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NOTAS DE AULA DE CONSTRUÇÃO CIVIL I

Professor: Roberto M. Louzada

PLANEJAMENTO DA OBRA

1 – Vistoria do Terreno

Relatório de vistoria deverá conter:

Localização :

- Dados completos do endereço, se possível dados de GPS.

Descrição dos aparelhos urbanos próximos a área descrevendo a distância aproximada:

- Hospital; Posto de Saúde; Escola; Praças, Supermercado e Comércio Básico.

Descrição dos serviços públicos disponíveis:

- Energia; Água; Esgoto; drenagem superficial e subterrânea; pavimentação; Iluminação


Pública; Transporte e Recolhimento regular de lixo

Condições Topográficas:

- Descrever declividade ou aclives existentes, cursos de águas que cortam a área

Condições Geológicas:

- Descrever a formação geológica do terreno e a existência de rochas afloradas na área.

- Descrever tipo de vegetação, em caso de vegetação característica da Mata Atlântica cita-


la com descrição do diâmetro do tronco das árvores existentes.

- Descrever ultima utilização da área. Exemplo: Pastoreio, Lavoura, Pátio de


Estacionamento ou sem uso.

-Em caso de imóvel anteriormente demolido descrever a atividade do imóvel

2 - Levantamento Topográfico

O processo básico de levantamento topográfico pode ser feito com nível de água para
serviços simples. Para serviços mais complexos será necessário um levantamento com
equipe especializada que deverá conter:

- Curvas de nível metro a metro;

- Indicações de acidentes topográficos, tais como córregos e rochas afloradas;

- Perfis que forem necessários;

- Ângulos internos, comprimento dos lados;

- Árvores e referência de nível RN.


3 - Sondagens

A primeira inspeção ao solo poderá ser realizada através de trado manual e ou tubo de
ferro galvanizado retirando amostras do solo para analise da estrutura do solo ( arenoso,
silte-arenoso , argiloso etc..).

Serão considerados os seguintes critérios para a sondagem:

# Profundidade mínima da perfuração deve ser uma vez e meia (1,50) a menor dimensão
do edifício. Quando essa dimensão for superior a 25m , considerar 25 metros;

#  Cada projeto tem suas características específicas, então para que as sondagens sejam
executadas de maneira que atendam estas peculiaridades, em consonância com as
normas brasileiras (ABNT), o responsável técnico pelo estudo das fundações é quem
deve determinar a quantidade e a posição das sondagens.
A NBR 8036, no item 4.1.1.2 estabelece:
“As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200m2 de área da projeção em
planta do edifício, até 1.200m2 de área. Entre 1.200m2 e 2.400 m2 deve-se fazer uma
sondagem para cada 400m2 que excederem 1.200m2. Acima de 2.400m2 o número de
sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular da construção. Em
quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser:
a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200m2;
b) três para área entre 200m2 e 400m2.

TABELA RESUMO E EXEMPLOS:

ÁREA DE PROJEÇÃO EM QUANTIDADE DE SONDAGENS


PLANTA DO EDIFÍCIO
Até 200 m2 Mínimo de 2 sondagens
2 2
De 200 m  a 1.200 m 1 sondagem para cada 200 m2
( Ex.:  250 m2, 520m2 e 920 ( Ex.: 3 sond, 3 sond e 5 sond,
m2 ) respectivamente )
1 sondagem para cada 400 m2, que
De 1.200 m2 a 2.400 m2
excederem a 1.200 m 2
( Ex.: 1.450 m2, 1.720 m2 e
( Ex.: 6 sond, 7 sond e 8 sond,
2.340 m2 )
respectivamente )
De acordo com o plano particular da
Acima de 2.400 m2
construção
# Quando a sonda de percussão não atingir a profundidade desejada a sondagem deverá
prosseguir com sonda rotativa

O Laudo de sondagem deverá fornecer:

 Planta de localização da perfuração;


 Perfil individual da sondagem e escala , assinalando ainda:
o As diversas camadas atravessadas;
o As diversas profundidades das camadas;
o Os diversos níveis de água;
o Outros detalhes elucidativos;
o As cotas de boca de cada perfuração em relação ao RN determinado.

4 – Início de Obra

Documentos necessários para início de qualquer obra:

- Projeto aprovado na Prefeitura local, com cópia no canteiro de obras;

- Licenças ambientais, (supressão vegetal ) entre outras;

- Licença de demolição;

- Licença para obras de estabilização geotécnica ( GEO-RIO)

- Alvará de aprovação e execução de obras, com cópia autenticada no canteiro de obras;

- Orçamento da obra;

- Especificações da Obra;

- Levantamento planialtimétrico da área;

- Check-List da documentação da obra;

- Plano de gestão da obra;

- PCMAT- Programa de Controle das Condições de Meio Ambiente de Trabalho da


Industria da Construção Civil;

- Diretrizes para a ocupação do terreno ,

de vendas se for o caso ( LAYOUT)

- Seguros de Riscos de Engenharia e de Responsabilidade Civil;

- Ensaios Tecnológicos ( Sondagens).

Procedimentos que deverão ser tomados antes do início da obra;

# Compatibilidade dos projetos executivos e os aprovados;

# Compatibilidade entre os projetos e as especificações;

# Aprovação dos projetos nas concessionárias local;


# Aprovação dos projetos pelo responsável pela área de projetos da empresa e verificar se
é a última atualização de projeto;

# A existência de cópias autenticadas ou originais do projeto aprovado na prefeitura e as


devidas licenças de obras, inclusive as ambientais;

# Verificar a existência de árvores e licença para sua retirada, córregos de água e redes de
distribuição cortando a área a ser edificada;

# Construção das áreas de vivência em conformidade com a NR18, ligações de água e


energia;

# LAUDO DE VIZINHO. Quando não houver providenciar antes do início das fundações,
para evitar ações indenizatórias, por dano ao patrimônio dos vizinhos;

# Como boa pratica sugere-se que o responsável pela obra desenvolva estratégias de
bom relacionamento com a vizinhança, tais como:

 Logística de descargas de material Diurna e Noturna ;


 Visita a obras de outras empresas na região;
 Visita a comércio da região.

# Monitorar as instalações públicas (galerias, esgotos e adutoras, redes elétricas, etc).


Recomenda-se relatório fotográfico datado que conste a situação das ruas, passeios ,
jardins, ”bocas de lobo” do entorno da área, mantendo atualizadas mensalmente durante
o período de execução das fundações. A abrangência da área de monitoramento deverá
ser pertinente ao tipo e tempo de execução das fundações;

# Recomenda-se que o Engenheiro residente compatibilize o projeto aprovado pela


prefeitura com os projetos aprovados pelas concessionárias e o projeto aprovado pela
prefeitura com os projetos executivos liberados pela arquitetura e montar relatório
conclusivo com eventuais anomalias encontradas endereçadas ao setor de projetos;

# Buscar referencia do BOTA FORA, aterro Sanitário devidamente legalizado e sua


distância da obra.

# Montar estratégia de execução das fundações em conjunto com a empresa consultora


de fundações e gerencia de projetos e gerencia geral de obras;

# Solicitar o CEI ( Cadastro de Especificações de Inscrição). Inscrição da obra no INSS;

# Definir o local do controle tecnológico

5 - Seguros

Deverá ser contratado seguro de Riscos de Engenharia com cobertura adicionais para
erros de projetos, Responsabilidade Civil Geral e Cruzada com ou sem fundação, despesas
de desentulho, tumultos com ou sem equipamentos e garantia básica.

6 - Vigilância da Obra

Deve ser contratada uma vigilância para um posto de 24 horas. No caso de outras obras
no entorno prospectar a possibilidade de contratação de ronda motorizada
compartilhada.
7 - Formulários

Formatar formulários de controle almoxarife em conformidade com documentos da


empresa ou criar os próprios

8 – Especificações

Todos os projetos de arquitetura deverão ser acompanhados de suas especificações,


devendo constar o tipo, marca dos itens:

 Pisos , soleiras e rodapés;


 Alvenaria;
 Revestimentos de paredes e tetos;
 Esquadrias, Ferragens e vidros;
 Pintura interna, externa e de esquadrias;
 Instalação Elétrica, aparelhos, pontos de luz, interruptores e tomadas;
 Instalações hidráulica e sanitária, se aparente ou não e aparelhos, louças e metais;
 Outras instalações necessárias à melhor clareza do projeto;
 Cobertura, grades, telhas, beirais e calhas;
 Outros diversos;

LOCAÇÃO DA OBRA

Equipamentos e Ferramentas

Equipamento topográfico, mangueira de nível ou laser, pá , enchada, cavadeira, linha de


nylon, prumo de centro e de face, esquadro martelo

Documentos:

Projeto aprovado na Prefeitura,

Projeto planialtimétrico,

Projeto de locação de cargas;

Projeto de arquitetura; projeto de fundação;

NR 18 e PCMAT da obra.

Condições e Recomendações:

O terreno deve estar limpo

Projeto de fundações e estrutura devem estar disponíveis

Os eixos devem estar locados por topografo

Geometria do gabarito definido

Tabela de coordenadas X, Y deve estar elaborada e conferida


Execução dos serviços

Eixos e Nível

 Definir referencia de nível RN e a referencia pela qual será feita a locação. É


aconselhável confrontar o levantamento planialtimetrico com o projeto de locação e
divisas do terreno. Verificar se todos os projetos possuem o mesmo RN
 Locar e conferir os eixos e divisas do lote

Execução do Gabarito

 Os lados perpendiculares devem ser executados em níveis diferentes, mantendo


os lados paralelos em níveis iguais
 O gabarito deverá ser montado com fixação dos pontaletes aprumados e
concretados ao solo, espaçados a 2,00 um do outro e sempre que possível a 1,5 da face da
edificação
 Após o endurecimento do concreto cortar os seus topos para que formem uma
linha horizontal nivelada a 1,10m a 1,15m de altura.
 Na face interna dos pontaletes, fixar tabuas também niveladas ( tabeiras). Fixar
sarrafos no topo dos pontaletes conforme figura abaixo:

 Verificar o esquadro de todos os cantos , com medidas 3,00m, 4,00m, 5,00m, ou


seus múltiplos maiores. Travar o gabarito com mão francesa, assegurando rigidez.
 Nos gabaritos acima de 40,00m devem ser executados dois gabaritos , para evitar
distorções de medidas devido a grande distancia entre os pontos

Marcação

 Marcar os eixos X e Y no Gabarito por meio de topografia


 Marcar um testemunho em concreto com um prego protegido, permitindo
checagens futuras caso haja algum deslocamento do gabarito
 Elaborar uma tabela de marcação com as coordenadas acumuladas dos eixos dos
pilares em relação à origem dos sistemas X, Y. A tabela deverá ser feita de ordem
crescente de uma das coordenadas
 Marcar o gabarito utilizando uma trena metálica , esquadro e lápis de carpinteiro,
o risco deve ser feito na tabeira e no sarrafo. Nos pontos marcados , fixar dois pregos
15x15 espaçados por 1mm, um de cada lado do risco. No sarrafo do topo fixar um prego
18x27 exatamente na linha de marcação feita a lápis de carpinteiro.
 Pintar os nomes dos pilares no gabarito sobre a tabeira na cor preta ao lado dos
riscos pintados em vermelho
 Esticar um arame pelos eixos dos pilar a ser locado. O cruzamento entre os eixos
definirá a posição do elemento estrutural no terreno . marcar o CG do pilar com auxilio
de um prumo de centro, cravar um piquete no terreno e executar a triangulação através
de um ponto auxiliar comparando a medida obtida in loco com a medida teórica de
projeto
18.3. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT.

18.3.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos


com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros
dispositivos complementares de segurança. (118.004-5 / I4)

18.3.1.1. O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de


Prevenção e Riscos Ambientais. (118.005-3 / I2

18.3.1.2. O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional


do Ministério do Trabalho - MTb. (118.006-1 / I1)

 Estabelecimento é uma obra individualizada, não importando o porte ou empresa


que a construirá. Se a responsabilidade da implantação do PCMAT é do empregador ou
condomínio, para cada obra haverá um único PCMAT. Este PCMAT deverá ser seguido por
todos os profissionais que desempenharem suas funções naquele estabelecimento, ou
obra, independentemente de pertencerem aos quadros da empresa maior ou de
pequenas empresas de prestação de serviço.
 As alterações do PCMAT podem ocorrer durante a construção, como, por
exemplo: alteração de cronograma, inclusão de novas tecnologias e equipamentos,
mudança de projeto ou alteração na relação mão-de-obra/equipamento. Não é possível
aceitar o mesmo PCMAT para mais de uma obra, pois não se trata de uma "receita de
bolo", devendo ser específico para as condições individuais de cada obra, mesmo em
situações similares.
 Devem ser tomados cuidados na contratação do profissional que elabora o
PCMAT. Em primeiro lugar, ele deve ser um profissional do SESMT com experiência em
construção, capaz de entender as especificidades daquela obra.
 O PCMAT deve ser apresentado a todos os trabalhadores, demonstrando sua
importância e, principalmente, sua função de estabelecer os procedimentos de
segurança. Nenhum PCMAT terá sucesso na sua implantação se não for absorvido e
compreendido por todos. Os cuidados com a segurança serão lembrados e destacados em
campanhas contínuas, nas Sipat e durante a implantação do PCMAT. A cada início de uma
etapa de construção nova, ele deve ser destacado e relembrado.

18.3.2. O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado
na área de segurança do trabalho. (118.007-0 / I4)

Referências - Subitem 18.3.2 - PCMAT

 O texto tirado do site Sl Engenharia coloca com muita propriedade uma definição
sobre "Profissional Legalmente Habilitado" e "Trabalhador Qualificado":

a) Profissional Legalmente Habilitado: Profissional que possui habilitação exigida pela


lei.
b) Trabalhador Qualificado: Aqueles que comprovem, perante o empregador e a
inspeção do trabalho, uma das seguintes condições: capacitação mediante treinamento
na empresa, capacitação mediante curso ministrado por instituições privadas ou
públicas, desde que conduzido por profissional habilitado ou ter experiência
comprovada em Carteira de Trabalho de, pelo menos, 06 (seis) meses na função.
 Portanto, cuidados devem ser tomados quando for contratado o profissional que
fará a elaboração do PCMAT. Em primeiro lugar, ele deve ser legalmente habilitado em
Segurança do Trabalho e, a partir desta condição, conhecer a obra e sua filosofia de
construção, realizando um trabalho voltado, única e exclusivamente, para aquela obra. O
PCMAT pode ser assinado por profissional legalmente habilitado na área de Segurança do
Trabalho. Tanto o Técnico quanto o Engenheiro ou o Médico o são, um por curso
específico de formação em nível técnico, os outros por complementação de curso
superior (pós graduação).
 Vale destacar que a qualificação de um empregado é como a carteira de
habilitação de um motorista, ou seja, um empregado somente pode desempenhar certas
tarefas e serviços se for qualificado com certificado que o comprove assim como um
motorista somente pode dirigir um veículo automotor se possuir carteira de motorista.
Portanto, um trabalhador da indústria da construção que tenha participado de
treinamento admissional, recebido os devidos e corretos EPI, orientado sobre suas
funções através de Ordens de Serviços, com o Atestado de Saúde Ocupacional
considerando-o apto para seu trabalho e possua situação perfeitamente regular na
relação empregado/empregador, deve ser considerado capaz e responsável para
desempenhar suas atividades profissionais.
 Cabe ao empregador monitorar as ações deste empregado verificando o devido
cumprimento dos ensinamentos recebidos e da legislação vigente, chamando sua atenção
em caso de falhas, descumprimento ou desatenção quanto aos conhecimentos
adquiridos. Como informação, a seguir são elencados os importantes itens da NR 18 que
tratam de Trabalhador Qualificado e Profissional Legalmente Habilitado e suas atividades.

