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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

ENGENHARIA CIVIL

CAIO CEZAR DA ROCHA SILVA RIBEIRO


DARLLAN NATHANAEL GOMES PIRES
DIEGO OLIVEIRA SILVA
JAQUELINE OLIVEIRA DA SILVA

Feira de Santana
2021
CAIO CEZAR DA ROCHA SILVA RIBEIRO
DARLLAN NATHANAEL GOMES PIRES
DIEGO OLIVEIRA SILVA
JAQUELINE OLIVEIRA DA SILVA

Trabalho solicitado pela professora Camila


Leal como uma das formas de avaliação da
disciplina TEC 165 – Saneamento II, do curso
de Engenharia Civil na Universidade Estadual
de Feira de Santana.

Feira de Santana
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
1.1 OBJETIVO ........................................................................................................................ 4
1.1 REFERENCIAL TÉCNICO ........................................................................................ 5
1.2 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO E LOCALIZAÇÃO........................ 5
2 ASPECTOS HIDROLÓGICOS ......................................................................................... 6
2.1 IDF (INTENSIDADE - DURAÇÃO - FREQUÊNCIA)................................................. 6
2.1.1 Tempo de retorno ............................................................................................... 8
2.1.2 Tempo de concentração .................................................................................... 9
2.2 FATOR DE RUGOSIDADE ....................................................................................... 9
2.3 COEFICIENTE DE DEFLÚVIO SUPERFICIAL ................................................... 10
2.4 ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO ................................................................................. 11
2.5 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE PROJETO .......................................................... 11
3. MICRODRENAGEM ............................................................................................................ 11
3.1. SARJETAS .................................................................................................................... 11
3.1.1. Declividade transversal ........................................................................................ 12
3.1.2. Altura da lâmina d’água ........................................................................................ 12
3.1.3. Declividade longitudinal ........................................................................................ 12
3.1.4. Fator de redução ................................................................................................... 12
3.1.5. Cálculo da Vazão .................................................................................................. 13
3.1.6. Cálculo da Velocidade .......................................................................................... 13
3.1.7. Cálculo do tempo de percurso ............................................................................ 13
3.1.8. Cálculo da vazão final ........................................................................................... 14
3.1.9. Cálculo da vazão de contribuição em cada nó ................................................. 14
3.2. BOCAS DE LOBO (BL)............................................................................................ 14
3.3. GALERIAS ................................................................................................................. 15
3.4. POÇOS DE VISITA .................................................................................................. 16
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 17
INTRODUÇÃO

O processo de urbanização e crescimento das cidades tiveram como uma


das consequências uma mudança no fluxo natural das águas pluviais. Neste
sentido, a água da chuva, que antes se infiltrava em sua maior parte no solo ou
eram retidas pela vegetação, teve essas parcelas reduzidas no contexto do
ambiente urbano.

Assim, em ambientes urbanos caracterizados por pavimentação asfáltica,


vegetação escassa e uma grande quantidade de edificações, a água não
encontra caminho para se infiltrar e a maior parcela das águas pluviais dão
origem a “chuva efetiva”, ou seja, ao escoamento superficial.

No ambiente urbano, é importante a gestão das águas pluviais, devendo-


se ter cuidado principalmente com o escoamento superficial, pois, quando não
bem administrado, o escoamento superficial pode causar diversos transtornos,
tanto para a população diretamente afetada, quanto para o meio ambiente,
resultando, por exemplo, na poluição de rios e outros cursos d’água. Locais de
drenagem insuficiente são frequentemente acometidos por transtornos como
alagamentos, prejuízos materiais e até acidentes.

Desta forma, a drenagem urbana é um aspecto de grande relevância,


sendo necessário que a água pluvial seja bem administrada e isso envolve tanto
a macrodrenagem, quanto a micro drenagem, bem como uma boa associação
entre elas. É importante também que cada residência ou qualquer outro tipo de
edificação executem ações individuais compensatórias, que visem diminuir o
volume de escoamento superficial, que consiste num volume acumulativo.

1.1 OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo a elaboração de projeto de drenagem


convencional de um empreendimento e a proposição de uma técnica
compensatória a ser aplicada na área de projeto, em substituição ou
incorporação à técnica convencional adotada.
1.1 REFERENCIAL TÉCNICO

O trabalho terá como base as normas indicadas abaixo.

