilo foi interrompido com uma visão que parecia
ser real! Eu estava no início de uma rua com um muro ao final que dava para
ver ao longe o alto de uma grande construção. Em toda a extensão da rua,
havia calçadas acompanhadas de casas ainda no tijolo. O céu estava azul, e
vi bem em cima do muro uma nuvem escura em forma de um quadrado
perfeito. Fiquei curioso para saber o que era; então, comecei a subir pela
calçada da esquerda em direção à construção. Percebi que eu estava descal-
ço, e fui saber tempos depois que, em sonho, isso sinaliza que não estamos
preparados para o que está por vir.
Subi no muro e avistei uma paisagem muito estranha. Era um milharal
gigantesco com várias carreiras de milho prontas para colheita. Olhei da
esquerda para direita, parecia interminável. Entretanto, estava a centenas de
hectares à minha frente. Havia um prédio enorme centralizado no final do
milharal que parecia uma torre, o seu formato assemelhava-se muito ao do
World Trade Center, em Nova York. O prédio estava todo envolvido por
uma nuvem escura de cima a baixo. Os tornados de cor acinzentada toma-
vam forma em frente daquela torre imensa, essa foi a parte mais assustadora
do sonho. Eles estavam imóveis, mas, de repente, o da esquerda começou a
girar muito forte, lançando fagulhas e outros objetos para todos os lados. O
segundo recebia a força do primeiro e assim sucessivamente, até os cinco

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C omo I nterpretar S onhos e V isões

lançarem fagulhas, formando uma grande fumaça acinzentada. Lembro-


-me muito bem de que os tornados não eram tão escuros como na vida real.
O tornado do lado esquerdo começou a girar, saiu da frente da torre
e invadiu o milharal, arrancando os milhos pela raiz, abrindo caminho e
não deixando nada para trás. Os outros quatro estavam se preparando para
fazer a mesma coisa, ou seja, destruir carreiras e mais carreiras de milho,
começando de trás até chegar à frente do milharal. Foi quando eu desci o
morro correndo e gritando: “Precisamos nos firmar na fenda da rocha...”,
falei mais umas duas vezes.
De repente, notei que eu estava deitado na cama e meus olhos estavam
abertos. Não entendendo o que eu tinha acabado de ver, fiquei assustado
e saí do quarto para falar com Don Channel, um colega de ministério que
viajava comigo na época. Contei a visão e disse que a torre era muito pareci-
da com o World Trade Center, porém toda coberta de uma cor preta, mas,
mesmo assim, eu não sabia ao certo o que tudo aquilo significava. Na mes-
ma noite, comuniquei à igreja acerca do que vi e logo comecei a falar sobre
a visão para outras pessoas. A interpretação ainda não estava muito clara – é
normal quando se trata de um aviso espiritual. Deve-se orar pela busca do
entendimento ou esperar para entender quando a visão começar a se reve-
lar. Contei essa visão para o artista J. Michael Leonard que, em 1999, fez um
desenho baseado em nossa conversa. Ele fez um outro também da segunda
visão que tive meses depois, e foi o que mais me emocionou.

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I ntrodução

O SEGUNDO AVISO
Meses depois tive uma segunda visão que envolvia cinco tornados de
cor acinzentada. Dessa vez eu estava em uma cidade grande e, de repente,
as pessoas começaram a gritar: “A tempestade está chegando, o que vamos

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C omo I nterpretar S onhos e V isões

fazer?” Eu as levei para uma igreja, localizada no centro da cidade, toda


construída de grandes pedras cinzentas. Vi três grupos de etnias diferentes:
americanos afrodescendentes, hispânicos e asiáticos, cada um junto ao seu
grupo étnico. Algumas pessoas estavam em choque e outras, em oração.
Olhando pela fresta da porta da igreja, vi cinco tornados, um atrás do ou-
tro, girando impetuosamente. Dessa vez, aquelas nuvens tão acinzentadas
vinham girando tão forte que lançavam latas de refrigerante, papéis, todo o
tipo de objeto para todos os lados. No total, passaram cinco tornados por
aquela cidade. Quando saímos, alguns prédios comerciais estavam intac-
tos, porém os escritórios estavam devastados, destruídos e incapacitados
de realizar quaisquer atividades comerciais. A cidade inteira estava apavo-
rada, e, nas ruas, pessoas de outros lugares formavam um espaço onde ofe-
reciam comida, água, roupas e até brinquedos para aqueles que, de alguma
forma, haviam sofrido com a destruição causada pela tempestade.

