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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

CÂMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

III CICLO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO


O TRABALHO PEDAGÓGICO E SUAS INTERFACES

ANAIS
Organizadoras
Edite Maria Sudbrack
Patrícia Simone Grando
Daiane da Silva Oliveira
Julia Dammann

Frederico Westphalen
2017
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-
SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Para ver uma cópia desta licença, visite
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/.

Organização: Edite Maria Sudbrack, Patrícia Simone Grando, Daiane da Silva Oliveira e Julia
Dammann
Revisão metodológica: Responsabilidade dos autores
Diagramação: Tani Gobbi dos Reis
Capa/Arte: Silvana Kliszcz
Revisão Linguística: Responsabilidade dos autores

O conteúdo de cada trabalho bem como sua redação formal são de responsabilidade exclusiva
dos (as) autores (as).

Catalogação na Fonte elaborada pela


Biblioteca Central URI/FW

C568a Ciclo de Estudos em Educação (3.: 2017 : Frederico Westphalen, RS)

Anais do III Ciclo de Estudos em Educação: o trabalho pedagógico


e suas interfaces / Organizadora Edite Maria Sudbrack et al. - Frederico
Westphalen : URI, 2017.
1466 p.

ISBN 978-85-7796-222-8

1. Educação. 2. Ensino. 3. Aprendizagem. I. Sudbrack, Edite Maria.


II. Título.

CDU 37

Catalogação na fonte: Bibliotecária Jetlin da Silva Maglioni CRB 10/2462

URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões


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Impresso no Brasil
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CAMINHO TEÓRICO: A MORTE AO LONGO DO TEMPO

Patrícia Simone Grando1


Ilse Maria Vivian2

E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua


mais solitária solidão e te dissesse: 'Esta vida, assim como tu
a vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma
vez e ainda inúmeras vezes; e não haverá nela nada de novo,
cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o
que há de indizivelmente pequeno e de grande em tua vida
há de retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do
mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do
mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta
da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela,
poeirinha da poeira!' - Não te lançarias ao chão e rangerias
os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasse assim?
Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que
responderias: "Tu és um deus, e nunca ouvi nada mais
divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim
como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse; a
pergunta, diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda
uma vez e ainda inúmeras vezes?" Pesaria como o mais
pesado dos pesos sobre teu agir! Ou então, como terias de
ficar de bem contigo mesmo e com a vida, para não desejar
nada mais do que essa última, eterna confirmação e
chancela?"
Friedrich Nietzsche

Resumo: A morte tem sido deixada de lado na sociedade. O motivo desse ‘desinteresse’ está
fortemente atrelado à sociedade moderna e ao mundo capitalista, uma vez que o ser morto não
consome e não produz, sendo assim atrapalha o bom andamento da ‘máquina’ e precisa ser
deixado de lado. Somos influenciados a passar rapidamente pelos momentos de luto e voltar
logo à rotina e às nossas funções. Pensar a morte causa estranhamento, e esse estranhamento
precisa ser evitado, ‘não pense, siga em frente’, e assim passamos por cima do luto e
seguimos o dia a dia. Quanto mais complexidade a morte ganha, mais distantes dela somos
estimulados a ficar. Neste estudo trilharemos o caminho da morte desde a Grécia antiga até os
tempos contemporâneos para, de forma entrelaçada com a teoria, vermos em que momento a
morte passou a ser causadora de tanto desconforto

1
Mestranda em Letras (Literatura Comparada) pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Senso em Letras, da
URI/Câmpus de Frederico Westphalen. E-mail: grando.psg@gmail.com
2
Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Senso em Letras, da URI/Câmpus de Frederico Westphalen.
E-mail: ilsevivian@hotmail.com

