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AULA VIRTUAL
(resolução de exercícios)
(2020)
O trabalho AULA VIRTUAL: INSTABILIDADE LOCAL EM PERFIS FORMADOS A FRIO SUBMETIDOS
À FORÇA AXIAL DE COMPRESSÃO (PARTE 1) de Luciano Barbosa dos Santos está licenciado com uma
Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Aviso Importante:
É recomendável que você tenha papel e caneta A determinação das propriedades efetivas dos PFFs costuma demandar grande
em mãos para fazer suas próprias anotações e ir esforço de cálculo, sendo, muitas vezes, a etapa mais trabalhosa no processo de
refazendo manualmente os exercícios aqui verificação da segurança desse tipo de barra.
apresentados.
A NBR 14762:2010 apresenta dois métodos diferentes para determinação das
Para bem acompanhar esta aula virtual, é
propriedades geométricas efetivas dos PFFs. Os resultados fornecidos por cada
recomendável também que você mantenha ao seu
um deles são ligeiramente diferentes, porém ambos são aceitos pela norma e
lado o texto da norma que trata da instabilidade
local em peças sob força axial de compressão. ambos podem ser utilizados na verificação desse tipo de elemento estrutural.
Clique para avançar! O Método da Largura Efetiva (MLE) é o mais antigo, e sua aplicação consiste na
avaliação individual de cada elemento que integra a seção transversal (por
exemplo, mesas, alma e enrijecedores), motivo pelo qual sua aplicação muitas
vezes leva a uma marcha de cálculo muito exaustiva.
Embora seja muito mais prático, a aplicação do MSE está limitada a alguns tipos
de seção transversal e a situações de compressão axial e de flexão em torno do
eixo de maior inércia, motivo pelo qual é importante estudar ambos os métodos,
pois em muitos casos práticos é necessário recorrer ao MLE.
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑏 Passo1:
Conforme veremos a seguir, o Determinação da largura bw b
emprego de ambos os métodos plana (b) de cada
é relativamente simples. elemento, a qual é obtida
descontando-se o trecho
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑘
curvo da largura total, b
conforme mostrado na
bf
figura ao lado.
Vejamos incialmente o Método
da Largura Efetiva. Clique para 𝑏
visualizar a marcha de cálculo no
𝜆 =
𝑡
𝑝
quadro ao lado. 𝑘𝐸
0,95
√ 𝜎
Se p ≤ 0,673: 𝑏𝑒𝑓 =𝑏
0,22
Se p > 0,673:
𝑏𝑒𝑓 =
(
𝑏 1−
𝜆𝑝 ) ≤𝑏
𝜆𝑝
𝐴 𝑒𝑓 =𝐴 − ∑ ( 𝑏−𝑏𝑒𝑓 ) 𝑡
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑏
Conforme veremos a seguir, o
emprego de ambos os métodos
é relativamente simples. Passo 2:
k é um coeficiente de instabilidade
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑘 local, o qual depende das condições de
vinculação da chapa. Veja alguns
exemplos na figura abaixo.
Vejamos incialmente o Método
da Largura Efetiva. Clique para 𝑏
visualizar a marcha de cálculo no
𝜆 =
𝑡
𝑝
quadro ao lado. 𝑘𝐸
0,95
√ 𝜎
Elementos
AA
k = 4,00
Se p ≤ 0,673: 𝑏𝑒𝑓 =𝑏
Elementos
0,22
Se p > 0,673:
𝑏𝑒𝑓 =
(
𝑏 1−
𝜆𝑝 ) ≤𝑏 AL
k = 0,43
𝜆𝑝
𝐴 𝑒𝑓 =𝐴 − ∑ ( 𝑏−𝑏𝑒𝑓 ) 𝑡
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑏
Conforme veremos a seguir, o
emprego de ambos os métodos
é relativamente simples.
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑘
Passo 3:
Vejamos incialmente o Método Determinação do índice de esbeltez reduzido do
da Largura Efetiva. Clique para 𝑏
visualizar a marcha de cálculo no
𝜆 =
𝑡 elemento (p), o qual depende da tensão atuante
quadro ao lado.
𝑝
𝑘𝐸 na seção transversal ().
0,95
√ 𝜎
Se p ≤ 0,673: 𝑏𝑒𝑓 =𝑏
0,22
Se p > 0,673:
𝑏𝑒𝑓 =
(
𝑏 1−
𝜆𝑝 ) ≤𝑏
𝜆𝑝
𝐴 𝑒𝑓 =𝐴 − ∑ ( 𝑏−𝑏𝑒𝑓 ) 𝑡
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑏
Conforme veremos a seguir, o
emprego de ambos os métodos
é relativamente simples.
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑘
Vejamos incialmente o Método
da Largura Efetiva. Clique para 𝑏
Passo 4:
visualizar a marcha de cálculo no 𝑡
𝜆 =
𝑝 Determinação da largura efetiva de cada
quadro ao lado. 𝑘𝐸
0,95
√ 𝜎
elemento da seção transversal em função
do seu índice de esbeltez reduzido (p).