18.3.3. A implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do


empregador ou condomínio. (118.008-8 / I4)

18.3.4. Documentos que integram o PCMAT:

a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações,


levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas
respectivas medidas preventivas; (118.009-6 / I4)

b) Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de


execução da obra; (118.010-0 / I4)

c) Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;


(118.011-8 / I4)

d) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; (118.012-


6 / I3)

e) Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de


dimensionamento das áreas de vivência; (118.013-4 / I2)

f) Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do


trabalho, com sua carga horária. (118.014-2 / I2)

18.4. Áreas de vivência.

18.4.1. Os canteiros de obras devem dispor de:

a) instalações sanitárias; (118.015-0 / I4)


b) vestiário; (118.016-9 / I4)

c) alojamento; (118.017-7 / I4)

d) local de refeições; (118.018-5 / I4)

e) cozinha, quando houver preparo de refeições; (118.019-3 / I4)

f) lavanderia; (118.020-7 / I2)

g) área de lazer; (118.021-5 / I1)

h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais


trabalhadores. (118.022-3 / I4)

18.4.1.1. O cumprimento do disposto nas alíneas "c", "f" e "g" é obrigatório nos casos
onde houver trabalhadores alojados.

18.4.1.2. As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação,


higiene e limpeza. (118.023-1 / I2)

18.4.1.3. Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de


canteiro de obras e frentes de trabalho, desde que, cada módulo:

a) possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da
área do piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para
permitir eficaz ventilação interna; (118.670-1 /I4)

b) garanta condições de conforto térmico; (118.671-0 / I2)

c) possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros); (118.672-8 /


I2)

d) garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos nesta NR;


(118.673- 6 / I2)

e) possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do
aterramento elétrico. (118.674-4 / I4)

18.4.1.3.1 Nas instalações móveis, inclusive contêineres, destinadas a alojamentos com


camas duplas, tipo beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90m
(noventa centímetros). (118.675-2 / I3)

18.4.1.3.2 Tratando-se de adaptação de contêineres, originalmente utilizados no


transporte ou acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras, à
disposição da fiscalização do trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado
por profissional legalmente habilitado, relativo a ausência de riscos químicos, biológicos e
físicos (especificamente para radiações) com a identificação da empresa responsável pela
adaptação. (118.676-0 / I2)

- 18.4.1.3.2-Laudo técnico relativo à ausência de riscos químicos, físicos e biológicos em


contêineres usados como áreas de vivência.
18.4.2. Instalações sanitárias.
18.4.2.1. Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou
ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção.

18.4.2.2. É proibida a utilização das instalações sanitárias para outros fins que não aqueles
previstos no subitem 18.4.2.1. (118.024-0 / I1)

18.4.2.3. As instalações sanitárias devem:

a) ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene; (118.025-8 / I2)

b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a


manter o resguardo conveniente; (118.026-6 / I1)

c) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira; (118.027-4 / I1)

d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante; (118.028-2 / I1)

e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições; (118.029-0 / I1)

f) ser independente para homens e mulheres, quando necessário; (118.030-4 / I1)

g) ter ventilação e iluminação adequadas; (118.031-2 / I1)

h) ter instalações elétricas adequadamente protegidas; (118.032-0 / I4)

i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitando-


se o que determina o Código de Obras do Município da obra; (118.033-9 / I1)

j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento
superior a 150 (cento e cinqüenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários,
mictórios e lavatórios. (118.034-7 / I1)

18.4.2.4. A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e


mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores
ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de
10 (dez) trabalhadores ou fração. (118.035-5 / I2)

18.4.2.5. Lavatórios.

18.4.2.5.1. Os lavatórios devem:

a) ser individual ou coletivo, tipo calha; (118.036-3 / I1)

b) possuir torneira de metal ou de plástico; (118.037-1 / I1)

c) ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros); (118.038-0 / I1)

d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver; (118.039-8 / I1)

e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; (118.040-1 / I1)

f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros), quando


coletivos; (118.041-0 / I1)

g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados. (118.042-8 / I1)


18.4.2.6. Vasos sanitários.

18.4.2.6.1. O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve:

a) ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado); (118.043-6 / I1)

b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m (quinze
centímetros) de altura; (118.044-4 / I1)

c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros); (118.045-
2 / I1)

d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o
fornecimento de papel higiênico. (118.046-0 / I1)

18.4.2.6.2. Os vasos sanitários devem:

a) ser do tipo bacia turca ou sifonado; (118.047-9 / I1)

b) ter caixa de descarga ou válvula automática; (118.048-7 / I1)

c) ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões
hidráulicos.

18.4.2.7. Mictórios.

18.4.2.7.1. Os mictórios devem:

a) ser individual ou coletivo, tipo calha; (118.050-9 / I1)

b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; (118.051-7 / I1)

c) ser providos de descarga provocada ou automática; (118.052-5 / I1)

d) ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinqüenta centímetros) do piso; (118.053-3 / I1)

e) ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de sifões
hidráulicos. (118.054-1 / I1)

18.4.2.7.2. No mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) deve
corresponder a um mictório tipo cuba. (118.055-0 / I1)

Referências - Item 18.4 / Subitens 18.4.1 a 18.4.2.7.2 - Áreas de Vivência

 Pesquisas de aplicabilidade da NR
18 sugerem que as áreas de vivência,
apesar de serem prioridade da
fiscalização, ainda têm um elevado nível
de não conformidade, apresentando falta
de cumprimento de exigências bastante
simples, tais como a colocação de
suportes para sabonete, cabide para
toalha junto aos chuveiros e recipiente
com tampa para depósito de papéis
usados junto ao vaso sanitário.
 As áreas de vivência, apesar de
não estarem diretamente relacionadas à
causas de acidentes, influenciam na sua
maior ou menor ocorrência, visto que
condições precárias da mesma
contribuem para diminuir a auto-estima
dos trabalhadores, resultando em
comportamento abaixo do padrão.
 Nas frentes de trabalho
itinerantes, são utilizadas alternativas
portáteis bastante higiênicas e
confortáveis.
 As instalações sanitárias devem ter
paredes de material resistente e lavável,
podendo ser de madeira. Os pisos
possuirão material impermeável e
antiderrapante, além de portas que
impeçam o devassamento. É importante
ressaltar que os banheiros não farão
ligação com locais destinados às refeições
e deverão ser independentes para
homens e mulheres.
 Os vasos sanitários podem ser do
tipo bacia turca ou sifonado (subitem
18.4.2.6.2). Abaixo dois exemplos de bacia
turca:

Referências - Subitens 18.4.2.8 a 18.4.2.14.1 - Áreas de Vivência

18.4.2.8. Chuveiros.
18.4.2.8.1. A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m2
(oitenta centímetros quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do
piso. (118.056-8 / I1)

18.4.2.8.2. Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter caimento
que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de
material antiderrapante ou provido de estrados de madeira. (118.057-6 / I1)

18.4.2.8.3. Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individuais ou coletivos,


dispondo de água quente. (118.058-4 / I1)

18.4.2.8.4. Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a
cada chuveiro. (118.059-2 / I1)

18.4.2.8.5. Os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente. (118.060-6 / I3)

18.4.2.9. Vestiário.

18.4.2.9.1. Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores que não residem no local. (118.062-2 / I4)

18.4.2.9.2. A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada da
obra, sem ligação direta com o local destinado às refeições. (118.063-0 / I1)

18.4.2.9.3. Os vestiários devem:

a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; (118.064-9 / I1)

b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; (118.065-7 / I1)

c) ter cobertura que proteja contra as intempéries; (118.066-5 / I1)

d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso; (118.067-
3 / I1)

e) ter iluminação natural e/ou artificial; (118.068-1 / I1)

f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado; ( 118.069-0 /


I1)

g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitando-


se o que determina o Código de Obras do Município, da obra; (118.070-3 / I1)
h) ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza; (118.071-1 / I1)

i) ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de
0,30m (trinta centímetros). (118.072-0 / I1)

18.4.2.10. Alojamento.

18.4.2.10.1. Os alojamentos dos canteiros de obra devem:

a. ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; (118.073-8 / I1)

b. ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; (118.074-6 / I1)

c. ter cobertura que proteja das intempéries; (118.075-4 / I1)

d. ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso; (118.076-2 / I1)

e. ter iluminação natural e/ou artificial; (118.077-0 / I1)

f. ter área mínima de 3,00 (três metros) quadrados por módulo cama/armário, incluindo a
área de circulação; (118.078-9 / I2)

g. ter pé-direito de 2,50 (dois metros e cinqüenta centímetros) para cama simples e de
3,00m (três metros) para camas duplas; (118.079-7 / I2)

h. não estar situados em subsolos ou porões das edificações; (118.080-0 / I3)

i. ter instalações elétricas adequadamente protegidas. (118.081-9 / I3)

18.4.2.10.2. É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical. (118.082-7 /

18.4.2.10.3. A altura livre permitida entre uma cama e outra e entre a última e o teto é
de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros). (118.083-5 / I2)

18.4.2.10.4. A cama superior do beliche deve ter proteção lateral e escada. (118.084-3 /
I1)

18.4.2.10.5. As dimensões mínimas das camas devem ser de 0,80m (oitenta centímetros)
por 1,90m (um metro e noventa centímetros) e distância entre o ripamento do estrado de
0,05m (cinco centímetros), dispondo ainda de colchão com densidade 26 (vinte e seis) e
espessura mínima de 0,10m (dez centímetros). (118.085-1/ I1)
18.4.2.10.6. As camas devem dispor de lençol, fronha e travesseiro em condições
adequadas de higiene, bem como cobertor, quando as condições climáticas assim o
exigirem. (118.086-0 / I1)

18.4.2.10.7. Os alojamentos devem ter armários duplos individuais com as seguintes


dimensões mínimas:

a. 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de
largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com separação ou prateleira, de
modo que um compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta centímetros), se destine a
abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com a altura de 0,40m
(quarenta centímetros), a guardar a roupa de trabalho; ou (118.087-8 / I1)

b. 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinquenta centímetros) de largura e


0,40m (quarenta centímetros) de profundidade com divisão no sentido vertical, de forma
que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam
rigorosamente o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho. (118.088-6 / I1)

18.4.2.10.8. É proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do


alojamento. (118.089-4 / I2)

18.4.2.10.9. O alojamento deve ser mantido em permanente estado de conservação,


higiene e limpeza. (118.090-8 / I2)

18.4.2.10.10. É obrigatório no alojamento o fornecimento de água potável, filtrada e


fresca, para os trabalhadores por meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento
similiar que garanta as mesmas condições, na proporção de 1 (um) para cada grupo de 25
(vinte e cinco) trabalhadores ou fração. (118.091-6 /I2)

18.4.2.10.11. É vedada a permanência de pessoas com moléstia infecto-contagiosa nos


alojamentos. (118.092- 4 / I4)

18.4.2.11. Local para refeições.

18.4.2.11.1. Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para


refeições. (118.093-2 / I4)

18.4.2.11.2. O local para refeições deve:

a) ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições; (118.094-0 / I1)

b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; (118.095-9 / I1)

c) ter cobertura que proteja das intempéries; (118.096-7 / I1)

d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das


refeições; (118.097-5 / I1)

e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial; (118.098-3 / I1)

f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior; (118.099-1 / I1)


g) ter mesas com tampos lisos e laváveis; (118.100-9 / I1)

h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários; (118.101-7 / I1)

i) ter depósito, com tampa, para detritos; (118.102-5 / I1)

j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações; (118.103-3 / I2)

k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; (118.104-1 / I1)

l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se


o que determina o Código de Obras do Município, da obra. (118.105-0 / I1)

18.4.2.11.3. Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de


cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de
refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento. (118.106-8 /
I1)

18.4.2.11.3.1. É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos
neste subitem.(118.107-6 / I1)

18.4.2.11.4. É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os


trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente,
sendo proibido o uso de copos coletivos. (118.108-4 / I1)

18.4.2.12. Cozinha.

18.4.2.12.1. Quando houver cozinha no canteiro de obra, ela deve:

a) ter ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão; (118.109-2 / I1)

b) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se


o Código de Obras do Município da obra; (118.110-6 / I1)

c) ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente; (118.111-4 / I1)

d) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza; (118.112-2 / I1)

e) ter cobertura de material resistente ao fogo; (118.113-0 / I1)

f) ter iluminação natural e/ou artificial; (118.114-9 / I1)

g) ter pia para lavar os alimentos e utensílios; (118.115-7 / I1)

h) possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo
dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo
ser ligadas à caixa de gordura; (118.116-5 / I1)

i) dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo; (118.117-3 / I1)

j) possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos; (118.118-1 / I1)

k) ficar adjacente ao local para refeições; (118.119-0 / I1)


l) ter instalações elétricas adequadamente protegidas; (118.120-3 / I3)

m) quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização,
em área permanentemente ventilada e coberta. (118.121-1 / I3)

18.4.2.12.2. É obrigatório o uso de aventais e gorros para os que trabalham na cozinha.


(118.122-0 / I1)

18.4.2.13. Lavanderia.

18.4.2.13.1. As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e


iluminado para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso
pessoal. (118.123-8 / I2)

18.4.2.13.2. Este local deve ser dotado de tanques individuais ou coletivos em número
adequado. (118.124-6 /I1)

18.4.2.13.3. A empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender ao disposto


no item 18.4.2.13.1, sem ônus para o trabalhador.

18.4.2.14. Área de lazer.

18.4.2.14.1. Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos
trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim. (118.125-
4 / I1)

18.5. Demolição

18.5.1. Antes de se iniciar a demolição, as linhas de fornecimento de energia elétrica,


água, inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações de
esgoto e de escoamento de água devem ser desligadas, retiradas, protegidas ou isoladas,
respeitando-se as normas e determinações em vigor. (118.126-2 /I4)

18.5.2. As construções vizinhas à obra de demolição devem ser examinadas, prévia e


periodicamente, no sentido de ser preservada sua estabilidade e a integridade física de
terceiros. (118.127-0 / I4)

18.5.3. Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente
habilitado. (118.128-9 /I4)

18.5.4. Antes de se iniciar a demolição, devem ser removidos os vidros, ripados, estuques
e outros elementos frágeis. (118.129-7 / I3)

18.5.5. Antes de se iniciar a demolição de um pavimento, devem ser fechadas todas as


aberturas existentes no piso, salvo as que forem utilizadas para escoamento de materiais,
ficando proibida a permanência de pessoas nos pavimentos que possam ter sua
estabilidade comprometida no processo de demolição. (118.130-0 / I3)

18.5.6. As escadas devem ser mantidas desimpedidas e livres para a circulação de


emergência e somente serão demolidas à medida em que forem sendo retirados os
materiais dos pavimentos superiores. (118.131-9 / I2)
18.5.7. Objetos pesados ou volumosos devem ser removidos mediante o emprego de
dispositivos mecânicos, ficando proibido o lançamento em queda livre de qualquer
material. (118.132-7 / I2)

18.5.8. A remoção dos entulhos, por gravidade, deve ser feita em calhas fechadas de
material resistente, com inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco graus), fixadas à
edificação em todos os pavimentos. (118.133-5 /I2)

18.5.9. No ponto de descarga da calha, deve existir dispositivo de fechamento. (118.134-3


/ I2)

18.5.10. Durante a execução de serviços de demolição, devem ser instaladas, no máximo,


a 2 (dois) pavimentos abaixo do que será demolido, plataformas de retenção de entulhos,
com dimensão mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) e inclinação de
45º (quarenta e cinco graus), em todo o perímetro da obra. (118.135-1 / I4)

18.5.11. Os elementos da construção em demolição não devem ser abandonados em


posição que torne possível o seu desabamento. (118.136-0 / I3)

18.5.12. Os materiais das edificações, durante a demolição e remoção, devem ser


previamente umedecidos. (118.137-8 / I2)

18.5.13. As paredes somente podem ser demolidas antes da estrutura, quando esta for
metálica ou de concreto armado. (118.138-6 / I3)

 Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente


habilitado. Este tipo de trabalho deve ser realizado por empresa especializada. Deve ser
sempre proibida a qualquer pessoa não autorizada, a entrada na área onde se faz a
demolição. Os Riscos mais freqüentes em demolições são:
a) Danos causados nas estruturas vizinhas;
b) Riscos específicos, como explosões, incêndios ou vibrações quando da utilização de
explosivos ou utilização de lança térmica;
c) Riscos associados à poluição sonora (ruído);
d) Riscos associados à projeção de poeiras e partículas;
e) Riscos de projeção de elementos demolidos;
f) Riscos elétricos.
 As causas principais de ocorrência de acidentes são: falta de sinalização,
delimitação e controle de acesso; sobrecarga de pisos com entulhos; utilização de
andaimes mal ancorados ou escorados; não utilização dos equipamentos de proteção
individual (EPI); e ausência de informação para os riscos associados às demolições.