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I ntrodução

Eu sabia que as duas visões estavam interligadas; contudo, o significado


ainda era obscuro. No fim daquele ano, num encontro em Pigeon Forge,
Tennessee, compartilhei essas duas visões com os meus amigos e disse
que eu acreditava que, num futuro próximo, aconteceria um grande ata-
que terrorista contra o World Trade Center. Depois de ter mostrado esses
desenhos, em 1999, durante um especial de TV sobre profecia em rede
nacional, guardei-os no armário do escritório, porque até então nada ha-
via acontecido, e nem falei mais nada a respeito – até a manhã do dia 4 de
setembro de 2001. Enquanto eu limpava meu armário do escritório, tirei
os desenhos e falei com um amigo que trabalhava comigo, Mel Colbeck:
“Mel, esses desenhos mostram um ataque terrorista contra o World Trade
Center no futuro. Eu não sei quando, mas vai acontecer!”

Então o 11 de Setembro aconteceu


Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, eu estava no centro ministerial
trabalhando no setor de encomenda dos produtos do programa Manna-
fest, quando minha secretária entrou desesperada, dizendo: “Um avião
foi lançado no World Trade Center”. Na hora pensei que fosse um avião
pequeno e que o piloto tivesse morrido durante o voo. Minutos depois, ela
disse: “Um segundo avião bateu na segunda torre, estão dizendo que é um
ataque terrorista”. Foi aí que me dei conta de que aquela visão de cinco anos
atrás havia se cumprido! Fui para casa e vi pela TV aquela fumaça escura
que vinha do primeiro avião formando o mesmo quadrado escuro que
estava na visão. Após as duas torres caírem, testemunhei o cumprimento
da visão quando uma fumaça acinzentada, descrita pelos repórteres como
um “tornado”, começou invadir as ruas, levando muitas pessoas a correrem
para dentro de prédios em busca de segurança. Mais tarde, por intermédio
dos que estavam trabalhando no marco zero de Nova York, eu soube que
muitas pessoas se refugiaram numa igreja enorme chamada Trinity Church,
lugar onde muitos buscaram segurança e fizeram orações. A descrição do
prédio e do que aconteceu dentro da igreja foram exatamente como estava
na segunda visão.

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C omo I nterpretar S onhos e V isões

O significado dos cinco tornados, naquele momento, não fazia muito


sentido. Pensei que seriam cinco ataques (o Pentágono, a queda do avião
na Pensilvânia e, talvez, um outro, totalizando em cinco). Mas, dentro de
quarenta e oito horas, tudo ficou claro. Os ataques contra as torres um e
dois, as famosas torres gêmeas, resultaram na destruição dos edifícios
Trade Centers três, quatro, cinco, seis e sete, ou seja, outros cinco edifícios
que abrigavam milhares de empresas. Outros complexos comerciais foram
fechados devido à destruição causada pela poeira. Obviamente, havia várias
ONGs ajudando, levando mantimento, água e outros recursos tanto para as
pessoas afetadas quanto para as que estavam trabalhando nos escombros.
Mas o que significa o milharal?
Na história de José, o milharal representou a chegada da fome ao Egi-
to. O 11 de setembro não ocasionou falta de mantimento; entretanto, o
milho no Antigo Testamento era a mercadoria mais vendida e a principal
fonte econômica do mundo antigo. Nas parábolas do Novo Testamento,
o campo representa o mundo e o milho (trigo), a colheita. Se pensarmos
retrospectivamente, o centro comercial era o World Trade Center, que
abrigava escritórios que representavam várias nações (portanto, o campo
representava o mundo). Além disso, o milho pode representar a economia;
e os ataques de 11 de setembro tiveram um impacto desanimador não só
em Nova York como também na indústria de turismo em geral. Logo, o
milho foi arrancado, o que simboliza que as pessoas não trabalhariam mais
em nenhum daqueles cinco edifícios! Certo tempo depois, concluí que o
muro do qual havia visto a tempestade, provavelmente fazia alusão à Wall
Street, que não foi tão afetada pelas tempestades quanto os outros edifícios.
E ficar na fenda da rocha foi uma referência direta a Cristo, que é a rocha
da nossa salvação e o abrigo em tempos de tempestade.

Como Andam os Seus Sonhos ou Visões?


Você já teve um sonho tão perturbador a ponto de não conseguir esque-
cê-lo com o passar dos dias? Você já teve uma visão que parecia realidade
enquanto dormia – tão real que conseguia até sentir a leve brisa tocando

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I ntrodução

seu rosto ou o cheiro de algo? É possível que seu sonho tenha uma conota-
ção espiritual e que sua visão seja, de alguma forma, algum tipo de mensa-
gem vinda da presença do Todo-poderoso.
Nós, seres humanos, temos dificuldade em interpretar os significados
da visão e do sonho espiritual, e, muitas vezes, os dois possuem um simbo-
lismo único e incomum. Por que Deus usa o simbolismo e não nos deixa
compreender por meio da interpretação de significados simples e claros?
O que é simbolismo? Como podemos saber se o que vemos durante o
sono é de Deus e não apenas produto da nossa imaginação? Neste livro,
eu detalhei algumas reflexões da Bíblia para ajudar o leitor a conhecer as
respostas para essas e muitas outras perguntas.
Em uma profecia bíblica, o próprio Senhor proclamou que nos últimos
dias Ele derramará do Seu espírito sobre toda carne e, assim, os “jovens te-
rão visões, os velhos terão sonhos” (At. 2:17). Se o Espírito Santo dará ao
Corpo de Cristo sinais celestiais, revelações divinas e conhecimentos re-
ais por meio de sonhos e visões, então está na hora dos servos de Deus se
informarem acerca do processo e do significado dessas manifestações tão
singulares. É sobre isso que este livro falará.
Tudo de bom para você e sua família.
– Perry Stone
Fundador do Voice of Evangelism e apresentador do Manna-fest