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INTRODUÇÃO

A palavra morte (mors mortis) possui etimologia proveniente do latim e significa “fim
da vida, falecimento, destruição”. Morte – Mors – também era o nome de Thânatos, o deus da
morte, e Hades seria o deus do mundo dos mortos (CUNHA, 1986). No Dicionário Básico de
Filosofia temos o seguinte: “Em seu sentido filosófico, a morte sempre foi entendida como o
desaparecimento ou cessação da existência humana, mas levando a se pensar o sentido da
vida” (JAPIASSÚ; MARCONDES, 2001, p.188).
A consciência da morte nem sempre foi encarada com espanto, o homem primitivo
simplesmente deixava seus mortos para traz, os primeiros sinais de culturas nas quais os
mortos recebiam cuidados datam de 35 mil anos antes de Cristo, antes deste período o corpo
morto era simplesmente deixado abandonado, uma vida que concluiu seu ciclo, seja um
homem ou um animal. Foram registrados ao longo da história quatro processos funerários: a
pedra tumular, o enterro, o dessecamento e a cremação. Em cada povo, em cada cultura, a
morte foi assumindo diferentes significações (CHIAVENATO, 1998).
O fato é que com o passar do tempo cada vez mais o ser humano foi tomando
consciência de sua finitude e da fragilidade da vida. Surge então o medo da morte, o medo
que cerca o desconhecido. Sua significância entra em debate em várias áreas do saber, porém
a questão da aceitação do homem quanto à finitude da vida ainda é um campo de frágil debate
(DELUMEAU, 2009).
Com a consciência da finitude, o homem começa a busca por maneiras para evitar o
esquecimento. Foucault (2009, p.47) destaca que a partir desse momento a escrita e a fala
ganham um caráter de fuga em relação à morte: “Escrever para não morrer, como dizia
Blanchot, ou talvez mesmo falar para não morrer é uma tarefa sem dúvida tão antiga quanto a
fala”.
Não existe uma boa hora para morrer, e bem no fundo, todos sempre desejamos viver
um pouco mais, Heidegger (2009) destaca que pouco adianta considerar a morte como algo
existente e distante, pois, além dela ser uma certeza, ela pode vir a qualquer momento, sem
nenhum aviso ou chance de despedida. Em nossas vidas, a morte está sempre espreitando,
cabe a cada um decidir como viver com essa certeza, passar a vida com medo a sua espera, ou
se colocar indiferente ao fim.
O interesse de estudo que o tema da morte desperta está em abordar o caráter do
desconhecido e inevitável, que talvez seja a única certeza a qual o ser humano não é capaz de

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chegar. Buscamos compreender o sentido da morte para conseguir seguir vivendo, assim
criamos representações e mitos para acreditar que existe um depois, que as coisas não irão
simplesmente acabar, que haverá um céu, um paraíso, um mundo dos mortos e tantas outras
crenças nas quais nos apegamos para sobreviver com o peso da morte nas costas.
Com o surgimento das religiões e da religiosidade, a morte ganhou destaque tanto nas
culturas ocidentais quanto orientais. Para construir um caminho teórico de compreensão sobre
a forma como as diferentes culturas entendem a morte partiremos das crenças gregas,
passando pela idade média e idade moderna, tempo pós-moderno até a atualidade.
Os gregos antigos não temiam a morte, como não possuíam religião não conheciam
esse temor. O conceito de imortalidade trazido pela religião fez com que seu inverso fosse
temido. Na Grécia antiga, os mortos não recebiam cuidados especiais tendo em vista uma
outra vida e a cremação era adotada por ser mais higiênica. Ainda não existia uma
composição religiosa, a figura do Anax3 (monarca) funcionava como uma unidade religiosa e
era tratado como detentor da palavra verdadeira. Com o declínio deste líder político surge a
figura do Basileus4 e com ele o período homérico. Neste momento os poemas de Hesíodo e
Homero trazem a importância do culto aos heróis mortos em combate e honrados pelos vivos.
O culto aos heróis exercia controle político sobre as massas, se baseava no culto aos mortos
ilustres e poderosos da época (SILVA, 2009).
Na cultura grega, as pessoas que faleciam iam para mundo dos mortos, governado por
Hades, porém mesmo lá haviam distinções: para o Tártaro eram enviados os ímpios e os titãs,
para viverem em sofrimento; no Hades, as almas dos mortos (pessoas comuns) vagavam; e os
heróis iam para os Campos Elíseos, aonde dispunham de prazeres, delícias e felicidade,
destaca Silva (2009).
Os períodos de poder político na Grécia foram se modificando e com eles também o
culto aos mortos, mas muitas coisas foram mantidas através do tempo, no período clássico os
heróis das batalhas de Tróia e Tebas continuariam habitando os Campos Elíseos, contudo
outros homens passaram a ter a mesma sorte, ao homem comum restou apenas o culto aos
ancestrais, que assim como eles, na morte, habitariam o Hades (SILVA, 2009).
Já na Idade Média encontramos um homem que “[...] tem a convicção de não
desaparecer completamente, esperando a ressurreição [...] pois tudo continua na eternidade”
3
Anax é um termo grego que significa “senhor” (KERÉNYI, 2004).
4
Basileus também é um termo grego que significa "Rei". É um título dado ao rei na Grécia do Segundo milênio
(a.C.). Primariamente, é como um senhor feudal. Seu governo era uma monarquia, muito parecido com o
sistema feudal da Idade Média (DICIONÁRIO INFORMAL, s.d.).