18.6. Escavações, fundações e desmonte de rochas.

18.6.1. A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou
escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer
natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a
execução de serviços. (118.139-4 / I4)

Referências - Item 18.6 / Subitens 18.6.1 a 18.6.3 - Escavações, Fundações e Desmonte


de Rochas
 A adoção da escavação manual ou mecanizada dependerá da natureza do solo, das
características do local (topografia, espaço livre, interferência) e do volume a ser
escavado. Deverão ser seguidos os projetos e as especificações no que se refere à locação,
profundidade e declividade da escavação. Entretanto, em alguns casos, as escavações
poderão ser levadas até uma profundidade superior à projetada, até que se encontrem as
condições necessárias de suporte para apoio das estruturas.
 Sabe-se que há muitas incertezas na determinação dos parâmetros de rigidez e
resistência do solo, pois este material diferentemente de outros como concreto, aço e
madeira apresenta, em geral, uma elevada heterogeneidade. Diante destas condições, o
estabelecimento da segurança dos membros estruturais requer mais atenção, com
conseqüentes majorações dos coeficientes de segurança. Devem ser abordados os vários
mecanismos de ruptura da contenção, tais como a ruptura geral, a ruptura de fundo, o
piping e, com maior ênfase, as ruínas devido a esforços solicitantes elevados nos
membros da contenção (paramento e escoramento).
 Os deslocamentos nas proximidades da vala que podem provocar fissuras nas
edificações vizinhas também merecem atenção. Para tanto, é necessário que o método de
cálculo da contenção adotado seja adequado ao porte e aos requisitos estipulados da
construção, conforme Tacitano (2005).

18.6.2. Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela
escavação devem ser escorados. (118.140-8 / I4)

18.6.3. Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter responsável


técnico legalmente habilitado. (118.141-6 / I4)

 Quando necessário, os locais escavados serão isolados, escorados e esgotados por


processo que assegure proteção adequada. As escavações com mais de 1,25 m de
profundidade deverão dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de
trabalho, a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores,
independentemente da adoção de escoramento.
 As áreas sujeitas à escavação em caráter permanente deverão ser estabilizadas de
maneira a não permitir movimento das camadas adjacentes. Em caso de valas, serão
observadas as imposições do local do trabalho, principalmente as concernentes à
segurança dos transeuntes e de animais. Nas escavações executadas próximas a prédios
ou edifícios, vias públicas ou servidões, deverão ser empregados métodos de trabalho que
evitem as ocorrências de qualquer perturbação oriunda dos fenômenos de deslocamento,
tais como:
a) Escoamento ou ruptura das fundações;
b) Descompressão do terreno da fundação;
c) Descompressão do terreno pela água.
 As grelhas, bocas de lobo e os tampões das redes dos serviços públicos, junto às
escavações, deverão ser mantidos livres e desobstruídos.
 Quando o material for considerado, a critério da fiscalização, apropriado para
utilização no reaterro, será ele, a princípio, estocado ao longo da escavação, a uma
distância equivalente à profundidade escavada, medida a partir da borda do talude.
Materiais não reutilizáveis serão encaminhados aos locais de "bota-fora" ou deixados ao
longo da escavação.
 Em vias públicas onde a deposição do material escavado puder acarretar
problemas de segurança ou maiores transtornos à população, a remoção e estocagem do
material escavado para local adequado, para posterior utilização.
 Ao se atingir a cota de projeto, o fundo da escavação será regularizado e limpo.
Atingida a cota, se for constatada a existência de material com capacidade de suporte
insuficiente para receber a peça ou estrutura projetada, a escavação deverá prosseguir
até que se possa executar um "colchão" de material de base, a ser determinado de acordo
com a situação.
 No caso do fundo da escavação se apresentar em rocha ou material indeformável,
sua cota deverá ser aprofundada, no mínimo, em 0,10 m, de forma a se estabelecer um
embasamento com material desagregado de boa qualidade (normalmente, areia ou
terra). A espessura desta camada deverá ser determinada de acordo com especificidade
da obra.
 Em complemento à NR 18 item 18.6 apresentaremos as contribuições dos
engenheiros Marcelo Tacitano, Lie Tjiap Liungs sobre o estabelecimento das condições
mínimas de segurança e saúde na execução de valas. Além dos aspectos de
dimensionamento anteriormente mencionados, requisitos construtivos devem ser
observados para que os trabalhos de escavação de valas se processem dentro de
condições aceitáveis. Assim, quando a profundidade de uma vala atinge 1,25m ou mais, é
conveniente escorá-la, ou respeitar os ângulos de talude naturais; deve-se evitar a
acumulação de material escavado e equipamentos junto à borda das valas, e no caso disto
não ser possível, deve-se tomar as precauções que impeçam o deslizamento das paredes
e a queda na vala de tais materiais; como norma geral, deve-se manter uma distância de
aproximadamente metade da profundidade livre de carga e circulação de veículos;
quando a profundidade de uma vala é igual ou superior a 2m deve-se proteger as suas
bordas com um guarda-corpo ou sinalização adequada.
 Em caso de inundação de valas, é imprescindível a revisão minuciosa e detalhada
antes de se reiniciar os trabalhos, devendo-se retirar a água não prevista o quanto antes
para evitar a desestabilização da vala ou talude; deve-se revisar o estado dos cortes e
taludes a intervalos regulares nos casos em que podem receber empuxos acidentais de
veículos, martelos pneumáticos etc.; deve-se dispor de pelo menos uma escada portátil
para cada equipe de trabalho, a qual deve ultrapassar em 1 metro a superfície da vala;
não se deve instalar no interior de valas máquinas acionadas por motores a explosão que
gerem gases como o monóxido de carbono, a não ser que sejam providas de instrumentos
necessários para sua exaustão;
 Os operários que trabalham no interior de valas devem estar devidamente
informados através de instruções de segurança do trabalho e de medidas necessárias de
proteção para cada risco específico; as contenções devem ser revistas ao começar a
jornada de trabalho e quando ocorrerem interrupções de trabalho de mais de um dia ou
alterações atmosféricas como chuvas; e se recomenda que o paramento da contenção
ultrapasse em um pequeno trecho a borda da vala, para que sirva como um rodapé,
evitando a queda de objetos e materiais no seu interior.
 Em geral, as contenções ou parte delas são retiradas quando deixam de ser
necessárias, começando pela parte inferior do corte. De toda forma, os procedimentos de
reaterro devem ser previamente planejados, tomando-se as mesmas precauções da fase
de escavação. Fang (1991) alerta que deve ser lembrado que o projetista de estruturas de
contenção geralmente tem pouco controle sobre a execução de seu trabalho.
 Os empuxos do solo são afetados por muitas condições, e não é a menor delas o
método construtivo a qualidade do trabalho manual envolvido. Se as deformações da
estrutura de contenção não são as previstas, grandes mudanças de empuxos podem
ocorrer. Falta de procedimentos de inspeção adequados e liderança podem resultar em
desconformidade em soldagens, deslocamento ou localização incorreta de certos
membros e seqüências impróprias de trabalho.
18.6.4. Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das
escavações, as mesas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado. (118.142-
4 / I4)

18.6.4.1. Na impossibilidade de desligar o cabo, devem ser tomadas medidas especiais


junto à concessionária. (118.143-2 / I4)
18.6.5. Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m ( um
metro e vinte e cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de
estruturas dimensionadas para este fim. (118.144-0 / I4)

18.6.6. Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão
observadas as condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto
da ABNT. (118.145-9 / I4)

18.6.7. As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de
profundidade devem dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de
trabalho, a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores,
independentemente do previsto no subitem 18.6.5. (118.146-7 /I4)

18.6.8. Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância


superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude. (118.147-5 / I4)

18.6.9. Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros)
devem ter estabilidade garantida. (118.148-3 / I4)

18.6.10. Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser
devidamente ventilado e monitorado. (118.149-1 / I4)

 Os riscos críticos presentes nas escavações em via pública são a existência de


tubulações de gás natural. A rede de gás natural possui tubulações de aço carbono e de
PEAD (polietileno de alta densidade). Essas tubulações têm uma grande variedade de
diâmetros e podem estar localizadas em ruas e avenidas, calçadas, acostamentos ou junto
ao limite da faixa de domínio de rodovias.
 Normalmente, as tubulações estão instaladas na profundidade de 1m. Entretanto,
na rede residencial instalada nas calçadas, as tubulações estão em uma profundidade de
60 cm. Devido a inúmeras interferências e disposições de terrenos, estas medidas podem
sofrer variações, sendo necessário verificar a posição da tubulação no ponto específico de
trabalho.
 As instalações de redes de gás são mantidas afastadas por, no mínimo, 30 cm de
outras infra-estruturas subterrâneas (tubulações de saneamento, telefonia, energia
elétrica etc).
 Toda a rede de gás possui sinalização externa através de placas de aviso,
balizadores, tachões no piso de calçadas e de pinturas da presença da rede no piso
asfáltico. Dentro da vala, existe uma fita plástica de segurança, colocada acima da
tubulação. Em locais como travessias de ruas e calçadas, é colocada adicionalmente uma
placa de concreto com a inscrição "COMPAGAS" acima da tubulação. As válvulas de
serviço de alimentação normalmente estão nas calçadas a 60 cm de profundidade e
possuem uma tampa de ferro fundido com a inscrição da companhia de gás conforme
exemplo abaixo da empresa COMPAGAS.

Tachão Fita Tampa Placa


de piso plástic de de
de a de Ferro Concr
Calçad segura Fundid
eto
a nça o

 Para evitar acidentes em serviços de escavação junto à rede de gás, siga as


instruções abaixo:
a) Esteja seguro de que os trabalhos de escavação estão bem planejados e que dispõem
de equipamentos para escavação manual nas proximidades da tubulação de gás;
b) Quando estiver a cerca de 50 cm da posição da tubulação de gás, somente efetue
escavação manual;
c) Quando estiver trabalhando paralelamente à tubulação de gás, efetuar manualmente
furos de sondagem para confirmar a posição da tubulação de gás;
d) Durante a execução dos serviços, procure manter a sinalização da Rede de Gás Natural.
Se necessário, solicite material de reposição com a COMPAGAS, de modo a assegurar que
a presença da rede continue sinalizada, evitando possíveis acidentes com serviços futuros.
e) Ao planejar serviços de escavação, consulte a empresa de gás sobre a presença da rede
de gás no local, ligando para o número da companhia de gás.
f) No caso de atingir as tubulações da rede de gás, mesmo em caso de arranhões, não faça
o reaterro da vala sem que seja feita a análise da gravidade do incidente pelos técnicos da
empresa de gás.
g) Problemas, nesse momento, comprometem a segurança da população e dos
consumidores de gás no futuro. Antes de abrir qualquer tipo de vala próximo a rede de
gás natural, consulte a empresa de gás.
 O gás natural, bem como o GLP, não é pirofórico, isto é, não entra em combustão
em contato com o ar; ele precisa de uma fonte de ignição. Tenha consciência de que o
próprio calor das máquinas e a energia elétrica das baterias podem dar início a uma
combustão, pois é grande o risco de explosão. Por isso, no caso de uma máquina furar
uma tubulação de gás, a recomendação imediata é desligar imediatamente todos os
equipamentos, isolar a área e utilizar água na forma de neblina para dispersar a nuvem de
gás. Chame imediatamente os bombeiros, Defesa Civil e a empresa de gás.

18.6.10.1. O monitoramento deve ser efetivado enquanto o trabalho estiver sendo


realizado para, em caso de vazamento, ser acionado o sistema de alarme sonoro e visual.
(118.150-5 / I4)

18.6.11. As escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras devem ter


sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em todo o seu
perímetro. (118.151-3 / I3)

18.6.12. Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação


devem ter sinalização de advertência permanente. (118.152-1 / I3)

18.6.13. É proibido o acesso de pessoas não-autorizadas às áreas de escavação e cravação


de estacas. (118.153-0 / I2)

18.6.14. O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe treinada.
(118.154-8 / I3)

18.6.15. Os cabos de sustentação do pilão devem ter comprimento para que haja, em
qualquer posição de trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor. (118.155-6 /
I4)
18.6.16. Na execução de escavações e fundações sob ar comprimido, deve ser obedecido
o disposto no Anexo no 6 da NR 15 - Atividades e Operações insalubres.

18.6.17. Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve haver um


blaster, responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento das
minas, ordem de fogo, detonação e retirada das que não explodiram, destinação
adequada das sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários às
detonações. (118.156-4 / I4)

18.6.18. A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando expuser
a risco trabalhadores e terceiros. (118.157-2 / I4)

18.6.19. Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro. (118.158-0 / I4)

Referências - Subitens 18.6.11 a 18.6.19 - Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas

 Nas escavações com emprego de explosivos, serão obedecidas as


 regulamentações técnicas e legais concernentes à atividade. Deverá ser
apresentada a autorização do órgão competente para transporte, armazenamento e uso
de explosivos, antes do início das detonações.
 A área de fogo deverá ser protegida contra a projeção de partículas, quando
houver risco para trabalhadores e terceiros. Em função das condições locais, poderá ser
exigido o uso de redes de segurança. A detonação das cargas deverá, obrigatoriamente,
ser precedida e seguida de sinais de alerta. A carga das minas será feita somente por
ocasião da execução dos trabalhos de detonação, jamais na véspera ou mesmo com
simples precedência de horas.
 Sempre que for necessário preservar a estabilidade e resistência dos cortes
executados em rocha, estes deverão ser conformados utilizando-se pré-fissuramento
( detonação controlada do perímetro, realizada antes da escavação), fogo cuidadoso
cushion blasting (detonação controlada do perímetro, realizada durante a escavação) ou
perfuração em linha.
 No decorrer do desmonte a fogo, o escoramento deverá ser permanentemente
inspecionado e reparado após a ocorrência de qualquer dano. As detonações deverão ser
programadas para horários que não perturbem o repouso dos moradores das vizinhanças
e que não coincidam com aqueles de maior movimento. Sempre que for inconveniente ou
desaconselhável o emprego de explosivos, a critério da fiscalização, será utilizado o
desmonte a frio, empregando-se o processo manual, mecânico (rompedor) ou
pneumático (cunha metálica).
 O ar comprimido, muitas vezes é usado de forma inadequada, ou seja, a prática de
atos inseguros pôr parte de alguns funcionários, comum em áreas de muita poeira que
utilizam o ar comprimido para limpar a roupa. Atos desta natureza podem acarretar sérias
conseqüências a aqueles que por desconhecimento ou ignorar os preceitos de segurança
venham a cometer estas imprudências. Devido ao perigo que representa o ar comprimido
não deve ser aplicado sobre o “Corpo”, não deve ser usado para “Limpeza” de roupa de
trabalho, tirar pó ou sujeira “do cabelo ou do corpo”. Um jato de ar comprimido pode
resultar nos seguintes danos:
o Tirar um olho de sua órbita, romper um tímpano, ou causar hemorragia interna ao
penetrar nos poros;
o Quando muito perto da pele, pode penetrar por um corte ou uma escoriação e
insuflar o tecido humano (encher de ar). A lesão poderá ser fatal se o ar chegar a penetrar
em um vaso sangüíneo, porque pode produzir borbulhas de ar que interrompe a
circulação do sangue. Essa lesão denomina-se, “embolia gasosa”;
o Pode empurrar ou arremessar partículas de metal ou outros materiais, a
velocidades tão altas, que os convertem em mini projéteis perigosos para o corpo e
principalmente para o rosto e olhos;
o Impurezas tais como: partículas de óleos, graxas e outras partículas muito
pequenas que introduzidas sob a pele, pelos poros, podem causar inflamações nos
tecidos;

18.6.20. Na execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições constantes no


item 18.20 – Locais confinados.