● NBR 16085 - Poços de visita e poços de inspeção para sistemas enterrados -


Requisitos e método de ensaio;

● NBR 15645 - Execução de esgoto e drenagem pluvial com tubos de concreto;

● NBR 8890 - Tubo de concreto de seção circular para água pluvial e esgoto
sanitário;

● NBR 12266 - Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de


água esgoto ou drenagem urbana - Procedimento.

1.2 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO E LOCALIZAÇÃO

 PORTO ALEGRE
O município de Porto Alegre é a capital do estado do Rio Grande do Sul
e situa-se na Latitude 30°01'58'' S e Longitude 51°13'48'' W. O município
apresenta área de 497 Km² e localiza-se a uma altitude média de 10 metros. Sua
população, segundo o censo de 2010 do IBGE, é de 1.409.351 habitantes.

A estação meteorológica nacional oficial de Porto Alegre, códigos


03051011 (ANA) e 83967 (INMET), está localizada nas coordenadas 30°03'13''
S e 51°10'24'' W, nas dependências da sede do 8° Distrito de Meteorologia, no
bairro Jardim Botânico, na cidade de Porto Alegre.

Esta estação fica inserida na sub-bacia 87 (sub-bacia da Lagoa dos


Patos), mais especificamente na sub-bacia do Lago Guaíba, um dos principais
corpos hídricos formadores da Lagoa dos Patos. O Lago Guaíba recebe a
contribuição das sub-bacias dos rios Gravataí, Caí, Sinos e Jacuí.
2 ASPECTOS HIDROLÓGICOS

O desenvolvimento do estudo hidrológico foi elaborado com o intuito de


fornecer todos os valores das variáveis necessárias para o dimensionamento
dos dispositivos de drenagem para um ótimo escoamento superficial das
precipitações na área estabelecida.

O estudo hidrológico tem objetivo de definir as maiores taxas de


precipitação da cidade de Porto Alegre e as vazões superficiais que acometem
o projeto e análise das obras de drenagem.

2.1 IDF (INTENSIDADE - DURAÇÃO - FREQUÊNCIA)

A partir do conhecimento do regime pluviométrico é possível estimar


probabilidades de ocorrência e tempos de retorno das precipitações. Análises
estatísticas da precipitação com base nos dados disponíveis são importantes
ferramentas na introdução de medidas mitigadoras de desastres. Essas análises
são importantes para melhor compreensão dos fenômenos uma vez que as
variáveis hidrológicas, quando analisadas experimentalmente, assumem valores
que são dependentes das características locais.

A metodologia para definição da equação está descrita em detalhes em


Pinto (2013). Na definição da equação Intensidade-Duração-Frequência da
estação Porto Alegre, códigos 03051011 (ANA) e 83967 (INMET), foram
utilizadas séries de duração anual e os dados utilizados foram estre os anos de
1975 a 2014, sendo uma série de dados bem ampla garantindo uma equação
bem parametrizada. A distribuição de frequência ajustada aos dados foi a
Exponencial. Abaixo será apresentado as curvas ajustadas.
Fonte: Atlas pluviométrico do Brasil, 2015

No caso de Porto Alegre os parâmetros da equação são os seguintes:


 5min ≤ t < 2h

Fonte: Atlas pluviométrico do Brasil, 2015

 2h ≤ t ≤ 24h

Fonte: Atlas pluviométrico do Brasil, 2015

Estas equações são válidas para tempos de retorno até 100 anos e
durações de 5 minutos a 24 horas.

Sendo assim utilizaremos a equação para 5min ≤ t < 2h.


2.1.1 Tempo de retorno

O período de retorno é entendido como o tempo no qual um determinado


evento hidrológico pode ser igualado ou excedido em um ano qualquer, (PORTO,
1995).

Logo o valor definido de tempo de retorno para o estudo foi de 10 anos


utilizando a tabela a seguir.