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(DUBY, 1998, p.122), neste período o discurso da Igreja volta-se para existência de dois
lugares destinados aos mortos: o céu e o inferno, e a ‘escolha’ desse lugar dependeria de suas
ações durante a vida. Pessoas de boa índole, que durante a vida cultivassem boas ações e boas
atitudes com seus semelhantes seriam levadas para o céu, enquanto os maus feitores e as
pessoas com atitudes vingativas e desonestas estariam condenadas ao inferno (BERKHOF,
1990).
Criou-se também a alusão a um terceiro lugar, o purgatório, no qual ficariam as almas
que ainda não estariam puras o suficiente para entrar no céu, mas que também não eram tão
más para merecerem o inferno. O purgatório é concebido como um local de purificação, o
tempo que essa purificação pode levar depende muito dos pecados cometidos, e a oração era
considerada uma forma de diminuir este período de espera para a entrada no céu (BERKHOF,
1990).
Na Idade Média, a morte era percebida com naturalidade, algo que fazia parte da
cultura, até mesmo por essa visão trazida pela religião, de que haveria algo depois, o Céu, o
paraíso para o qual as boas almas iriam viver em paz, e mesmo aqueles que não tivessem sido
tão virtuosos em vida poderiam, no purgatório, limpar-se toda maldade para depois desfrutar
da ‘paz eterna’. Porém ao chegarmos aos tempos modernos a morte passou a ser sinônimo de
fracasso e vergonha, assim inicia-se a batalha para vencê-la e quando não isso não é
alcançado, tenta-se negá-la e evitá-la, os mortos de hoje são vistos pela sociedade como
presenças inconvenientes, em completa oposição à vida (RODRIGUES, 1995).
Essa atitude da era moderna é também uma consequência da sociedade de consumo,
na qual o ser morto nada representa uma vez que não produz e não consome, dessa forma se
torna um empecilho ao capitalismo dominante.

O fenômeno da aniquilação do corpo é, de modo contínuo, perturbador, como medo


ininterrupto, sempre sugestionando o imaginário dos homens (VOVELLE 1996, p.
15)

Na era pós-moderna o tema da morte ganha força outra vez, as grandes chacinas, as
mortes em série, os confrontos entre as nações que aniquilam diariamente milhares de
pessoas, o consumo acima da vida, o material acima do humano, tudo isso acaba por deixar o
sujeito pós-moderno em crise, a morte ganha um entorno trivial, a vida é descartável
(SCHÜLLER, 2010 apud TRINDADE, 2012).

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O ser humano torna-se vazio, não encontra mais respaldo em suas crenças, que antes
tornavam a morte menos dolorosa, com promessas de um depois e de uma continuidade. Mas
a partir do momento que a vida se torna descartável, as crenças não conseguem se manter
fortes, embora ainda existam, são facilmente questionadas.
Os ritos de passagem perdem seu significado, a morte passa ganha entornos
individuais, os velórios deixam de ser feitos pelas famílias, em suas casas, empresas
especializadas no momento da morte passam a ser contratadas, assim como espaços para
velórios começam a existir, começa o processo de transformar a morte em um negócio, o luto
precisa ser amenizado para a vida seguir o mais rápido possível.
O luto, que como destacado por Freud (2011, p.47) “[...] é a reação à perda de uma
pessoa querida ou de uma abstração que esteja no lugar dela [...]”, é um momento doloroso,
mas que auxilia o processo de aceitação da perda da pessoa querida, um estágio de sofrimento
necessário ao ser, o autor explica esse processo da seguinte forma:

[...] a prova de realidade mostrou que o objeto amado já não existe mais e agora
exige que toda a libido seja retirada de suas ligações com esse objeto. Contra isso se
levanta uma compreensível oposição; em geral se observa que o homem não
abandona de bom grado uma posição da libido, nem mesmo quando um substituto já
se lhe acena. Essa oposição pode ser tão intensa que ocorre um afastamento da
realidade e uma adesão ao objeto por meio de uma psicose alucinatória de desejo. O
normal é que vença o respeito à realidade. Mas sua incumbência não pode ser
imediatamente a tendida. Ela será cumprida pouco a pouco com grande dispêndio de
tempo e de energia de investimento, e enquanto isso a existência do objeto de
investimento é psiquicamente prolongada. Uma a uma, as lembrança s e
expectativas pelas quais a libido se ligava ao objeto são focalizadas e
superinvestidas e nelas se realiza o desligamento da libido (FREUD, 2011, p.49).