18.6.21. Na execução de tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento


(encamisamento) fica a critério do engenheiro especializado em fundações ou solo,
considerados os requisitos de segurança.

Referências - Subitens 18.6.20 a 18.6.23.1 - Escavações, Fundações e Desmonte de


Rochas

 Para a execução de tubulões a céu aberto, aconselha-se a leitura do item 18.20 da


NR 18 e seus respectivos comentários apresentados mais adiante neste livro. Consultar a
NR 33 aprovada pela Portaria MTE 202 de 22/12/2006.

18.6.22. O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais utilizado na


execução de tubulões a céu aberto deve ser dotado de sistema de segurança com
travamento. (118.159-9 / I4)

18.6.23. A escavação de tubulões a céu aberto, alargamento ou abertura manual de base


e execução de taludes, deve ser precedida de sondagem ou de estudo geotécnico local.
(118.160-2 / I4)

18.6.23.1. Em caso específico de tubulões a céu aberto e abertura de base, o estudo


geotécnico será obrigatório para profundidade superior a 3 (três) metros. (118.161-0 / I4)

18.13. Medidas de proteção contra quedas de altura

18.13.1. É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de


trabalhadores ou de projeção de materiais. (118.235-8 / I4)

Referências - Item 18.13 / Subitem 18.13.1 - Medidas de Proteção Contra Quedas de


Altura

 As proteções contra quedas de altura são os maiores problemas nos canteiros de


obra. A falta de proteções contra quedas faz com que este tipo de acidente seja a primeira
causa de acidentes graves.

18.13.2. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente. ( 118.236-6 /


I4)
18.13.2.1. As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de
materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de
entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar.
(118.237-4 / I4)

18.13.3. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de,
no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material
resistente e seguramente fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas.
(118.238-2 / I4)

18.13.4. É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda


de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à
concretagem da primeira laje. (118.239-0 /I4)

Referências - Subitens 18.13.2 a 18.13.4 - Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura

 O trabalho em altura é um dos agentes da fatalidade. Desta forma, atividades não


rotineiras, mesmo existindo procedimentos, devem ser acompanhadas de uma permissão
para trabalho. Esta rotina permite que todos os controles de segurança sejam revisados e
que todas as pessoas estejam conscientes dos riscos da operação.
 Para garantir a eficácia da Permissão para Trabalho, esta deve ser revalidada
diariamente, pois as condições da operação podem mudar. É o que chamamos de riscos
dinâmicos. É muito comum nas empresas a emissão da PT por um tempo em que o
trabalho será realizado. Neste caso, a revalidação diária será fundamental para que as
recomendações sejam atendidas.
 A altura do fechamento dos vãos de acesso às caixas dos elevadores passou a ser
de, no mínimo, 1,20 m. Estes vãos serão seguramente fixados à estrutura.
 O sistema de guarda-corpo e rodapé a ser utilizado na proteção contra quedas de
altura passou a ser assim:
a) Altura de 1,20 m para o travessão superior e 0,70 m (setenta centímetros) para o
travessão intermediário;
b) Rodapé de 0,20 m (vinte centímetros);
c) Os vãos entre travessas deverão ser protegidos com tela ou outro dispositivo que
garanta seu fechamento com segurança.
 A plataforma principal de proteção, conhecida como bandejão, passou a ter 2,50
m de projeção horizontal e a ser colocada na altura da primeira laje, que esteja, pelo
menos, a um pé-direito acima do nível do terreno.
 Esta plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje e retirada
somente quando o revestimento externo do prédio, acima dela, estiver concluído.
 As plataformas secundárias, conhecidas como apara-lixo, em balanço, colocadas
de 3 (três) em 3 (três) lajes, devem, também, ser instaladas logo após a concretagem da
laje a que se referem e retiradas somente quando a vedação da periferia até a plataforma
imediatamente superior estiver concluída. Suas dimensões são as mesmas da antiga NR
18.
 Além das plataformas principal e secundária, o perímetro da obra deve ser
fechado com tela, podendo ser retiradas nas mesmas condições das plataformas
secundárias.
 Foi criada uma plataforma terciária, para edifícios com pavimentos no subsolo, a
ser instalada de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, sem necessidade de complementação com
tela, contadas a partir da plataforma principal.
 Estas plataformas deverão ter, no mínimo, 2,20 m (dois metros e vinte
centímetros) de projeção horizontal e obedecer às mesmas prescrições estabelecidas para
as plataformas secundárias quanto à sua colocação e retirada.

Guarda-corpo metálico com Guarda-corpo metálico com Guarda-corpo de ma


sargento escoras montantes met

Guarda-corpo de alvenaria
Guarda-corpo de madeira Galeria
estrutural

Caixa de elevador Proteção sha


Caixa de elevador (madeira)
(metálica) e ventilação de es

Referências - Subitens 18.13.12 a 18.13.12.26 - Medidas de Proteção Contra Quedas de


Altura - Redes de Segurança

 A Portaria MTE 157 também admite no item 18.13.12 o uso de redes de segurança
como medida alternativa ao uso de plataformas secundárias de proteção, previstas no
item 18.13.7 da NR 18. O sistema já provou ser eficiente também para evitar quedas
humanas, se respeitadas as normas técnicas específicas.
 Para isso, a nova regra exige que tenha, além de projeto assinado por profissional
legalmente habilitado: rede de segurança; cordas de sustentação ou de amarração e
perimétrica da rede; conjunto de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede,
composto de elemento forca, grampos de fixação do elemento forca e ganchos de
ancoragem da rede na parte inferior. O sistema é autorizado para após as fases de
estrutura e vedação periférica.
 A Portaria MTE 157/2006 altera ainda vários itens do glossário da NR 18 que estão
inseridos no final da descrição das alterações acima. Íntegra da portaria: DOU de 10 de
abril.
 A Fundacentro publicou a Recomendação Técnica de Procedimento para Medidas
de Proteção Contra Quedas de Altura. Veja o texto da publicação na íntegra (PDF,
325KB).

Exemplos de aplicação de redes de segurança

FUNDAÇÕES

Documentos de Referência

 Projeto de Fundações;
 Projeto de locação de Cargas;
 Relatório de Sondagem;
 Projeto de Arquitetura;
 PCMAT da Obra;
 Levantamento Planialtimétrico;
 Ensaios Tecnológicos.

Procedimentos:
Condições e Recomendações Gerais

 Laudo de Vistoria da vizinhança e entorno da obra deve estar disponível;


 Os seguros de risco de engenharia deve estar contratado e com cópia no canteiro;
 Resultado das investigações geotécnicas que foram realizadas em campo ou
laboratório, tais como :
o Sondagens simples e a percussão
o Ensaios de permeabilidade
o Realização de provas de carga no terreno;
o Caracterização do solo;
 Laudo de reconhecimento geológico do solo por profissional especializado
 Projetos de fundação revisado e liberado;
 Os locais devem oferecer locomoção de equipamentos pesados;
 Planejamento de execução de escavação, armação de ferragens e plano de
concretagem devem estar concluído;
 Prever a retirada do equipamento sem destruição das estacas;
 Os elementos estruturais devem estar locados e conferidos por um segundo
engenheiro.
 Os equipamentos devem estar na obra em condições de uso, bem como as inst
água e energia para suporte dos equipamentos;
 Os treinamentos específicos para a realização deste serviço, bem como EPI e EPC
conforme orientação do PCMAT
 Atentar para o custo de mobilização e hora parada do equipamento;
 Prever equipamento de carga de material (Pá Carregadeira) compatível com o
volume a ser retirado bem como o espaço de operação;
 Nos projetos de fundação deverá ter uma nota informando sobre os ensaios
pertinentes

Execução do Serviço

Para todo e qualquer tipo de fundação, o engenheiro residente deverá fazer uma analise
do relatório em conjunto com o consultor de fundações, durante suas visitas de
acompanhamento, mediante qualquer atualização do mesmo, assinar , datar e identificar
mediante carimbo.

ESCTACA ESCAVADA COM LAMA BENTONITICA


e

A execução desta estaca consiste na escavação do terreno com a utilização de lama


bentonitica para estabilizar as paredes da escavação por equipamentos próprios de
acordo como projeto.

Perfuração e preenchimento simultâneo com lama bentonítica

Inicialmente deverá ser feita uma verificação nas caçambas com relação ao fato destas
estarem bem balanceadas e perfeitamente alinhadas, pois caso contrário poderá
ocasionar desvios e futuros problemas de concretagem.

O equipamento deve estar posicionado de forma a garantir a centralização da estaca. Para


estaca de seção circular, deve ser locado e enterrado, com no mínimo um metro, um tubo
guia de diâmetro 50mm maior que o da estaca, que tem por finalidade proteger o topo
das escavações, garantir a perfeita locação da estaca e como nivelamento do topo, sendo
referencia para observação, conferencia das cotas de ponta, arrasamento e
posicionamento da armadura.

Na implantação do tubo guia a escavação deverá ser manual e o mesmo deverá estar bem
fixado ao solo superficial para garantir condições de sustentação a armadura , o conjunto
de funil e tremonhas cheios de concretos.

Eventualmente os tubos guias são calçados por pranchões para melhor condição de apoio.
Caso seja necessário o reaterro junto a escavação, este deverá ser executado com solo
adicionado 10% de cimento compactado. Atenção: quando não for feito o pré-furo as
estacas situadas dentro de um raio de 6 vezes o diâmetro da estaca a ser escavada,
devem ser concretadas há pelo menos 24 horas.

Uma vez iniciada a escavação é desejável que seja contínua até sua conclusão, mantendo-
se severo controle da verticalidade e da velocidade de descida e subida da caçamba, de
maneira a evitar ao máximo o impacto do mesmo com a lama bentonitica na descida,
assim como a sucção provocada pela velocidade de subida que pode resultar em
desmoronamentos. Conforme se retira o solo adiciona-se mais lama para manter a
estabilidade das paredes da escavação . o nível da lama deverá sempre ser superior ao
nível de água do terreno, variando de 2,0m a duas vezes o diâmetro da estaca.
A lama bentonitica possui características importantes que interferem diretamente na
estabilidade devido ao fato de se manter em suspensão por um longo período,
capacidade de formar nos vazios do solo e superfície lateral da escavação uma película
impermeável(CAKE) e propriedades tixotrópicas quando em repouso e quando em
movimento. A empresa deverá fazer ensaios na lama bentonitica ao prepara-la e no
término da escavação de cada estaca, verificando sua densidade , viscosidade, pH, CAKE e
teor de areia. As tolerâncias veremos a seguir

Limpeza e preparo da lama para concretagem

Concluida a escavação é necessário realizar a limpeza do fundo da escavação da estaca,


removendo a lama com característica viscosas para desarenação ou sua substituição por
outra por circulação, mantendo o furo sempre preenchido. Depois de desarenada a lama ,
é realizado ensaios de verificação de sua qualidade.

As amostras devem ser retiradas do fundo das estacas para realização dos seguintes
testes;

 Densidade – pelo método da balança de lama verifica-se a densidade da lama que


deve variar de 1,025 a 1,10 g/cm3;
 Viscosidade – Pelo método do funil de Mash a lama deve ter de 30 a 90 segundos;
 pH – utilizando papel de pH, a lama deverá apresentar resultados na faixa de 7 a
11 na escala do papel
 CAKE – No ensaio de filtragem, deverá formar um CAKE com espessura de 1mm a
2mm. Esta espessura deverá determinada uma vez a cada partida de lama;
 O teor de areia – pelo método da bureta Graduada, verifica-se o teor de areia da
lama que não deve passar de 3%

Colocação de armadura

Concluída a escavação e a limpeza do fundo da estaca instala-se a armadura e o tubo de


tremonha. A armadura deverá estar montada de acordo com o projeto específico a ser
colocada no local de maneira cuidadosa, centralizada e direcionada através de roletes
espaçados e distribuídos, evitando movimentos bruscos que podem ocasionar
desmoronamentos e ou impregnação da armadura com solo e garantir um recobrimento
mínimo de concreto das armaduras.

A armação não poderá ficar submersa na lama por mais de duas horas e deverá possuir
alças para seu içamento que não comprometa sua integridade. Se necessário as
armaduras podem ser travadas com solda.

Concretagem

O concreto empregado deverá ser extremamente plástico para que possa fluir com
facilidade pelo tubo tremonha e poder preencher a escavação, portanto deve ser usado
brita com diâmetro máximo de 10% do diâmetro interno do tubo tremonha, Slump de 20
+/- 2cm e consumo de 400kg/m3 de cimento.
Deve-se ter especial atenção a concretagem, pois esta deve ser contínua , uma vez
iniciada não é possível haver interrupções, pois o tubo de tremonha não pode ser retirado
de dentro da massa de concreto. Outro cuidado é que o tubo de tremonha durante a
concretagem deve permanecer a 1,5m dentro do concreto, este procedimento é
necessário para não venha a ocorrer juntas de descontinuidade no corpo da estaca.

A concretagem deverá ser executada seguindo as indicações de projeto atentando para


que a cota de parada seja acima de 50cm da cota de arrasamento da estaca ou conforme
orientações do consultor.

Deverá ser verificado e analisado junto com o consultor os resultados e a execução dos
ensaios tipo “PIT” para a liberação das estacas.

É obrigatório a realização do diário de obras com anotações dos relatórios de perfuração


e concretagem das estacas pela empresa contratada , devendo conter informações sobre:

 Diâmetro e comprimento real das estacas abaixo do arrasamento;


 Desvios de locação;
 Características do equipamento de escavação;
 Especificação e controle de qualidade dos materiais utilizados ( concreto);
 Consumo de materiais por estaca e comparação trecho a trecho do consumo real
em relação ao teórico;
 Controle e posicionamento da armadura durante a concretagem;
 Anormalidades de execução;
 Anotação rigorosa dos horários de início e fim da escavação;
 Anotação rigorosa dos horários de inicio e fim da concretagem;
 Gráfico da subida do concreto;
 Ados do controle das características da lama bentonitica .

Estas informações devem ficar a disposição do consultor de fundações para analise, que
deve registrar e aprovar os procedimentos.

ESTACA ESCAVADA COM HÉLICE CONTÍNUA

A estaca HÉLICE CONTÍNUA é uma estaca de concreto moldado “in loco” , executada por
meio de trado contínuo e injeção de concreto, sob pressão controlada, através de haste
central do trado simultaneamente a sua retirada do terreno.
Perfuração

Consiste na introdução até a profundidade estabelecida em projeto, por rotação da hélice


contínua, sem a retirada do solo escavado.

ATENÇÃO: As estacas situadas em um raio de 6 vezes o diâmetro da estaca a ser


escavada, devem ter sido concretadas a mais de 24 horas.

A marcação dos eixos, locação e prumo das estacas em hélice contínua pode ser feita
através de caixas de madeira na qual o seu interior deve ser escavada a estaca, Outra
forma pode ser a marcação com anel centralizado, ( piquete) pode ser também
suficiente .

A perfuração é uma operação contínua sem a retirada da hélice do terreno, deve ser feito
um controle rigoroso da profundidade, velocidade e pressão do sistema hidráulico de
torque, através do equipamento de monitoramento da perfuratriz.

Concretagem

Uma vez atingida a profundidade definida em projeto, inicia-se a injeção de concreto pela
haste central do trado, com a retirada simultânea do trado, com o material escavado e
sem rotação.

