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xxxx, brasileira, casada, profissao, portadora do RG. nº xxx e inscrita no CPF/MF nº xxxx,
residente e domiciliada na xxx, n. xx, apartamento xxx, Bairro: xx, Cidade xx, estado xx, Cep.
xxx, por intermédio de sua advogada, vem respeitosamente perante V.Exa., com
fundamento nos artigos 461[1] e 300[2] do Có digo de Processo Civil e, 186 e 187 do Có digo
Civil ajuizar a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS E TUTELA ANTECIPADA
em face de (i) xxxx MOVEIS PLANEJADOS, inscrita no CNPJ/MF sob o nº XXXX, com
endereço na Avenida XXX, XXX, XXX/XX, CEP.: XXX-XXX pelos motivos de fato e de direito a
seguir expostos.
I.| DOS FATOS
1. A Autora contratou junto a primeira Requerida XXXXX mó veis planejados de alto padrã o
com para seu apartamento situado (INSERIR ENDEREÇO)
2. A pessoa de contato na loja é o projetista Sr. XX, que apó s receber todas as medidas por
telefone, agendou para o dia XXX a reuniã o na loja para o, nesta oportunidade, houve
assinatura do pedido/projeto (Doc.6).
3. Na referida reuniã o de fechamento e demais detalhes, a Autora compareceu
acompanhada de seu esposo XXX .
4. O valor total do projeto sob medida foi de R$ XXX (XXX) em 4 parcelas iguais e
sucessivas no valor de R$ XXX, sendo a primeira parcela com vencimento em XXX.
5. O Sr. Maia no momento da venda informou que o primeiro vencimento do boleto seria
apó s a entrega e instalaçã o dos mó veis, demonstrando naquele momento boa-fé, ou seja, a
Ré deveria ter entregue e instalados todos os móveis até o dia XXX já que o primeiro
boleto teve seu vencimento e foi devidamente pago no dia XXX.
6. Entretanto, até o momento, houve entrega e montagem apenas de parte móveis
contratados (Doc.6), sendo certo que a Ré deveria ter instalado todos os mó veis a contento
até o dia XXX.
7. Nã o fosse suficiente o descumprimento da primeira Requerida quanto ao prazo
contratado, temos que os mó veis entregues e instalados já apresentam defeitos de
instalaçã o, nã o correspondem ao projeto original, possuem ferragens inferiores ao
contratado, em alguns casos simplesmente nã o possuem ferragens, conforme descrito
abaixo:
Banheiro quarto suíte/casal
(i) gavetã o aramado
(ii) troca de corrediças com amortecedores
(iii) As gavetas já apresentam problemas para abrir e fechar;
(iv) Falta entregar e instalar os espelhos bisotê de 5mm (cinco milímetros) na medida de
1,39 de altura x 1,73 comprimento
a) Dormitório Casal
(i) Falta entregar e instalar a cabeceira da cama de casal em capitone suede medidas 1,10
de altura x 2,98 comprimento
(ii) troca de corrediças com amortecedores nas gavetas do mó vel “gaveteiro”
(iii) troca de corrediças com amortecedores nas portas de espelho do guarda-roupa
(iv) troca de corrediças com amortecedores das gavetas de dentro do guarda roupa
b) Banheiro quarto solteiro
(i) gavetao aramado
(ii) troca de corrediças com amortecedores nas gavetas
(iii) As gavetas já apresentam problemas para abrir e fechar;
(iv) guarniçã o.acabamento interno da porta de correr.
(v) Porta de correr de acordo com o projeto
(v) Falta entregar e instalar os espelhos bisote de 5mm (cinco milímetros) na medida de
1,39 de altura x 1,59 comprimento
c) Quarto de Solteiro
(i) baú entregue sem puxador e sem amortecedores
(ii) Porta de correr de acordo com o projeto
(iii) troca de corrediças com amortecedores das gavetas de dentro do guarda roupa
(iv) troca de corrediças com amortecedores das portas de espelho do guarda-roupa
10. Assim, torna-se imperiosa a intervençã o do Poder Judiciá rio a fim de resguardar os
direitos da parte autora, que na qualidade de consumidora se vê hipossuficiente na relaçã o
e entende necessá ria suspensã o da exigibilidade da ú ltima parcela considerando a quebra
de contrato pela primeira Requerida.
32. A Resoluçã o CMN 1.559, de 1988, cujo inciso IX, com redaçã o dada pela Resoluçã o CMN
3.258, de 2005, exige que as operaçõ es de crédito SEJAM FORMALMENTE
CONTRATADAS, POR MEIO DE TÍTULO ADEQUADO REPRESENTATIVO DA DÍVIDA; e a
Circular 2.905, de 1999, cujo art. 8º, com redaçã o dada pela Circular 2.936, de 1999,
estabelece a obrigatoriedade de os contratos de concessão de crédito conterem
informações a respeito de todos os encargos e despesas incidentes no curso normal
da operação, discriminando a taxa de juros, o índice de preços ou a base de
remuneração, caso pactuado, os tributos, contribuições, tarifas e qualquer outra
despesa, e os respectivos valores.
33. Conforme consta do pedido de compra n. 01126 (Doc.6), o valor total da compra foi de
R$ xxxx. A Financeira xxxx emitiu, frise-se sem a anuência da AUTORA, 4 boletos no valor
de R$ xxx cada um, sendo a xxxx (banco) a pró pria beneficiá ria destes pagamentos.
34. NÃ O CONSTOU do pedido de compra ou dos boletos a informaçã o sobre o Custo Efetivo
Total (CET) que deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os
encargos e despesas das operaçõ es de empréstimo. É impossível existir financiamento
sendo o valor final do financiamento o mesmo valor dos produtos!!! Talvez a xxx tenha
decidido trabalhar de forma gratuita para a xxx Incrível !!! na transaçã o financeira entre a
xx e a xx tudo indica que isto ocorreu, já que os boletos (Docs. 8 e 9) totalizam o valor total
dos produtos (Doc. 6).
35. Diante disso, a Autora busca o socorro judicial para assegurar o seu direito de (i)
receber os produtos e serviços contratos com a xxx; (i) a devoluçã o dos valores pagos a
título do Custo Efetivo Total (CET), juros e todos os encargos atrelados um contrato de
financiamento, já que nunca contratou com a xxx financiamento destes mó veis , assim
como o pagamento de indenizaçã o pelos danos morais ocasionados.
36. E, acaso tenha havido cessã o de créditos entre as requeridas, muito embora a princípio,
todo e qualquer crédito pode ser objeto de cessã o de direito, esteja ele vencido ou nã o.
Porém, o art. 286 do Có digo Civil faz uma ressalva:
37. Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da
obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá
ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
E ainda, a notificaçã o do devedor acerca da cessã o de crédito é exigência legal prevista no
artigo 290 do Có digo Civil com finalidade distinta:
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este
notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se
declarou ciente da cessão feita.
Ante o exposto, em relaçã o a segunda Requerida, requer seja julgada procedente o pedido
apenas para reconhecer a ausência de contrato de financiamento que tenha por objeto o
contrato sub judice , ou ainda, que declare a inexistência de cessã o de credito com
consentimento da parte autora.
4.|DOS PEDIDOS
[1] Art. 461. CPC: Na açã o que tenha por objeto o cumprimento de obrigaçã o de fazer ou
nã o fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigaçã o ou, se procedente o pedido,
determinará providências que assegurem o resultado prá tico equivalente ao do
adimplemento. (Redaçã o dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994).
[2] Art. 300. CPC: A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado ú til do
processo.