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O empreendimento realizado por Saussure (1916), deu bases para que se

construísse uma ciência autônoma que pudesse tratar exclusivamente da linguagem,


considerada em si mesma e por si mesma.

Após anos de estudos, tomando os fenômenos linguísticos a partir de um recorte


diacrônico (Gramática Histórica e Comparada) que tinha como enfoque estudar a língua
de forma prospectiva, que segue o curso do tempo, e outra retrospectiva, que visa
analisar o passado, Saussure rompe com esse modelo histórico de estudar a língua,
arremata a teoria da imanência, anteriormente proposta, e apresenta o corte sincrônico,
primeiro por definir a língua como objeto de estudo a ser investigado, incluindo a
linguística no campo da Semiologia.

Desse modo, do ponto de vista metodológico, Saussure estruturou a língua


elaborando a noção de valor que se constitui na relação com outros elementos, como as
relações sintagmáticas (elementos contrastivos e opositivos) versus relações
paradigmáticas (mutuamente substituíveis), a distinção entre a língua (langue) e fala
(parole) que não podem ser vistos independentemente uns dos outros.

Assim, o sistema linguístico proposto por Saussure, opera considerando


aspectos: binários, opositivos, relacionais e diferenciais.

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