Fonte: Chuvas intensas e chuva para dimensionamento de estruturas de drenagem para o


estado de Santa Catarina. (Back, Álvaro Jose, 2013)

Fonte: Atlas pluviométrico do Brasil, 2015


2.1.2 Tempo de concentração

Tempo de concentração é o somatório da velocidade em diversos trechos


no canal avaliado pelo comprimento de cada trecho isso significa que é o tempo
de percurso entre o mais distante até o ponto de estudo, isto é a maior distância
de escoamento na bacia.

O tempo de concentração pode ser calculado pela fórmula de Kirpich


(SUDERHSA, 2002):
𝐿3 0,385
𝑇𝑐 = 53( )
𝐻 (1)

Onde,
𝑇𝑐 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 (𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑛);
𝐿 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑑’á𝑔𝑢𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 (𝑒𝑚 𝑘𝑚);
𝐻 = 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑜 𝑒𝑥𝑢𝑡ó𝑟𝑖𝑜 (𝑒𝑚 𝑚).

De acordo com o método racional o valor mínimo para o tempo de


percurso está estimado no valor de 10 minutos, assim para pequenas bacias
como é o caso deste estudo, se inferior ao valor citado, o valor adotado será em
10 minutos.

2.2 FATOR DE RUGOSIDADE

O fator de rugosidade está diretamente ligado ao material utilizado nas sarjetas,


assim no nosso estudo será utilizado asfalto rugoso 0,016.

Coeficiente de rugosidade de Manning

Fonte: Toledo, 2017


2.3 COEFICIENTE DE DEFLÚVIO SUPERFICIAL

A partir do ciclo da água quando ocorre a precipitação da chuva, parte


desse volume precipitado é absorvido pelo solo vindo a recarregar os aquíferos
da localidade, assim o outro montante é escoado para ponto mais baixos com a
atuação da força gravitacional.

O coeficiente de deflúvio superficial (C) representa a razão entre o volume


de água escoado e o volume de área precipitado. Seu valor é definido em
decorrência dos fatores de “infiltração, armazenamento por detenção,
evaporação, retenção, encaminhamento das descargas e interceptação”
(CETESB, 1986).

Para o projeto da drenagem do condomínio o coeficiente de deflúvio (c)


utilizado 0,6, pois a superfície será de paralelepípedo.

Fonte: Toledo, 2017

O coeficiente de deflúvio C tem valores máximos e mínimos


respectivamente em 0 e 100%, assim quando o valor tende a 0%, há uma
absorção total da água precipitada não ocorrendo escoamento. Porém, quando
o valor de C tende ao valor de 100%, não há absorção da superfície, sendo assim
o valor máximo de escoamento.
2.4 ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO

ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
ÁREA 1 (m²) ÁREA 2 (m²) ÁREA 3 (m²) ÁREA 4 (m²) ÁREA 5 (m²) ÁREA 6 (m²)
1581,0318 882,9586 447,8547 634,266 1146,3377 1018,1869

2.5 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE PROJETO


A vazão máxima de escoamento da área de estudo será determinada a parti do
Método Racional, conforme a equação abaixo:
𝑄 = 𝐶 .𝐼 .𝐴

Onde:
Q = pico de vazão em m³/s;
C = coeficiente de deflúvio superficial;
I = intensidade da chuva em m/s
A = área drenada em m²;

3. MICRODRENAGEM

A microdrenagem tem sua principal função coletar e conduzir toda água


que venha precipitar pelas redes primárias de drenagem municipal, como em
loteamentos e ruas, que envolvem a parte da drenagem urbana, até o sistema
de Macrodrenagem, além de retirar a água pluvial dos pavimentos das vias
públicas, evitar alagamentos, oferecer segurança aos pedestres e motoristas, e
evitar ou reduzir danos.

3.1. SARJETAS

As sarjetas são canais longitudinais que acompanham o sentido das vias


e são destinados a coletar e conduzir as águas superficiais da faixa pavimentada
e da faixa de passeio até o dispositivo de drenagem, boca de lobo, galeria etc.
3.1.1. Declividade transversal
É o ângulo adotado entre a sarjeta e a guia sendo este de 37°, a partir do mesmo
podemos calcular a declividade da via z:

𝑧 = 𝑇𝑎𝑛𝜃 = 𝑡𝑎𝑛37 =

3.1.2. Altura da lâmina d’água


A lâmina d’agua máxima é de 15 cm e este valor corresponde à altura da
guia, porém adicionando um fator de segurança é recomendado que a lâmina
d’agua não ultrapasse o valor de 13 cm, para assim reduzir as chances de
alagamento.

