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15 erros que o Técnico de Segurança do Trabalho não

pode cometer
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December 2, 2013

Nesse artigo apresentaremos 15 erros que o Técnico de Segurança do Trabalho não


pode cometer.

A profissão de Técnico de Segurança do Trabalho esconde algumas particularidades


interessantes e importantes. Algumas pedras ser escondem no caminho, pedras essas que
podem nos fazer tropeçar! Estar atento não é opção, é obrigação!

Veja ao longo do textos os erros mais comuns cometidos no nosso trabalho e aprenda a
fugir deles o mais rápido possível. Antes de mais nada é preciso dizer que o texto
proporciona uma análise profunda a respeito da nossa postura dentro dos ambientes de
trabalho.

ÍNDICE DE CONTEÚDO
1. Erros que o Técnico de Segurança do Trabalho não pode cometer
2. Aproveitar a realidade como tema
3. Precisamos lembrar que se entregar a situação não resolve o problema!

Erros que o Técnico de Segurança do Trabalho não pode


cometer
1 – Pensar que sabe tudo

Em se tratando de segurança do trabalho que tem muita coisa e muita norma interpretativa
uma opinião pode mudar todo nosso ponto de vista.
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A área da segurança do trabalho é tão complexa, que não nos permite saber a
maioria das coisas relacionadas a ela.

Vamos pensar em um Técnico de Farmácia para ilustrar nossa opinião. Se um Técnico de


Farmácia sai de um emprego hoje e entra em outro amanhã provavelmente não terá
dificuldades com o novo trabalho.

Os remédios serão praticamente os mesmos, os procedimentos de trabalho serão os


mesmos, o ambiente de trabalho (que é a farmácia) será praticamente igual ao do
emprego anterior. Concluindo, tudo no novo trabalho será quase o mesmo do trabalho
anterior e a dificuldade com o novo será mínima.

Agora vamos pensar em um Técnico de Segurança do Trabalho que trabalha em um


hospital. Se o técnico que trabalha em hospital sai do emprego hoje e entra trabalhando na
mesma função em uma mineradora, terá que praticamente reaprender a profissão.

O ambiente hospitalar nada tem a ver com o ambiente de uma mineradora, tudo que ele
tenha aprendido em anos de trabalho não valerá muito no novo emprego. Assim acontece
com vários segmentos de segurança do trabalho, do que se aprende em um segmento
pouco se aproveita em outro.

O grande segredo do sucesso profissional na carreira de Técnico de Segurança do


Trabalho é estar sempre estudando. Ás normas são alteradas constantemente, e o
ambiente de trabalho por uma simples mudança de layout pode passar a apresentar riscos
diferentes.

Precisamos estar de olho no site do Ministério do Trabalho, nos grupos e sites que tratam
de segurança do trabalho para saber aquilo que é importante e que está ocorrendo em
nossa volta.

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Uma novidade bem recente —> Treinamento de NR EAD e Semipresencial é Permitido por
Nota Técnica

Aproveitar a realidade como tema


Um acidente que ocorreu em uma empresa e que vimos através dos sites e grupos, pode
virar tema do nosso DDS e de nossas palestras.

Casos reais sempre levantam muita curiosidade. Falar com os funcionários apenas
sobre normas não irá despertar tanto interesse neles. Experimente falar sobre causos
e acidentes da atualidade e terá resultados bem mais expressivos.

2 – Não cuidar da própria segurança

Na segurança do trabalho nossa palavra vale pouco ou quase nada! O que vale é
documentação. Nosso trabalho é cercado por muita responsabilidade e nem sempre a
empresa dá o suporte que precisamos para desenvolver nosso trabalho. Documentar
possíveis omissões da empresa é obrigatório a quem não se ver comprometido com a
justiça depois.

Somente documentar não resolve o problema em alguns casos. Quando a omissão da


empresa for grande é melhor deixar o emprego. É melhor perder o emprego do que a
liberdade”!

3 – Terceirizar o trabalho que pode fazer

Tem Técnico de Segurança que terceiriza mesmo quando pode fazer. Por exemplo, se
você tem autorização da empresa para elaborar o PPRA por que não fazer? É claro que
em algumas empresas ter tempo para elaborar tudo o que se pode fazer é bem
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complicado. Más, temos que pensar que quanto mais terceirizamos menos controle temos
sobre programas e procedimentos que nos dizem respeito.

Quanto mais puder fazer pela empresa mais bem visto será, e mais controle terá sobre seu
departamento e as ferramentas que o cercam.

4 – Se acomodar perante as dificuldades

Pode acontecer que de tanto lutar para conseguir fazer segurança na empresa e ás vezes
em vão, desistamos de tentar, nos entregando completamente, e no máximo entregando
EPI… Tal condição além de gerar risco de responsabilidade em caso de acidente de
trabalho, gera sofrimento, afinal, ninguém se forma no segmento de segurança do trabalho
apenas para entregar EPI.