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um

Os Últimos Dias –
Tempo de Rasgar o Véu

Na verdade as mentes deles se fecharam, pois até hoje o


mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não
foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido.
De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu
cobre os seus corações. Mas quando alguém se converte
ao Senhor, o véu é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito e,
onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade.
<< 2 Coríntios 3:14-17 >>

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O s Ú ltimos Dias – Tempo de R asgar o V éu

O mundo espiritual é tão real quanto o ar que respiramos


e a água que bebemos. O mundo material é o reflexo do mundo
espiritual. As coisas terrenas seguem o modelo das coisas celestiais (veja
Hebreus 8:1-5). Nosso mundo possui árvores, rios, montes e cidades. A
cidade celestial, Nova Jerusalém, possui a árvore da vida, o rio da água da
vida e o monte onde Deus é adorado, o Monte de Sião (Ap. 22:1-5). Essas
realidades celestiais eram a Criação original que se refletiu na Terra quando
Deus criou o homem.
A humanidade tem lutado para acreditar em um mundo que não se pode
ver com os olhos carnais, tocar com as mãos ou sentir o cheiro quando se
respira. Para os céticos, os anjos são mitos e os espíritos demoníacos são
frutos de uma imaginação sombria criada pelos roteiros hollywoodianos.
A atitude de hoje se resume à síndrome de Tomé, que diz: “Se eu não vi,
não toquei, jamais irei acreditar” (Jo. 20:25, paráfrase do autor). Acontece
que há um véu invisível que cobre tanto os olhos carnais quanto o enten-
dimento espiritual de homens e mulheres, e as realidades espirituais invi-
síveis só ficarão visíveis quando o véu for retirado ou rasgado. A Bíblia foi
escrita por quarenta autores diferentes ao longo de quase quinhentos anos
e a história fala de homens chamados profetas, que foram inspirados por
Deus e que decidiram rasgar o véu e viram maravilhosas imagens eternas e
celestiais que trouxeram à humanidade a revelação de Deus.
Paulo escreveu que há um véu, semelhante a escamas, sobre os olhos do
nosso entendimento que impede que a luz reveladora de Deus entre em
nossas mentes e nos ilumine com visões capazes de mudar radicalmente
nossas vidas. Se vivermos atrás desse véu, jamais conheceremos ou expe-
rimentaremos o melhor de Deus para nós. Esse véu, que algumas vezes
se manifesta como uma falta de interesse por assuntos espirituais, falta de
discernimento ou pura descrença quanto às manifestações espirituais rela-
tadas na Bíblia, deve ser retirado para que se experimente aquilo que não
se pode ver. A habilidade de ver o futuro foi o dom que separou os profetas
bíblicos dos falsos profetas das nações contaminadas pela idolatria. Os pro-
fetas hebreus tinham a fama de conhecer o desconhecido.

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C omo I nterpretar S onhos e V isões

Um bom exemplo disso foi quando o rei da Síria enviou o seu exército
para capturar um dos profetas de Deus, Eliseu. O pavor tomou conta do
servo de Eliseu ao ver o exército se aproximando. Mas, depois da oração
de Eliseu, os olhos do seu servo se abriram, o medo transformou-se em fé
e aquele servo começou a ver cavalos e carruagens de fogo formando um
círculo protetor ao redor dele e de Eliseu (veja 2 Reis 6:8-17). Nossos olhos
carnais possuem uma espécie de venda, que nos impede de ver o mover
do mundo espiritual. Entretanto, quando estamos dormindo, consegui-
mos ver imagens por meio de sonhos e visões. Na Bíblia, homens, como
o apóstolo João, relatavam sonhos e visões. João estava numa ilha quando
viu uma “porta aberta no céu”, ou, como costumamos dizer, “o céu se abriu”,
levando sua mente e espírito para um outro mundo, onde tudo é tão real
quanto este em que vivemos (veja Apocalipse 4:1; 19:11). Esses dois exem-
plos bíblicos relatados em Apocalipse mostram dois fatos imprescindíveis:
algo acontece no céu e na Terra para que a mensagem chegue a nós e o véu
seja retirado. Na Terra, os nossos olhos precisam ser “abertos”. Isso acontece
quando a nossa visão interior, a que cria as imagens em nosso cérebro du-
rante a noite, recebe informações do mundo celestial, que se “abre” e deixa
a informação eternal passar do mundo celestial para o mundo terreno.
Muitos pesquisadores idôneos costumam perguntar: “Por que Deus se
preocuparia em revelar para nós os acontecimentos que ainda estão por
vir?” É simples! Ele faz isso para nos preparar para algo ou para nos fazer
interceder em oração para mudar ou evitar alguma situação. Por exemplo,
quando o rei Ezequias foi informado por Isaías para pôr a casa em ordem,
pois ele morreria muito em breve, o rei começou a orar e sua morte foi adia-
da por quinze anos (Is. 38:1-5). Uma outra razão para a preocupação de
Deus quanto a isso é que Ele sabe que precisaremos entender certas situa-
ções no futuro.