A morte é cada vez mais evitada, assim como todo processo que a cerca e também o
processo depois dela (luto), sem pensar em como o ser humano conseguirá lidar com a
realidade do morrer, a ordem é não falar, não pensar e tentar correr para o mais longe possível
dela. As tentativas de prolongar a vida e tratar as doenças ganham cada vez mais força, é o ser
humano em sua luta mais ameaçadora, o ser humano tentando evitar que a morte o pegue.
Philippe Ariès (2003) fala da forma como a morte é vista nos dias atuais, salientando
que o modo de lidar com isso vem mudando muito ao longo dos tempos, como pudermos
notar diante do que foi exposto até agora.
O estudioso destaca que “tecnicamente admitimos que podemos morrer, fazemos
seguros de vida para preservar os nossos da miséria. Mas, realmente, no fundo de nós
mesmos, sentimo-nos não mortais” (2003, p.102). Sabemos que um dia ela chegará, mas

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sentimos que o amanhã está garantido, que ainda teremos tempo, que ainda teremos outras
chances, mesmo que a vida não esteja boa agora, pensamos que tudo bem, pois no futuro será
diferente.
A morte marca o fim físico de cada ser, e essa é a grande marca de angústia da morte.
No pensamento de Heidegger (2009) o homem autêntico é aquele que encara essa angústia,
buscando abrigo na impessoalidade, fundamentando-se no ser. Ao perceber a morte do outro,
criamos consciência de nossa própria morte.
Sartre (1997, p.657) destaca que ela “[...]pode sempre surpreender antes do tempo
aqueles que a esperam para tal e qual data”. O autor destaca que podemos aceitar a existência
e certeza da morte ou nos colocarmos em uma posição de vulnerabilidade e desistência diante
dela.
A forma como a morte nos marca depende muito de como ela chega até nós, uma vez
que a morte de um desconhecido não nos abala, porém quando mais próxima for a pessoa a
morrer, mais próximos nos sentimos da morte, é como se aos poucos ela fosse se achegando,
se apresentando e explicando que não há saída, Morin (1988, p.32) vai de encontro a esta
ideia:

A dor provocada por uma morte só existe se a individualidade do morto tiver sido
presente e reconhecida: quanto mais o morto for chegado, íntimo, familiar, amado
ou respeitado, isto é, único, mais a dor é violenta; não há nenhumas ou há poucas
perturbações por ocasião da morte do ser anónimo, que não era insubstituível.

Morin (1988) também destaca o quanto a morte é vazia, que a ideia de morrer se liga a
um não saber e o não saber traz um sentimento depressivo, um indivíduo se foi, deixou de
existir, e um dia também deixará de ser lembrado, assim restará o nada.
A morte é impossível de ser esquecida, Ricoeur (2007, p.369) destaca que dessa forma
ela acaba possuindo também um sentido conciliador “uma vez que o momento do
distanciamento é sobrepujado pelo momento de apropriação, a morte torna-se suscetível de se
inscrever na compreensão de si como morte própria, como condição mortal.”, na morte o
homem torna-se sujeito e objeto de uma mesma ação, enquanto na morte do outro ele é apenas
solidário e espectador.

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CONCLUSÃO

Falar sobre morte, mesmo que seja perturbador, é necessário, pois auxilia na
elaboração da ideia da finitude humana, claro que provoca certo desconforto, pois nos damos
conta de nossa própria finitude, o inevitável, a certeza de que um dia a vida como conhecemos
acabará.
A certeza da morte incorpora uma série de estruturas psicológicas, e isso esperta a
nossa curiosidade científica. Em outras palavras, o enfoco de interesse seria como os
indivíduos lidam com a morte, qual a sua atitude diante do inevitável.
O objetivo do presente estudo (ainda inconcluso) é o aprofundamento teórico desta
questão, focando o modo pelo qual o homem trabalha com este fenômeno humano inevitável,
percebendo as estruturas psicológicas que são acionadas quando o homem se encontra diante
da morte.
Falar sobre a morte não é algo novo, ao longo dos anos muitos historiadores,
sociólogos, filósofos, biólogos, psicólogos e antropólogos estiveram a discutir o assunto. A
morte é uma questão essencialmente humana, e estudos sobre ela auxiliam na compreensão do
ser humano sobre o assunto.

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