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DESNUTRIÇÃO

Profª Larissa Beatrice


Granciero Barbosa
Introdução

 Países em desenvolvimento  50,6


milhões de crianças < 5 anos são
desnutridas.

 DEP moderada/grave  importante


problema pediátrico.

 Mortalidade
Classificação
 Formas graves:

 Parâmetros clínicos:
 Presença ou não de edema, lesão de pele,
cabelo e hepatomegalia.

 Antropométricos:
 Indicadores de peso/estatura e
estatura/idade.
Classificação
 Marasmo:
 Emagrecimento acentuado com idade inferior a 1
ano – peso para estatura < 70% ou – 2 z-escore;

 Gordura subcutânea ausente  desaparecimento


da bola de Bichat;

 Pele frouxa, costelas proeminentes, atrofia


muscular, hipotonia, irritabilidade e aspecto
caquético e envelhecido.
Marasmo
Classificação
 Kwashiorkor:
 Forma edematosa de desnutrição
acometendo crianças entre 2 e 3 anos de
idade

 Lesões de pele, cabelo e unhas


enfraquecidos

 Hepatomegalia com esteatose hepática e


hipoalbuminemia.
Kwashiorkor
TN criança desnutrida

 Estabilização

 Recuperação nutricional

 Acompanhamento ambulatorial
Fase estabilização

 Criança recém internada, com


descompensação infecciosa e/ou
metabólica.

 Estabilização hemodinâmica.
Fase estabilização
 Fornecer no máximo 100 kcal/kg/dia
(iniciando com TMB + FI)

 130 ml/kg/dia de oferta hídrica

 1 a 1,5 g de proteína/kg/dia

 teor de lactose (< 13 g/litro) e sódio.

 Ingestão inicial <60 a 70 kcal/kg/dia 


SNG.
Fase estabilização

 gradual de volume e diminuição


gradativa da frequência.

 Má-absorção grave  Fórmulas


extensamente hidrolisadas ou à base de
aminoácidos.
Fase de recuperação

 oferta de nutrientes  Recuperação

 Oferta calórica: 150 kcal/kg/dia

 Agua: 150 – 200 mL/kg/dia

 Proteina: 3 – 4 g/kg/dia

 teor de lactose.
Fase de acompanhamento
ambulatorial
 Hospital dia ou ambulatórios

 Prosseguir na orientação e reforçar as


orientações:
 Monitoração do crescimento (P/E, E/I)

 Intensificação do trabalho da equipe


multiprofissional.
TRATAMENTO
ADULTOS
 Causas:
 Magreza constitucional
 Apetite normal ou aumentado
 Fome
 Doença hipermetabólica
 Erro alimentar
 Fator psicológico
 Consumo de drogas e álcool
 Capacidade absortiva
 Sintomas gastrintestinais
Rastreamento de risco de desnutrição
Diminuição da ingestão alimentar?
Perda de peso?
O paciente tem uma doença que apresenta risco de
desnutrição?

Considere a intervenção Conselho dietético


imediata de nutrição Fortificação
Suplementos orais

Avaliar o estado nutricional (ASG ou


outros) para obter diagnostico de
desnutrição

Implementar intervenção nutricional

definir metas Rota, acesso, Selecione


nutricionais tempo uma fórmula

Monitorar e supervisionar

Acompanhar pós alta


hospitalar
TRATAMENTO NUTRICIONAL
 3 ETAPAS
- Estabilização
- Recuperação nutricional
- Acompanhamento Ambulatorial

OBS.: DEP Grave  reabilitação com Equipe


Multiprofissional
TRATAMENTO CLÍNICO
 1° FASE:
 Estabilização hemodinâmica, hidroeletrolítica
(desidratação, diarréia), ácido-base, hipoglicemias,
hiponatremia, hipocalemia
 Tratamento de infecções
 Começar a alimentação (evitar sobrecarga)
 Estimulação psicossocial e motora programada (cça)
 Capacitação materna e envolvimento da mãe no
tratamento da cça
TRATAMENTO CLÍNICO
 2° FASE (dietoterápica):

 Recuperação Nutricional

 Tratamento geral e sintomático


DIETOTERAPIA - Objetivos
 Recuperar o estado nutricional
 Estimular apetite
 Regularizar TGI
 Colaborar com reidratação
 Promover educação nutricional
 Prevenir hiperalimentação
DIETOTERAPIA
 Necessidade de nutrientes ≠ Oferta
 Evoluir lentamente

 CUIDADO – Hiperalimentação: aumento CO2,


esteatose hepática, hiperglicemia, diurese osmótica,
desidratação hiperosmolar, hipertrigliceridemia,
uremia, hipofosfatemia, hipocalemia.

 Pequenos volumes
 Evitar jejum
 Sinalização para Recuperação Nutricional: apetite,
controle febre, avaliação PTN séricas x fase aguda +
DIETOTERAPIA
 Hiperalimentação:
 Limitar Na
 Insuficiência cardíaca

 Cuidado com famintos


 Esquema rígido
DIETOTERAPIA

 GET: peso atual, mín. TMB (+ injúria) – 1,5 vezes


 PTN: conforme condição clínica
 CHO: mín. 50%, complexos
 LIP: sem evidências para crianças
 Micronutrientes/ vitaminas: recuperar depósitos (vit.
A, Vit. C, Zn, Cu, B9, Fe3)
 Fibras: cuidado!
 Suplementação?
 Glutamina, Carbonato de Ca
DIETOTERAPIA
Necessidades Nutricionais do Adulto
Calorias 20-35 Kcal/Kg/dia
(40-45 Kcal/Kg/dia - Shills)
Carboidrato 5-7 mg/Kg/min
Proteínas 1,2 – 1,5 g/ Kg/ dia
Gordura 0,5 – 1,0 g /Kg/ dia
Vit. C 60mg /dia
Zinco 12-15mg/ dia
Waitzberg, 2004
Estudo de Caso
P.L.M, 49 anos, sexo masculino, primeiro grau
incompleto, residente e domiciliado em uma cidade
do Vale do Taquari, no estado do Rio Grande do Sul.
Apresenta diagnóstico de câncer de esôfago com 30
cm, desde julho de 2017, carcinoma de célula
escamosa bem diferenciada, metástases na coluna
do nível T 11.
Estudo de Caso
O paciente realiza quimioterapia com
tratamento paliativo e apresenta-se emagrecido,
lúcido, orientado e comunicativo. Relatou ser ex-
etilista e tabagista.
Estudo de Caso
Antropometria:
P: 45,2kg A:1,69m.
PCT: 6 mm CB: 24 cm
A Avaliação Subjetiva Global, revela que o
paciente encontra-se no estágio C e severamente
desnutrido.
Estudo de Caso
No acompanhamento nutricional, o paciente
relatou ter náuseas, vômitos, odinofagia, xerostomia
e não querer fazer uso de alimentação por sonda,
mesmo estando com dificuldade de se alimentar por
via oral. Seu trato gastrointestinal está funcionante e
a diurese normal. Tolera dieta líquida a pastosa via
oral.
Estudo de Caso
Exames bioquímicos (realizados na última semana):
Albumina: 2,5 g/dL
Proteína Total: 4 g/dL
Potássio (K): 4 mEq/L
Fósforo: 4 mg/dL
Estudo de Caso

Diagnóstico Nutricional:

Avaliação dos exames bioquímicos:

Prescrição nutricional:

Orientações Nutricionais:

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