Precisamos lembrar que se entregar a situação não resolve o


problema!
Talvez uma simples conversa com a direção da empresa possa resolver o problema. Se
não resolver, pare e analise se vale a pena continuar fazendo parte da empresa. Se vale a
pena correr o risco de ver o acidente acontecer por causa de uma condição insegura, se
vale a pena correr o risco de responder solidariamente pelo acidente juntamente com a
empresa que te contratou…

5 – Aceitar desvio de função

Técnico de segurança do trabalho tem carga de trabalho definida pela NR 4, item 4.8, são
8 horas de trabalho por dia em prol de ações prevencionistas na empresa.

Se a empresa ficar te desviando de função poderá ser multada por isso.

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Vale ressaltar que desvio de função é uma coisa, outra é ajudar outras áreas quando
necessário. O desvio ocorre quando vira rotina se ocupar com serviços das áreas dos
outros.

Leitura recomendada: Oque o Técnico de Segurança Pode Fazer Para Evitar o Desvio de
Função?

6 – Não observar a hierarquia da empresa

Precisamos ter uma visão real a respeito do nosso verdadeiro papel a ser desempenhado,
bem como, de onde devemos nos posicionar na empresa.

Não somos os líderes no setor do funcionário, por isso, não devemos ficar distribuindo
broncas a advertências na empresa. Isso é dever do verdadeiro líder do funcionário, do
líder de setor.

7 – Não conhecer a empresa onde trabalha

É preciso conhecer as pessoas com quem trabalhamos, ás vezes confiamos em quem não
devemos e quando prestamos atenção já fomos ao chão! As pessoas são a coisa mais
perigosa que existe.

Se dar o tempo de conhecer os colegas de trabalho é fundamental para evitar ser


surpreendido depois. Seguindo esse pensamento devemos lembrar o que está escrito no
livro de Jeremias 17:5 “maldito é o homem que confia no homem”.

Mesmo as pessoas mais amáveis hoje podem se tornar a pedra no seu sapato amanhã.
Esteja atento e pense o tempo todo “até onde vale a pena confiar em alguém”…
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8 – Se ausentar por muito tempo do chão de fábrica

No chão de fábrica é onde as coisas acontecem. É claro que precisamos cuidar da parte
documental, más, cuidar dos riscos na fonte é bem mais importante do que “apenas” os
colocá-los no papel.

A palavra chave nesse sentido é ser dosador! É procurar trabalhar fazendo as coisas na
dose certa e na sequencia certa. É saber dosar o tempo entre chão de fábrica e serviço
documental.

9 – Não saber se comunicar

Quanto mencionamos aqui comunicação


não nos referimos apenas a comunicação
verbal, e sim, qualquer tipo de
comunicação. Na nossa profissão
precisamos saber nos comunicar:

– Por escrito: Não é preciso ser um Jânio


Quadros, mas, é preciso saber se virar
minimamente.

É incrível e ás vezes chocante a quantidade de erros que ás vezes encontro nos


comentários dos colegas tanto no site quanto no Facebook. Fico pensando será que na
empresa eles erram da mesma forma? Acredito que sim. Erros gramaticais normalmente
ocorrem com quem lê pouco ou é muito displicente no que faz.

Não podemos nos acomodar com a escrita errada! Em tudo que fazemos deixamos nossa
marca, deixamos nossas pegadas, tudo serve como referência do que somos! Precisamos
nos preocupar com o que temos deixado, e com o que aparentamos ser!

– Verbalmente: Usar gírias ou linguagem de baixo calão mancha a imagem de qualquer


profissional e com o Técnico de Segurança do Trabalho não é diferente.

O profissional de nível técnico precisa atuar como profissional de nível técnico que é.
Precisa saber pelo menos o mínimo da linguagem do país para poder se comunicar, falar
de forma errada é outra coisa que não podemos nos admitir.

10 – Não saber usar as ferramentas que possui

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– Tecnologia: Precisamos e devemos tirar proveito dos avanços tecnológicos que estão á
disposição da nossa geração. Por incrível que pareça tem Técnico de Segurança do
Trabalho que tem dificuldade para enviar um e-mail. Gente, isso é o básico do básico que
precisamos saber!

Precisamos dominar de forma razoável pelo menos os sistemas que enviam e-mails, e os
programas tipo:

– Microsoft Word: Usamos esse para fazer PPRA, criar relatórios, fazer Mapa de Risco,
criar procedimentos de segurança para ser entregues aos funcionários, criar comunicados
que podem ser colocados no mural da empresa, criar documentos de CIPA (atas,
processo eleitoral, etc.). Criar lista de presença e cronogramas de presença.