Se p ≤ 0,673: 𝑏𝑒𝑓 =𝑏
0,22
Se p > 0,673:
𝑏𝑒𝑓 =
(
𝑏 1−
𝜆𝑝 ) ≤𝑏
𝜆𝑝
𝐴 𝑒𝑓 =𝐴 − ∑ ( 𝑏−𝑏𝑒𝑓 ) 𝑡
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑏
Conforme veremos a seguir, o
emprego de ambos os métodos
é relativamente simples.
𝐷𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑘
Vejamos incialmente o Método
da Largura Efetiva. Clique para 𝑏
visualizar a marcha de cálculo no
𝜆 =
𝑡
𝑝
quadro ao lado. 𝑘𝐸
0,95
√ 𝜎
Se p ≤ 0,673: 𝑏𝑒𝑓 =𝑏
0,22
Se p > 0,673:
𝑏𝑒𝑓 =
(
𝑏 1−
𝜆𝑝 ) ≤𝑏
𝜆𝑝
𝐴 𝑒𝑓 =𝐴 − ∑ ( 𝑏−𝑏𝑒𝑓 ) 𝑡
Passo 5:
Determinação da área efetiva de toda a seção a
partir das larguras efetivas de cada elemento.
Vejamos agora o Método da Determinação de kL Passo1:
Seção Efetiva. Clique para Determinação do coeficiente de
visualizar a marcha de flambagem local (kL), o qual
cálculo no quadro ao lado.
depende do tipo e das dimensões da
seção transversal.
𝜋2 𝐸
𝐿 =𝑘 𝐿
𝑁 2
𝐴
𝑏
2
( )
12 ( 1 − 𝜈 ) 𝑤
𝑡
𝐴
𝜆𝑝=
√
𝑁𝐿
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝜆 𝑝 ≤ 0,776 → 𝐴 𝑒𝑓 = 𝐴
0,15 1
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝜆 𝑝 > 0,776→ 𝐴 𝑒𝑓 = 𝐴 1 −
( 0,8
𝜆𝑝 )0,8
𝜆𝑝
Vejamos agora o Método da Determinação de kL
Seção Efetiva. Clique para
visualizar a marcha de
cálculo no quadro ao lado.
𝜋2 𝐸
𝐿 =𝑘 𝐿
𝑁 2
𝐴
𝑏 Passo 2:
2
( )
12 ( 1 − 𝜈 ) 𝑤
𝑡 Determinação da força de
instabilidade local elástica da
seção (NL).
𝐴
𝜆𝑝=
√
𝑁𝐿
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝜆 𝑝 ≤ 0,776 → 𝐴 𝑒𝑓 = 𝐴
0,15 1
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝜆 𝑝 > 0,776→ 𝐴 𝑒𝑓 = 𝐴 1 −
( 0,8
𝜆𝑝 ) 0,8
𝜆𝑝
Vejamos agora o Método da Determinação de kL
Seção Efetiva. Clique para
visualizar a marcha de
cálculo no quadro ao lado.
𝜋2 𝐸
𝐿 =𝑘 𝐿
𝑁 2
𝐴
𝑏
2
( )
12 ( 1 − 𝜈 ) 𝑤
𝑡
Passo 3:
Determinação do índice de
esbeltez reduzido da seção (p), o
𝐴
𝜆𝑝=
√
𝑁𝐿
qual depende da tensão atuante e
da força de instabilidade local
elástica.
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝜆 𝑝 ≤ 0,776 → 𝐴 𝑒𝑓 = 𝐴
0,15 1
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝜆 𝑝 > 0,776→ 𝐴 𝑒𝑓 = 𝐴 1 −
( 0,8
𝜆𝑝 ) 0,8
𝜆𝑝
Vejamos agora o Método da Determinação de kL
Seção Efetiva. Clique para
visualizar a marcha de
cálculo no quadro ao lado.
𝜋2 𝐸
𝐿 =𝑘 𝐿
𝑁 2
𝐴
𝑏
2
( )
12 ( 1 − 𝜈 ) 𝑤
𝑡
Passo 4:
𝐴
𝜆𝑝=
√
𝑁𝐿
Determinação da área efetiva da
seção transversal (Aef) em função da
sua seção bruta (A).
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝜆 𝑝 ≤ 0,776 → 𝐴 𝑒𝑓 = 𝐴
0,15 1
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝜆 𝑝 > 0,776→ 𝐴 𝑒𝑓 = 𝐴 1 −
( 0,8
𝜆𝑝 )0,8
𝜆𝑝
Conforme vimos anteriormente, a determinação das propriedades efetivas da seção
transversal de perfis formados a frio é feita em função da distribuição de tensões
atuante.