O concreto utilizado deve apresentar resistência característica fck maior que 20 Mpa, ser
bombeável e composto de cimento, areia , pedrisco e brita 1, com consumo mínimo de
350 kg/m3, sedo facultativa a adição de aditivos.

Armadura

A armadura deverá ser montada de acordo com o projeto específico. Após o término da
concretagem, a armadura (Gaiola) é introduzida na estaca de maneira cuidadosa e
centralizada por gravidade ou com auxilio de pião de pequena carga ou vibrador. A
colocação é direcionada através de roletes espaçadores, evitando movimentos bruscos e
garantir o recobrimento da armadura com o mínimo projetado.

Quando por algum motivo executivo surge uma duvida quanto a integridade do concreto
da estaca deverá ser verificado junto ao consultor, a necessidade de investigações
sondagens rotativas ou execução de ensaios tipo “ PIT” para liberação da estaca

O método de Perfilagem Térmica, ou TIP, do inglês Thermal Integrity Profiling, permite


avaliar o formato destas estacas, e a existência de anomalias nas mesmas, com base em
medidas de temperatura tomadas durante o processo de cura do concreto.

Ensaio de Integridade de Baixa Deformação (PIT) Os ensaios de integridade de baixa


deformação (PIT) são capazes de avaliar a seção transversal em sua totalidade, mas o
comprimento do fuste, diâmetro da estaca ensaiada e características do subsolo podem
prejudicar sua interpretação. Como o ensaio é baseado em estímulos de baixa
deformação, o sinal perde intensidade ao longo do fuste possuindo limites de
comprimento, dependendo do tipo do solo, acima dos quais o seu resultado nem sempre é
satisfatório. Além disso, no caso de defeitos múltiplos, o ensaio PIT frequentemente
detecta somente a primeira descontinuidade da estaca, ou seja, aquela situada mais
próxima da superfície. Apesar de suas limitações e a necessidade de uma análise bastante
criteriosa, o ensaio de integridade de baixa deformação PIT ainda é um dos que apresenta
as melhores condições de custos/benefícios para esse tipo de avaliação.

É obrigatório o fornecimento de diário de obra com os relatórios de perfuração e


concretagem das estacas pela empresa contratada, devendo conter as seguintes
informações;

 Diâmetro e comprimento real abaixo da cota de arrasamento;


 Velocidade de rotação da mesa rotativa;
 Velocidade de avanço e subida;
 Torque;
 Inclinação da torre;
 Pressão de concreto;
 Desvios de locação ;
 Características do equipamento de escavação;
 Especificação e controle de qualidade dos materiais utilizados( concreto);
 Consumo de material por estaca e consumo real em relação ao estimado;
 Controles de posicionamento da armadura antes e durante concretagem;
 Anormalidades ocorridas no processo;
 Anotação do início e término da escavação ; concretagem e posicionamento da
armadura;
 Gráfico da subida do concreto.

Estas informações devem ser analisadas pelo consultor de fundações, que registra no
relatório as recomendações a aprovação dos serviços executados.

ESTACAS PRÉ MOLDADAS DE CONCRETO

As estacas pré-moldadas de concreto caracterizam-se por serem cravadas no terreno por


percussão, prensagem ou vibração, também denominadas de estacas de deslocamento
As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado protendido, vibrado ou
centrifugado e concretadas em formas verticais ou horizontais. Devem ser executadas
com concreto adequado, além de serem submetidas `cura necessária para que possuam
resistência compatível com os esforços decorrentes do transporte, manuseio, instalações
e a eventuais solos agressivos.

Cravação

O consultor de fundações deverá acompanhar a cravação da primeira estaca e verificar a


qualidade dos serviços do empreiteiro.

Caso haja uma camada intermediária de solo que impeça a estaca de atingir a
profundidade desejada . Verificar com o consultor a possibilidade de abrir pré-furos, ou
qualquer outro procedimento para atingir a cota de projeto

No caso de pré-furos atentar para a haste rígida da perfuratriz estar firme e aprumada. É
preciso manter os pré-furos contra aterramento, chuvas e deslocamentos de bate estaca
que podem danifica-los.

Posicionar o bate estaca no gabarito de madeira e aprumar a torre. Içar a estaca por meio
de cabo auxiliar e trazê-la para junto da torre, colocando-a na posição vertical, e em
seguida posicionar o pé da estaca locando-a no gabarito.

Coloca-se o coxim de madeira na cabeça da estaca. Verifica-se o prumo e inicia-se a


cravação

O Bate- Estacas deve estar corretamente dimensionado para a seção da estaca a ser
cravada e a profundidade a ser atingida e equipado com o martelo apropriado para esta
fim

Proteger cabeça da estaca com um cabeçote de aço durante a cravação

É necessário definir a altura de queda do martelo em função de seu peso. Podendo variar
de acordo com a resistência do solo encontrado. Com a altura de queda definida, pode-se
iniciar a cravação contando o numero de golpes para a penetração de 1,00m de forma
que ao final da cravação se obtenha o “Diagrama de Cravação” e a “Energia de
Cravação”. Para que se possa comparar com o “Diagrama de Sondagem”( os números
serão bastantes distintos , mas as tendências devem ser idênticas)

Cravar as estacas atentando para seu prumo até encontrar a “nega” definida em projeto.

NEGA é o deslocamento permanente da estaca para 10 golpes do martelo com mesma


altura de queda

Corrigir o prumo até 3,00m a 4,00m de estaca cravada depois desta profundidade não
haverá como corrigir. A Norma aprova até 1% de desaprumo e a tolerância para os
desvios de posicionamento é de 10% da excentricidade.

Corte da Estaca
O topo da estaca deverá ser demolida até a cota de arrasamento do bloco de coroação
das estacas, com ferramentas leves e com inclinação lateral para não danificar a estaca e
deixando a armadura livre e exposta para servir de ancoragem

Blocos de coroamento

Ligar as extremidades superiores das estacas com vigas e blocos de coroamento, em


conformidade com o projeto. Em estacas vazadas tamponar o furo central.

É obrigatório o fornecimento do diário de obra com os relatórios de cravação das estacas


pela empesa contratada, devendo conter as seguintes informações;

 Diâmetro da estaca ;
 Cumprimento real da estaca ;
 Desaprumo e desvio de locação ( excentricidade) ocorrida;
 Características do equipamento de cravação;
 Negas ou repiques no final da cravação;
 Controle de qualidade ( resultado de ensaios de varias idades do concreto utilizado
na fabricação das estacas e a curva de interação flexocompressão e flexotração do
elemento estrutural além da data de moldagem de cada estaca
 Deslocamentos e levantamento de estacas por efeito de cravação de estacas
vizinhas;
 Demais anomalias apresentadas.

PAREDE DIAFRAGMA E ESTACA BARRETE

Parede diafragma consiste na execução de painéis d concreto armado ou não , através de


escavação de terreno com utilização de lama bentonitica para estabilização das paredes
das escavações por equipamento apropriado e de acordo com o projeto de fundações.
A parede diafragma estaca barrete é feita por “Clan-shell” acionado hidraulicamente ou
por cabos de aço. O “Clan-shell” fica pendurado em um guindaste pesado que promove
manobras tanto de giro como de subida e descida, além de acionar os cabos e sistemas
hidráulicos.

A execução da parede diafragma segue a seguinte sequencia:

Execução da mureta guia


A mureta guia servirá para definir o perímetro da obra e de guia para ferramenta de
escavação, auxiliando na centralização da estaca bem como na manutenção da
verticalidade (prumo). A mureta guia deverá ser de concreto ou aço com dimensões
50mm maiores que a parede projetada e enterrada no mínimo por 1,00m de
profundidade.

Escavação e preenchimento simultâneo da estaca com lama bentonitica

Uma vez iniciada a escavação é desejável que seja contínua até a sua conclusão,
mantendo severo controle de PRUMO e velocidade do equipamento afim de evitar
desmoronamentos da parede da escavação.

Conforme for removendo o solo é imediatamente preenchido o mesmo volume de lama


na escavação, observando sempre que o nível de lama bentonitica deverá permanecer no
mínimo a 2,00metros acima do nível do lençol freático do local .

Deverá ser observado a formação de CAKE e as propriedades tixotrópicas da lama quando


em repouso ou em movimento. É necessário a contratação de empresa de controle
tecnológico para entre outros testes verificar a densidade, pH , Cake e teor de areia
misturada a lama. ( os valores de tolerância já foram citados anteriormente)

Troca ou tratamento da lama

Concluída a escavação é necessário realizar a limpeza do fundo da escavação da estaca,


removendo a lama com característica viscosas para desarenação ou sua substituição por
outra por circulação, mantendo o furo sempre preenchido. Depois de desarenada a lama ,
é realizado ensaios de verificação de sua qualidade.

As amostras devem ser retiradas do fundo das estacas para realização dos seguintes
testes;

 Densidade – pelo método da balança de lama verifica-se a densidade da lama que


deve variar de 1,025 a 1,10 g/cm3;
 Viscosidade – Pelo método do funil de Mash a lama deve ter de 30 a 90 segundos
para passar pelo funil;
 pH – utilizando papel de pH, a lama deverá apresentar resultados na faixa de 7 a
11 na escala do papel
 CAKE – No ensaio de filtragem, deverá formar um CAKE com espessura de 1mm a
2mm. Esta espessura deverá determinada uma vez a cada partida de lama;
 O teor de areia – pelo método da Bureta Graduada, verifica-se o teor de areia da
lama que não deve passar de 3%

Colocação de Chapa junta e da armadura

A chapa junta é uma junta seca tipo macho/fêmea que é colocada nas extremidades dos
painéis antes da concretagem.

Concluída a escavação e a limpeza do fundo da estaca e a colocação da chapa junta,


instala-se a armadura e o tubo de tremonha. A armadura deverá estar montada de
acordo com o projeto específico a ser colocada no local de maneira cuidadosa,
centralizada e direcionada através de roletes espaçados e distribuídos, evitando
movimentos bruscos que podem ocasionar desmoronamentos e ou impregnação da
armadura com solo e garantir um recobrimento mínimo de concreto das armaduras.
A armação não poderá ficar submersa na lama por mais de duas horas e deverá possuir
alças para seu içamento que não comprometa sua integridade. Se necessário as
armaduras podem ser travadas com solda.

Concretagem

A concretagem da parede diafragma é do tipo submersa, inicialmente é descido um tubo


de aço denominado tremonha até 30cm do fundo da escavação, na sua parte superior é
colocado um funil através do qual é lançado o concreto. O concreto sendo mais pesado
que a lama vai expulsando-a da escavação, sendo a mesma recolhida e bombeada para o
silo de lama, podendo ser reaproveitada após reciclagem.

O concreto empregado deverá ser extremamente plástico para que possa fluir com
facilidade pelo tubo tremonha e poder preencher a escavação, portanto deve ser usado
brita com diâmetro máximo de 10% do diâmetro interno do tubo tremonha, Slump de 20
+/- 2cm e consumo de 400kg/m3 de cimento. A concretagem deverá ser executada
seguindo as indicações de projeto atentando para que a cota de parada seja acima de
50cm da cota de arrasamento da estaca ou conforme orientações do consultor.

Deve-se ter especial atenção a concretagem, pois esta deve ser contínua , uma vez
iniciada não é possível haver interrupções, pois o tubo de tremonha não pode ser retirado
de dentro da massa de concreto. Outro cuidado é que o tubo de tremonha durante a
concretagem deve permanecer a 1,5m dentro do concreto, este procedimento é
necessário para não venha a ocorrer juntas de descontinuidade no corpo da estaca.

Retirada da chapa junta

Após a concretagem, no início do processo de pega deve ser retirada a chapa junta.

A execução da parede diafragma inicia-se com a execução de um painel “primário ou


inicial” que são colocadas duas juntas (CHAPA JUNTA) uma em cada extremidade do
painel, antes da concretagem. Em seguida são executados os painéis secundários, ao lado
das paredes já existentes. Finalmente executa-se o painel de fechamento sem chapa
juntas, necessariamente entre dois painéis já existentes.

É obrigatório a realização do diário de obras com anotações dos relatórios de perfuração


e concretagem das estacas pela empresa contratada , devendo conter informações sobre:

 Diâmetro e comprimento real das estacas abaixo do arrasamento;


 Desvios de locação;
 Características do equipamento de escavação;
 Especificação e controle de qualidade dos materiais utilizados ( concreto);
 Consumo de materiais por estaca e comparação trecho a trecho do consumo real
em relação ao teórico;
 Controle e posicionamento da armadura durante a concretagem;
 Anormalidades de execução;
 Anotação rigorosa dos horários de início e fim da escavação;
 Anotação rigorosa dos horários de inicio e fim da concretagem;
 Gráfico da subida do concreto;
 dados do controle das características da lama bentonitica .

Estas informações devem ficar a disposição do consultor de fundações para analise, que
deve registrar e aprovar os procedimentos.

PERFIL METALICO

Geralmente são usados junto a divisa das construções para contenção da área vizinha e
com menos frequência , em pilares centrais devido o seu custo. Seguem os mesmos itens
das estacas pre moldadas em concreto, diferenciado quanto à especificação de seu perfil ,
tipo trilho ou perfil I ( simples ou duplo ), podendo ocorrer corte transversal e emendas
longitidinais, podendo sua colocação ser feita com caixas ou estacas de madeira.
No caso de trilhos metálicos, que geralmente são elementos previamente utilizados e
com desgaste, deve ser conferido seu peso real que nunca deverá ser inferior a 80% do
seu peso nominal, podendo essa pesagem ser feita com elemento de aproximadamente
20 a 30cm de trilho, em balança aferida.

Deve ter um criteriosa fiscalização do prumo e arrasamento desses perfis que


geralmente serão engastado diretamente em vigas , cortinas e lajes.

Cravação

É recomendável que o consultor de fundações acompanhe a cravação dos primeiros perfis


e verifique o serviço do empreiteiro contratado.

A cravação dos perfis podem causar vibrações elevadas se forem de porte (área de
atrito) avantajado e se o subsolo possuir camadas de solo de grande resistência.

Caso haja uma camada intermediária de solo que impeça a estaca de atingir a
profundidade desejada . Verificar com o consultor a possibilidade de abrir pré-furos, ou
qualquer outro procedimento para atingir a cota de projeto.

No caso de pré-furos atentar para a haste rígida da perfuratriz estar firme e aprumada. É
preciso manter os pré-furos contra aterramento, chuvas e deslocamentos de bate estaca
que podem danifica-los.

Posicionar o bate estaca no gabarito de madeira e aprumar a torre. Içar a estaca por meio
de cabo auxiliar e trazê-la para junto da torre, colocando-a na posição vertical, e em
seguida posicionar o pé da estaca locando-a no gabarito.

Coloca-se o coxim de madeira na cabeça da estaca. Verifica-se o prumo e inicia-se a


cravação

O Bate- estacas deve estar corretamente dimensionado para a seção da estaca a ser
cravada e a profundidade a ser atingida e equipado com o martelo apropriado para esta
fim

Coloca-se om coxim de madeira em cima do topo do perfil descendo o capacete até que
se encaixe na cabeça da mesma.

Verificar o prumo e iniciar a cravação

Cravar os perfis metálicos utilizando bate – estacas dimensionados para as seções dos
perfis e a profundidade a ser atendida , equipados com martelo apropriado para esse
fim.

Caso seja feita alguma emenda no perfil a ser cravado , verificar a adequação do eletrodo
a ser utilizado com o tipo de aço (composição química) do perfil. O uso de talas
parafusadas ou soldadas é obrigatório nas emendas , devendo ser dimensionadas pelo
engenheiro da estrutura ou fundação.

