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PRIMEIRO DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO1:

PROGRAMA: Aceleraçã o do desenvolvimento de nossa autoeducaçã o,


para transformar nossa Capelinha em lugar de romaria.

1 Em primeiro lugar, saú do-vos depois de tanto tempo, com a bela


saudaçã o: “Nos cum prole pia, benedicat Virgo Maria” (Com vosso divino
Filho, abençoai-nos ó Virgem Maria). E pela primeira vez que estas palavras
da Congregaçã o ressoam neste lugar. Que continuem ressoando por todos
os tempos vindouros!

2 Pai, mã e e filhos se alegram ao transferir-se para o novo lar, mesmo


que em comparaçã o com a maravilhosa habitaçã o alugada que deixaram,
seja despretensioso e modesto. O pensamento de que a casa é nossa
propriedade, compensa largamente todas as demais vantagens. Hoje,
també m nó s saboreamos semelhante alegria familiar. Esta Capelinha
pertence à nossa pequena família da Congregaçã o, na qual reina nossa Mã e
celestial. Ela é toda nossa, somente nossa. Sem inveja, deixamos para os
outros a capela da casa, mais bela do que esta - a casa alugada que tivemos
até agora. Alegramo-nos e nã o permitimos que algué m nos roube esta
alegria. Com ela, justificado sentimento de orgulho, hoje faz pulsar mais
fortemente nosso coraçã o. Este Santuá rio, mais ou menos abandonado há
tempo, foi restaurado por nó s e entregue à Mã e de Deus. Ao menos desde
que os Pallottinos vivem aqui, estas paredes nã o viram ornamento mais
belo do que o de hoje. Será que neste auspicioso fato podemos vislumbrar
pressá gio favorá vel para o futuro desenvolvimento de nossa jovem
Congregaçã o?

3 Com toda a certeza! Seria obra sublime, digna do zelo e do suor dos
mais nobres se nó s, congregados, conseguíssemos fazer desabrochar em
nosso colé gio ardente amor a Maria e elevada aspiraçã o à virtude, como
nunca houve.

4 Por que me exprimo de maneira tímida e reservada? Acaso perdi a


confiança em vó s? Na verdade, existem apenas ruínas de nossa florescente
Congregaçã o. Em breve, poré m, dela surgirá nova vida. Convenci-me desta

1 Documento de Schoenstatt. p. 47-50 - Ia edição


verdade, graças à vossa fiel cooperaçã o no ano passado e ao genuíno
espírito mariano de que vos apropriastes. Nas fé rias, sob o fumo e a poeira
do dia ú til. talvez, se desfizeram muitos ideais. Muitos princípios, que
durante o ano nos pareciam inquebrantá veis, nã o resistiram à prova na
vida prá tica. No entanto, tenho a certeza de que uma coisa permaneceu: a
convicçã o de que o genuíno congregado e a verdadeira grandeza religioso-
moral de estado sã o insepará veis. Como no final do ano letivo, també m
hoje, nos anima o anseio de alcançar a vitó ria, isto é , a conquista do ideal
de nossa Congregaçã o. Nã o, meus queridos congregados, nã o perdi a
confiança em vó s. Sei que, construindo sobre o que até agora conquistamos,
faremos grandes progressos, como nos propusemos no ano passado.

5 O lento desenvolvimento da graça de nossa vocaçã o e o grau mais


elevado do espírito religioso e apostó lico, que dela dimana, ainda nã o é o
que eu quisera propor-vos como objetivo. Minha exigê ncia vai muito alé m.
Cada um de nó s deve alcançar o mais alto grau imaginá vel de perfeiçã o de
estado e de santidade. Nã o simplesmente o grande e o maior, poré m, o
má ximo há de ser a meta de nossa mais elevada aspiraçã o. Certamente
compreendeis que ouso apresentar-vos tal exigê ncia extraordiná ria na
forma de modesto desejo.

6 Se, poré m, quiserdes saber o autor deste desejo, posso revelar- vos a
ideia predileta que acalento em meu interior.

7 Ao contemplar as magnificê ncias divinas no monte Tabor, Pedro


exclamou encantado: “Aqui é bom estar! Façamos trê s tendas” (Mc 9,5).
Estas palavras sempre me voltam à memó ria e frequentes vezes me
perguntei: Nã o seria possível que a Capelinha de nossa Congregaçã o se
tornasse nosso Tabor, no qual se manifestem as magnificê ncias de Maria?
Sem dú vida, maior açã o apostó lica nã o podemos realizar, herança mais
preciosa nã o podemos legar aos nossos sucessores do que mover nossa
Senhora e Rainha a estabelecer aqui, de modo especial, o seu trono,
distribuir seus tesouros e realizar milagres da graça. Pressentis o que viso:
gostaria de transformar este lugar, num lugar de romarias e de graças para
nossa casa, para toda a Província alemã e, talvez, para mais alé m. Todos os
que aqui chegarem para rezar, terã o de experimentar as magnificê ncias de
Maria e confessar: Aqui é bom estar! Aqui queremos construir tendas! Este
será o nosso lugarzinho predileto! Esta ideia é ousada, quase ousada
demais para o pú blico em geral, mas nã o para vó s. Quantas vezes na
histó ria universal, fatos pequenos e insignificantes, converteram-se em
grandes acontecimentos. Por que nã o poderia també m ser este o nosso
caso? Quem conhece o passado de nossa Congregaçã o, nã o terá dificuldade
em crer que a Divina Providê ncia planeja algo especial com ela.