– Microsoft Power Point: Para criar treinamentos e apresentações, criar Mapa de Risco.

– Microsoft Excel: Criar planilhas de controle de extintores, controle de das de CIPA,


Check list, Mapa de Risco. Criar planilha para ser “colada” no PPRA. Criar planilha de
presença e controle de datas de treinamentos.

– Microsoft Paint ou Paint Net: Criar ou modificar imagens para serem usadas em
treinamentos e campanhas de segurança. Fazer Mapa de Risco. Criar materiais para
serem usados em campanhas de segurança.

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– Facebook: O que tem de gente se complicando na empresa por causa de bate papo e
Facebook “não está no gibi (essa é antiga :))”. Precisamos saber tirar proveito das
ferramentas e não usá-las para benefício próprio. O que é da empresa é para uso no
trabalho.

11 – Ser fumante

Como o Técnico de Segurança do Trabalho sendo fumante terá “moral” para fazer
campanhas Sobre os Efeitos Nocivos e Restrições ao Fumo: Portaria Interministerial
MS/MTb 3.257 de22/09/1988.

E mais, que o cigarro faz mal a saúde todo mundo sabe! Como alguém que faz mal a
própria saúde respiratória por causa do fumo poderá instruir o funcionário a usar máscara
para proteger para preservar a saúde?

Sei que temos alguns colegas fumantes, mas, antes de comentarem me xingando reflitam
sobre esse parágrafo. A intenção não é criticar e sim levar a reflexão, ok?

12 – Ser alcoólatra ou beberrão

Como o Técnico de Segurança do Trabalho sendo beberrão terá “moral” para fazer
campanhas Sobre os Efeitos do Uso de Bebidas Alcoólicas no Trabalho – Portaria
Interministerial GSI/MTE nº 10 de 10/07/2003.

13 – Ter uma vida sexual promíscua

Como um Técnico de Segurança do Trabalho com vida sexual promíscua poderá fazer
parte da Campanha Anual de Prevenção da AIDS prevista na NR 5 item 5.16 letra “P”.

Se sua vida sexual é promíscua, procure não transparecer isso no trabalho e cuidado com
as DST’s e AIDS elas são uma realidade mais presente a cada dia que passa.

14 – Não escutar a opinião dos outros

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Ninguém sabe tudo, e ás vezes basta escutarmos uma opinião de outra pessoa para
começar a ver um problema por outro anglo de vista!

Sempre costumo dizer que ás vezes as opiniões mais tolas podem virar joias se forem
analisadas com calma e humildade.

A pessoa que acha que sabe tudo na verdade não sabe nada. As pessoas mais
inteligentes que conheço são exatamente aquelas que mais interagem e mais estão
prontas a ouvir.

*O profissional inteligente sabe que não sabe tudo, sabe que outra pessoa sabe coisas
que ele não sabe, sabe que ele e outra pessoa juntos saberão muito juntos, sabe que
nunca saberá tudo que pode ser sabido! Fui claro!

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15 – Não cuidar da CIPA

A CIPA é braço da segurança do trabalho na empresa quem tem uma CIPA que funciona
já tem meio caminho andado para o se sucesso da gestão de segurança do trabalho na
empresa.

Como a CIPA é formada por funcionários voluntários, ou seja, os funcionários que não
recebem remuneração para ser cipeiro. Por não receberem financeiramente para fazer
parte da CIPA o único combustível que sobre para fazê-los trabalhar se chama motivação!

Precisamos aprender a motivar os cipeiros, precisamos cuidar da CIPA, mostrar que eles
cipeiros desempenham um papel importante e são importantes para toda empresa.
Garantir a segurança no ambiente de trabalho é garantir qualidade de vida no trabalho.

A CIPA precisa ser estimulada, apoiada e ouvida. É como se fosse uma planta que precisa
ser cuidada para dar fruto naturalmente.

O parágrafo com * (asterisco) é de autoria do Professor Mário Sergio Cortella.

Glossário:

CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

MS: Ministério da Saúde.

MTE: Ministério do Trabalho e Emprego.

PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

Alcoólatra: Pessoa que bebe todos os dias. Viciado em bebida alcoólica.

Check list: Lista de tarefas, check list ou lista de verificação é o nome dado a listas usadas
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para detalhar tarefas longas, a fim de otimizar as ações e o tempo gasto com elas.

Terceirizar: É quando a empresa abre mão de executar parte de um processo de trabalho


contratando outra empresa para fazê-lo. Seja por que a outra empresa domina o processo
ou para reduzir custos.

EPI: Equipamento de Proteção Individual

Dicas para Técnicos em Segurança do Trabalho recém formados

Como ser um bom Técnico em Segurança do Trabalho

Erros que o estagiário não pode cometer

Que Deus nos abençoe.

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