Sendo assim, como dado da questão, adotaremos para os três exercícios indicados a
Nesta aula virtual analisaremos três tipos seguir uma tensão de compressão de 25 kN/cm 2 atuando uniformemente sobre toda
diferentes de seção transversal e, com base nos a seção transversal das peças.
métodos recomendados pela NBR 14762:2010,
determinaremos a área efetiva para cada uma
Os exercícios que faremos são os seguintes:
delas.
Exercício 2:
Perfil com seção em tubo retangular, o qual possui apenas elementos AA.
Exercício 3:
Perfil U simples, o qual possui elementos AA e AL.
bw bw
E então, que tal?
bf
bf bf bf
Vamos começar?
Clique para ver a k = 0,43 (Elemento AL sob tensão uniforme, Tabela 6, caso a)
resolução do exercício
no quadro ao lado.
DADOS DO EXERCÍCIO 1
Largura efetiva de cada
Perfil L 60 x 3,00
2. Determinação de Aef uma das mesas do perfil
bf =60mm = 6,0cm
t = 3,0mm = 0,3cm
ri = 3,0mm = 0,3cm O perfil tem duas mesas
com as mesmas dimensões
A = 3,45cm2
bf
= 25 kN/cm2
E = 20.000 kN/cm2
= 0,3
bf
No segundo exercício analisaremos
um tubo de seção retangular, o qual RESOLUÇÃO PELO MÉTODO DA
possui apenas elementos AA. Clique LARGURA EFETIVA (MLE)
para ver os dados da questão.
1. Determinação de bef das Mesas (elementos de largura b f)
b = 100 – 2 x (2,0 + 2,0) = 92,0mm = 9,20cm
Resolveremos a O elemento possui dois
questão inicialmente
trechos curvos
pelo MLE, lembrando
b/t = 9,20/0,2 = 46
que, para
elementos AA sob
k = 4,00 (Elemento AA sob tensão uniforme, Tabela 5, caso a)
tensão uniforme,
a NBR 14762: 2010
recomenda k = 4,00. Largura efetiva das
Clique para avançar. almas do perfil
logo, a mesa não é totalmente efetiva!
3. Determinação de Aef
DADOS DO EXERCÍCIO 2
Perfil Tubo Retangular 200 x 100 x 2,0
O perfil possui duas Parcelas referentes
Largura efetiva das mesas e duas almas às mesas e almas
bw = 200mm = 20,0cm
mesas do perfil
bf = 100mm = 10,0cm
t = 2,0mm = 0,2cm
ri = 2,0mm = 0,2cm 2. Determinação de bef das Almas (elementos de largura b w)
bw ’
A = 11,74cm 2
b = 200 – 2 x (2,0 + 2,0) = 192,0mm = 19,20cm
Área efetiva do perfil, obtida
= 25 kN/cm2 b/t = 19,2/0,20 = 96,00 descontando-se as parcelas
E = 20.000 kN/cm2 bf
= 0,3 consideradas não efetivas pelo MLE
k = 4,00 (Elemento AA, tensão uniforme, Tabela 5, caso a)
Resolveremos agora o RESOLUÇÃO PELO MÉTODO DA 2. Determinação de p
mesmo exercício pelo
MSE. Clique para avançar.
SEÇÃO EFETIVA (MSE)
𝐴𝜎 11,74× 25
𝜆 𝑝 =
Comparando os
resultados obtidos
percebemos que o MLE
1. Determinação de NL
√ √
𝑁𝐿
=
103,32
=1,685> 0,776
3. Determinação de Aef
1. Determinação de2,0)
bef das Mesas (elementos
k = 4,00 k = 4,00.
= 4,60cm de largura b f)
Vejamos inicialmente a
resolução pelo MLE.
b =50 – (2,0 + = 46,0mm
E = 20.000 kN/cm2
= 0,3
bf
𝑝
√ 𝑁𝐿
𝜆 𝑝 =1,088>0,776
=
√ Vê-se,
81,73
transversal
efetiva.
que a seção
não é totalmente
Em nosso próximo encontro analisaremos
Pronto! Terminamos a um perfil U enrijecido, cujo
nossa aula virtual de hoje, comportamento é fortemente influenciado
na qual aprendemos a pela existência dos enrijecedores de borda.
aplicar os métodos da
largura efetiva e da seção
efetiva.
Antes da próxima aula, porém, é
importante que você refaça
manualmente as questões aqui
apresentadas e tire suas dúvidas com o
professor.
Para ampliar seus conhecimentos,
sugiro refazer as questões alterando o
valor da tensão atuante, para assim
Por exemplo, o que acontece com a área
verificar o que acontece com a área
efetiva da seção transversal quando a efetiva quando a tensão atuante assume os
valores de 20kN/cm2 e 30kN/cm2? Faça as
tensão aumenta ou diminui.
contas e tire suas próprias conclusões!
LUBAS ENGENHARIA LTDA. Software DimPerfil 4.0: dimensionamento de perfis de aço formados a
frio. Disponível em https://www.cbca-acobrasil.org.br/. Último acesso em 20 de junho de 2020.
IMAGENS E ILUSTRAÇÕES