8 Dizendo isto, meus caros congregados, sinto que minhas palavras


encontraram eco: vossos coraçõ es se inflamaram. Fizestes vosso o meu
plano. Deposito tranquilamente em vossas mã os tanto o projeto como a sua
execuçã o. Nã o tenho receio de escrevê -lo em nossa crô nica. As geraçõ es
futuras nos julguem. Será que atingiremos nosso objetivo? Quanto
depender de nó s - nã o digo duvidando, mas com plena confiança - nó s
todos, meus queridos congregados, nada deixaremos faltar. Como a Capela
de Nossa Senhora, em Florença, teve grande importâ ncia na santificaçã o de
Sã o Luís, nosso segundo patrono, esta Capelinha de nossa Congregaç ã o
deverá ser para nó s o berço da santidade. Esta santificaçã o fará suave
violê ncia à nossa Mã e celestial e atrai-la-á para junto de nó s.

9 Aconteceu há mais de cinco sé culos. Ingleses e franceses


dilaceravam-se em guerra sangrenta. A França estava prestes a ser
inteiramente aniquilada. Neste tempo, uma jovem francesa, singela aldeã ,
em fervorosa oraçã o, suplica à Mã e de Deus, a salvaçã o de seu rei. De
repente, aparece-lhe o arcanjo Sã o Miguel e lhe diz: “Aquela a quem o
grande Deus reconhece como sua Mã e, ordenou-me que viesse a ti e te
incitasse a tomar a espada, cingir teu corpo com armadura e defender a
causa da justiça. Libertará s a cidade de Orlé ans de seus inimigos e levará s
o rei à coroaçã o em Reims. Na Igreja de Santa Catarina, em Fierbois, há
uma espada enterrada atrá s do altar. Manda desenterrá -la e cingi-te com
ela'’.

10 A jovem chamava-se Joana D'Arc e tornou-se conhecida na histó ria


com o nome de “Virgem de Orlé ans”. Pio X beatificou- a em 1909. Parece-
me como se neste momento, aqui. nesta antiga Capelinha de Sã o Miguel,
Nossa Senhora nos falasse pela boca do santo Arcanjo:

11 Nã o vos preocupeis com a realizaçã o do vosso desejo. Ego diligentes


me diligo. Amo aos que me amam. Provai primeiro que realmente me amais
e tomais a sé rio os vossos propó sitos. Agora tendes a melhor ocasiã o para
demonstrá -lo. Conforme o plano da Divina Providê ncia, a grande guerra
europeia é meio extraordinariamente proveitoso na obra de vossa
santificaçã o. Esta santificaçã o exijo de vó s. Ela é a armadura a vos revestir,
a espada com a qual deveis libertar vossa pá tria de seus poderosos
inimigos, colocando-a na vanguarda do mundo antigo.

No ano de 1919, o Documento de Fundaçã o recebeu a seguinte


complementaçã o:

“Nã o creiais que seja algo extraordiná rio se elevais ao má ximo, mais do
que as geraçõ es passadas, as exigê ncias a respeito de vó s mesmos, dado o
tempo tã o sé rio e tã o grande como o que vivemos atualmente. Conforme o
plano da divina Providê ncia, a grande guerra europeia deve ser, com seus
poderosos impulsos, meio extraordinariamente proveitoso para v ó s na
obra de vossa santificaçã o. Esta santificaçã o eu exijo de vó s. Ela é a
armadura a vos revestir, a espada com a qual deveis lutar pela consecuçã o
de vossos desejos. Trazei-me muitas contribuiçõ es ao Capital de Graças.
Pelo fiel e fidelíssimo cumprimento do dever e por zelosa vida de oraçã o,
adquiri muitos mé ritos e ponde-os à minha disposiçã o. Entã o, de boa
vontade, estabelecer-me-ei em vosso meio e distribuirei dons e graças em
abundâ ncia. Daqui atrairei a mim os coraçõ es juvenis. E os educarei a
serem instrumentos aptos em minhas mã os.”

Aprofundamento pessoal

As palavras do Pe. Kentenich, em 18 de outubro de 1914, foram de tã o


grande importâ ncia, que entraram na histó ria como o Documento de
Fundaçã o de Schoenstatt. Foi a hora natalícia de Schoenstatt, o início de
uma nova torrente de graças, que começou a jorrar para o mundo, a partir
do Santuá rio.

PERGUNTAS SOBRE O DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO

( Documento de Fundação pág 33)

1. Qual é a causa da alegria do Pe. Kentenich?

2. O que a Congregaçã o Mariana quer fazer desabrochar no


Seminá rio?

3. O que aconteceu nas fé rias?

4. O que é insepará vel?

5. Que exigê ncia Pe. Kentenich coloca?

6. Qual é a idé ia predileta do Pe. Kentenich?

7. Qual é a maior açã o apostó lica?

8. Comparando o Santuá rio com a Capela de Nossa Senhora de


Florença, o que o Santuá rio deve ser para nó s?

9. Por que Pe. Kentenich conta a histó ria de Joana d ? Arc?

10.Quais sã o as exigê ncias?

11.Quais sã o as promessas?

12.O que nos chamou especial atençã o no Documento de Fundaçã o?

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