POR QUE NÃO ENXERGAMOS O MUNDO ESPIRITUAL?


Os olhos carnais não conseguem ver o mundo espiritual. Deus é Espí-
rito (Jo. 4:24). Os anjos são espíritos (Hb. 1:13-14). O reino de Satanás é
organizado em quatro níveis de espíritos contrários (Ef. 6:12), e cada ser

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O s Ú ltimos Dias – Tempo de R asgar o V éu

humano é uma criação tripartida, isto é, possui corpo, alma e espírito, ou,
como alguns ensinam, um espírito que tem uma alma que habita num cor-
po (1 Ts. 5:23).
Na época de Adão e Eva, Deus foi ao Jardim do Éden, falou diretamente
com eles e andou pelo jardim em meio à brisa do dia (Gn. 3:8). Adão e Eva
podiam ver e ouvir Deus claramente. Ao caírem em pecado, “os olhos dos
dois se abriram” e viram que estavam nus e se envergonharam (Gn. 3:7).
Os seus olhos estavam abertos, e, ao mesmo tempo, um véu foi lançado
sobre os seus olhos. Desse momento em diante, os seres angelicais come-
çaram a aparecer em forma de visões, sonhos ou a tomar forma humana,
assim como os dois mensageiros angelicais fizeram quando Deus os man-
dou investigar os pecados que ocorriam em Sodoma (veja Gênesis 19).
Até mesmo o autor do Livro de Hebreus nos diz para não esquecermos da
hospitalidade com os que não conhecemos, pois, sem saber, podemos estar
acolhendo um anjo (Hb. 13:2).
Se os nossos olhos fossem abertos e o véu retirado, veríamos anjos, en-
tidades demoníacas e tantas outras formas de seres espirituais continua-
mente. Alguns podem até desejar contemplar o mundo espiritual, mas, na
verdade, quando grandes homens de Deus e profetas hebreus rasgavam o
véu e viam, por exemplo, os anjos revestidos de glória, muitos caíam de joe-
lhos, tomados por um grande temor. Abrão entrou em sono profundo (Gn.
15:12) e pôs seu rosto no pó da terra quando Deus lhe falou (Gn. 17:3,
17). Ezequiel descreve que viu nosso Deus Altíssimo assentado no Trono,
e os querubins e seres celestiais eram como rodas dentro de outras rodas
em movimento (Ez. 1), e ele também caiu sobre a sua face (v. 28). Em vá-
rios casos, quando se manifestavam tanto a visão de Deus quanto o mundo
angelical, o profeta prostrava-se e levava seu rosto ao pó da terra. Daniel
descreve que viu um anjo com os braços de bronze polido, os cabelos alvos,
o cinto de ouro e olhos como fogo. Os amigos de Daniel não viram nada,
mas sua reação foi tão forte que os homens que o acompanhavam foram
tomados por “pavor” e fugiram em busca de esconderijo (Dn. 10:5-7).
Daniel viu-se prostrado e sentiu que seu corpo estava se desfalecendo (vv.

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C omo I nterpretar S onhos e V isões

8-9). Quando João viu o Cristo ressurreto nos céus, ele “caiu aos Seus pés
como morto” (Ap. 1:17). Até a jumenta de Balaão caiu quando viu o anjo
do Senhor (Nm. 22:27).
Quando o véu é retirado e um simples mortal se depara não apenas com
sonhos ou visões, mas com o verdadeiro mundo oculto dos anjos, demô-
nios, céu ou inferno, o corpo humano não consegue suportar a glória do
mundo espiritual sem manifestar sequer uma reação. Se vivêssemos com
nossos olhos espirituais continuamente abertos, creio que não consegui-
ríamos fazer nada, e seríamos sempre perturbados durante o nosso sono.
A Santa Escritura nos instrui a vivermos “por fé, e não pelo que vemos”
(2 Co. 5:7). Não consigo ver Deus fisicamente, mas creio nele pela evidên-
cia bíblica e pela fé que fortalece minha convicção na Palavra. Com os olhos
carnais, é impossível ver os anjos voando pelo céu e guerreando no plano
espiritual contra as potestades, chamadas de “forças espirituais do mal nas
regiões celestiais” (Ef. 6:12). Porém, como o meu ser interior também é
um “espírito”, eu posso, em alguns momentos, perceber ou sentir a presença
de Deus, o calor e a mansidão de um anjo ou as forças opressoras do mal
que estão na minha dimensão terrestre. Para rasgar a cortina do invisível, o
servo de Deus precisa estar em sintonia com o mover singular do mundo
espiritual.