Corte

O topo da estaca ( perfil metálico ) danificado durante a cravação ou acima da cota de


projeto, pode ser cortado.
SAPATAS

As sapatas são elementos de apoio de concreto armado, dimensionado de modo que as


tensões de tração neles produzidas sejam resistidas pelo emprego de armadura. Pode
possuir espessura constante ou variável, sendo sua base planta normalmente quadrada,
retangular ou trapezoidal

Escavação

 Iniciar a abertura de vala, com largura de aproximadamente 20cm maior do que a


largura da sapata e escavar até a cota de apoio da fundação;
 Solicitar a presença de consultor para verificar a taxa de compactação do terreno.
Se quando atingida a cota arrasamento da sapata e encontrarmos um poço; solo
proveniente de aterro etc. Deveremos prosseguir a escavação até encontrar um solo de
compactação natural;
 Garantir o correto nivelamento do fundo de sapata e conferir com o RN da obra;
 Regularizar e compactar o fundo da vala até aproximadamente 5cm abaixo da cota
de apoio, utilizando soquete ou compactador mecânico tipo “sapo”;
 Regularizar a superfície, atentando para que não fique nenhum material solto;
 Lançar no fundo da vala um lastro de concreto magro com no mínimo 5cm de
espessura.

Fôrmas

 Preparar as fôrmas das bordas da sapata, apoiando-as em estacas cravadas no


fundo e nas laterais da vala , atentando para o nivelamento e alinhamento das mesmas ;
 Verificar o alinhamento e esquadro das fôrmas para que se mantenha a largura e
o comprimento das sapatas constantes;
 Uma vez montadas as laterais, determinar a altura do início do pilar, atentando
para o correto ângulo de inclinação das laterais da sapata

Armação e concretagem

 Posicionar a armadura da sapata e dos arranques dos pilares conforme projeto;


 Atenção para a colocação dos espaçadores para evitar o contato da armadura com
a fôrma e manter o cobrimento de concreto sobre a armadura em conformidade com o
projeto;
 Lançar o concreto vibrando em diversos pontos evitando o contato da agulha do
vibrador com as fôrmas e não vibrando o concreto pela armadura;
 Para o concreto acima da base , verificar com antecedência a inclinação das faces
laterais e o SLUMP do concreto, se é possível a concretagem sem fôrma;
 Não permitir juntas frias que ocorrem com a interrupção da concretagem, caso
necessário contactar o consultor de fundações;
 Se a altura do lançamento for superior a 3,00metros, utilizar tubo de descarga ;
 Moldar as faces laterais inclinadas, sarrafeando-as utilizando as guias de
inclinação lateral e dar acabamento final desempenado grosso;

Desforma e reaterro da vala

 Após a desforma , caso não seja possível executar o aterro imediatamente


executar os corretos procedimentos de cura
 Reaterrar o local compactando o terreno de modo a prepara-lo para a execução
da estrutura;

BLOCOS E VIGAS BALDRAMES

Conferir a excentricidade das estacas para locação do bloco e se os momentos gerados


pelas diferenças de locação estão dentro dos limites dimensionados. Caso os limites
tenham sido superados se faz necessário a execução de vigas de equilíbrio, que devem ser
dimensionadas pelo projetista estrutural

As cota de arrasamento das estacas estão previstas em projeto e o consultor deve


orientar para evitar que o bloco fique abaixo da profundidade projetada, cabe lembrar
que só estacas com diâmetros superiores a 60 cm podem ser arrasadas por rompedor a ar
comprimido as de menor diâmetro devem ser arrasadas manualmente;

Caso os blocos sejam executados sem fôrmas , chapiscar as paredes laterais para se
manter a integridade de suas dimensões e garantir o espaçamento das ferragens

Torna-se primordial a conferencia das medidas dos eixos, verificação da limpeza do


lastro, armação e forma para que a aderência entre os mateiais seja perfeita.

Os blocos não deverão ser concretados sem a conferencia de sua excentricidade e caso
seja verificado alguma anomalia deixar previamente ferragem de ancoragem para as vigas
de equilíbrio

A conferencia do eixo dos arranques dos pilares e seus gastalhos deverão ser feitos antes
da concretagem partindo do gabarito

Recomenda-se dar prioridade aos blocos referentes às colunas da projeção do prédio.


Através dos resultados dos relatórios de ensaios de concreto acompanhar se os mesmos
se encontram dentro do especificado em projeto, se haverá necessidade de analise do
calculista, extração de concreto ou possível reforço.

Vigas Alavancas /Equilíbrio

Quando o consultor das fundações alertado pelo engenheiro de obras , constatar a


necessidade de vigas de equilíbrio ele estudará a solução de menor custo, ou seja blocos
mais próximos ou de vigas baldrames já existentes. Enviar a solução para o calculista
estrutural que dimensionará as mesmas.

A concretagem dos blocos e vigas baldrames não deverão ser executados sob chuvas
torrenciais.

TIRANTES

Os tirantes permitem exceder esforços de tração de 150 a 1500 KN ( 15 a 150 tf ). Os


principais campos de aplicação são :

Sustentação de paredes para escavações profundas

Contenções de taludes;

Ancoragem de lajes para combater pressão de água, entre outras.

O macaco hidráulico deve ser aferido por empresa especializada e credenciada no RBC. A
empresa contratada deve apresentar documento comprovando essa aferição

Materiais

Para a constituição do elemento resistente a tração dos tirantes ,podem ser utilizados
fios, cordoalhas e barras de aço.
A calda de cimento utilizada na injeção dos tirantes deve ser tal que, com um fator de
agua/cimento de 0,5, obtendo-se resistência mínima a compressão de 25Mpa aos 28 dia

Montagem do Tirante

A montagem do tirante deve ser feita em bancada especial , coberta e protegida de


intempéries

O comprimento do tirante deve incluir o comprimento necessário para a operação de


proteção, conforme especificado em projeto

Os tirantes dever ter dispositivos que garantam o cobrimento mínimo especificado e


também toda proteção anti-corrosiva prevista em projeto

Perfuração

O furo dever ser retilíneo, com diâmetro e comprimento previsto em projeto. As


tolerância para locação devem atender aos valores indicados no projeto.

O sistema de perfuração deve garantir que o furo permaneça aberto até o momento da
injeção da calda de cimento, não deteriore a resistência do terreno e não prejudique o
comportamento das estruturas vizinhas.

A distância do início do bulbo não pode ser menor que 3,00m da superfície do terreno.

O executor deverá registrar os principais dados da perfuração executada:

 Tipo de equipamento de perfuração


 Identificação, diâmetro e inclinação do furo
 Diâmetro e comprimento do revestimento e tipo de fluido de estabilização
( quando usado);
 Espessura e tipo de solos atravessados;
 Data de início e término do furo

Instalação do Tirante

O tirante pode ser instalado antes ou após o preenchimento do furo com a calda de
cimento ou aglutinante. Neste último caso, a introdução pode ser executada
imediatamente após a colocação da calda .

O furo deve ser preenchido com calda de cimento ou aglutinante do fundo para a boca

É recomendável a instalação de tirantes em furos protegidos com revestimento ao longo


de todo comprimento. Neste caso, o revestimento somente é retirado após o
preenchimento do furo com a calda de cimento e a introdução do tirante.

Injeção

A injeção do tirante pode ser feita por calda de cimento ou outro aglutinante , em fase
única ou em fase múltiplas

Protenção e Ensaios

Os ensaios devem ser executados após um tempo mínimo de cura , sendo sete dias para
cimento Portland comum e três dias para cimento ARI
As cargas devem ser aplicadas através de conjunto manômetro- macaco- bomba
hidráulico de acordo com as especificações de projeto

Serviços Finais

Após a aprovação do tirante o tirante deve receber uma calda de cimento na área livre e
na região da cabeça.

No caso de uso de tirante definitivo, a parte do tirante que foi utilizada para ensaio deve
ser cortada com serra jamais com maçarico). Posteriormente deve ser feito o
revestimento por concreto ou argamassa

ESTACA FRANKI

Crava-se no solo um tubo de aço , cuja ponta é obturada por uma bucha de brita. A
cravação é feita através da bucha de brita

Verificar o prumo durante toda cravação do tubo

Atingida a profundidade estimada a nega adequada, o tubo é preso , através de cabos no


equipamento e a bucha é expulsa a golpes do pilão e fortemente socada contra o terreno
de maneira a formar uma base alargada

Uma vez executada a base , inicia-se a concretagem do fuste, em camadas fortemente


socadas, extraindo-se o tubo na medida da concretagem

No ato da concretagem deve ser feito um rigoroso controle do volume de concreto


dentro do tubo para não ocorrer o seccionamento da estaca quando do levantamento do
tubo.

Prever no canteiro lugar de estoque de materiais e local das soldas das armações e
facilidade de acesso aos demais materiais
A marcação dos eixos das Estacas Franki pode ser feita através de caixas de madeira no
qual no seu interior será cravada a estaca ou somente a marcação do anel centralizado ou
( piquete) ´e suficiente.

No apiloamento do concreto deve se tomar cuidado pata não ocorrer a torção da


armação ( i pilão corre por dentro da armação)

Os relatórios diários de cravação tornam-se essenciais para o acompanhamento junto ao


consultor.

TUBULÃO
Toda escavação somente poderá iniciar com a liberação e autorização do Engenheiro de
Fundação ou solo.

Combinar com o consultor de fundação a sequencia dos tubulões de vem ser escavados.

Dar preferência de início de serviços os tubulões referentes aos blocos de poço de


elevador, por serem os mais fundos e demorados e com maior probabilidade de
desmoronamento em caso de chuvas. Exceto quando a feitura destes tubulões atrapalhe
a movimentação de equipamento no canteiro e do caminhão betoneira .

Executar os tubulões de forma alternada , pois estando muito próximos pode haver
desmoronamentos e alterar a configuração geométrica dos mesmos. Somente após a
concretagem dos anteriores é que damos por iniciada a escavação dos intercalados.

O equipamento de içamento e descida de trabalhadores e materiais utilizados a céu


aberto devem ser dotados de sistema de travamento de segurança, sendo que devem ser
seguidos os seguintes requisitos:

 Sistema de ventilação por duto de ar . O ar deve ser captado em local isento de


fonte de poluição , caso não seja possível adotar filtro,. Deve ser garantido de 10 a 20
renovações de ar por hora;
 O sistema de sarrilho fabricado em material resistente e com roda pé de 20cm em
sua base fixo no terreno, dimensionamento conforme a carga e apoiado com no mínimo
de 50cm em relação a borda do tubulão
 Cobertura translucida tipo tenda, com película ultravioletasobre mintante fixada
ao soloquando necessário
 Isolar, sinalizar e fechar os poços no término ou no intervalo da jornada de
trabalho
 Paralização imediata das atividades de escavação no início das chuvas
 Utilização de iluminação a prova de explosão

Se atingida a cota de escavação determinada pelo projeto e for encontrado qualquer tipo
de poço e solo proveniente de aterro , continuar a escavação até encontrar solo natural.

Os tubulões devem ser conferidos um a um, em suas medidas de projeto, qualidade do


solo , limpeza pelo consultor das fundações que o próprio deverá liberar para a
concretagem.

A escavação a céu aberto de tubulões, alargamentos e execução de taludes deve ser


precedida de estudo, sondagem e analise geotécnica do local, sendo:

 O diâmetro mínimo de tubulão a céu aberto de 80cm;


 O diâmetro de 70cm somente com justificativa técnica do Engenheiro de
fundações ou solo

A liberação dos tubulões para concretagem deverá ser registrado no livro de diário de
obras e de fundações pelo consultor de solos.

O lançamento de concreto deverá ser feito por funil para amenizar o desagregamento do
concreto, podendo ser vibrado na parte superficial para melhor acabamento

A conferencia de da cota torna-se necessária para evitar quebras posteriores e para o


correto arrasamento dentro do bloco.

Recomenda-se cobrir com areia as cabeças dos tubulões até que se inicie a feitura dos
blocos para que se evite a sujeira por lama , muito mais difícil sua remoção.

Fazer o controle tecnológico do concreto utilizado e mapear seu uso pela frota do
caminhão betoneira.

CORTINA PRÉ-MOLDADA
Este serviço compreende a cravação de perfis metálicos ao longo do perímetro da obra ,
com o espaçamento determinado em função das solicitações de carga.

A medida em que o terreno é escavado entre os perfis, painéis pré-moldados de


concreto, nos quais são introduzidas a armadura complementar conforme projeto e
concreto. Normalmente em função de esforços solicitantes, é necessário escoramento

Escavação manual

Os serviços poderão ser iniciados em conjunto com escavação mecânica ou


opcionalmente deixar taludes conforme instruções do consultor de fundações, e iniciar os
serviços quando as placas forem entregues na obra.

Para inicio dos serviços de cortina em placas pre-moldadas, escavar somente os vãos em
que será possível concluir o plaqueamento no mesmo dia, evitando que fique um vão
escavado a prumo sem contenção. No caso da impossibilidade da conclusão do vão no
mesmo dia executar a contenção com prancha de madeira.

Utilizar atrás da cortina GEOTEXTIL ( quando especificado pelo projeto ou por


determinação da gerencia de obra), conforme orientação técnica do fabricante, de forma
que o fluxo de água do lençol freático seja desviado para o dreno definitivo da obra.
Atentar para o desvio no pé da cortina, estudando com o projetista de hidráulica os
pontos de captação.

Colocação dos painéis pré-moldados

Após escavação manual do trecho, deve ser iniciada a colocação dos painéis pré-
moldados de concreto conforme projeto. Os painéis devem estar prumados, nivelados e
alinhados com os demais trechos.

Verificar os futuros pontos de engaste das lajes e vigas do subsolo, na cortina ( Planta de
Fôrmas), para evitar retrabalhos . Deve ser utilizado prancha de madeira onde houver
encaixes das vigas , lajes e tirantes para evitar contato com o solo escavado.
Em toda a área das cortinas ( ou prancheamentos ) deverá ser executado o
preenchimento com argamassa compactada no espaço que sobra entre as placas ( ou
pranchas) e o solo escavado. Para facilitar o apoio e nivelamento das placas , recomenda-
se soldar uma barra de aço no perfil metálico

Armadura e concretagem

Deve ser introduzida e posicionada a armadura de distribuição, reforços e arranques entre


os painéis, conforme projeto

Lançar o concreto em camadas com espessura compatível com o comprimento da agulha


do vibrador ( aproximadamente ¾ do comprimento da agulha), vibrando em diversos
pontos e evitando contato com os painéis e com a armadura.

Deve-se se manter atenção especial para a possibilidade de deslocamento da armadura


durante o processo de vibração do concreto.

Quando houver tirantes, na região dos mesmos deve-se utilizar placas simples (quando
não houver indicação de uso de longarina de aço) ao invés de placa dupla e deve-se usar
armadura conforme o projeto estrutural. Por opção do projetista a armadura da região
dos tirantes podem ser soldados ao perfil ou não.

ESTACA RAIZ

A estaca raiz é uma estaca moldada em loco executada através de perfuratriz rotativa ou
rotopercussiva, revestida totalmente ou em trecho no solo por tubo de aço de tal forma
que proporcione integridade ao fuste.

Com todas as condições para o início dos serviços já verificadas deve ser posicionada a
perfuratriz, verificar seu ângulo de inclinação se esta adequado ao projeto. Centralizar o
tubo de revestimento e iniciar a escavação do solo, garantindo que o revestimento
acompanhe a evolução da perfuração

Tabela de correspondência de diâmetro nominal da estaca em mm 150; 160; 200; 250;


310 e 400. Diâmetro mínimo externo do tubo de revestimento em mm 127; 141; 168;
220; 220; 273 e 324.

Montar e posicionar a armadura de acordo com a especificação do projetista garantindo o


cobrimento mínimo.

Iniciar o lançamento da argamassa por meio de bomba injetora de baixo para cima até a
expulsão de toda água de circulação contida no interior do revestimento. Interromper a
injeção somente quando a argamassa emergente sair limpa sem sinal de contaminação
de lama ou detritos.

