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Prof.

Maik Balacó
Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental e
Políticas Públicas (PPGDAPP) da Universidade Federal do Amapá
(UNIFAP). Bacharel em Direito pela UNIFAP.
➢ Direito Real: relação de domínio exercida pela
pessoa (sujeito ativo) sobre a coisa, onde não há sujeito
passivo determinado (erga omnes).

➢ Direitos Pessoais ou obrigacionais: relação entre


pessoas onde se exige certa prestação que pode ser (de
dar, de fazer ou de não-fazer).
➢ Direito Real → oponível erga omnes.
➢ Direito Pessoal → oponível em face do devedor.

➢ Direito Real → determinado por lei.


➢ Direito Pessoal → infinitos.

➢ Direito Real → direito a fruição de bens.


➢ Direito Pessoal → direito a prestação de outra pessoa.

➢ Direito Real → caráter permanente.


➢ Direito Pessoal → caráter temporário.
➢ Os direitos reais podem ser acessórios de direitos
pessoais. Ex.: há uma obrigação que, se não for cumprida,
fará com que o devedor perca um bem em garantia (a perda
do bem corre a sorte da relação principal).

➢ O direito pessoal pode estar vinculado a um direito


real. Ex.: obrigações propter rem, alguém dá um bem por
engano e o pede de volta (a relação obrigacional só existiu
por conta do bem).
➢ Poderes:

➢ ius perseqüendi ou direito de sequela: reaver a coisa com quem


quer que esteja.
➢ ius fruendi: direito de gozar ou fruir da coisa.
➢ ius utendi: direito de usar ou utilizar.
➢ ius disponendi: direito de dispor ou alienar.
➢ Direito de preferência.
➢ Direito de renúncia dos direitos reais.
TÍTULO II
Dos Direitos Reais
CAPÍTULO ÚNICO
Disposições Gerais
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;
XII - a concessão de direito real de uso.
Direitos reais sobre coisas alheias (iura in rebus alienis):

DIREITOS REAIS DE USO E FRUIÇÃO: direito conferido a seu titular


de obter de usar e fruir de coisa alheia.

1) SUPERFÍCIE: Superfície é o direito real sobre um terreno,


conferido a uma pessoa, o superficiário, a fim de que nele possa
construir e/ou plantar, a título gratuito ou oneroso.
EX: Cadeira cativa em estádios esportivos.

2) SERVIDÃO: Constituem restrições que um prédio suporta para uso


e utilidade de outro prédio, pertencente a proprietário diferente.
EX: Servidão de passagem.
3) USUFRUTO: direito de desfrutar temporariamente de um bem
alheio como se dele fosse proprietário, sem alterar-lhe a substância.
EX: Um pai tem um filho desempregado, então dá a ele em
usufruto gratuito e vitalício uma casa pra ele viver, e o filho poderá
morar lá e alugar um quarto nos fundos a um terceiro, vender as frutas
do quintal, etc.

4) USO: é o direito de servir-se da coisa na medida das necessidades


próprias e da família, sem dela retirar as vantagens. Difere do
usufruto, já que o usufrutuário retira das coisas todas as utilidades que
ela pode produzir e o usuário não. São aplicáveis ao uso as
disposições relativas ao usufruto.
5) HABITAÇÃO: Quando o USO consistir no direito de habitar
gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar,
nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.

DIREITOS REAIS DE GARANTIA: direito conferido a seu titular de


obter o pagamento de uma dívida através de um bem que foi dado em
garantia justamente para a satisfação dessa dívida.

6) PENHOR: É um direito real que pelo qual o devedor entrega uma


coisa móvel ou mobilizável, suscetível de alienação para o credor, em
garantia de um débito, conservando o credor o bem até o
adimplemento da obrigação garantida.

7) ANTICRESE: Constitui-se quando o devedor oferecer em garantia


as rendas do imóvel.
8) HIPOTECA: É a modalidade de garantia real que confere ao credor
direito real sobre o imóvel do devedor, o qual permanece em sua
posse ou domínio.

DIREITOS REAIS DE AQUISIÇÃO: conferem a seu titular a faculdade


de adquirir coisa alheia.

9) DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR: Mediante promessa


de compra e venda, em que se não pactou arrependimento, celebrada
por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de
Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à
aquisição do imóvel.
CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO: contrato por meio do
qual a Administração transfere do uso de terreno público ou privado –
não se mencionando a transferência de domínio – por um tempo
determinado ou indeterminado, oneroso ou gratuito, com o
compromisso por parte do concessionário de destiná-lo estritamente
dentro dos fins previstos em Lei, sendo assim atendido o princípio da
supremacia do interesse público.

CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA: A


concessão de uso para fins de moradia é um dos instrumentos
utilizados para realização da regularização fundiária, diferenciando-se
por se aplicar a imóveis públicos, cujo domínio não pode ser adquirido
por particular, garantindo, assim, o direito à moradia às pessoas que
residem nestes imóveis insuscetíveis de usucapião.

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