Há Um Futuro
Uma vez meu pai, aos setenta anos, estava junto com meu filho de ape-
nas vinte anos em sua pequena casa no Tennessee fazendo uma oração,
quando, com lágrimas nos olhos, ele disse ao meu filho Jonathan: “Há um
futuro”. Ele estava aconselhando o neto a não viver somente para o momen-
to, mas descobrir, planejar e olhar para o futuro que o próprio Senhor já
tinha traçado para ele e sua irmãzinha. Naquele momento percebi que a
vida se resume a uma coisa – o futuro. Quando Deus traçou em detalhes
um plano para redimir o homem do pecado, Ele preparou cada passo mui-
to antes da queda de Adão. Jesus é chamado de “o cordeiro que foi morto
desde a criação do mundo” (Ap. 13:8). Ao orar antes de Sua morte, Cristo

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O s Ú ltimos Dias – Tempo de R asgar o V éu

falou que Deus O amara “antes da criação do mundo” (Jo. 17:24). Deus
planejou o futuro de toda a humanidade antes da criação e queda de
Adão e Eva!
Após o homem pecar, o próprio Deus lançou a primeira profecia di-
zendo que a semente da mulher iria ferir a cabeça da serpente (Gn. 3:15).
Deus falou isso quatro mil anos antes de Maria dar à luz o Messias (Lc. 2).
Depois que Caim matou o próprio irmão, Abel, Deus rapidamente trouxe
um novo membro para a família de Adão e Eva, um filho chamado Sete,
que iniciou uma linhagem de nove gerações de homens justos, chegando
a Noé, o décimo homem vindo de Adão (veja Gênesis 5). O nosso futuro
está continuamente dentro do propósito e vontade de Deus.
A paixão de Deus pelo futuro é testemunhada pelo fato de que o
pensamento dele é geracional. Quando Deus firmou Sua aliança com
Abraão, Seu plano era fazer dos descendentes de Abraão uma nação.
Primeiro, Deus prometeu dar a Abraão um filho e fazer uma “grande nação”
dos filhos de Abraão (Gn. 12:2). Os anos se passaram e Deus previu que
Abraão seria uma “nação grande e poderosa” (Gn. 18:18). Depois de anos,
Deus visitou Jacó, o neto de Abraão, mudando o nome de Jacó para Israel.
Deus ampliou Sua promessa dizendo a Jacó: “De você sairão uma nação
e uma comunidade de nações” (Gn. 35:11). Depois que a nação de Israel
expandiu de setenta para mais de seiscentos mil homens de guerra (Êx. 1:5;
12:37), o Senhor declarou que a nação seria “bendita mais do que todos os
povos” (Dt. 7:14); de apenas um indivíduo, Abraão, para setenta pessoas
que foram para o Egito sob a direção de José, e em quatrocentos anos a
nação cresceu para seiscentas mil pessoas, que mais tarde atravessaram
o Mar Vermelho e se transformaram em milhões de judeus, que estão
agora por toda parte do mundo. Deus estava começando a formar uma
grande família chamada de filhos de Israel, quando firmou aliança com
um homem: Abraão! Foi por isso que Deus mudou o nome de Abrão
(“pai”) para Abraão, cujo nome significa “pai de muitos” (Gn. 17:5). Israel
começou a partir de um sonho e uma visão!

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C omo I nterpretar S onhos e V isões

Rasgando o Véu
Para o Todo-poderoso, é tão importante assegurar a confiança e a ousa-
dia para o futuro que Ele permitiu os homens adentrarem a dimensão do
sonho e receberem conhecimento essencial para si mesmo, para os seus lí-
deres e para as nações sobre as quais governam. Vejamos alguns exemplos
significantes de sonhos que mudaram situações, definiram destinos ou
trouxeram uma mensagem profética:

▶▶ Deus ordenou ao rei Abimeleque que devolvesse Sara para


Abraão, caso contrário ele morreria (Gn. 20:6-7).
▶▶ Deus confirmou em sonho para Jacó deixar Labão e levar suas
esposas e filhos para Canaã (Gn. 31).
▶▶ Deus preparou o futuro de José, dando-lhe dois sonhos
proféticos ainda em sua adolescência (Gn. 37).
▶▶ Deus permitiu que José interpretasse o sonho do copeiro e do
padeiro enquanto estava na prisão (Gn. 40).
▶▶ José interpretou os sonhos de Faraó e também se preparou para
os sete anos de fome (Gn. 41).
▶▶ Foi o “sonho com o pão de cevada” que deu a Gideão a certeza
para lutar contra os midianitas (Jz. 7).
▶▶ Deus apareceu em sonho e atendeu ao pedido de Salomão,
dando-lhe o dom da sabedoria (1 Rs. 3).
▶▶ Daniel foi o único homem na Babilônia capaz de interpretar o
sonho acerca de uma estátua de ferro (Dn. 2).
▶▶ Daniel mais tarde interpretou o sonho que Nabucodonosor
teve com uma “árvore” e previu a queda do rei (Dn. 4).
▶▶ Daniel teve um sonho profético com os maiores impérios do
mundo simbolizados por grandes bestas (Dn. 7).

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O s Ú ltimos Dias – Tempo de R asgar o V éu

Esses seis mil anos praticamente de existência humana vêm para pro-
var que só Deus planeja o futuro de uma pessoa, mas isso não impede que
as forças contrárias tentem obscurecer a luz da revelação. O reino das tre-
vas tem como plano desviar, interromper e destruir o futuro, isto é, tanto
os planos proféticos de Deus quanto o nosso próprio destino. Diz-se que
cada pessoa tem um “destino”, que é simplesmente o futuro planejado por
Deus. Assim como Deus revelou a Jeremias, dizendo que o conhecia desde
o ventre de sua mãe e o predestinou para ser um profeta (Jr. 1:5), Deus
também já tem um plano predeterminado para cada um de nós. Em meio
a tantas vozes confusas e desesperadas ecoando em nossas vidas, os nos-
sos pensamentos podem ficar nebulosos assim como nosso entendimento,
por causa da vasta possibilidade de escolhas que podemos fazer. É por isso
que algumas vezes Deus permitirá que o Seu servo saia do mundo natural
e adentre a dimensão dos sonhos e das visões, para as estratégias do ini-
migo serem desmascaradas e os planos de Deus, revelados. Se estivermos
prontos para buscar e receber sinais do céu, não cairemos tão facilmente
em buracos e armadilhas preparadas pelo caminho que nos leva ao nosso
destino, e se entendermos o plano de Deus, teremos força para alcançar o
nosso objetivo.
O desejo de Deus para nossas vidas pode ser destruído já muito cedo.
Durante o cumprimento dos grandes períodos proféticos, as crianças tor-
nam-se alvos de forte ataque do adversário. Constatamos isso quando Fa-
raó ordenou aos hebreus que jogassem os bebês recém-nascidos do sexo
masculino no Rio Nilo (Êx. 1:22). Estava chegando o tempo de o liberta-
dor vir ao mundo e tirar os hebreus do Egito, mas o adversário tentou im-
pedir a profecia, matando o menino que poderia vir a ser o libertador antes
que chegasse à fase adulta! A segunda missão por parte de um governante
maligno foi comandada por Herodes, quando ele ordenou aos soldados
que cercassem a área de Ramá e matassem todas as crianças do sexo mas-
culino com menos de dois anos de idade, na tentativa de matar aquele que
seria adorado por magos, o futuro rei dos judeus (Mt. 2).

25
C omo I nterpretar S onhos e V isões

No meu ponto de vista, se conseguimos sobreviver ao nosso nascimen-


to e chegar à adolescência, novas batalhas aparecem. Ainda adolescente
(com dezessete anos), José foi vítima de um plano tramado por seus pró-
prios irmãos (Gn. 37). Eles estavam cansados de ouvir os sonhos de José, o
filhinho mimado do papai, e de vê-lo correndo para lá e para cá com aquela
túnica que custava uma fortuna! Tudo estava indo bem para José, mas ele
não parava de falar que vira em sonho uma grande vitória a caminho. Seus
irmãos, então, começaram a armar algo para ele, e José acabou sendo lança-
do em um poço, depois em uma prisão, passando treze anos em sofrimento
e em situações dignas de matar quaisquer sonhos.
Ainda adolescente, o Senhor começou a me revelar Seu desejo, e eu co-
mecei a planejar alcançá-lo. Enfrentei vários tipos de perseguição verbal de
meus irmãos em Cristo, que eram da mesma denominação que eu. Quan-
do Davi – na sua adolescência – foi ungido por Samuel como o rei sucessor
“dentre todos seus irmãos”, o ciúme tomou conta dos irmãos mais velhos,
que achavam que mereciam mais o cargo do que seu irmão caçula (1 Sm.
16:13; 17:28).
Eu ainda era adolescente, e o Espírito Santo já me despertava para mon-
tar um ministério chamado Evangelism Voice*; isso tudo aconteceu depois
de eu ter pregado em apenas três estados. Os pastores diziam: “Perry não é
a voz de coisa alguma, muito menos do evangelismo”. Na verdade, eles es-
tavam certos, se olhássemos pelos olhos carnais, mas eles estavam errados,
pelos olhos espirituais. O Senhor tinha um futuro para mim! Com apenas
dezoito anos de idade, eu criei o “plano de alcance para as sete direções”,
que era divulgar o ministério por meio de livros, congressos de avivamen-
to, revistas e outras formas de divulgação. Depois, comecei a ouvir frases
como: “Quem ele pensa que é, o Billy Graham ou o Oral Roberts?” Não
quero parecer arrogante, mas eu sabia de algo do qual essas pessoas não
tinham a mínima ideia. Eu pude contemplar o meu futuro num piscar de
olhos. Por meio de sonhos e orações, eu soube que seria usado pelo Senhor