Após o preenchimento com argamassa é rosqueado na extremidade superior do


revestimento um tampão ligado a um compressor que aplica golpes de ar enquanto o
revestimento é retirado. À medida que o revestimento é retirado o nível da argamassa
abaixa devendo ser completada antes do próximo golpe de ar
LANÇAMENTO DE CONCRETO

EQUIPAMENTOS

Girica ou carrinho de mão; Desempenadeira de madeira; Vibrador de imersão com


mangote e cabos de alimentação; Rodo –flot; Equipamento de desempeno rotativo , moto
acabadora tipo helicóptero ou bambolê; Proteção de periferia conforme PCMAT ;
Equipamento para Slump Test; trena nível a laser; Guincho ou bomba de concreto; Pá e
enxada; Régua de alumínio; Gabaritos metálicos para desníveis da laje; Moldes para corpo
de prova; Caixas de passagem para colunas de distribuição hidr ,esgoto eletr. Etc..

CONDIÇÕES E RECOMENDAÇÕES PARA INICIO DOS SERVIÇOS

 O concreto do pavimento inferior deve estar liberado e concretado há pelo menos


5 dias , a fim de assegurar o carregamento da nova concretagem não comprometa a
estrutura, atentando para o escoramento dos pavimentos inferiores
 As formas devem estar executadas conforme projeto executivo, limpas, com
desmoldante aplicado, conferidas e devidamente estanques, para evitar fuga de nata de
cimento durante a concretagem;
 As formas devem estar escoradas e travadas conforme projeto da empresa
contratada para o escoramento e travamento;
 As proteções de periferia devem estar instaladas no perímetro da área a ser
concretada;
 Garantir o numero suficiente de vibradores para o perfeito adensamento do
concreto;
 Gabaritos metalicos ou de madeira para rebaixo das lajes devem estar
posicionados, bem como as caixas de passagem das tubulações
 Os pés dos pilares devem estar bem tamponados com material vedante a fim de
evitar perda de nata do concreto;
 As armaduras devem estar posicionadas e conferidas com espaçadores instalados
e limpas;
 Ao gancho para fixação das bandejas devem estar posicionados;
 Os gabaritos e distribuição elétrica deve estar pronta e conferida e fixados a
armadura positiva;
 Equipamentos, água e energia devem estar dispostos na obra pronto para sua
utilização e em quantidade adequada ao serviço a ser executado;
 Os treinamentos específicos para a realização de um serviço de concretagem deve
ter sido realizados, bem como os equipamentos de proteção individual e coletivo devem
estar dispostos conforme orientação do PCMAT;
 Planejar a concretagem para terminar junto a caixa de escada(local de saída dos
funcionários e equipamentos);

NOTA IMPORTANTE

Para concreto virado na obra para uso não estrutural , tal como: Vergas; calçadas;
concreto magro; lastros de blocos de fundação e enchimentos em geral , deverá ser
adotado o traço 1;3;3, sem necessidade de controle tecnológico

Recomendações para lançamento de concreto por bombeamento

Quanto maior o percurso do concreto nas tubulações, maior será a perda de abatimento
do concreto., com reflexos na sua trabalhabilidade.
Para evitar danos que a tubulação da bomba danifique as instalações elétricas ,
hidráulicas e a armadura de lajes e vigas é recomendado o uso de cavaletes de apoio a
tubulação de concreto.

Prever local de posicionamento e ancoragem da tubulação de concreto desde a bomba


até o local de concretagem ( o local melhor indicado é o poço de elevadores).

Recomendações para lançamento de concreto por grua/ guindaste

A abertura da caçamba deve ser feita com critério, evitando acúmulos de concreto em
uma mesma região , o que dispensa mais mão de obra para alastra-lo.

Fazer a limpeza antes e depois do uso da caçamba, não esquecendo de molha-la com
abundancia antes do uso.

Verificar a manutenção periódica da caçamba e seus componentes de fixação , bem com o


dispositivo de travamento da boca de fundo da caçamba, especialmente no momento de
carregamento e içamento da caçamba.

MÉTODO EXECUTIVO DE CONCRETAGEM

Pilares

Para a concretagem dos pilares o assoalho superior bem como os fundos das vigas devem
estar nivelados e conferidos. Molhar as formas abundantemente antes do lançamento do
concreto a fim das formas ressecadas, não se apropriarem da água de hidratação do
concreto.

Providenciar um vigia no andar inferior ao concretado para certificar o total


preenchimento dos pilares, batendo a sua forma com martelo de borracha

Lançar o concreto em camadas compatível com a agulha do vibrador( ¾ do comprimento


da agulha). O vibrador deve penetrar 10cm da camada anterior lançada e ser posicionado
verticalmente, permanecer imerso de 5 a 15 segundos e então retirados , vibrando o
maior numero possível de pontos da peça estrutural

Evitar que o vibrador encoste nas ferragens e formas

Conferir o prumo antes, durante e depois da concretagem

O lançamento de concreto com função estrutural deve ser registrado nos formulários,
chamados de Mapas de Aplicação de Concreto e no Controle de Concretagem. No caso
de bem definidas esse mapeamento pode se dar no próprio Controle de Concretagem

As pontas da armação de pilares devem estar protegidos por caps

Para pilares de pé direito duplo a concretagem deve ser feita em duas etapas para evitar
desagregação do concreto e sobrecarga nas formas
LAJES E VIGAS

O lançamento de concreto em vigas e lajes deve ser simultâneo

Molhar com abundancia as formas de vigas e lajes

Planejar a concretagem para terminar junto aos acessos

Evitar grandes acúmulos de concreto em parte da forma

Executar mestras de referencia de nível da laje

Espalhar o concreto com pás e enxadas e só então adensa-las com vibrador

Acompanhar criteriosamente durante o lançamento do concreto a posição da ferragem


negativa para que não seja deslocada pelo trafego de pessoas e equipamentos durante a
concretagem

Sarrafear o concreto com régua de alumínio , tomando como nível as mestras como
referencia e monitorar o nivelamento com nível a laser

Fazer o controle de concretagem com mapa de aplicação de concreto.

Fazer o acabamento com moto niveladora tipo helicóptero se for o caso.


Procedimento Operacional de Mapeamento e rastreabilidade do concreto

O mapeamento e rastreamento do concreto tem por finalidade possibilitar a


identificação do local onde foi utilizado um concreto que apresentou baixa qualidade após
ensaios e faz parte de um programa de controle e aperfeiçoamento contínuo dos
métodos construtivos. Deve ser realizado em todas as concretagens de peças estruturais ,
seja ela , viga , laje ou pilar.

Deve ser marcada em planta a posição de lançamento de cada caminhão betoneira bem
como o numero da nota fiscal

Adensamento do concreto durante a execução

 A agulha do vibrador deverá estar totalmente imersa durante a vibração ( a agulha


só deverá ficar na vertical ou inclinada no caso de a altura da laje for h < 20cm )
 As alturas de camadas a ser adensada deve ser menor que 50cm e igual a ¾ do
comprimento da agulha
 O vibrador deve atingir uma camada subjacente à que esta vibrando, penetrando
nela cerca de 10cm a fim de haver costura entre as camadas
 Deixar a agulha penetrar ( por ela mesma) no concreto por cerca de 5 a 15
segundos e retira-la lentamente
 O final da vibração fica explicito com aparecimento na superfície do concreto de
uma fina camada de argamassa e cessando o aparecimento de bolhas de ar
 Evitar a vibração bem próximo as formas e em contato com as mesmas a fim de
evitar deformação das formas e perda de argamassa (nata)
Deve-se ainda ser evitado:

 Arrastar concreto com o vibrador , pois o movimento lateral do vibrador causa a


segregação ( os agregados tendem a se separar da argamassa)
 Encostar o vibrador na armadura. Pode afetar a aderência do concreto a armadura
e em vigas podem deslocar estribos.
 Encostar o vibrador na forma. Pode danificar a camada plastificante do
compensado, que é a aparte que garante a longa vida útil da madeira, além de danificar
a estruturação da forma.
 Vibrar por muito tempo. Pode causar a segregação dos agregado, principalmente
nos concretos mais fluídos
 Deixar o vibrador trabalhar vazio. Pode queimar o motor . O concreto tem efeito
refrigerante sobre o motor

Cura do concreto

Elementos estruturais devem ser curados até que atinjam resistência características à
compressão( fck) de acordo com a ABNT NBR 12 655 igual ou maior que 16 Mpa

Executar a cura úmida por no mínimo 48 horas, com utilização de água

Recomenda-se o cobrimento das lajes por manta geotêxtil ou sacos de aniagem a fim de
amenizar a perda de água por evaporação e reduzir o consumo de água no processo

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Documentos de referencia

 Projetos de instalações elétricas


 Memorial descritivo das instalações elétricas
 Projeto de telefonia ( interno e externo )
 Projeto de sistemas ( supervisão predial, informática e automação )
 Projetos específicos ( elevadores, geradores, caldeiras e demais que tenham
influência com a execução das instalações elétricas
 Projeto de eixos com as cotas de locação das paredes e dos pontos elétricos
 Projetos aprovados pelas Concessionárias
 Caderno de detalhes com locação dos pontos de tomadas e interruptores
 Contrato com instalador
 PCMAR da Obra

PROCEDIMENTO

Condições para início dos serviços

Tubulação em lajes

 A tubulação embutida em lajes obedece aos projetos de instalação


 elétrica e automação e projeto de alvenaria
 Conferir os materiais a serem utilizados , verificando se a marca dos mesmos é a
especificada em projeto ou contratada ao instalador
 As formas devem estar executadas , niveladas, posicionamento das tubulações e
caixas definidos e marcados e o setor liberado para a execução
 Os eixos de locação devem estar executados e liberados

Tubulação em alvenaria modulada

 Tubulação embutida em alvenaria obedece ao projeto de alvenaria modulada,


respeitando-se criteriosamente as alturas padrões dos pontos;
 Eletrodutos embutidos nas lajes desobstruídos e pontas emergentes tratadas
 Providenciar os materiais referentes ao pavimento a ser executado verificando as
marcas de materiais conforme contrato com o instalador

Tubulação de prumada

Prumada convencional

 Executar a furação e chumbamento das caixas de passagens de acordo com o


projeto de instalações elétrica e alvenaria

Prumada em Shaft

 Verificar o espaço e a capacidade do shaft para receber os cabos

Enfiação e cabeamento para quadro de luz e força QDLF

 Verificar se os materiais a serem utilizados são pertinente com as especificações e


contratado com o fornecedor
 Os materiais deverão ser solicitados seguindo as seguintes cores para identificação
dos condutores elétricos
o Neutro AZUL CLARO
o Terra VERDE
o Fase PRETO, VERMELHO ou BRANCO ( SENDO OBRIGATÓRIO O USO DE UMA
ÚNICA COR EM CADA UNIDADE )
o Retorno CINZA ou AMARELO
 Tubulações embutidas executadas ( inclusive as de Sistemas e de automação

Quadros de Luz e Força

O tipo de quadro deverá ser validado pelo engenheiro de obras e pelo projetista e
instalador

As portas dos apartamentos devem estar trancadas

Verificar se o material apresentado pelo instalador confere com as especificações e


projetos, inclusive as anilhas de identificação dos circuitos

Interruptores e tomadas

Apartamento trancado

QDL instalado
Providenciar os materiais na quantidade suficiente e adequada as especificações

Para-raios
Sub-solo. - As esperas para conexão são deixadas nos pés dos pilares abaixo dos piso
acabado de acordo com o projeto de instalações elétricas.

Lajes intermediárias – Os fechamentos das malhas estão identificados no projeto de


instalação elétrica e são realizados durante a concretagem das lajes

Cobertura – Instalam-se nos rufos os captores em caso de gaiola de fariday e em caso de


captor único tipo Frankin seguir o projeto

Centro de medição ( medidores de energia)

Projeto aprovado pela concessionaria

Porta instalada e ambiente trancado

OBS. O estudo de interferência e espaço deve ser verificado antes do fechamento da


alvenaria do espaço dedicado aos medidores de energia ( é comum o espaço destinado
ser insuficiente)

Entrada de Energia

Projeto aprovado na concessionária local

Verificar junto as concessionárias de TV a Cabo se haverá necessidade de deixar tubulação


de espera no poste

ART do projeto e da execução da cabine de força ou poste

Ligação da Telefonia

Costuma ficar a cargo da instaladora o acompanhamento do processo desde a entrada


até o recebimento da concessionária de Telefonia

EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

Tubulação em lajes

 Pintar com tinta PVA amarela na forma as alvenarias , locando-as a partir dos eixos
de marcação
 Locar e pintar os caminhos da distribuição e dos pontos de elétrica na cor branco
 Fixar as bases das caixas elétricas sobre os pontos anteriormente pintados
 Furar as passagens das tubulações em vigas e lajes
 Iniciar a distribuição após a colocação da malha de ferragem positiva
 Fazer a distribuição com conduites ou tubulação ( vide especificações) mantendo
distância das tubulações de água e gás sempre que possível
 Instalar as buchas de fixação da tubulação nas caixas elétricas, para evitar
desengate durante a concretagem
 Para garantia do posicionamento correto de subida e descidas da tubulação de
distribuição elétrica , os mesmos deverão ser amarrados a ferragem
 Após o posicionamento da armadura negativa colocar as tampas das caixas
elétricas enchendo-as de serragem ou papel, a fim de evitar a entrada de nata de
concreto nas mesmas e colocar caps nas pontas dos eletrodutos
 Manter um eletricista atento durante a concretagem
 Para obras com lajes nervuradas usar (bengala) curva rígida
Tubulações em alvenarias moduladas

FASE DE ELEVAÇÃO DAS ALVENARIAS

 Emendar os eletrodutos da laje com o eletroduto corrugado utilizando luva


apropriadas. Esta serviço deve ser executado junto com a marcação da alvenaria
 Acompanhar a elevação da alvenaria posicionando o eletroduto por dentro do
bloco
 Marcar nos blocos a posição do quadros e caixas

FASE DE CHUMBAMENTO DAS CAIXAS ELÉTRICAS

 Chumbar as caixas faceando as mestras e com a mesma argamassa de


assentamento dos blocos
 Chumbar as caixas de forma nivelada e em prumo, dentro das alturas
especificadas em projeto
 Utilizar equipamento de corte de alvenaria adequado ao serviço
 As caixas de tomadas baixas em áreas úmidas , externas, e saunas deverão ser do
tipo estanques ( padrão Aquatic). Neste caso, a tubulação deverá sempre ser conectada
em sua parte superior

Tubulações em Prumadas

 Nas prumadas convencionais, com tubulações entre caixas de passagem a mesma


deverá ser fixada com buchas de alumínio
 Para as prumadas em Shaft. Fixar o perfilado sobre a alvenaria, para posterior
fixação dos cabos

Enfiação e Cabeamento para Quadro de Luz e Força

 Separar os fios e cabos por bitola e cores, de acordo com projeto de elétrica e
memorial descritivo
 Nos ambientes com forro rebaixado deixar o cabo PP pendente para o ponto de
iluminação ( o instalador deverá deixar um eletricista acompanhando o serviço de gesso
para evitar retrabalho).
 Nos demais ambientes , os pontos de iluminação deverão receber acabamento
tipo “rabo de porco”
 Passar arame guia nas tubulações de TV, sistemas, automação, telefonia e
interfone
 Identificar os circuitos e equipamentos no QDLF

Quadro de Luz e Força

 Limpar cabos e fios e interior do quadro


 Posicionar o miolo
 Alimentar o QLDF a partir do quadro provisório dos pavimentos tipo
 Fechar os circuitos identificando-os com anilhas , depois de testados e conferidos
 Ordenar e fixar os condutores dentro do QLDF
 Fixar a contra tampa
 Colocar o diagrama dos circuitos na contra tampa
 Lacrar e proteger o QLDF
Interruptores e tomadas

 Limpar as caixas e instalar os suportes no cabeamento


 Fixar os suportes nas caixas
 Testar posicionamento fase e neutro
 Proteger os módulos para evitar danos na pintura
 Instalar os acabamentos após a pintura das paredes e tetos