Define-se lâmina d’água por:

1 𝑇𝑒
𝑌= ∗
𝑧 2

3.1.3. Declividade longitudinal

A declividade longitudinal é calculada a partir da diferença entre a cotas


de montante e jusante, sendo o seu resultado dividido pelo comprimento do
trecho.

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒


𝐼𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 =
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜

3.1.4. Fator de redução


.

O fator de redução leva em consideração a chance de obstrução da


sarjeta por sedimentos e por outros detritos, para cada inclinação há um valor de
coeficiente diferente.
3.1.5. Cálculo da Vazão

O cálculo da vazão das sarjetas é baseado no modelo de sarjeta


simples, descrito a seguir:
8 𝑧
𝑄 = 0,375 ∗ 𝑌 3 ∗ ∗ √𝐼
𝑛
𝑄 = 𝑣𝑎𝑧ã𝑜;
𝑌 = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑙â𝑚𝑖𝑛𝑎 𝑑’á𝑔𝑢𝑎;
𝑍 = 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙;
𝑛 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑢𝑔𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑛𝑖𝑛𝑔
𝐼 = 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙.

3.1.6. Cálculo da Velocidade

A velocidade dos trechos foi calculada a partir da fórmula abaixo.

¾
√𝐼 𝑄 ¼
𝑉 = 0,958 ∗ ( ) ∗ ( )
𝑛 𝑧

3.1.7. Cálculo do tempo de percurso


O tempo de percurso corresponde ao tempo em que a agua escoa entre
o início e o fim do trecho.

𝑇𝑝 = 𝛥𝑆/𝑣
3.1.8. Cálculo da vazão final

O cálculo da vazão final consiste na multiplicação do valor da vazão inicial


pelo fator de redução que varia de acordo com a declividade da rua, sendo
considerado os dois lados da via, assim será multiplicado por 2.

𝑄𝑓 = 𝑄 ∗ 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 ∗ 2

3.1.9. Cálculo da vazão de contribuição em cada nó


Se torna necessário calcular as vazões de contribuição de acordo com os
parâmetros já citados para cada nó.

𝑄𝑐𝑜𝑛𝑡 = 𝑖 ∗ 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∗ 𝑇𝑐
𝑖 = 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑢𝑣𝑖𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎;
𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜
𝑇𝑐 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜

3.2. BOCAS DE LOBO (BL)

As bocas de lobo são elementos de drenagem que são utilizados junto a


sarjetas com o intuito de captar as águas, transportadas por elas, para que desta
forma, não ocorra a inundação das ruas. Além disto, devem conduzir as águas
até as galerias ou tubulações subterrâneas que as levarão até os rios. (SMDU,
2012)

Ele deve ser posicionado nos pontos mais rebaixados das sarjetas, onde
ocorre a mudança de declividade, para que não ocorra alagamento.

Segundo SMDU (2017), a localização das bocas coletoras deve


considerar as seguintes recomendações:

 Em ambos os lados da rua, quando a saturação da sarjeta assim o exigir


ou quando forem ultrapassadas as suas capacidades de engolimento;
 Nos pontos baixos da quadra, a montante das esquinas;
 As canalizações de ligação entre bocas-de-lobo e destas aos poços de
vista deverão ter diâmetro de 0,40 m e declividade mínima de 15 %.
Quando não existir possibilidade dessas ligações serem feitas
diretamente, as bocas-de-lobo deverão ser ligadas em caixas de ligações
acopladas ao coletor;
 Recomenda-se adotar um espaçamento máximo de 60 m entre as bocas-
de-lobo, caso não seja analisada a capacidade de escoamento da sarjeta,
visando evitar o escoamento superficial em longas extensões das ruas;
 A melhor solução para a instalação de bocas-de-lobo é que esta seja feita
em pontos pouco a montante de cada faixa de cruzamento usada pelos
pedestres, junto às esquinas;
 Não é conveniente a sua localização junto ao vértice de ângulo de
interseção das sarjetas de duas ruas convergentes.