*
Voz do Evangelismo (N.T.).

26
O s Ú ltimos Dias – Tempo de R asgar o V éu

um dia e teria um ministério com alcance internacional. Depois que vemos


o nosso futuro, aprendemos a deter o adversário e entendemos por que os
espíritos contrários estão contra nosso destino!

Cuidado com Essa Garota


Meu pai, Fred Stone, ainda era um pastor jovem, com cabelos escuros,
quando conheceu uma garota muito bonita da mesma idade, que sabia to-
car piano e cantar como ninguém. Antigamente, as pessoas tinham a mania
de achar que se você fosse pastor, a sua esposa tinha de ser cantora ou mu-
sicista. Ela começou a gostar do meu pai. Porém, ele teve um sonho vendo
essa garota saindo de um galpão, abraçada com um outro rapaz. Meu pai,
logo, percebeu que a garota estava namorando alguém. Então, ele ouviu
uma voz dizendo: “Eu te avisei, tu não tens nada em comum com esta garo-
ta”. Meu pai disse que depois desse sonho, a garota tentou se achegar nele
como amiga, mas ele apenas dava um “oi” e nada mais. Até o tio do meu
pai, um pastor renomado, repreendeu meu pai por não esboçar nenhum
interesse por aquela garota tão talentosa. Mas três meses depois, o pai dela
disse ao tio do meu pai que estava feliz pelo meu pai não ter se aproximado
muito da filha dele, pois ela havia engravidado de um homem com quem
ela estava saindo.
Quando eu estava na mesma idade do meu pai, uma situação semelhan-
te aconteceu comigo. Eu estava com dezoito anos, viajando a muitas igrejas
dirigindo vários cultos semanais de avivamento. Em uma dessas minhas
viagens, conheci uma família que tinha uma filha com a mesma idade mi-
nha, na hora disseram para eu sair com a filha deles para comermos alguma
coisa. Minha política era de sempre sair com um grupo da minha idade e
nunca sair sozinho com alguém do sexo oposto. Não demorou muito, e
ela começou a dizer para os amigos que nós tínhamos tudo para dar certo
e que achava que nossa amizade tinha muitas chances de se transformar
em casamento. Pouco depois, sonhei que ela estava grávida. Em sonho, o
Senhor me disse para não andar na companhia dela. Na mesma semana,
três pastores, muito conhecidos, conversaram comigo em particular e dis-

27
C omo I nterpretar S onhos e V isões

seram: “Toma cuidado com essa garota. Tem algo de errado com ela”. Pedi
a um amigo para falar com ela para não me procurar mais. No mês seguinte,
após a confirmação da gravidez, casou-se com o pai da criança. Anos de-
pois, ela e a mãe foram assistir a uma das minhas pregações e pediram para
conversar comigo. A mãe dela, uma mulher de Deus, pediu a filha para me
pedir perdão por ter me colocado em uma situação da qual eu não estava
ciente. A filha disse: “Eu esperava que você fosse se apaixonar por mim e se
casar comigo antes de as pessoas saberem que eu estava grávida de outra
pessoa”.
Nos dois casos, com mais de vinte seis anos de diferença, o mesmo tipo
de cilada foi preparado para mim e meu pai. Bastou entender os sonhos e os
avisos, para que nós dois não perdêssemos o desejo de Deus de vista e nem
entrássemos em uma situação que seria não só questionável, mas também
constrangedora e prejudicial para o início de nosso ministério. Esses exem-
plos revelam como as estratégias são criadas para destruir os propósitos de
Deus, mas Ele se preocupa com os detalhes de nossa vida, pois as situações
influenciam o nosso destino!
Muitas vezes, quando pensamos em sonhos espirituais, deduzimos que
se tratem de um aviso a respeito de alguma calamidade nacional ou um si-
nal internacional, assim como os profetas do Antigo Testamento recebiam
os sonhos com a missão de avisar aos sacerdotes e reis quanto à chegada de
alguma calamidade. Contudo, Deus disse na Escritura que Ele se preocupa
com cada um de nós e não somente com a nação como um todo. Cristo re-
velou que o Pai observa um pardal cair ao chão e vê os lírios crescerem (Mt.
10:29; Lc. 12:28); portanto, se Deus se preocupa com os pormenores de
Sua criação, imagine conosco que somos feitos à Sua imagem (Gn. 1:26).

