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APELAÇÃO Laudos Periciais Patologia Distinta Acidentário Ou Não Competência
APELAÇÃO Laudos Periciais Patologia Distinta Acidentário Ou Não Competência
Nesses Termos;
Pede Deferimento.
Local, data.
Nome do advogado
OAB/UF xx.xxx
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APELAÇÃO
PROCESSO : XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
APELANTE : NOME DA PARTE
APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
JUÍZO DE ORIGEM : ____ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXXXXX
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COLENDA CÂMARA
EMÉRITOS JULGADORES
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Diante disto, nã o restou opçã o ao Autor se nã o ajuizar o processo perante a
Justiça Comum Estadual.
Diante disto, fora juntado o Laudo Médico (fls. xx-xx) produzido pelo Dr.
xxxxxxxxxxxxxx, que atestou a incapacidade laboral vivenciada pelo Autor (vide quesito
nº xx). 3
RAZÕES DE RECURSO
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Primeiramente, cumpre salientar que a patologia que originou a extinçã o do feito
sem resoluçã o do mérito pelo Exmo. Juiz Federal é a ruptura do tendão do ombro
direito, causada por queda de andaime sofrida pelo Recorrente.
Ou seja, o Perito somente analisou a incapacidade causada por patologia que afeta
a coluna vertebral, nã o citando em nenhum momento a ruptura do tendã o do ombro 4
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Ainda que no laudo o médico nã o tenha referido doença do ombro, no atestado
de pouco tempo antes o referiu, inclusive expondo a gravidade da doença e necessidade
de tratamento especializado.
Por tal motivo que foi extinto o processo anteriormente ajuizado na Justiça
Federal, o que se infere da sentença de fls. xx/xx (vide segundo paragrafo da 5
E veja-se que se está diante de um segurado idoso (67 anos de idade) e incapaz
há 03 (três) anos, e que até o momento nã o recebeu uma resposta do Poder Judiciá rio
acerca do seu direito. Nesse diapasã o, o Dr. xxxxxxxxx no já citado atestado de fl. xx
indicou que o Autor faz tratamento para melhora do ombro direito, porém sem
evoluçõ es. Ademais, referiu no Laudo Pericial (fl. xx – quesito xx) que o Autor se encontra
incapacitado de maneira permanente, nã o podendo realizar atividades que envolvem
esforço físico. Ora, Excelências, o Recorrente possui como ocupaçã o a profissã o de
pedreiro, profissã o que exige grandes esforços físicos, além de possuir baixa
escolaridade e idade avançada, motivos pela qual dificilmente voltará a se inserir no
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mercado de trabalho. Destarte, imperiosa é a concessã o do benefício de aposentadoria
por invalidez, entendimento que se coaduna a posiçã o deste Egrégio TJRS:
APOSENTADORIA POR
APELAÇÃ O CÍVEL. ACIDENTE DE TRABALHO.
INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL E PERMANENTE
CONSTATADA. INVIABILIDADE DE REABILITAÇÃO DADAS AS
CONDIÇÕES PESSOAIS DO OBREIRO. CONSECTÁ RIOS LEGAIS. 1.
Aposentadoria por invalidez acidentá ria. 1.1. Para a concessã o do benefício em
destaque, deve estar demonstrada a qualidade de segurado, a incapacidade total
e permanente para o trabalho, bem como a impossibilidade plausível de
reabilitaçã o para outra atividade, dispensando-se período de carência quando a
incapacidade decorre de acidente de trabalho. 1.2. Caso concreto em que
configurados os pressupostos necessários à concessão do
benefício em tela. Laudo médico pericial que atesta, com
suficiência, a inaptidão definitiva do segurado para o trabalho
de pedreiro em função da gravidade das lesões que o
acometem. Acervo probatório igualmente revelador da falta
de perspectiva de reabilitação do segurado para o exercício
de atividade que garanta sua subsistência. 1.3. A aposentadoria por
invalidez deve ser paga a contar do dia seguinte à cessaçã o do auxílio-doença,
observada a prescriçã o quinquenal (art. 103, pará grafo ú nico, da Lei nº
8.213/91) e compensados os valores já recebidos a título de auxílio-acidente. 2.
Consectá rios legais. A inconstitucionalidade, por arrastamento, do art. 5º da Lei
nº 11.960/09, que alterava o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, impõ e o
desmembramento dos juros morató rios e da correçã o monetá ria. Juros de mora
que continuam sendo regidos pelo art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, calculados até
30/06/2009 à taxa de 1% ao mês e, a partir dessa data, com base no índice
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oficial de remuneraçã o bá sica e juros aplicados à s cadernetas de poupança,
observada a citaçã o como marco inicial de incidência. Correçã o monetá ria que,
por seu turno, deve observar o IGP-DI até março de 2006 e, a partir de entã o, o
INPC. Precedente jurisprudencial. Caso concreto em que a correçã o deve dar-se
pelo IGP-DI até março de 2006 e, a partir de entã o, pelo INPC, e os juros de mora
pelos índices de remuneraçã o da poupança. 3. Custas processuais e honorá rios
advocatícios. 3.1. Cabe à autarquia federal arcar com as custas processuais pela
metade, em razã o da vigência da redaçã o original do art. 11 da Lei Estadual nº
8.121/85, porquanto declarada inconstitucional a Lei Estadual nº 13.471/10.
3.2. Honorá rios advocatícios que, por seu turno, devem corresponder a 10%
sobre o valor da condenaçã o, respeitada a Sú m. nº 111 do STJ. APELAÇÃ O
PROVIDA. (Apelaçã o Cível Nº 70067737353, Nona Câ mara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Carlos Eduardo Richinitti, Julgado em 16/03/2016)
Veja-se que a Constituiçã o Federal em seu art. 109, I, estabeleceu que compete à
Justiça Federal processar e julgar “as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça
Eleitoral e à Justiça do Trabalho”.
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Súmula nº 15/STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar os
litígios decorrentes de acidente do trabalho.
[TRECHO DA SENTENÇA]
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Assim, a tese ventilada na sentença de que não há nexo causal entre a(s)
patologia(s) e o acidente de trabalho não merece prosperar, sendo devida a
concessã o do benefício de aposentadoria por invalidez à Autora ou subsidiariamente o
auxílio-doença acidentá rio e consequentemente a procedência do pedido, pelo qual
postula a reforma da sentença. Subsidiariamente, na remota hipó tese de nã o
acolhimento da tese principal, requer seja anulada a sentença proferida pela Magistrada
a quo, declarando a incompetência da Justiça Comum Estadual para processamento e
julgamento do feito e a consequente remessa ao Juízo Federal competente.
DO PEDIDO
Nesses Termos;
Pede Deferimento.
Local, data.
Nome do advogado
OAB/UF xx.xxx