As bocas coletoras (bocas-de-lobo) podem ser classificadas como a imagem


abaixo:

Fonte: DAEE/CETESB, 1980

3.3. GALERIAS

O método de cálculo das galerias é baseado nas de Manning, Chezy, o


cálculo leva em consideração a rugosidade e tipo de galeria adotada
Segundo o SMDU (2012) há alguns critérios básicos, quanto ao projeto
das galerias, são eles:

 A velocidade máxima admissível determina-se em função do material a


ser empregado na rede. Para tubo de concreto a velocidade máxima
admissível é de 5,0 m/s e a velocidade mínima 0,60 m/s;
 O recobrimento mínimo da rede deve ser de 1,0 m, quando forem
empregadas tubulações sem estruturas especiais

Para a determinação do diâmetro mínimo do trecho temos:

𝐷 = 1,55 ∗ (𝑛 ∗ 𝑄/√𝐼)^(⅜)

𝑖 = 𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜

𝑛 = 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑢𝑔𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜.

Será adotado uma inclinação neste trecho de 2% (0,02m/m) e n=0,015

Com isso as galerias dimensionadas 2-1 e 13-7 possuem diâmetro de 400mm.

Trechos de 9 a 6 possuem 600 mm e demais trechos possuem 400 mm.

3.4. POÇOS DE VISITA

Poços de Visitas, dispositivos localizados em pontos convenientes do


sistema de galerias para permitirem mudanças de direção, mudança de
declividade, mudança de diâmetro e inspeção e limpeza das canalizações.
Porém sua principal função é permitir acesso para realização de manutenções e
limpezas.

O espaçamento mínimo entre os poços de visita é 50 metros, porém está


distância pode ser alterada com realizações de estudos, já que ela gera aumento
do valor financeiro do projeto.
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16085: Poços de


visita e poços de inspeção para sistemas enterrados - requisitos e métodos de
ensaio. Rio de Janeiro, 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8890: Tubo de
concreto de seção circular para água pluvial e esgoto sanitário. Rio de Janeiro,
2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15645: Execução
de esgoto e drenagem pluvial com tubos de concreto. Rio de Janeiro, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12266: Projeto e
execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou
drenagem urbana. Rio de Janeiro, 1992
BACK, A. J. Chuvas intensas e chuva para dimensionamento de estruturas de
drenagem para o Estado de Santa Catarina. Florianópolis, Epagri. 2013. 177p .
CETESB. Drenagem Urbana: Manual de Projeto – 3ª edição. São Paulo. 1986.

SUDERHSA - Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e


Saneamento Ambiental. Manual de Drenagem Urbana. Região Metropolitana de
Curitiba- PR. Plano Diretor de Drenagem para a Bacia do Rio Iguaçu na Região
Metropolitana de Curitiba. Programa de Saneamento Ambiental da Região
Metropolitana de Curitiba. 2002

PINTO, E. J. A. Metodologia para definição das equações Intensidade-Duração-


Frequência do Projeto Atlas Pluviométrico. CPRM. Belo Horizonte. Mar, 2013.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Instituto de Pesquisas
Hidráulicas. Plano diretor de drenagem urbana: manual de drenagem urbana.
Porto Alegre: Prefeitura Municipal; Departamento de Esgotos Pluviais, 2002. v.
2. 184 p.
TOLEDO-PR. SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIENTO URBANO.
Manual de drenagem urbana. Toledo: SMDU, 2017.

PHILIPPI Jr. A, Saneamento, saúde e ambiente: Fundamentos para um


desenvolvimento sustentável. Barueri, SP: Manoele, 2005- (coleção Ambiental;
2).
PMPA – Prefeitura Municipal de Porto Alegre.Lei Complementar Nº 434. Dispõe
sobre o Desenvolvimento urbano no Município de PortoAlegre, institui o Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre e dá outras
providências. Porto Alegre, 1999.
PMPA – Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Plano Diretor de Drenagem
Urbana. Manual de Drenagem Urbana. Porto Alegre: Instituto de Pesquisas
Hidráulicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005.
SÃO PAULO. Manual de drenagem e manejo de águas pluviais: gerenciamento
do sistema de drenagem urbana. Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Urbano. São Paulo: SMDU, 2012.

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