A Curiosidade
O entendimento do Livro de Daniel foi selado “até o fim do tempo”, mo-
mento em que “aumentará o conhecimento” (Dn. 12:4). Diversas profecias
estão para acontecer “no fim do tempo”. Esse termo é usado no Livro de
Daniel cinco vezes em algumas versões da Bíblia (Dn. 8:17; 11:35, 40; 12:4,

28
O s Ú ltimos Dias – Tempo de R asgar o V éu

9). Outras profecias se revelarão nos “últimos dias”, essa expressão identifi-
ca o tempo da volta do Messias e aparece cinco vezes no Novo Testamento
em algumas versões (At. 2:17; 2 Tm. 3:1; Hb. 1:2; Tg. 5:3; 2 Pe. 3:3). O
derramamento final do Espírito Santo acontecerá nos “últimos dias” (At.
2:17), e filhos e filhas profetizarão e terão sonhos e visões. A Bíblia fala que
essa última geração terá muita curiosidade acerca do seu futuro e destino.
Toda essa curiosidade se revela nos milhões de dólares gastos por pes-
soas ingênuas e desinformadas com videntes, astrólogos, sessões espíritas
e médiuns. Segundo o Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública, “pelo
menos cada 7 americanos consultou um médium ou vidente no ano de
2009”.1 Esses falsos profetas gananciosos são procurados simplesmente
para descobrir o oculto, o invisível e o futuro de alguém. Por que o Corpo
de Cristo está de braços cruzados e se recusa a dizer a esta geração para bus-
car pela direção de Deus, se tudo o que o adversário tem a oferecer é apenas
um horóscopo? É nato do ser humano o senso de curiosidade, mas na Bí-
blia há o conhecimento para nossa redenção – assim como um guia prático
para vivermos segundo a Sagrada Escritura. Contudo, há momentos que
duvidamos se realmente as decisões acerca de nossa vida pessoal e de nossa
nação podem ser reveladas e compreendidas por meio de sonhos e visões.
Entretanto, o véu deve ser rasgado de nossa mente e de nosso entendimen-
to. É nesse momento que entra em cena a “importância do sonho”.

29
NOSSOS ALIADOS INVISÍVEIS

Além do nosso alcance normal de entendimento, há outra dimensão mais real e


estável do que possamos imaginar. Para nós, os anjos são uma conexão-chave
para a dimensão sobrenatural. Criados por Deus, esses seres atemporais têm uma
história própria.
Em Nossos Aliados Invisíveis, Ron Phillips traz-nos um guia definitivo sobre anjos,
descrevendo de onde eles vieram, como eles trabalham e como você pode re-
querer a ajuda deles em sua própria vida. Os anjos são verdadeiramente nossos
aliados – amigos próximos que desejam:

• Amar e proteger o que você ama


• Encarar com você um inimigo comum
• Compartilhar sua lealdade e fidelidade
• Trabalhar secretamente por você no território inimigo

Com a habilidade de ir e vir entre as dimensões eternas e o mundo, os anjos nos


confortam, falam conosco, monitoram o clima espiritual ao redor de nós, nos en-
sinam e nos ajudam. Mas, acima de tudo, os anjos trabalham para o Mestre do
universo e compartilham o nosso desejo de adorar a Deus e cumprir Sua vontade.

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Excelentes livros de bolso baseados nos textos da Bíblia A Mensagem. Estes livros
trarão a você uma ampla e diferente visão dos ensinamentos de Deus para um
maior entendimento dos assuntos relacionados.
No livro O Evangelho de João, você poderá ler o que João testemunhou enquan-
to caminhava ao lado de Jesus, o homem que teve o maior impacto de todos os
tempos sobre o mundo. Em A Mensagem de Esperança você verá como a vida,
morte e ressurreição de Jesus demonstram que Deus verdadeiramente anseia por
nossa salvação, e em O Livro de Provérbios temos o grande manual de Deus para
a nossa vida.
Existem momentos em nossas vidas em que desejamos saber qual é a mensagem
de Deus para nós. A Bíblia nos concede a perspectiva de Deus. O Livro da Pro-
messa apresenta uma ampla compreensão das diversas áreas de nossa vida.
A série também conta com O Livro de Salmos, com passagens escritas num estilo
contemporâneo da língua e como um canal de louvor ao nosso Criador.
Para todas as horas e em todos os lugares, os livros de bolso da Série A Mensagem
são uma excelente opção para uma leitura clara e objetiva da Palavra de Deus.

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Maldições, Trazem Cura, Derrotam Demônios e Abrem as Comportas do
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