Para – Raios

 Seguir o projeto de Para –Raios , observando as conexões da malha intermediária


(quando houver) e as descidas do para-raios junto com a ferragem dos pilares
 Fazer a conexão da ferragem com a malha com conector tipo TEL 630 X
ATERRINSERT
 Observar a necessidade de malha de aterramento a ser executada antes da
concretagem da laje mais inferior da construção
 Deixar caixas de inspeção para verificação das hastes de aterramento
 Em caso de captor único o mesmo deverá estar posicionado acima de quaisquer
outras estruturas ( antenas de TV ou Microondas)
 Solicitar ao instalador medição de resistência de TERRA utilizando aparelho
terrômetro com certificado de calibração
 Caso o resultado da medição não for satisfatório solicitar ao projetista uma
solução

Centro de medição

 Locar e executar as bases das caixas de medidores conforme projeto da


concessionária local
 Interligar as caixas de medição com eletrodutos ou eletrocalhas
 As conexões dos cabos devem ser feitas por conectores metálicos e estanhados e
isolados
 Interligar as caixas de disjuntores ao cabeamento dos Shaft’s
 Cabear do centro de medição até o poste de entrada de energia
 Checar o aperto das conexões e identificar circuitos e unidades habitacionais ou
setores da empresa
 Solicitar vistoria da concessionária

NOTA o centro de medição deverá estar pronto 180 dias antes da conclusão da obra, ou
de acordo com as observações da concessionária

Entrada de Energia

 Posicionamento e concretagem da base do poste, com a colocação de eletrodutos


embutidos
 Executar a interligação do poste ao centro de medição
 Medir a distancia do centro de medição e o topo do poste com uma corda para o
corte do cabo na medida correta
 Interligar o cabo com as chaves através de terminais a compressão e acordo com o
diâmetro dos cabos
 Colocar as ( MUFLAS) e a armação pres bow
 Identificar os cabos por fases

PREMISSAS PARA ACEITAÇÃO DO SERVIÇO DADO COMO CONCLUÍDO

Os serviços só poderão ser considerados concluídos, após vistoria de supervisor e o


pavimento estiver limpo e desmobilizado e sem nenhum arremate a ser ainda concluído.
Na vistoria a ser empreendida pelo supervisor deverá ser chegado:

 A integridade da alvenaria e demais estruturas da obra


 A seção da tubulação e corresponde com a especificada em projeto e marca do
fabricante
 Verificação da obediência na utilização das cores dos cabos de alimentação de
energia.
o Fase – preto, branco e vermelho
o Retorno - amarelo e cinza
o Neutro - azul claro
o Terra – verde ou (verde-amarelo)
 Prumo , nível , profundidade e arrumação dos cabos dentro das caixas elétricas
 Identificação de circuitos e equipamentos dos QDLF
 Verificação da seção dos condutores em consonância com as especificações
 Ordenação do cabeamento ao longo do Shaft
 Conectividade dos condutores
NOTA Todas as conferências mencionadas devem ser verificadas ao término de cada
etapa

TESTES E ENSAIOS

Ao término de todas as instalações devem ser realizados ensaios abaixo e emitido laudo
de conformidade segundo a NBR 5410

 Resistencia de isolamento da instalação


 Resistencia de aterramento
 Análise e eficiência das proteções dos circuitos ( Falta de Corrente , fuga de
corrente e corrente de curto-circuito)
 Laudo do sistema de para-raios e aterramento conforme NR_10 – Portaria TEM
3214/78 e NBR 5419/2005. Este Laudo deverá constar
o Análise do sistema de captação
o Análise do sistema de condutores de descida
o Análise do sistema de aterramento
o Analise das massas metálicas
o Conclusão técnica

NOTA

Na análise de aterramento deverá constar a medição de resistividade do solo, feito com


aparelho de medição (terrômetro) com sua calibragem feita com até 6 ( seis) meses da
data da leitura na obra.

No caso da utilização da ferragem dos pilares e das sapatas como condutores de descida
da descarga atmosférica é necessário o acompanhamento durante toda execução da
estrutura para que se evite a perda de condutividade por desvios da ferragem

ALVENARIA

Procedimentos para execução de alvenaria de bloco de concreto e alvenaria estrutural

Planejamento de canteiro

O canteiro deverá ser planejado de forma a permitir a perfeita separação dos diversos
tipos de blocos por pavimento

Condições para início dos serviços

Todos colaboradores envolvidos na execução dos serviços deverão obrigatoriamente


receber treinamento específico dos riscos envolvidos em todo processo em questão, de
acordo com os procedimentos da área de segurança e específicos para a atividade.

Deverão ser utilizadas as plantas do projeto executivo que indicam os eixos e as cotas das
distancias entre paredes e peças da estrutura
A dimensão dos vãos deverá estar definida quanto ao uso de vergas e contravergas pré
moldadas de concreto, estas devem estar fabricadas e seu peso deve ser compatível com
o transporte manual

Os eixos principais do edifício devem ter sido transferidos para o pavimento de trabalho,
assim como precisam estar definidos os elementos estruturais de referencia ( Pilares).

As juntas verticais ( paredes externas, poço de elevador e caixa de escada) devem ser
preenchidas.

Também é necessário prever as ligações alvenaria/pilar em que deverá ser colocada a tela
metálica e chapisco com desempenadeira metálica dentada, ou chapisco projetado

O traço adequado para assentamento dos blocos deve ser definido de acordo com as
orientações do projetista estrutural e ou laboratório de ensaios tecnológicos, no caso de
não utilização de argamassa industrializada.

Marcação da primeira fiada de toda alvenaria deverá ser executada quando:

O escoramento da laje do pavimento já tenha sido retirada e o andar estiver


completamente limpo

Definido o nível de soleiras, peitoril de caixilhos, vergas de portas, conforme projeto ( no


caso de portas recomenda-se consultar as alturas com o fornecedor do kit). Neste
momento atentar, para a espessura final do contra piso em todos os ambientes deixando
os vãos de porta nas medidas suficiente es para instalação dos kits porta.

Solicitar com antecedência produção do guarda corpo de ferro das sacadas.

Estudar o tipo de escoramento a ser utilizado no local da sacada, este deve permitir a
instalação do guarda corpo de forma imediata.

EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

Qualquer etapa da execução dos serviços de alvenaria externa e ou periféricas das lajes
não deverá ser executada se as condições do tempo forem desfavoráveis, ou seja, com
ventos fortes ou chuva de grande intensidade, o que poderá comprometer a qualidade
dos serviços e a segurança dos trabalhadores.

Execução da marcação da alvenaria:

Abastecer o andar e os locais onde será executada a alvenaria com a quantidade e tipos
de blocos necessários à execução do serviço. Os blocos devem ser transportados em
carrinhos de mão à granel ou em carrinhos com suporte adaptados e mini-pallets. Em um
mesmo pavimento, os pallets deem estar espalhados de forma a não carregar a estrutura.

Transporte de Blocos

a) Carrinho vazio e mini-pallet de blocos preparado para o transporte


b) Encaixe do mini-palet nos suportes do carrinho
c) Transportar os pallets com o carrinho com leve inclinação
Limpar o andar, removendo a poeira, materiais soltos pregos, pontas de aço e materiais
estranhos depositados sobre a laje.

Escovar com escova de aço as superfícies de concreto a serem chapiscadas

Executar o chapisco sobrea estrutura de concreto que ficará em contato com a alvenaria ,
com antecedência de 72 horas

O chapisco é executado com argamassa industrializada aplicada com desempenadeira de


aço dentada formando sulcos de 6mm, ou utilizando argamassa de cimento e areia no
traço 1:3 com adição de Rodophas na proporção de 1:10, neste caso aplica-se o chapisco
com rolo.

Quando plicado com rolo o chapisco deve ser executado na vertical, o acabamento deverá
ficar rugoso, com textura grossa, com espessura regular de no mínimo 3mm, o campo de
aplicação deve estar totalmente preenchido

O rolo a ser utilizado é do tipo de textura e a superfície deve ser umedecida antes da
aplicação
Mapear a laje com aparelho de nível a laser ou mangueira de nível, identificando o ponto
mais alto, que será tomado como referência para definir a cota da primeira fiada.

Varrer cuidadosamente o alinhamento da fiada de marcação e borrifar água utilizando


uma broxa

É desejável que o profissional de marcação seja o único a executar a marcação de todos


os pavimentos para usufruir-se do ganho de produtividade, devido ao efeito da
repetitividade, do aprendizado do projeto e para garantir uniformidade e qualidade do
serviço

Eventuais falhas no nivelamento da laje devem ser corrigidas com enchimento da


primeira fiada e ou modificação na espessura das juntas.

Eventuais diferenças encontradas como estufamento, desaprumo ou desalinhamento das


peças devem ser corrigidos alterando o posicionamento da fiada de marcação,
procurando sempre o menor enchimento possível de revestimento

No caso de alvenaria sob vigas, a posição das paredes deve ser conferida também em
relação às faces das vigas por intermédio de um prumo de face
Deve-se iniciar pelas paredes da fachada, considerando o prumo em relação às vigas e aos
pilares mantendo o afastamento em relação ao prumo de fachada. Na posição horizontal
colocam-se dois blocos, um em cada extremidade do vão ; pelos blocos passa-se uma
linha unindo as duas faces pelo lado interno em relação a fachada, determinando o
alinhamento da primeira fiada e ai então, completa-se a fiada com os blocos do meio
( alinhados e nivelados).

Ao demarcar uma parede interna deve-se ter como referência os eixos ortogonais
definidos no projeto, bem como todas as primeiras fiadas niveladas pela face superior dos
blocos

Marcar os eixos das faces das paredes a partir dos eixos ortogonais de referência usando-
se os valores das cotas acumuladas ou das cotas entre paredes, materializando-os pelo
posicionamento dos blocos de extremidade.
O eixo das faces das paredes deverá ser conferido com o eixo das faces das vigas e o
posicionamento dos pilares

Esticar a linha de nylon na posição definida para a parede, servindo de referência para o
alinhamento no nível da fiada de marcação.

Os vãos para colocação de portas deverão possuir folga comparável com o processo de
colocação de baterias previsto para a obra.

Quando previsto a fixação de rodapés pregados ou aparafusados os blocos de primeira


fiada devem ser preenchidos com argamassa

Na união de alvenaria/pilar deverá ser utilizada amarrações com tela metálica


galvanizada.

Estas deverão ser posicionadas logo após a etapa de marcação, respeitando a galga
definida em projeto (quando houver). O chumbamento deve ser feito com pinos de aço
tipo ( PINO LISO S32 DW27 com arruela). Os cartuchos de pólvora deverão ser
compatíveis com o equipamento e tipo de concreto a ser ancorado. O serviço deverá ser
realizado por profissional treinado e habilitado para essa função

Especificação da tela: TELA SOLDADA GALVANIZADA 15X15 DIAM. 16,5mm

Execução da elevação da alvenaria

A argamassa de assentamento usada para elevação da alvenaria pode ser industrializada


ou convencional. No caso de argamassa industrializada a preparação pode ser feita no
andar da aplicação , ou seja no pavimento onde estiver ocorrendo a elevação da
alvenaria. No caso de argamassa produzida no canteiro de obras a mesma deverá ser feita
em uma central de produção definida pela gerencia de Obra. O abastecimento de
argamassa deverá ser feito em caixotes de madeira, plásticos ou metálicos, depois da
primeira elevação colocar o caixote sobre cavaletes.

A argamassa da junta horizontal é colocada sobre fiada já assentada por toda espessura
da parede utilizando-se da tradicional colher de pedreiro ou de bisnaga. A argamassa já é
fornecida pre-dosada para evitar a necessidade de molhagem dos blocos.

Nas extremidades verticais da parede ( união entre paredes e com pilares) os blocos
deverão ser assentados com a primeira junta vertical preenchida. Os blocos que serão
posicionados na superfície de ligação alvenaria/pilar deverão ser assentados com
argamassa na junta vertical já colocada sobre ele, de modo que a mesma seja comprimida
fortemente contra o pilar. É recomendável para que haja uma adequada fixação, que a
espessura da fresta entre alvenaria e a estrutura seja em torno de 2 a 3 cm.

Esticar uma linha de nylon entre as galgas do vão , por intermédio de um prego nas
extremidades

Utilizando-se escantilhão, a linha de nylon deve ser fixada nos mesmos, conforme mostra
a figura abaixo

Como se exige tolerância mínima de prumo e planicidade (nivelamento) , possibilitando


revestimento de pequena espessura, o operário deverá ser devidamente habilitado para o
uso e execução dessa tarefa com eximia qualidade.

A qualidade da elevação da alvenaria será conferida e só serão aceitas as paredes que


atenderem as exigências de prumo, esquadro, vergas e contra vergas vãos , posições de
pontos de elétrica e hidruaulica etc.

As alvenarias internas podem ser executadas com junta vertical seca, exceto em caixas de
elevador e escadas.

Preferencialmente elevar as alvenarias externas até meia parede e internas até a altura
das vergas, dando um intervalo de 24 horas para a segunda elevação.

No caso de alvenarias externas preencher as juntas verticais

As paredes são preferencialmente amarradas entre si, por interpenetração entre os


blocos, quando não for possível deverá fazer uso das telas eletro soldadas galvanizada de
#1,5 mm, com fio 1,65 mm diâmetro.

As vergas devem ser contínuas nos vão ou utilizar blocos canaleta

Ao término de duas ou três fiadas, conferir o prumo e o nivelamento da fiada


Os blocos nos quais serão fixadas as caixinhas de elétrica deverão ser cortados com serra
elétrica manual, no próprio andar, ou em serra de bancada localizada em central de
produção

A colocação de verga e contra vergas pré-moldadas ou a montagem das mesmas no local


com blocos calha, deverá ser feita concomitantemente com a elevação da alvenaria. Os
vãos das janelas e portas externas deverão seguir os arames de prumos dispostos na
fachada

É desejável prever nos vãos de portas e janelas as folgas para a fixação dos batentes e
caixilhos. Se possível utilizar gabaritos metálicos prevendo folgas necessárias

Execução de fixação da alvenaria (encunhamento)

A fixação deverá ser feita apenas pelo preenchimento da fresta de 2 a 3 cm deixada entre
a alvenaria e a estrutura. O preenchimento deverá ser completo na altura do vão em
toda sua largura da parede

Nas paredes internas o preenchimento pode ser feito em duas etapas , cada uma a partir
de uma das faces da parede, garantindo o preenchimento total.

Nas paredes externas , também a mesma poderá ser feita em etapas, sendo que o
preenchimento pela face externa deverá ser feito pelo menos três dias antes da execução
do respectivo revestimento externo ( por exemplo, concomitantemente com o
taliscamento ou chapiscamento e limpeza das paredes externas)

Obras com vedação interna em alvenaria acima de 10 pavimentos

A fixação da alvenaria deverá ocorrer de cima para baixo, ou seja , quando a alvenaria
atingir o oitavo pavimento a alvenaria do quarto até o primeiro deverá ser fixado.
Evitando sobrecargas e possíveis deformações nas vedações. Neste modelo a sequencia
seria continua , sendo que quando (n) pavimentos estiverem executados com alvenarias ,
estaria sendo liberado para fixação ( n-4) pavimentos de cima para baixo.

É indicado a execução do contrapiso antes da fixação da alvenaria, pois as cargas impostas


a estrutura já estarão mais próximas do previsto diminuindo então a diferença de carga
antes e após a fixação evitando maiores deformações na fachada

Obras com vedação interna de dry wall acima de 10 pavimentos – mesmo que parcial

A fixação deverá ocorrer de cima para baixo , ou seja , devemos executar 6 pavimentos
de contra piso para inicio do encunhamento, assim , quando ( n ) pavimentos estiverem
executados em contrapiso , estaria liberado (n – 3 )de cima para baixo

Obras de até 10 pavimentos com vedação em dry wall ou alvenaria

Para fixação da alvenaria devemos executar 3 ( três) andares de contrapiso para iniciar o
encunhamento do primeiro pavimento e seguir encunhando , mantendo três pavimentos
superiores com o contrapiso executado

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